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quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

A "contra-história" do Brasil

Qualquer pessoa – medianamente informada – observa que certos meios de comunicação, as universidades públicas e boa parte dos livros didáticos passaram a divulgar uma “contra-história” do Brasil.
Na visão de alguns historiadores, o que tivemos durante o período de colonização foi unicamente a exploração do nosso povo pelas “classes dominantes”. Alguns dos gloriosos episódios e boa parte dos grandes personagens da nossa história – tão decantados pelas gerações passadas – estão servindo agora apenas para um sentimento de culpa da nossa juventude, esta entregue à sanha desses maus brasileiros, fanáticos defensores da luta de classes.
O assunto é amplo e não pode ser esgotado num curto artigo como este.
Entretanto, gostaria de transcrever um pequeno texto de entrevista concedida pelo príncipe dom Luiz de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial Brasileira, que confirma o preâmbulo acima.

“Nossa história oficial vem sendo reescrita segundo os cânones de desgastadas correntes materialistas. E milhões dos nossos jovens são submetidos, a cada dia, ao ensino de uma “contra-história”. Aos poucos, através de hábeis artifícios psicológicos e propagandísticos, o brasileiro vai perdendo a legítima ufania de sua brasilidade.
Os brasileiros, deixando de estimar devidamente seu próprio País, estão sendo levados a se submeter, mais cedo ou mais tarde, às imposições provindas de qualquer organismo internacional, como se fossem a salvação da nossa Pátria. O Brasil acabaria por se envergonhar daquilo que os outros nos invejam”.

A quem interessa a disseminação dessa “contra-história”, que se alastrou também no cinema, na imprensa e na televisão? Tomemos um único exemplo. Todos sabem da exagerada proteção que as leis brasileiras garantem aos índios.
Basta dizer que – sem incluir a recente e discutida demarcação da Reserva Indígena Raposa-Serra do Sol – 350 mil índios brasileiros já ocupavam “reservas” que totalizam 95,8 milhões de hectares, perfazendo 11,34% do território nacional. Algo maior do que todo o território da França para uma população menor do Crato e Juazeiro do Norte juntos.
Os livros didáticos dos defensores da “contra-história” só apresentam o colonizador português (aí incluídos os missionários católicos) como “destruidores da natureza” e “opressores dos inocentes e inofensivos índios”. Ora, esses índios de “inofensivos” não tinham nada. Todos os historiadores do passado são unânimes em dizer que os indígenas eram belicosos, praticavam a antropofagia, possuíam escravos, depredavam a natureza, eram nômades, praticavam toda sorte de promiscuidade moral, inclusive matando os recém-nascidos portadores de defeitos físicos.
Pois bem, a “contra-história” apresenta os portugueses unicamente como “classe dominante” e os índios como” inocentes vítimas”. È isto que vem sendo passado para as novas gerações. E estas já chegam a ter vergonha de serem descendentes desses “bárbaros”. Este complexo de culpa está levando os brasileiros de hoje a aceitarem pacificamente a criação de territórios estrangeiros na Amazônia com o objetivo de “preservar a cultura indígena e evitar a destruição da natureza.”.
E assim, uma das maiores reservas minerais do mundo deixaria de pertencer ao Brasil, pois seriam usurpadas por organizações estrangeiras... Com o apoio de certa mídia e dos “inocentes úteis” que foram contaminados pela “contra-história” pregada pelos meios de comunicação, universidades públicas e livros didáticos...