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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Rio de Janeiro: tudo pode ficar pior - José do Vale Pinheiro

Quando o helicóptero da Rede Globo, da distância protegida, fechou um zoom imenso sobre o terreno de mata que separa o Complexo da Penha do Complexo do Alemão, focou o ódio de toda a sociedade brasileira.

Um ódio simultaneamente formulado num passado de preconceitos contra pobres e favelados e outro mais sutilmente construído pela psicologia de massa do cinema americano. Mesmo quando mostram loucos no gatilho, o cinema americano tem um prazer estético de eviscerar a destruição capaz pelas armas de fogo. Afinal são grandes comerciantes de armas de destruição.

Muita gente vendo a cena daqueles homens em fuga, carregando armas e mochilas de munição, imaginou alguma algo tipo um Rambo da vida ou um Apocalipse Now, com helicópteros surgindo por sobre o morro, cuspindo balas mortais sobre aqueles desesperados em fuga. Uma varredura de balas destrutivas deixando uma esteira de mortos como as pedras de uma fileira de dominós caindo.

Isso é o que se teme no caso do Rio de Janeiro: a mortandade provocada pelas forças de segurança. Tão criminosa e condenável qual aquelas perpetradas pela ditadura militar. Igualmente se deixaria de justificar toda a juventude e a justa luta de pessoas como Dilma Roussef que foram para organizações clandestinas lutar contra as forças de repressão.

Todos aqueles que pegam e pegaram em armas nas comunidades pobres do Rio de Janeiro têm o direito sagrado à vida e as forças policiais não têm nenhum apoio legal de tirar-lhes a vida. Uma força do Estado de Direito, realmente tem que levar estes homens armados a se renderem e a serem julgados. Nenhum policial, de qualquer patente está autorizado a executar qualquer prisioneiro, a promover tortura e tampouco a dar vazões, por mais razões psicológicas que tenham no campo, ao espírito vingativo.

O soldado para ser diferente do criminoso é aquele que age dentro da lei e para proteger a todos. Por isso continua um clima de muita apreensão de hoje à noite até os próximos dias, especialmente em face do final de semana. O que acontecerá no campo de operações para que se evitem amontoados de cadáveres? Mesmo os blindados não poderão usar suas armas mais potentes, pois seria a destruição física das moradias e da vida de pessoas pacatas.

Uma carnificina, um incursão vingativa, mudaria o patamar militar da ação destas milícias. O crime organizado é um comércio organizado. Violento, mas comércio. Uma sociedade com ódio dentro de si cria uma cadeia de violência numa escalada em que começam aparecer homens bomba, carros explodindo e destruindo muitas vidas. Os danos de violência serão sempre terríveis: Colômbia, México, o Oriente Médio, a Índia e assim por diante.

Todos devem perceber que as ações criminosas nas ruas ou são da esfera do assalto clássico a motorista ou a queima de veículo, sem provocar vítimas. Ainda está assim e é bom que esse seja o limite das ações de vingança dos bandidos. Isso depende muito do comportamento legal da forças de segurança envolvidas nesta guerra. Depende do Presidente Lula, da Presidente eleita e do Governador Cabral. Nenhum Ministro, Secretário ou comandante poderá agir fora a esfera política e esta esfera é uma só: a proteção da sociedade, especialmente da população que se encontra na área de conflito.

Retorno ao assunto, reforçando um pouco o que o Zé Flávio disse no texto que escreveu com referência a esta guerra.

Os vândalos do semi-árido demoliram a Escola do São José


Creio que para tomar decisão, tem de agir, possuindo conhecimento de causa e equilibrar ações, pregando o bom desempenho em todo serviço prestado à comunidade.

A questão é que muita gente só tem cabeça porque prego tem, isto é, só serve para levar pancada.

Dizem que quando ladra o cão, a caravana passa e eu estou metido nesse meio. Como um cidadão servil e honesto, digno e de valor, pois sou favorável a conservação e o respeito às coisas públicas.

Não ando conversando disparates com ninguém e nem utilizo artimanhas fraudulentas para adquirir farturas.

Não procuro ser rico, porque para mim a riqueza é supérflua. Não venham pronunciar desculpas esfarrapadas dizendo que a escola estava fechada há sete anos. Isso é pura balela de pessoas fracas que não tem razão para desculpar-se.

Afirmo que foi ocupada por marginal, mas declaro que por várias vezes a polícia vistoriou o prédio e nada encontrou, a não ser sujeira.

Neste momento, passo a dizer a esse digno senhor orelhudo, sem tecnologia e sem conhecimento dos fatos, que emprega um português macarrônico é pessoa desrespeitadora da consciência alheia.

Agora repito que essa escola não foi fechada há muito tempo não, como dizem. Essa escola foi fechada por um senhor assombrado e incongruente (vindo não sei de onde).
Logo após a queda da doutora Fabíola da Secretaria de Educação, aconteceu o inesperado, que foi o fechamento da escola.

Antes disso, houve uma desavença entre uma senhora da sociedade cratense com as três professoras, que culminaria com a transferência dessas professoras para outra escola mais distante.

No ano seguinte, a escola funcionou novamente com uma professora que amenizava em parte o sofrimento das mães dos alunos, mas não era favorável por completo. Em outras ocasiões muitos tiveram de deslocar-se com seus filhos pra escolas distantes de suas casas.

Depois da saída da doutora Fabíola, o movimento da escola começou a mudar, mas mudar para pior e denegrir a aprendizagem do aluno. Quando acabou apareceram os manda-chuvas que se dizem santinhos e querem é mesmo aparecer, mas com a mente contaminada de embusteiro, dando desculpa, querendo tapar o sol com a peneira. Por essa ocasião, os pais escolheram levar seus filhos para a escola de Juazeiro do Norte.

Lá tem de tudo, motivação, serviços médicos, esportivos para satisfazer a educação física dos alunos. Aqui no Crato nada tem, além de mexerico, intriga e bajulação, não possui motivação alguma; tudo está ao Deus dará e ainda de quebra desrespeitam os professores, como aquela história que contei acima.

Não posso entender como é que um cidadão se diz honesto sem respeitar o patrimônio público e quando acaba se deixa levar pelo caminho de devassidão e destempero administrativo? Vive provocando os homens com palavras ásperas e depois se apresenta com gestos mordazes e ainda diz que não tem aluno e que fez um bem para o município e para a sociedade?

Que senhor é esse que não respeita as leis e vive manipulando pessoas bajuladoras para praticar o mais absurdo dos crimes, que é a demolição de um patrimônio público?

E agora o que resta fazer? Acho que não dá em nada, pois o Brasil, principalmente o Crato, está acorrentado por uma forte força de repressões e ainda confirmo, a maior parte dos políticos vive em conluio junto aos chefões da cidade.

Crato-CE, 24/01/2010.

GUERRILHA DA OUSADIA E DA INSUBMISSÃO!!!

2ª GUERRILHA DO ATO DRAMÁTICO CARIRIENSE
TEATRO RACHEL DE QUEIROZ - CRATO - CEARÁ - BRASIL
DE 5 A 27 DE NOVEMBRO DE 2010

PROGRAMAÇÃO PARA SEXTA-FEIRA, DIA 26.NOV.2010

19h00min - ARMADILHAS (Livre, 40min)
Cia. Armadilhas Cênicas, de Crato-CE


20h30min - NAS GARRAS DO CAPA-BODE (Livre, 35min)
Cia. Wancilu’s Gat Produções, de Crato-CE
 

Chegamos aos últimos dias de nossa gloriosa programação. Não fizemos outra coisa senão declararmos, com arte, devotado e imenso amor à região e ao povo que aqui derrama seus risos, suas lágrimas, seu suor e sua coragem de seguir bravamente em busca da felicidade.

Desde 2009, vimos pelejando na afirmação e defesa das artes cênicas caririenses, crendo que somente a partir da conquista de espaço e reconhecimento em nossa própria terra poderemos ocupar soberana e respeitosamente o coração e o aplauso de outras plateias, de outros povos, assim como continuaremos calorosamente a receber artistas de lugares os mais distantes.  

Somos quase 30 companhias de teatro, dança e circo. Todos do Cariri! Reunimos cerca 400 atores, bailarinos, artistas circenses, dramaturgos, diretores, coreógrafos, técnicos e produtores, em sua grande maioria com registro profissional e vasta trajetória no cenário cultural caririense e brasileiro. A Guerrilha é luta, é talento, é ousadia, é insubmissão, é inclusão!


PROGRAMAÇÃO PARA SÁBADO, DIA 27.NOV.2010

17h30min - Ônibus Juazeiro do Norte/Crato: BUZU-TEATRO (Livre, 25min)
Comunidade Oitão de Teatro, de Juazeiro do Norte-CE

19h00min - AFRODESCENDÊNCIA (Livre, 30min)
Cia. de Dança Vid’Art / Projeto Nova Vida, de Crato-CE

19h30min - O VELÓRIO SHOW (12 anos, 60min)
Cia. dos Sem, de Juazeiro do Norte-CE

20h30min - Seminário “Teatro Brasileiro Caririense”
Entrega de Certificados e Outorga do Troféu Juscelino Leal Lobo Júnior

22h00min - LIFANCO: SHOW VALORES CULTURAIS

Agradecemos aos que nos prestigiaram e prestigiam, àqueles que se orgulham dos artistas e da arte produzida neste sofrido torrão de resistência. A Guerrilha é do Cariri e é no Cariri!

Cacá Araújo
Coordenador Geral
(88) 8801.0897 / (88) 9960.4466 / (88) 3523.7430 / (88) 3523.2168

Realização:
Sociedade Cariri das Artes
Sociedade de Cultura Artística do Crato
Cia. Cearense de Teatro Brincante
Companhias de Teatro, Dança e Circo do Cariri

Patrocínio:
Prefeitura Municipal do Crato
Secretaria de Cultura do Crato
Banco do Nordeste