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segunda-feira, 20 de julho de 2009

HONDURAS HOJE

Honduras continua uma pedra no sapato da chamada democracia Latino Americana. O golpe militar põe em dúvida este tipo de regime, em que os governos são eleitos pelo voto direto. Se não forem utilizados os argumentos que justificam um lado e outro temos o seguinte:

a) O governo Zelaya ampliou o conflito com grupos empresariais através de leis trabalhistas e do aumento do salário básico.

b) Acontece que a economia de Honduras se encontra inserida num balaio de frutas plantadas no território de diversos países cujos preços são ditados pelas grandes empresas americanas que se abastecem na agricultura local.

c) O aumento de impostos, normas trabalhistas e aumento do salário quebram a política regional das grandes empresas e Honduras passa a ter a pretensão de formar preços e condicionar custos.

d) Membros do staff de Bush Jr, em Honduras através do Embaixador Americano e da base militar com 500 militares e nos EUA com John Maccain (derrotado por Obama) e com Dick Cheney dão musculatura para a ruptura golpista.

e) Quando nos surpreendemos com a vigorosa resistência dos golpistas apesar de todas as condenações internacionais não se busque isto apenas internamente, mas na associação do valor das plantações com os remanescentes do antigo governo americano junto a um Obama afogado em problemas e muito cauteloso sobre o assunto.

f) Não foi sem razão que outro dia Obama elogiou Lula por ser um esquerdista que não provoca rupturas. Na verdade ele parecia apenas em diálogo consigo.

g) A solução do conflito hoje se encontra entre uma guerra civil (ZELAYA ANUNCIA QUE SE ENCONTRA DEFENITIVAMENTE EM HONDURAS) e uma intervenção armada externa no estilo do Haiti de Aristides.

h) A Zelaya a primeira solução é a que mais lhe interessa. Aos EUA a segunda opção é melhor, pois exclui os contendores num futuro próximo, mas Obama perdeu muito tempo e as convicções na OEA se firmaram contra o golpe.

i) Se Zelaya retomar o poder presidencial o fará na ponta de uma guerra civil, com muitos mortos e rupturas. O futuro imediato seria a formação de contras no velho estilo centro-americano.

j) O estabelecimento de um governo de ruptura em Honduras favorecerá a formação de uma política centro-americana com a Nicarágua e El Salvador. Nisso se encontra a maior motivação para a reação dos autores do golpe.

k) Neste momento também se testa a política internacional de Venezuela, Bolívia e Equador. A ruptura Hondurenha tem tudo de provocação com a atual política destes países.

l) O Brasil, Argentina e Chile têm muita importância, tanto em relação aos três países citados quanto em relação à Colômbia e Peru. O fator moderador em que um avanço em renda ocorra na América Central ocorra e se mantenha relativa cordialidade com Washington é do Mercosul.