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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial da Paz


O papa Bento XVI divulgou a Mensagem para a celebração do Dia Mundial da Paz, que acontece no próximo dia 1º de Janeiro de 2010. Com o tema “Se quiseres cultivar a paz, preserva a criação”, o pontífice enfatiza no texto a importância de respeitar a natureza, já que trata-se do “princípio e o fundamento de todas as obras de Deus”.

Bento XVI alerta para a crescente degradação ambiental que faz com que “vários países e regiões da terra, experimentem dificuldades cada vez maiores, porque muitos se descuidam ou se recusam a exercer sobre o ambiente um governo responsável”. Outro ponto frisado no texto é a questão da economia, que, segundo o pontífice “tem consequências de caráter moral”.

Sobre as mudanças climáticas, o papa chama a atenção para o uso de estratégias de desenvolvimento centradas em políticas idôneas para “a gestão de florestas, o tratamento do lixo, a valorização das sinergias existentes no contraste às alterações climáticas e na luta contra a pobreza”. Ainda segundo o pontífice “a mesma atenção se deve prestar à questão, hoje mundial, da água e ao sistema hidrogeológico global, cujo ciclo se reveste de primária importância para a vida na terra [...]”.

“Colado” do Blog de Farias Brito

Pensamento para o Dia 31/12/2009


“O homem, quando nasce, está equipado com um bilhete de regresso. Segurando-o em suas mãos, ele ganha e gasta, sobe e desce, canta e dança, chora e geme, esquecendo-se do final da viagem. Mas, embora ele se esqueça, o vagão da vida se move em direção ao cemitério, que é a sua última parada. Ela não traz nenhuma glória para o homem se ele está irremediavelmente ligado à roda de nascimento e morte. Sua glória e grandeza consistem em livrar-se de tal roda giratória.”
Sathya Sai Baba

Primeiro Cariri Encantado de 2010

Huberto Cabral, Luiz Carlos Salatiel e Carlos Rafael Dias apresentam o Cariri Encantado

O primeiro programa Cariri Encantado de 2010, a ser veiculado neste dia primeiro de janeiro, terá a seguinte programação:

Músicas:
- Canto Cariri, de Lifanco e Kael, com Lifanco e Lívia França;
- Maria e Marquim , de Eugênio Leandro e Patativa do Assaré, com Eugênio Leandro;
- Galope Diferente, de Jonteilor, Cícero Brasil e Edvânio Nobre, com Jonteilor;
- Borboletas Azuis (Asas de Jesus), de Dudé Casado, com Dr. Raiz;
- Lamento de um povo, de Luiz Fidélis, com Luiz Fidélis;
- Num truvejo de vontade, de Geraldo júnior, com Zabumbeiros Cariris;
- Flor do Pequi, de Cícero do Assaré e Jackson Bantim, com Herdeiros do Rei;
- O discurso, de Abidoral Jamacaru, com Dihelson Mendonça e Abidoral Jamacaru;
- Tinhozinho, de Luciano Brayner, com Luciano Brayner.

Textos e poesias de Carlos Rafael Dias, Lupeu Lacerda, Domingos Barroso e Carlos Drummond.

O programa Cariri Encantado é transmitido todas as sextas-feiras, das 14 às 15 horas, pela Rádio Educadora do Cariri AM 1.020 e veiculado na Internet por cratinho.blogspot.com, com apoio do Centro Cultural BNB e apresentação de Luiz Carlos Salatiel e Carlos Rafael Dias.

Se ligue!

Empresário Fernando Leite Lacerda Ingressou no Rotary Club de Crato

Dia 17 de dezembro de 2009, o empresário Fernando Leite Lacerda tomou posse no quadro social do Rotary Club de Crato, em plenária festiva realizada na sede do clube. A sua Esposa, também foi empossada como associada da Casa da Amizade de Crato, instituição que tem o seu quadro de assoiados, em sua maioria, constituído com as esposas dos rotarianos.

Fernando é o mais novo rotariano a ingressar no clube. É natural de Crato, Ceará, filho de José Leite Figueiredo e Etelvina Leite de Lacerda. Foi admitido no clube rotário com a Classificação: Combustíveis para veículos automotores varejo. O rotariano Francisco Fernandes Ferreira foi o seu proponente (padrinho).

O neo-rotariano é o proprietário do "Posto de gasolina BR Avenida", cursa o 5º semestre de Administração de Empresa. É Funcionário do Banco do Brasil (aposentado). É Diretor da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). Antes de ingressar no quadro de funcionários do Banco do Brasil, trabalhou no Banco da Bahia S/A, Cia de Cigarros Souza Cruz e Fábrica Fortaleza. Exerceu as funções de Diretor Administrativo da Cooperativa de Consumo dos Funcionários do Banco do Brasil; Presidente da Associação Atlética Banco do Brasil; Coordenador do Programa AABB Comunidade e Diretor do Sindicato dos Bancários.

Fonte: Blog do Rotary Club do Crato

COMPOSITORES DO BRASIL


Luiz Gonzaga

“Gênio é gênio”

Por Zé Nilton

Nunca havia me dado conta do significado de frases tipo - gênio é gênio e outras mais – tantas vezes pronunciadas na linguagem coloquial como forma de afirmar positivamente o substantivo em foco. Achava mesmo, como nos ensina a gramática, tratar-se de pura redundância e perfeitamente desnecessário o uso dessas expressões, principalmente na linguagem escrita. Dizer-se que “mãe é mãe”, “eu sou eu”, e vai por aí, deixa a gramática de beicinho. O mineiro ainda repete, na sua quietude, um “voltar prá trás”, um “entrar pra dentro”, mas aí é coisa de mineiro...

Há, contudo, um porém. Imagina se aquela empresa de Fortaleza, que há quase 60 anos vem dizendo na praça que lá “um pneu é um pneu” resolvesse, doravante, desobedecer a tal gramática. Quantos clientes não passariam a desconfiar de que alguma coisa anda errada com a mercadoria. Seria uma demonstração de falta de garantia para com o seu produto ? O negócio poderia sofrer perdas porque se estaria dessubstancializando a alma da propaganda? Agora deu: alma tem substância?

Bom, mas por que estou esticando nos prolegômenos ? Porque passei muito tempo querendo negar o artista, o cantor, o compositor, o homem que reinventou estilos musicais bebidos no caldeirão de nossa cultura, e que teriam se perdido não fosse ele - Luiz Gonzaga –, registrar em seus discos, a partir de 1942, junto com Humberto Teixeira.

Foi precisamente numa tardinha de outubro, de 1971. Estava na antiga Teleceará quando um homem forte, de paletó de linho branco um pouco surrado, de chapéu de couro entra repentinamente no recinto, e aos gritos, solta os cachorros, digo, os piores palavrões enquanto batia com força na mesa, fazendo subir todos os papéis, lápis, carimbos e a pressão sanguínea de seu Casimiro, o dedicado gerente (de saudosa memória) e dos que ali se encontravam.

- Estou desde 9 horas esperando a minha ligação para o Rio, e essa porcaria não completa! São todos uns irresponsáveis e incompetentes! Tenho negócios urgentes... E disse, e disse e disse a dos fins, como disse para os amigos quando tentou enfrentar o pai de sua namorada, aos 17 anos, numa feira em Exu.

Este primeiro contato, bem de perto, com o Rei do Baião, selou uma aversão, de minha parte, à sua figura, e sua música tornou-se proscrita aos meus ouvidos.

Depois de cinco anos, deixava o elevador e me encaminhava para a Av. Presidente Vargas, no Rio, quando, à minha frente, caminhava, lentamente, com o braço esquerdo sobre o ombro de um homem alto, magro e de poucos cabelos, o famoso cantador.
Apurei os ouvidos e ouvi bem este diálogo:

- Olha, preciso muito dessa grana; você sabe, nós vivemos disso, não tem outra coisa não, meu irmão. E olha que eu sou o Luiz Gonzaga...

Ao que o homem, voltando-se para ele, e postando-se bem à sua frente, disse-lhe:

- Não; você é um gênio da Música Popular Brasileira.

Chegando ao apartamento um dos colegas estava mostrando um LP de Luiz Gonzaga, que acabara de comprar, ao seu irmão. Já no banho, ouvia a música “Facilita” e os rasgados comentários da turma, sentada no chão, em torno do toca-discos, ao filho de Januário.

Outra vez ouvi a palavra gênio atribuída ao velho Lua.

E como gênio é gênio quem seria eu para continuar misturando as coisas. Imediatamente separei o homem, o grosso, o brabo, o Sr. Luiz Gonzaga do Nascimento, homem de negócios, do compositor, do cantor, do reinventor da música nordestina e brasileira – do gênio que fora o nosso “conterrâneo,” o sanfoneiro Luiz Gonzaga.

Tempo perdido aquele em que não compreendia que ao gênio tudo é permitido. Lindo, maravilhoso ler as proezas de Tom Jobim; celebração de respeito à reclusão de João Gilberto, e até o marido comemorou o beijo de Chico Buarque em sua mulher, na Praia de Ipanema.

Gênio é gênio, e com Luí, isto não é redundante.

O programa de hoje, Compositores do Brasil, presta uma justa homenagem ao Rei do Baião deixando ele mesmo falar de si.

Reproduziremos a famosa entrevista que ele concedeu ao jornalista Marcos Macena, gravada no Recife (entrevista intercalada com músicas), em que o Mestre Luiz Gonzaga fala sobre sua vida, filhos e música, quando fazia o caminho de volta para sua terra natal, Exu.

Não poderia findar o ano do programa em melhor estilo, já que dezembro é o mês de seu nascimento.

Quem ouvir, verá!

Programa: Compositores do Brasil
Pesquisa, produção e apresentação de Zé Nilton
Todas às quintas-feiras, às 14 h.
Rádio Educadora do Cariri
Apoio: CCBN

Feliz 2010!

Estamos entrando em um tempo novo: Ano novo, década nova.

Aparentemente, uma alteração no calendário não significa, a priori, uma mudança de rumo na vida e no mundo. Mas, individualmente, esse marco pode representar uma guinada para melhor na vida de cada um.

Para tanto, é preciso somente a vontade de mudança. Ou ter disposição para enxergar o mundo por uma nova ótica. Ou assumir uma postura diferente de vida.

A mudança pode até ser individual, mas nunca egoísta. Já disse o poeta: é impossível ser feliz sozinho.

Um novo mundo, um novo tempo, é sempre uma construção coletiva. Ninguém acorda só. Ninguém chora ou sorri solitariamente. Ninguém ama somente a si. Ninguém se salva sozinho. Qualquer projeto de ordem pessoal, por mais simples que seja o seu objetivo, sempre beneficiará os mais próximos. Um projeto individual pode ser o início de uma reação em cadeia e de alcance ilimitado.

Portanto, esse desejo de começar um novo tempo, uma nova vida, tão recorrente a cada ano novo, pode ser de fato o início de um novo ano, um novo tempo, uma nova vida, um novo mundo.

É o que desejo de coração para todos os amigos e leitores deste blogue.

Carlos Rafael Dias