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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

O Natal – por Magali de Figueiredo Esmeraldo

Desde a segunda quinzena de novembro que a cidade de Fortaleza está repleta de luzes, com muitas propagandas. O comércio usa todos os artifícios para atrair o consumidor, a fim de que este gaste seu décimo terceiro salário em compras. É bom presentear as pessoas nessa época, pois demonstramos amor àqueles que nos são caros. No sistema capitalista em que vivemos, poucas pessoas acumulam riquezas, gerando exclusão social. É importante que lembremos também dessas vítimas das injustiças, partilhando também do nosso alimento. O ideal seria que todos os brasileiros tivessem o direito a uma vida digna, durante o ano todo. Entretanto, podemos fazer a nossa pequena parte, pondo em prática a virtude da caridade para com os mais necessitados. Caridade é amor e foi para pregar o amor, a fraternidade, a paz e a justiça que Deus, na sua infinita bondade, mandou o seu Filho Jesus Cristo, para salvação da humanidade.

O milagre da multiplicação dos pães, que é o milagre da partilha é narrado pelos quatro Evangelistas. Nele Jesus nos mostra que havendo partilha, os alimentos serão suficientes para todos e ainda sobrará. O Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus, 14,13-21, relata o seguinte: “Quando soube da morte de João Batista, Jesus partiu, e foi de barca para um lugar deserto e afastado. Mas, quando as multidões ficaram sabendo disso, saíram das cidades, e o seguiram a pé. Ao sair da barca, Jesus viu grande multidão. Teve compaixão deles, e curou os que estavam doentes. Ao entardecer, os discípulos chegaram perto de Jesus e disseram: “Este lugar é deserto, e a hora já vai adiantada. Despede as multidões, para que possam ir aos povoados comprar alguma coisa para comer.” Mas Jesus lhes disse: “Eles não precisam ir embora. Vocês é que têm de lhes dar de comer.” Os discípulos responderam: “Só temos aqui cinco pães e dois peixes.” Jesus disse: “tragam isso aqui.” Jesus mandou que as multidões se sentassem na grama. Depois pegou os cinco pães e dois peixes, ergueu os olhos para o céu, pronunciou a bênção, partiu os pães, e os deu aos discípulos; os discípulos distribuíram às multidões. Todos comeram, ficaram satisfeitos, e ainda recolheram doze cestos cheios de pedaços que sobraram. O número dos que comeram era mais ou menos cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças.” Jesus, com o milagre da partilha dos pães e dos peixes, quis nos mostrar que essa proposta era para construção de uma nova sociedade, fundamentada na partilha igualitária dos bens da vida, que Deus nos deu. Jesus continua fiel à missão de reunir e servir ao seu povo, principalmente a multidões de sofredores. Com essa atitude, Jesus está realizando os sinais de uma nova maneira de viver e de anunciar o Reino de Deus.

Refletindo esse Evangelho da multiplicação dos pães, chegaremos à conclusão, que nós, seguidores de Jesus não deveremos ficar insensíveis nesse Natal, nem no restante do ano, para os mais necessitados. Assim como Jesus, vamos servir ao nosso irmão carente.

O sentido do Natal foi desvirtuado. Demonstrar o nosso amor na troca de presentes, no espírito voltado para os mais pobres, é muito bom. No entanto, ultimamente a festa natalina foi se afastando do que é mais importante, a nossa preparação para a vinda de Jesus, o nosso Salvador. O Natal é a festa de aniversário de Jesus. Como é nosso costume presentear os aniversariantes, devemos dar a Jesus nosso compromisso de mudança de vida e adesão ao seu projeto. Festas, luzes, compras, encontros com os amigos, nada disso deve ofuscar o verdadeiro sentido do Natal.

Estamos vivendo o advento que é tempo de preparação, de alegria, de expectativa para a chegada de Jesus Cristo. É um momento propício ao arrependimento e a promoção da fraternidade e da paz. O verdadeiro cristão aproveita esse tempo para avaliar o que construiu de bom e de ruim durante o ano e, procurar colocar-se diante de si mesmo e de Deus, assumindo o compromisso de trabalhar não só pelo sucesso material, mas também pelo crescimento espiritual.

O ideal é que todos, cristãos e não cristãos irmanados na mesma fé em Deus, de mãos dadas e de coração aberto ao amor, pratiquemos a fraternidade.

Feliz Natal e um Ano Novo cheio de felicidades e paz é o que eu desejo a todos os leitores.

Por Magali de Figueiredo Esmeraldo