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domingo, 4 de abril de 2010

A Filosofia em Aquarius - Por Luiz Domingos de Luna*

Outro dia, depois de uma viagem cansativa, já próximo da bolinha ainda azulada, na troca do chip, senti o peso do oxigênio nos pulmões, o cheiro do ar, a estratosfera com a sua gravitação a todo vapor, pedi ao navegador uma parada, o nosso GPS deu sinal de alerta! Impossível redução de velocidade. A aceleração é lei, é norma, precisa ser seguida, ao contrário entraremos em pane.
 
Fiquei muito preocupado, vez que, nós aquarianos não pensamos, como saberíamos que uma freada rápida iria causar uma colisão? Além do fato de estarmos a uma certa distância do Planeta Terra, logo, colisão com a terra nem pensar. Colisão com quem? Pensei! Na dúvida, coloquei minha luneta, na verdade quase perdi minha luneta, pois uma chuva de meteoros atacava intensamente a nossa nave. Um ataque calculado, intensivo, violento, ameaçador. Quem estaria no nosso encalço? Os terrestres com certeza não, eles não tem tecnologia para navegar a cem vezes a velocidade da luz, era o que constava no compudator de bordo.

Quem seriam então os intrusos? Cientistas? Filósofos? ETs? Ora, em Aquarius não existem filósofos, pois Aquarius é a própria filosofia, a nave mãe, Cientistas? Os nossos cientistas trabalham com programas previamente estabelecidos, o que, não é nosso caso – Rota: Aquarius- Terra.

Sobrou para os ETs, ora, nós temos um pacto com os ETs, por que estes iriam quebrar um pacto antigo e aceito, feito ainda no nosso processo existencial e que nunca foi violado por nenhuma das partes para a sobrevivência nossa e deles.

Como, por lei, na estratosfera, nós já temos o direito de pensar, vez que já é território dos terráqueos. Senti a entrada de um novo pensamento, um pensamento forte e dirigido ao centro do córtex cerebral – Que ataque que nada! Tudo isto é tão somente o lixo espacial deixado pelos humanos.

Lixo espacial?
- Sim, com Certeza.

Alguma dúvida?
- Todas.

Alguma certeza?
-Nenhuma.

Mas é assim que a coisa funciona.

*Professor –Aurora – Ceará
*Colaborador do Blog Cariri Agora

Os Discípulos de Emaús – Por Carlos Eduardo Esmeraldo

Numa das passagens mais bonita do Evangelho, o evangelista Lucas (Lc 24;12-35) nos revela que após a morte de Jesus, dois de seus discípulos, supostamente um casal, andavam de Jerusalém para Emaús, um povoado distante 11 km, quando Jesus se achegou perto, e começou a caminhar ao lado deles, sem ser reconhecido. Perguntou o que eles iam conversando pelo caminho. Os discípulos com o rosto muito triste, indagaram: “Por acaso és o único forasteiro em Jerusalém que não soubeste o que aconteceu a Jesus de Nazaré, um profeta poderoso em palavras e ações? Já faz três dias que os nossos chefes sacerdotes o entregaram para ser condenado à morte, e o crucificaram. Nós esperávamos que ele fosse o libertador de Israel.”

Os discípulos lhe contaram ainda, que algumas mulheres do grupo haviam visto o túmulo vazio, e que dois anjos disseram a elas que o mestre havia ressuscitado. Mas ninguém o tinha visto. Jesus, até então um desconhecido peregrino para eles, começou a lhes explicar o que dizia as Sagradas Escrituras a seu respeito. E quando eles chegaram ao povoado de Emaús, Jesus fez de conta que ia continuar a caminhada. Os discípulos disseram: “Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando.” Os discípulos estavam amedrontados e sabiam que era perigoso andar por aquelas estradas à noite.

Jesus aceitou o convite, e durante a ceia, ao partir o pão, foi reconhecido pelos discípulos. Como que por encanto, Jesus desapareceu. Os discípulos olharam um para o outro e perguntaram: “Não estava o nosso coração a arder quando ele nos falava pelo caminho?

E de repente, encheram-se de coragem e voltaram a Jerusalém para contar o que tinha acontecido aos onze apóstolos, que estavam reunidos. Receberam desses a afirmação de que o mestre havia realmente ressuscitado e encontrara-se com Pedro.

Que lições nós poderemos tirar dessa mensagem?

Em primeiro lugar, quantas vezes em nossas vidas já nos comportamos como os “Discípulos de Emaús”, cruzando com o Cristo Ressuscitado na pessoa do irmão carente, dos mendigos e excluídos da nossa sociedade, sem reconhecê-los? E o medo que se apodera de nós quando nos colocamos a caminho, ignorando que ao lado de Jesus, nada deveremos temer?

A narrativa do Evangelho nos ensina que o Cristo Ressuscitado poderá a qualquer momento ser encontrado na Bíblia Sagrada, na partilha fraterna do pão e no meio da comunidade reunida. O projeto de vida que Jesus nos deixou engloba todas essas características próprias de seus seguidores.

Vivemos numa sociedade de homens e mulheres de corações endurecidos e voltados para os bens materiais; e por isto, profundamente individualista.

Como seguidores de Cristo, deixemos que o Ressuscitado faça sua morada em nossos corações. Portanto, devemos trabalhar no sentido de transformar essa sociedade, tornando-a mais justa e solidária. Não será tarefa fácil, mas caminhando ao lado de Jesus, tudo será possível.

Fica conosco Senhor! É tarde a noite já vem, fica conosco Senhor! Somos teus seguidores também.” (Refrão da música “Os discípulos de Emaús” do Padre João Carlos. SDB: (http://www.youtube.com/watch?v=KWixLUmMWbg&feature=related)

Por Carlos Eduardo Esmeraldo