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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Luiz Carlos Salatiel - Emerson Monteiro

Ele, um desses iguais personagens advindos nas asas da ficção do Cariri, Luiz Carlos Salatiel. Surgido nesse mundo fantástico das terreiradas mágicas do chão nacional dos ancestrais, Luiz invade o salão das festas populares também para movimentar em si próprio a cena luminosa do hemisfério oriental de músicas, artes plásticas, literaturas. Arauto da alegria, sacode maracás do ritual dos caboclos desde tempos atrás, aos turnos dos festivais da canção do Parque Municipal a salões de arte e outras manifestações paralelas.
Depois, dormir ouvindo Luiz entrevistar os mestres Aldeni e Isabel, do Reisado da Vila Lobo, no programa Cariri Encantado da Rádio Educadora, fala de sonhos e viagens a universos da mística fundamental. Mergulhar às raízes da cultura nordestina, fincadas nos alpendres e solos medievais da Península Ibérica, patamares da tradição imorredoura que desfila atores altivos dos grupos de brincantes sob o comando de certos capitães alencarinos. Um tropel de cavaleiros andantes de armaduras luminosas, que percorre praças dos reinos transcendentais, defensores perpétuos de lendas e mitos, cantigas e naus catarinetas varridas ao vento de luas e castelos eternos, sombras rebrilhantes escorrendo nos prados verdes dos torneios, clarins, alazões pendoados e lanças coloridas.
Ainda que mais pretendesse contar das possibilidades impossíveis, falar das peripécias desse personagem ocuparia vasilhas enormes. Bom caráter, atípico, animador, surpreendente, cigano do inesperado, Luiz Carlos reúne vários Luiz Carlos Salatiel de Alencar num só Luiz Carlos. As paredes das programações individuais radiofônicas forçariam reservas para contê-lo num único projeto pessoal sem maiores resultados que dissessem quanto ele representa para nós em termos de artista incansável, paladino das lutas pelos valores infinitos da melhor inspiração.
Veja bem, o conteúdo criativo nesse audaz cavaleiro queima de intensidade o papel dos saltimbancos fellinianos, tipo móvel que brotou no Cariri e escreve, com seu itinerário, parábolas, pautas e andanças incríveis, códigos arcaicos nas encostas circulares da Serra. Viajou longe pela aventura da vida e aqui retornou como ninguém aos feitos da história particular das sagas prodigiosas, em versões assemelhadas às epopéias que reaviva nos roteiros das estradas de gado rompidas na lauta conquista dos sertões, pela Casa da Torre de Garcia D’Ávila.
Antes, há pouco, soube o quanto o repertório de palavras da pessoa acaba devendo para rabiscar com propriedade as contribuições de cada instrumento isolado ao conjunto harmonioso das orquestras. A pena traz dali, ajunta daqui, concentra esforços e nada. Bom, tudo isto na gravação de um comentário dos feitos notáveis de Luiz Carlos Salatiel sempre no propósito de acondicionar para o futuro os frutos culturais da nossa gente.

MARCHA PARA A OCIOSIDADE – por Pedro Esmeraldo

Às vezes, ficamos atormentados, um pouco perplexos, quando vimos situações adversas e abusivas aos costumes. Não alinham ao sistema político, não são apropriadas à prática moral. Sempre baseada de maneira vulgar para exercer a profissão política.

Não cuidam mais dos problemas sociais, só visam usufruir das benesses da administração ruidosa, já que preferem entregar os pontos e cair na orgia administrativa, agitados pelos comportamentos indignos, acometidos pelos políticos corruptos.

Ultimamente, o povo não se dedica mais ao trabalho. Permanece como um ausente indisciplinado, corrompido, o que faz afastar o cidadão de bem e que pode com gestos abusivos, dilacerar o bom costume.

Hoje em dia, ninguém ou quase ninguém leva nada a sério. A maioria dos trabalhadores é fraca a preguiçosa. É composta por grupos ociosos e amargos que vêm dilacerar o bom costume.

Não cumprem fielmente o seu dever com seriedade. Não se submetem a exercer com dignidade a sua profissão e com espírito de justiça e amor ao trabalho.

Nota-se que não conduzem no universo do homem trabalhador, muitos não tomam precauções com o equilíbrio moral, conduzindo o cidadão para seguir o bom caminho da retidão e da limpeza moral.

Alguns se dão ao luxo de freqüentar a escola e assim mesmo, quando a freqüentam é somente para justificar as autoridades para terem o direito de receber a bagatela do bolsa família, oferecida pelo Governo Federal.

E daí pensam na maneira diferente de não trabalhar, para permanecer com essa migalha, pois “o cidadão tem o direito de não exercer” cargo algum. Mal sabe esse pessoal (que não entende), que essa quantia que o governo oferece é somente uma pequena parcela de ajuda ao cidadão para adquirir recursos suficientes para complementar na compra do material escolar.

Considera-se isso um desaforo, um crime injustificável de lesa ao contribuinte.

Esses erros são provocados pelos falsos políticos que assolam os bastidores da política nacional e não orientam o povo para o cumprimento de deveres, no uso do bem e da verdade.

Por isso, é preciso evitar agrupamento de certas falanges desses políticos que vivem insuflando o povo para que seja um povo desequilibrado, ofertando e tirando das camadas sociais, viciando esses malditos homens, para que permaneçam arredios e contaminem o meio com gestos indecorosos, entregam-se à ociosidade.

Infelizmente não podem fazer nada, já que o homem está contaminado pelas bactérias nocivas com manchas de sangue contaminado e que provoca marcha e contra marcha em direção do caminho ocioso.

E agora, o que devem fazer? A não ser reagir com fortes jogadas acrobáticas a fim de poder sobressair no caminho da covardia com proteção ao meio social.

Crato, 27.10.2010

Artigo de autoria de Pedro Esmeraldo

Um vídeo golpista circula na internet - José do Vale Pinheiro Feitosa

Ontem a campanha de José Serra pregou o golpe de estado abertamente. O “udenismo” renasceu como nos anos 50, como farsa, igual às repetições da história, mas sem novidades, a farsa dominou a UDN especialmente com a turma do Carlos Lacerda. Como antigamente é a união de empresas de comunicação social, antigos quadros da ditadura militar, setores radicais da extrema-direita e quadros sólidos do PSDB, mas tomados de cegueira pelo poder.

Estou falando de um vídeo, chamado, Dilma 2012 – o fim está próximo, que apareceu nas páginas on-line do Globo, do UOL e do blog do Noblat e da Campanha de Serra sem qualquer condenação à pregação golpista. É um vídeo profissional, com roteiro bem construído por cineastas, de ficção futurista, que chupa o nome de um filme americano em que um meteoro bate na terra e são preparados submarinhos imensos para salvar apenas representantes do G8. Abandone-se o resto, a escória da humanidade, é a mensagem.

Aí começa o primeiro patamar da psicologia de massa, ele se destina à classe média brasileira insegura com a crise mundial do capitalismo, subliminarmente promete um submarinho apenas para ela. O segundo patamar são os alvos dos segmentos a se unir no golpe: igreja católica, militares, empresas de comunicação, os governadores do PSDB e o povo paulistano igual àquelas passeatas de 64.

O vídeo tem um pé tão atolado na lama do golpe de 64 que não perde o vício da subserviência aos americanos, quando chama a CNN para lhe dar uma mão. Passa a impressão para o ouvinte que já a tem às mãos. Do mesmo modo promove todos os “demônios comunistas” que iriam se aliar a Dilma: Hugo Chávez e o presidente do Irã, esqueceram Fidel, este já não tem mais apelo.

Os democratas têm dois caminhos possíveis. O primeiro é usar o mesmo método para confrontar os golpistas, mas denunciando-os à justiça como o melhor campo para que se dirimam dúvidas se esta pregação é aceitável num estado de direito. Ou convocar o candidato Serra a condenar o conteúdo do que está ali como um crime contra a própria biografia do candidato. As mágoas passam, mas os golpes destroem o futuro.

Em toda democracia moderna o seu curso num deixou de receber os ventos do extremismo minoritário. Quando esta o bem compreende, ele se torna apenas um ponto no campo vasto das ações democráticas.

PENSAMENTOS PARA OS DIAS


Pensamento para o Dia 29/10/2010
“Seres humanos comuns lutam para conquistar felicidade material e prazeres externos. Eles não procuram a bem-aventurança espiritual (Ananda) que o Atma, sua realidade interior, pode conceder. Eles perdem a grande oportunidade de experimentá-la e não tomam todas as medidas necessárias para esse propósito. A todo momento, sua atenção está voltada apenas para o mundo externo. Eles não se voltam para dentro. Olhar para fora é característica dos animais, não dos humanos. Os órgãos importantes da percepção dos sentidos do corpo humano—olho, nariz, língua etc.—todos se abrem para o exterior, a fim de manter contato com objetos externos. O Senhor Deus é a personificação da doçura indivisível (Rasa), a casa do tesouro da bem-aventurança, que pode ser conscientizado somente quando você olhar para o seu interior. Uma pessoa sábia se esforçaria gradual e constantemente em olhar para dentro de si e adquirir essa vitória da Bem-aventurança.”
Sathya Sai Baba


Pensamento para o Dia 28/10/2010
“A mente está envolvida em duas atividades: Alochana ou planejamento e Sambhashana ou diálogo. Ambos seguem linhas diferentes. Planejamento é a intenção de resolver os problemas que se apresentam diante da mente. Diálogo multiplica os problemas e confunde as soluções causando confusão e adoção de meios errados e prejudiciais para resolvê-los. A conversa interior e o palavrório controverso estendem-se desde a manhã até a noite, até que o sono tome conta da mente. Eles causam problemas de saúde e o início precoce da velhice. Os tópicos em que a conversa se baseia são principalmente as faltas e fraquezas dos outros e as suas venturas e desventuras. Esse diálogo permanente é a essência de todas as misérias do homem. Ele cobre a mente com a escuridão. Ele cresce descontroladamente, muito rapidamente, e suprime o verdadeiro valor da pessoa.”
Sathya Sai Baba

OS GRANDES CRAQUES DO PASSADO – por Pedro Esmeraldo

Ontem um senhor torcedor do futebol me reclamou porque deixei de citar nomes de alguns grandes craques do futebol passado.

De fato, cometi um erro, mas agora pretendendo relembrar-me de alguns jogadores que se sabe, saíram com a sua magia futebolística.

Tratam-se de homens que manipulavam o centro gravitacional do gramado, relato alguns jogadores que sabiam manusear a bola com perícia e eram capazes de praticar os mais hábeis dribles que deixavam a platéia derramada de alegria e faziam vibrações veementes no centro do campo.

No início dos anos 60, estando no Rio de Janeiro, tive a sorte de comparecer ao Maracanã e observar algumas jogadas geniais desses craques que passo a citar, agora, os nomes dos mais notáveis.

No Vasco da Gama, admirava muito o zagueiro Belini, as invertidas de Vavá, o endiabrado Almir, etc. No Flamengo, apesar de não gostar desse time, mas mesmo assim, o respeitava. Para mim, um dos grandes craques era o centro médio Zequinha. Homem simples, educado e grande craque na defesa do Flamengo e outro craque a quem admirava era o cearense Babá.

No Fluminense, ah, esse aí é osso duro de roer, porque era o time dos poderosos. Chamado time pó de arroz, já que possuia grandes craques e queria ser o mais elevado time do futebol brasileiro. Mesmo assim, admirava muito o Castilho, o Pinheiro, o médio Altair e outros jogadores.

Agora lembro o meu time, Botafogo. Ah, esse era um grande time, detentor dos maiores craques de futebol da época, era como a menina dos olhos do torcedor botafoguense, formados por Manga, Joel, Zé Maria e N. Santos, Arati e Bobe, Garrincha, Didi, Paulinho Valentim, Quarentinha e Zagalo.

Depois desses craques, surgiram os outros, como Zequinha, Rogério, Amarildo, Jairzinho, e Afonsinho, etc.

Também recordo de grandes jogadores que deixavam todos estonteados com suas jogadas e deveriam estar guardados na lembrança dos torcedores da seleção brasileira. Por esse motivo, falamos de Jair Rosa Pinto, Leônidas da Silva, o velho Chico, Friaça, Ademir, Domingos de Guia e outros.

Agora, passo a recordar melhor, desejando lembrar a formação da Seleção Brasileira de 1950, ou seja: Barbosa, Augusto e Juvenal, Bauer, Danilo e Bigode, o ataque era formado por Friaça, Zezinho, Ademir Jair e Chico. Com esse time o Brasil perdeu a Copa do Mundo em 1950.

Os jogadores se amedrontaram e foram barrados pelos gritos do uruguaio Obdulio Varela, que nos infringiu uma derrota humilhante dentro do Maracanã.

Crato-Ce, 28/10/2010

Artigo de autoria de Pedro Esmeraldo

Indecisos são apenas 4%, e Dilma mantém 12 pontos de dianteira, diz Datafolha

Pesquisa Datafolha realizada ontem voltou a indicar estabilidade no quadro da corrida presidencial, com Dilma Rousseff (PT) mantendo liderança de 12 pontos sobre José Serra (PSDB).

A diferença agora é que o percentual de indecisos caiu de 8% para 4% em dois dias. Essa redução nesse grupo de eleitores indica que há cada vez menos espaço para mudanças na tendência de favoritismo da candidata do PT.

O levantamento do Datafolha, encomendado pela Folha, foi realizado ontem em 256 cidades e com 4.205 entrevistas. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Quando se consideram os votos válidos, Dilma manteve os mesmos 56% que obteve nos levantamentos de terça-feira (dia 26) e quinta-feira (dia 21). Serra também ficou com seus 44% registrados nas últimas duas sondagens.

Fonte: Folha.com