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terça-feira, 17 de novembro de 2009

Gesta de Arrebol

Por J. Flávio Vieira (para o Blog do Crato)

“Um fim de mar colore os horizontes”
Manoel de Barros

Reconheço : sou uma espécie de mestre frustrado. Filho, sobrinho, afilhado de professores e marido de uma educadora, imagino que ,no íntimo, gostaria de estar numa sala de aulas. Até tateei a profissão por um tempo, mas terminei sendo colhido pelo vendaval de uma outra atividade igualmente espinhosa e gratificante: a Medicina. Mas, nas profundas escarpas do espírito, sempre me turva uma certa inveja quando me deparo com os educadores. Percebo que eles têm nas mãos a possibilidade única de transformar pessoas e edificar nações. Se os pais já se sentem realizados vendo seu sangue disseminando-se no rio do tempo, entre filhos e descendentes, imaginem a felicidade do professor pai de incontáveis rebentos da sabedoria e do conhecimento. Como médico, pressinto que temos a possibilidade de endireitar o caule, cuidar da casca, consertar os galhos , ajudar no desabrochar do fruto; mas só o mestre guarda consigo os mistérios e segredos da germinação da semente. A Medicina recupera corpos, a educação funde consciências.

Hoje tudo isso me veio à mente, quando o maior dos mestres -- o tempo-- levou na sua lufada um de seus colegas. Chamava-se Alderico de Paula Damasceno. Ele exerceu o magistério entre nós por mais de sessenta anos. Discípulo do maior historiador caririense , o Padre Antonio Gomes, o professor Alderico foi um visionário. Ensinava história crítica nos anos 60-70, em plena Ditadura Militar, num tempo em que a cadeira de história, em geral, se confundia com a de Contos de Fadas e Histórias da Carochinha. Exigia, com veemência, de todos os seus alunos, uma clara e pessoal opinião sobre pontos específicos da História Geral e do Brasil . Tinha verdadeiro pavor ao que ele chamava de “Decoreba”. Premonitoriamente, antevia os rumos da modernidade onde tudo se imita, se copia-cola, se macaqueia. O professor ensinava que os livros de história apresentavam apenas a versão oficial e que era imprescindível ,a quem desejasse entender o mundo, levantar o véu da aparente normalidade e descobrir as íntimas razões dos fatos que geralmente se encontravam depositadas no baú da Economia. Trabalhava com provas abertas, tinha pavor da loteria da múltipla escolha e mais: subtraía preciosos pontos a cada erro de português cometido. Entendia que o conhecimento da Língua era condição sine qua non de sobrevivência , soberania e cidadania.

Devemos ao professor Alderico ainda uma outra descoberta igualmente mágica. Aficionado da Educação Física ele cobrava dos seus alunos condicionamento e terá sido um dos pioneiros, entre nós, em associar a Atividade Física Regular a uma melhora na saúde humana. Como treinador da nossa Seleção Cratense – um das suas paixões – o professor Alderico já entendia a importância do treinamento físico regular na melhoria do desempenho esportivo, em tempos que isto era mera especulação e a Medicina Esportiva ainda engatinhava. Esta faceta de sua personalidade terminou lhe proporcionando a energia hercúlea que o acompanhou por noventa anos , enfrentando uma terrível queda de braço com a “Indesejada das Gentes” por cinco meses. Gostava da vida e, percebo, era esse amor que o mantinha vivo e esperançoso mesmo ante todas as vicissitudes e limitações da idade.

Inúmeras gerações de jovens foram forjadas pelo professor Alderico: Professores, engenheiros, médicos, juízes,promotores, artesãos, comerciantes, filósofos, um sem número de profissionais das mais diversas atividades, espalhados pelos recantos mais recônditos do país. Fundidos pela têmpera do Mestre, todos carregam consigo um pouco daquela determinação e vigor. Simplesmente porque Alderico não era um simples professor de História ou Educação Física. Seus ensinamentos sobre passavam as páginas dos livros , a mera grade curricular, ele ensinava uma matéria dificílima e rara chamada : “Vida”.

Como um bom missionário viveu beneditinamente. Guardava , no entanto, um tesouro depositado carinhosamente numa ampla sala da casa: sua biblioteca. Muitos dos seus livros hoje se encontram comigo e, a cada dia, me pergunto se sou digno da herança recebida. O Mestre sabia de cátedra que a riqueza não se concentra no brilho do ouro e do diamante, nem no tilintar das moedas, mas numa outra fulguração mais brilhante que o sol e que inebria almas e mentes : o conhecimento.

O professor Alderico fecha um ciclo áureo da educação cratense que contou com : Pe Gomes, Pe David, Vieirinha, Zé do Vale, Adalgisa Gomes, Luiz de Borba, Eneida Figueiredo, Ivone Pequeno, Gutemberg Sobreira e muitos outros. Fecha-se apenas um parágrafo, a história continua indefinidamente em aberto e continua sendo escrita, criticamente, por seus incontáveis discípulos. Hoje, triste, sei que falo de crepúsculos, mas carrego no coração a perfeita certeza, que este por-de-sol é apenas o prenúncio de muitas auroras por vir. No horizonte, em meio ao negror da noite, já se percebem os sanguíneos raios que defloram a escuridão e emprenham o arrebol vindouro de claridade e de luz.
Texto: José Flávio Vieira

OS ENSINAMENTOS DE DON JUAN E CARLOS CASTÃNEDA: OS PONTOS DE AGLUTINAÇÃO E O PODER INTERIOR (PARTE I)

CASTÃNEDA, CARLOS - O Poder do Silêncio: Novos Ensinamentos de Don Juan, Rio de Janeiro: Record, 1988.

obs>: As figuras foram extraídas do livro MÃOS DE LUZ de Barbara Ann Brenam e de algumas revistas da área espiritualista.



“Disse [D.Juan] que nós, como homens comuns, não sabíamos, nem jamais iríamos saber, que havia algo inteiramente real e funcional - nosso elo de ligação com o intento - que nos dava nossa preocupação hereditária com o destino. Assegurou que durante nossas vidas ativas nunca temos a chance de ir além do nível da mera preocupação, porque desde tempos imemoriais a rotina dos afazeres diários nos entorpeceu. É apenas quando nossas vidas quase se encontram para terminar que nossa preocupação com o destino começa a assumir um caráter diferente. Começa a fazer-nos ver através da neblina das ocupações diárias. Infelizmente, esse despertar sempre vem de mãos dadas com a perda da energia causada pelo envelhecimento, quando não temos mais força para transformar nossa preocupação em descoberta pragmática e positiva. Nesse ponto, tudo que é deixado é uma angústia amorfa e penetrante, um desejo por algo indescritível, e simples raiva por ter errado o alvo” (p. 64)

“Segundo ele [D.Juan], os poetas eram profundamente conscientes de nosso elo de ligação com o espírito, mas que essa consciência era intuitiva, não de modo deliberado e pragmático dos feiticeiros.

- Os poetas não têm conhecimento de primeira mão do espírito - continuou .- É por isso que seus poemas não podem realmente atingir o centro dos verdadeiros gestos para o espírito. No entanto, atingem muito perto dele.” (p.65).

“Don Juan explicou que a percepção é o gonzo para tudo que o homem é ou faz, e que essa percepção é governada pela localização do ponto de aglutinação [identifico como sendo os 7 CHAKRAS]. Portanto, se esse ponto muda de posição, a percepção de mundo do homem muda de acordo. O feiticeiro que conhecesse exatamente onde colocar seu ponto de aglutinação podia transformar-se em qualquer coisa que desejasse.



A proficiência do nagual Julian em mover seu ponto de aglutinação era tão magnífica que ele podia realizar as transformações mais sutis - continuou D.Juan. - Quando um feiticeiro se transforma num corvo, por exemplo, esta é definitivamente uma grande realização. Mas isso implica uma vasta e portanto grosseira mudança do ponto de aglutinação. Entretanto, movê-lo para a posição de um homem gordo, ou um homem velho, requer a mudança mínima e o conhecimento mais aguçado da natureza humana” (p.71)

“Don Juan explicou-me que a implacabilidade, esperteza, paciência e docibilidade eram a essência da espreita. Eram o básico que com todas as suas ramificações precisava ser ensinado em passos cuidadosos e meticulosos.
...Salientou repetidas vezes que ensinar a espreitar era uma das coisas mais difíceis que os feiticeiros faziam. E insistiu que não importa quanto eles próprios fizessem para ensinar-me espreitar, e não importa quanto eu acreditasse no contrário, era a impecabilidade que ditava seus atos.
... Don Juan reiterou que um ponto muito importante a considerar era que, para um observador, o comportamento dos feiticeiros podia parecer malicioso, quando na realidade seu comportamento era sempre impecável.

- Como pode saber a diferença, quando está no lado que recebe? - perguntei.

- Atos maliciosos são executados por pessoas pelo ganho pessoal - explicou. - Os feiticeiros, no entanto, têm um propósito ulterior para seus atos, que nada tem a ver com ganho pessoal. O fato de que se divertem com seus atos não conta como ganho. Antes, trata-se de uma condição de seu caráter. O homem comum age apenas se há oportunidade de lucro. Os guerreiros dizem que agem não pelo lucro, mas pelo espírito.

Pensei a respeito. Agir sem considerar ganho era realmente um conceito estranho. Eu fora educado para investir e ter esperança por alguma espécie de retribuição por tudo que fazia.

Don Juan deve ter tomado meu silêncio e compenetração como ceticismo. Riu e olhou para seus dois companheiros.
- Tome a nós quatro, como exemplo - continuou. - Você, você próprio, acredita que está investindo nessa situação e no final irá lucrar com ela. Se ficar bravo conosco, ou se nós o desapontarmos, você pode recorrer a atos maliciosos para tirar sua desforra, pois nós, pelo contrário, não pensamos em ganho pessoal. Nossos atos são ditados pela impecabilidade, não podemos ficar zangados ou desiludidos com você.”(p.90)

“Os feiticeiros têm uma regra básica: dizem que quanto mais profundamente se move o ponto de aglutinação, tanto maior a sensação que um indivíduo tem conhecimento, mas não as palavras para explicá-lo. Ás vezes o ponto de aglutinação de pessoas comuns pode mover-se sem uma causa conhecida e sem eles estarem conscientes disso, exceto que ficam com a língua presa, confusos e evasivos.

Vicente interrompeu e sugeriu que eu ficasse com eles um pouco mais. Don Juan concordou e voltou-se para encarar-me.

_ O primeiríssimo princípio da espreita é que um guerreiro espreita a si mesmo. Espreita a si mesmo implacavelmente, com esperteza, paciência e docilmente.

Eu queria rir, mas ele não me deu tempo. De modo muito sucinto definiu a espreita como a arte de usar o comportamento de maneiras novas para propósitos específicos. Disse que o comportamento humano normal no mundo da vida cotidiana era rotina. Qualquer comportamento que escapava à rotina causava um efeito incomum em nosso ser total. Esse efeito incomum era o que os feiticeiros buscavam, porque era cumulativo.

Explicou que os feiticeiros videntes dos tempos antigos, através de sua visão, primeiro haviam notado que o comportamento incomum produzia um tremor no ponto de aglutinação. Breve descobriram que se o comportamento incomum era praticado sistematicamente e dirigido com sabedoria, forçava no final o movimento do ponto de aglutinação.

O desafio real para aqueles feiticeiros videntes - continuou Don Juan. - era encontrar um sistema de comportamento que não fosse mesquinho nem caprichoso, mas que combinasse a moralidade e o senso de beleza que diferencia os videntes feiticeiros das bruxas comuns.



Parou de falar, e todos olharam para mim como que buscando sinais de fadiga em meus olhos ou rosto.
- Qualquer um que tenha sucesso em mover seu ponto de aglutinação para uma nova posição é um feiticeiro - continuou Don Juan.- E a partir dessa nova posição, pode fazer todos os tipos de coisas boas e más aos seus semelhantes. Ser um feiticeiro, portanto, pode ser o mesmo que ser um sapateiro, ou um padeiro. A causa dos feiticeiros videntes é ir além dessa posição. E para fazê-lo necessitam de moralidade e beleza.

Disse que, para os feiticeiros, a espreita era o alicerce sobre o qual tudo o mais que faziam era construído.” (p.92-93).

“ [Don Juan] : _ O quarto cerne abstrato é o ímpeto total da descida do espírito. O quarto cerne abstrato é um ato de revelação. O espírito revela-se a nós. Os feiticeiros o descrevem como o espírito postado em emboscada e depois baixando sobre nós, sua presa. Os feiticeiros dizem que a descida do espírito é sempre oculta. Acontece, e no entanto parece não ter acontecido de maneira nenhuma.”(p.98)

“_ Há uma passagem que uma vez cruzada não permite regresso. Ordinariamente, desde o momento em que o espírito assalta, passam-se anos antes que o aprendiz atinja essa passagem. Às vezes, entretanto, a passagem é atingida quase que de imediato. O caso do meu benfeitor é um exemplo.

Don Juan disse que todo feiticeiro devia ter uma memória clara dessa passagem de modo que pudesse lembrar do seu novo potencial de percepção. Explicou que não era necessário ser aprendiz de feitiçaria para alcançar essa passagem, e que a única diferença entre um homem comum e um feiticeiro, em tais casos, é o que cada um enfatiza. Um feiticeiro enfatiza o cruzamento dessa passagem e usa a lembrança do fato como ponto de referência. Um homem comum não atravessa a passagem e faz o máximo para esquecer tudo a seu respeito.“(pp.98-99)

[Don Juan]: “_ Os feiticeiros dizem que o quarto cerne abstrato ocorre quando o espírito corta nossas cadeias de auto-reflexão. Cortar nossas cadeias é maravilhoso, mas também muito indesejável, pois ninguém deseja ser livre”(p.99)

[Don Juan]: _ Que sensação estranha: perceber que tudo que pensamos, tudo que dizemos depende da posição do ponto de aglutinação - comentou.”(p.99)

[Don Juan]: Sei que nesse momento seu ponto de aglutinação moveu-se e que você compreendeu o segredo de nossas correntes. Elas nos aprisionam, mas mantendo-nos pregados em nosso confortável ponto de auto-reflexão, defendem-nos dos assaltos do desconhecido.
...Uma vez que nossas correntes são cortadas - continuou Don Juan -, não estamos mais presos pelas preocupações do mundo cotidiano. Permanecemos num mundo cotidiano, mas não pertencemos mais a ele. Para isso ocorrer, devemos partilhar das preocupações das pessoas, e sem correntes não conseguimos.

Don Juan contou que o nagual Elias explicara-lhe que o que distingue pessoas normais é que partilhamos de um punhal metafórico. As preocupações de nossa auto-reflexão. Com esse punhal, cortamo-nos e sangramos; e o trabalho de nossas cadeias de auto-reflexão é proporcionar-nos a sensação de que estamos sangrando juntos, que estamos partilhando de algo maravilhoso: nossa humanidade. Mas se fôssemos examiná-lo, iríamos descobrir que sangramos sozinhos; que não estamos partilhando nada; que tudo o que estamos fazendo é brincar com nossa reflexão, manipulável e irreal, feita pelo homem.

_ Os feiticeiros não se encontram mais no mundo dos afazeres diários - continuou Don Juan - porque não são mais presa de sua auto-reflexão”(p.100)

“Ouvi [Castãneda] seus pensamentos como se fossem minhas próprias palavras, enunciadas para mim mesmo.
Senti um comando que não estava expresso em pensamento. Algo coordenou-me a olhar de novo para a pradaria.
Quando olhei para a maravilhosa paisagem, filamentos de luz começaram a radiar de tudo, naquela pradaria. No início foi como uma explosão de um número infinito de fibras curtas, depois as fibras se tornaram longos feixes filamentosos de luminosidade reunidos em faixas de luz vibrante que alcançaram o infinito. De fato não havia modo de extrair o sentido do que estava vendo, ou de descrevê-lo, exceto como filamentos de luz vibratória. Os filamentos não estavam misturados ou entrelaçados. Entretanto saltavam e continuavam a saltar, em todas as direções, e cada um era separado, embora todos estivessem inexplicavelmente enfeixados.

Os pecados dos políticos


Por Pedro Esmeraldo

Hoje de madrugada, estivemos pensando no esvaziamento do Crato. Tudo é causado pelo esmorecimento dos políticos, o que, consequentemente, reflete na memória do povo, que permanece acomodado e conformado com essa situação.

Consequencia disso é que todo o esforço do movimento progressista - em prol de Crato - vai para o escanteio. Por isso, queremos alertar - ao povo e aos políticos - que saiam do anonimato e venham e despertem para uma reação, a fim de equilibrar o crescimento da nossa cidade, através de um trabalho sério e honesto.

Não podemos continuar com esta situação. Observamos que tudo anda de água abaixo, por certo, não poderemos destruir - de uma hora para outra - tanto desânimo do povo. Já os políticos caem no mesmo pecado.

É hora, pois, de rezar a Deus, Nosso Senhor, pedindo para perdoar tanto esmorecimento.

Por isso, concitamos esses políticos pecadores - juntamente com as lideranças da sociedade - convidando-os para que freqüentem a Igreja da Sé. E na Hora da Graça, celebrada pelo Padre Edmilson, pedir perdão a Deus dizendo:
- Pecamos contra Deus e contra o Crato. Vimos aqui pedir graças e perdão para que sejamos orientados, dando-nos coragem e força para enfrentar essa luta desigual.
Só assim, através de um trabalho sério, seremos abençoados por Deus e criaremos coragem e com muita força e perseverança, com toda certeza, preservaremos o nosso patrimônio comunitário, alguma parte já daqui retirada. Mas, com muita força, chegaremos lá.

Também devemos pedir a Deus que abençoe o clero e, ao mesmo tempo, oriente o povo para que siga o caminho certo, com retidão, honestidade e trabalho.

Recordamos, por fim, as figuras impolutas dos Quatro Luzeiros, desta Diocese quase centenária, visto que souberam dirigir a nossa Igreja Particular, com muito trabalho e carinho, livrando-se dos movimentos piegas, combatendo com muita coragem o fanatismo religioso.

Por isso o Crato trilhou o seu progresso, embora, atualmente, ocorra um movimento esmorecido, sereno para o lado da discórdia, desejando que sejamos também piegas, como são os demais.

Vamos combater o exagero com muita frequencia e tenacidade.
Cremos que, se assim o fizermos, mudaremos a face de Crato para melhor.

Mostra Sesc Cariri: programação de hoje, dia 17/11

Música da Macedônia e peça com bonecos

A Mostra Sesc Cariri de Cultura continua e, nesta terça-feira (17), traz uma atração musical bem curiosa. São os cariocas do Brasov, que lançam o CD “Uma Noite em Tuktoyaktuk”. Em seu show, eles tocam desde música cigana Macedônia até um cover da Gretchen, passando por uma canção do Leste Europeu. A apresentação acontece a partir das 20h30, no Terreiro de Mestra Margarida, no Sesc Juazeiro.

Um pouco antes, às 20h, na RFFSA, em Crato, a Companhia Amok de Teatro, do Rio de Janeiro, encena o espetáculo “O Dragão”. A peça, a partir de depoimentos reais, trata da guerra entre palestinos e israelenses, mostrando que atrás de toda a violência e crueldade há espaço para uma real humanidade.

Na cidade de Nova Olinda, às 20h30, acontece o show dos paulistas do Mamelo Sound System, que tocam - no Armazém do Som na Praça - um ritmo musical denominado por eles próprios como “hip-hop afro-futurista brasileiro”. Em Barbalha, no Teatro Neroly, a Companhia PeQuod de Teatro, do Rio, apresenta a peça de bonecos “O Velho da Horta”, baseado na obra do escritor Gil Vicente.

Um cortejo da Cultura Popular nas ruas de Juazeiro do Norte acontece na tarde de hoje, na principal via da cidade, a partir das 15 horas, com concentração no SESC. O evento promove uma integração entre os artistas e a população, nessa grande festa que tem sido a Mostra SESC de Arte e Cultura.

Em Juazeiro, nos locais como Marquise Branca, Marcus Jussier, no Pirajá, e Casa da Rua da Cultura, na rua do Cruzeiro estão sendo realizadas várias apresentações.

Agenda do dia 17 de novembro

>Juazeiro do Norte:

. Memorial Padre Cícero
- 20h30: Madre Couraje (Mérida Urquia-Cuba).
. Largo do Memorial
- 17h: Reprise (La Mínima-SP).

. Marcus Jussier (Pirajá)
- 17h: O Hipnotizador de Jacarés (Circo Girassol-RS).

. Quadra do Sesc Juazeiro
- 18h: Rito de Passagem (Índio.Com Cia de Dança-AM).

. Teatro Marquise Branca
- 18h: Esparrela (Teatro Bigorna-PB).

. Conexão Brasil CCBNB
- 19h: Merci (Ana Barroso-RJ).

. Teatro Patativa do Assaré
- 23h: Ele Precisa Começar (Felipe Rocha-RJ).

. Terreiro de Mestra Margarida e Armazém do Som
- 18h: Segunda Toada para João e Maria (Núcleo Dois-SP).
- 20h30: Uma Noite em Tuktoyaktuk (Brasov-RJ).

. Casa da Rua da Cultura
- 22h: Residência da Casa da Rua da Cultura (Cia de Teatro Stultífera Navis-SE).
- 22h: O Abajur Lilás (Grupo Imagens-CE).

. Programação Especial (Sesc Juazeiro)
- 14h: Seminário Arte & Pensamento – A Reinvenção do Nordeste. Dr. Luizan Pinheiro: “Ontologia do Cariri: a cidade atravessada por múltiplos olhares”.
- 15h15: Seminário Arte & Pensamento – A Reinvenção do Nordeste. Dr. Luís Manoel Lopes: “Barbaramente estéreis; maravilhosamente exuberantes: os sertões em variações”.
- 18h: Laboratório de Troca de Afagos – LATA (Conversas Gravadas na UFC). Entrevistas com Ricardo Guilherme.

>Crato:

. Teatro Municipal
- 20h: O Dragão (Cia Amok de Teatro-RJ).

. Praça da Sé
- 16h: Lançamentos e performance dos Cordelistas Mauditos.
- 17h: Performance do poeta CHACAL.

. Terreiradas
- 16h: Terreiro de Mestre Aldenir – Bairro Vila Lobo. Coco da Mestra Marinês/Banda Cabaçal São João Batista/Reisado Congo do Assentamento Olho D’Água.

. Mostra nos Bairros- Bairro Populares
- 17h: O Santo Guerreiro e o Herói Desajustado (Cia São Jorge de Variedades-SP).
- 18h30: Soldadinho do Araripe (Aquasis-CE).

. RFFSA
- 17h: Silêncio Total (Cia Riso da Terra-PB).
- 18h: Viagem Instrumental (Mandrágora-DF).

. Sesc Crato
- 22h: Santiago do Chile, 1973(Grupo de Dois-RJ).

. Galpão das Artes
- 23h: Encantrago (Ver de Rosa um Ser Tão Expressões Humanas / Teatro Vitrine-CE).

. Crato Tênis Clube
- 22h: Mangiare (Grupo Pedras-RJ).
- 23h: Lenynha Vas (CE).
- 01h: Fóssil, Cabaça: Reggae Cariri (Liberdade & Raiz-CE).

>Nova Olinda:

. Teatro Violeta Arraes
- 19h: Inventário (Roda Gigante-RJ).

. Armazém do Som na Praça
- 20h30:Mamelo Sound System-SP.

. Artes Visuais
- 14h: Exposição Pina Bausch (Fotografia Dada Petrole).


>Barbalha:

. Praça Central
- 17h:Ciclopes (Cia Mystério e Novidades-RJ).

. Teatro Neroly
- 19h: O Velho da Horta (Cia Pequod de Teatro-RJ).

. Escola de Artes Reitora Violeta Arraes Gervaiseau – URCA
- 21h: O Hospício (Matulão de Artes Cênicas-CE).
Enviado por Elizângela Santos (AC Comunicação)

Aeroporto terá posto de informações para passageiros e turistas


O secretário de Turismo e Romarias de Juazeiro do Norte, José Carlos dos Santos, e o Gerente da Infraero, Roberto Germano, abriram o stand onde funciona, desde ontem, o posto de informações turísticas no Aeroporto Orlando Bezerra. Duas estagiárias devidamente capacitadas pela SETUR vão ficar de plantão todos os dias sempre das 12 às 16 horas com catálogos para orientações aos visitantes.

Além disso, distribuirão fitas do Padre Cícero, cartão do Centenário de Juazeiro, um livreto contendo a biografia do Padim e mais calendário para 2010 assinalando as festas religiosas que acontecem em Juazeiro e mais folder sobre a cidade. Ontem, por conta da festa de abertura do posto, houve apresentação de um trio de forró pé-de-serra. A beleza do stand foi elogiada por todos.

Ele servirá ainda como ponto de apoio para o receptivo turístico durante o período de alta estação. Segundo o titular da SETUR, José Carlos dos Santos, normalmente essa movimentação por conta das férias se dá nos meses de junho, julho, dezembro e janeiro quando melhora o fluxo de passageiros no aeroporto. São distribuídos kits incluindo um chapéu de palha e animação de trio de forró numa atividade que envolve ainda o terminal rodoviário.

Pensamento para o Dia 17/11/2009



“Nesta vida mundana o amor se manifesta de várias formas, como o amor entre mãe e filho, marido e esposa e entre parentes. Esse amor baseado em relações físicas provém de motivos egoístas e de interesse próprio. Mas o amor pelo Divino é destituído de qualquer traço de egoísmo. É o amor somente por causa do amor. Isso é chamado devoção (Bhakti). Uma característica desse amor é dar e não receber. Em segundo lugar, o amor não reconhece qualquer medo. Em terceiro lugar, é somente por causa do amor e não por um motivo egoísta. Todos esses três ângulos do amor significam, em conjunto, Rendição (Prapatthi). Quando alguém se deleita nessa atitude de Rendição, ele experimenta a bem-aventurança do Divino.”
Sathya Sai Baba

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“O sândalo libera cada vez mais fragrância à medida que é continuamente moído. A cana-de-açúcar libera o suco à medida que é mais e mais mastigada. O ouro fica puro quando é derretido no fogo. Do mesmo modo, um verdadeiro devoto não vacilará em seu amor por Deus mesmo quando enfrenta problemas e obstáculos em sua vida. Deus testa Seus devotos somente para levá-los a um nível mais elevado na escada espiritual.”
Sathya Sai Baba

Lições de Alderico Damasceno

Por João MENDES Filho (para o Blog do Crato)


Acredito que uma grande homenagem que se presta a uma pessoa, seja historiar sua participação e contribuição na vida de cada um de nós.

Ultimamente vinha com vontade de contar uma história determinante na minha vida e de certa forma me arrependo de não tê-la feito enquanto o professor Alderico Damasceno lia este blog, porém segue abaixo:

Cursava eu a sexta série no Colégio Estadual Wilson Gonçalves, estando o professor dirigindo o mesmo.

Tinha um colega estudioso e inteligente de nome Assis Mendes, que havia sido convidado a participar de entrevista de seleção no Banco do Brasil, para ingressar em estágio como menor aprendiz.

Bem, certo dia o professor passa por mim e cita:

- Mendes, não esqueça da entrevista no Banco do Brasil, em data tal.

Ora, imaginem minha surpresa, pois não me enquadrava entre os melhores alunos, porém a partir dali começei a sonhar com possibilidade de adquirir uma moto, namorar moças bonitas, já que seria bancário...

Pois é, o professor, mesmo sem querer findou me pregando uma lição, de que a salvação de pobre é a educação, o que de fato aprendi.

Na hora da entrevista, o gerente com paciência e tolerância, falou:

- Seu nome não se encontra na relação, porém como você já se encontra aqui, por favor leia o artigo tal.

Claro que não fui aprovado, pois naquele momento era penetra, porém a partir dali, passei a encarar os estudos com seriedade e me enquadrar entre os alunos de destaque.

Agradeço ao professor Alderico Damasceno por ter participado da minha vida, profissão das mais nobres, pois alicerça o jovem na vida futura. Que Deus o tenha entre os bem aventurados.

Por João MENDES Filho (para o Blog do Crato)