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terça-feira, 3 de junho de 2008

As voltas que o mundo dá - por Armando Lopes Rafael

"Você diz que devo morrer e que nada restará do meu nome, mas as canções que cantei serão cantadas para sempre". (Huexotzin, príncipe asteca - 1484)

Em 1917 os bolcheviques tomaram o poder na Rússia. Por ordem expressa de Lenine, o Czar Nicolau II, sua esposa e filhos foram impiedosamente e traiçoeiramente fuzilados. Com esses assassinatos, Lenine julgava que faria desaparecer, nas brumas da história, a instituição monárquica russa. Hoje sabemos que ele e seus asseclas deram com os burros n’água!
Os comunistas foram responsáveis pelo mais antinatural e desumano regime político que o mundo já conheceu. Segundo “O Livro Negro do Comunismo” mais de cem milhões de pessoas foram assassinadas para a manutenção desse regime, nos países onde se instalou. De 1917 a 1989, o socialismo real dominou as populações da União Soviéticas (e dos paises vizinhos anexados pela finada URSS, que formavam a Cortina de Ferro) à custa do chicote e das baionetas. Nessas sete décadas, os comunistas usaram a tecnologia para escravizar; o poder para oprimir e a mídia para manipular e mentir. Praticaram atrocidades as mais diversas. Uma delas foi o assassinato do Czar Nicolau II. A partir de 1918 ninguém mais, na Rússia, falou sobre a família imperial.
Em 1989, após a queda do Muro de Berlim, o povo russo recuperou a liberdade perdida. Muitos, a partir daí, principalmente na universidade, se voltaram para restaurar as verdadeiras origens do que eles chamam “Mãe Rússia”. Ocorreu então a volta triunfal da memória do Czar Nicolau II e de sua família.
Primeiro iniciaram uma campanha para localizar os restos mortais do Czar e familiares. Após longas pesquisas conseguiram encontra-los. Depois forçaram o governo de Yeltsin a sepultar condignamente os venerandos despojos, com um pedido de perdão pela atrocidade cometida. Isso aconteceu em 17 de julho 1998, na Catedral de São Pedro e São Paulo, em São Petersburgo, onde estão enterrados os demais Czares. Devido ao interesse pelos Romanov (família imperial que reinou na Rússia de 1613 a 1917) farta literatura vem sendo publicada sobre eles. A atual bandeira tricolor da Rússia voltou a ter a águia bicéfala dos tempos da Monarquia. Em 19 de agosto de 2000 durante a festa da Transfiguração, Nicolau II e a família imperial foram canonizados, como mártires do comunismo pela Igreja Ortodoxa. O cinema adiantou-se à decisão dos bispos com «Os Romanov, Uma Família Imperial», filme de Gleb Panfilov. Ainda mais popular é o último disco de Elena Bogusheskaya, cantora de renome na Rússia, que lhe dedicou todas as canções e ainda pôs na capa uma imagem de Nicolau com uma aura dourada à volta da cabeça.
Hoje sabemos que matando o Czar e sua família os comunistas deram-lhes o direito de voltar. Tem um pensamento russo que diz: “Tudo volta. Tudo”. Já no evangelho de João 12:24 também está escrito: “Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo caindo na terra, não morrer, fica ele sozinho; mas se morrer produz muitos frutos”. Maria Stuart, outra rainha assassinada, escreveu: “Em meu fim está meu começo”. É este o caso de Nicolau II. Recentemente noticiou-se que será enterrada a múmia de Lênin, exposta no Kremlin. Enquanto isso o túmulo do último Czar, na Catedral de São Petersburgo, recebe flores, todos os dias, por parte das novas gerações russas. São as voltas que o mundo dá...

Da série: Coisas do Brasil

Sem fábrica. E sem pequi!

(O GLOBO - Carlos Alberto Sardenberg)

Deu numa pesquisa da Nielsen: no ano passado, nada menos que 600 mil domicílios brasileiros passaram a comprar refrigerantes.
É isso mesmo: não compravam, ganharam renda e passaram a consumir refrigerantes.
Todos os dados confirmam. Cresceu a produção dos fabricantes de bebidas e a renda do trabalhador, segundo dados do IBGE, está em clara recuperação. O consumo das famílias está crescendo mais que a expansão do Produto Interno Bruto.

Confiante na manutenção desse quadro, a AmBev resolveu instalar mais uma fábrica no país. Topou com os obstáculos à brasileira.
A empresa escolheu o município de Sete Lagoas, em Minas, para construir a nova planta. Comprou o terreno, por R$ 3,5 milhões, e anunciou um investimento total de R$ 240 milhões, com a criação de 800 empregos diretos e 1.200 indiretos.


Dançou


O terreno tem 410 árvores de pequi.
Na solicitação das licenças, verificou-se que estava em vigor uma lei estadual que ninguém sabe bem como foi aprovada.
Mas foi. E diz que é proibido cortar árvores de pequi.
A AmBev propôs então plantar dez mil pequizeiros, em lugares indicados pelos órgãos ambientais, em substituição aos 410 do terreno.
Não pode. O Ministério Público Estadual embargou os processos de licenciamento ambiental, pois a lei não prevê a substituição. Diz apenas que não se pode cortar uma árvore sequer.
A prefeitura de Sete Lagoas e lideranças locais ainda estão tentando mudar o quadro. Foram a Belo Horizonte apoiar um projeto de lei que estabelece a regra da substituição (dez árvores plantadas para cada uma arrancada, menos do que a proposta da AmBev). Mas o projeto acabou saindo de pauta, porque foram apresentados vários substitutivos, provavelmente tentativas de aproveitamento político do episódio.

O fato é que a companhia está procurando terreno em outro lugar
Vai acabar saindo a fábrica. A AmBev é uma enorme companhia, pode absorver sem dificuldades esse tipo de prejuízo e, afinal, o mercado continua aí. Para a população de Sete Lagoas, porém, o prejuízo será irreparável, caso a empresa se decida por outro município, como parece.
Para salvar 410 pequizeiros, Sete Lagoas terá perdido uma fábrica, empregos, renda, impostos e... 9.590 árvores de pequi.
Estupidez serve para definir a situação? Podem procurar: situações como essa se repetem pelo país todo, no micro e no macro. Com uma agravante: empresas grandes têm recursos e pessoal para lidar com essas adversidades. Pequenos e médios empresários simplesmente ficam pelo caminho.
Esses problemas se tornarão cada vez mais evidentes. Em um país com inflação de 5% por semana, moeda mudando de tempos em tempos, demanda lá embaixo, esses fenômenos microeconômicos eram a última preocupação.
Na medida, porém, em que foram controladas as principais variáveis macro (inflação domada — estamos discutindo se será de 4,5% ou 5,5% neste ano — contas externas resolvidas e contas públicas equilibradas, embora à custa de dívida e impostos, crédito restabelecido), aqueles fenômenos passam a ser os mais importantes.

Aqui aparecem essas legislações simplesmente absurdas, que provocam o resultado contrário. Pois está claro que empresas informais, por exemplo, não vão perguntar aos órgãos ambientais se podem trocar um pequizeiro por dois mil novos.
Provavelmente ninguém contou, mas sou capaz de apostar que existem hoje em Minas menos pés de pequi do que havia antes da promulgação da lei.
Pressão Quando o presidente Lula e seus ministros garantem que não faltará energia nos próximos anos, estão contando com o suprimento de três novas usinas hidrelétricas, as de Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira, e a de Belo Monte, no Xingu.
As duas primeiras têm licença prévia, foram licitadas, mas não têm as demais licenças necessárias para o início da obra. Belo Monte não tem sequer a primeira.
Ainda assim, o governo diz que Belo Monte será licitada no ano que vem e que as obras das outras duas começam este ano. E conta com a energia destas já a partir de 2012.Se isso não acontecer nesses prazos tão rápidos para obras tão grandes, vai faltar energia.
É esta a primeira pressão que está posta sobre o novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. A mesma que contribuiu para o desgaste de Marina Silva.

Lista suja do TCM vai mexer com o mundo político


A chamada lista suja do TCM vai mexer e remexer com o mundo político do Cariri. Aqui, são dezenas de nomes na lista divulgada pelo Tribunal de Contas dos Municípios. Em Juazeiro do Norte, estão na lista Raimundo Macedo (atual prefeito) e os ex-prefeitos Carlos Cruz e Mauro Sampaio.

No Crato, Walter Peixoto, Antonio Primo de Brito e Moacir Siqueira, todos ex-prefeitos. Em Barbalha Rommel Feijó figura na lista.

Confira alguns nomes:

Antonio Primo de Brito

Walter Peixoto

Moacir Siqueira

Rommel Feijó

Inaldo Sá Barreto

João Hilário

Luciana Brito

Sineval Roque

João Eufrásio

Mauro Sampaio

Carlos Cruz

Ana Paula Cruz

Vicente Alencar

José Leite Landim

Márcio Martins

Aronio Lucena Salviano

Humberto Germano

Valndevelder Francelino

Helosman Sampaio de Lacerda

Veja todos os nomes no site do TCM
www.tcm.ce.gov.br

Contas desaprovadas podem deixar ex e atuais prefeitos fora da eleição

Nomes de peso da política da Região do Cariri estão na relação de nomes entregues, nessa segunda-feira, pelo Presidente do Tribunal de Contas dos Municípios, Ernesto Sabóia, à Procuradora-geral de Justiça do Ceará, Socorro França. São nomes de ex e atuais prefeitos com contas desaprovadas ou crime de improbridade administrativa que poderão ser inelegíveis. Uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com o apoio dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) da maioria dos 27 estados brasileiros, recomenda que, quem tem conta desaprovada, não receba o registro da Justiça Eleitoral para ser candidato.

A lista suja do TCM tem atuais prefeitos do Cariri que tentam a reeleição, como Raimundo Macedo (Juazeiro do Norte) e Rommel Feijó (Barbalha). A lista é composta, ainda, pelos ex-prefeitos Carlos Cruz (Juazeiro), Walter Peixoto (Crato) e Antonio Roque de Araújo (Sineval Roque), ex-prefeito de Antonina do Norte e, também, pré-candidato a prefeito do Crato. O advogado Vicente Aquino, com atuação na área eleitoral, é taxativo: ''quem tem contas desaprovadas dificilmenete será candidato. Essa é a recomendação da Justiça Eleitoral, mas cada caso tem as suas diferenças e serão apreciados dentro da legislação. Ou seja, nem todos os casos podem ser de candidatos inelegíveis'', expôs Vicente Aquino, ao conversar com a reportagem do Jornal do Cariri.

Outro nome que chama na lista do TCM é o do ex-prefeito Crato, Antonio Primo de Brito, que tem o maior número de processos por improbidade e contas desaprovadas. São 50 contas desaprovads de Antonio Primo. A desaprovação de contas e crimes de improbidades administrativas de Antonio Primo, segundo Ernesto Sabóia, são ligados, em sua maioria, a contratação de servidores sem concurso. A lista entregue por Sabóia ao Ministério Público Estadual será, também, enviada à Justiça Eleitoral que irá analisar todos os pedidos de registro de candidaturas após as convenções municipais.

As campanhas sobre a honestidade, ética e retidão dos candidatos às eleições ganham corpo em todo o País e, no Ceará, não é diferente. Foram lançadas cartilhas pela Procuradoria Regional Eleitoral e pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) com recomendação aos eleitores que escolham candidatos a prefeito e a vereador que tenham ficha limpa e não tenham envolvimento com casos de corrupção. As campanhas contribuíram para os Tribunais de Contas dos Municípios, dos Estados (TCEs) e da União (TCI) agilizarem a lista dos ex ou atuais agentes públicos que têm contas desaprovadas e querem concorrer às eleições deste ano. A primeira lista do TCM já saiu. Agora, é esperada a lista do Tribunal de Contas da União (TCU).

O "rapidinho" e "de volta à indústria da multa"


Em Crato, quem desce de carro pela Avenida Maildes Siqueira (no sentido Parque de Exposição-bairro Granjeiro) é obrigado a encarar um sinal de trânsito na Praça Alexandre Arraes. Apelidado de “rapidinho”, esse sinal – quando abre – fecha tão ligeiro que só permite a passagem em média de três veículos. É só conferir...

Enquanto isso,na última segunda feira, dia 2, justo na pouca movimentada Avenida Maildes de Siqueira, estava postado um agente do trânsito multando quem fazia o retorno em frente ao Parque de Exposição.

O Demutran colocou placas proibindo o retorno naquele trecho, medida adotada sem necessidade já que o tráfego ali é pequeno. Será que o prefeito Samuel Araripe sabe o que está ocorrendo? São muitos os condutores de veículos que andam reclamando do retorno da indústria da multa. E justo este ano, quando teremos eleições municipais!

Muitos condutores já estão recebendo as notificações dessas multas, que vêm com a seguinte anotação: “Pontuação 7: gravíssima”.

Onde anda o bom senso do Demutran? Bom lembrar que, no início do ano, o prefeito Samuel aprovou lei anistiando as centenas de multas, o que lhe grangeou simpatia por parte dos proprietários de veículos, que são muitos. Mas, agora, vem de novo o Demutran recomeçar as antipáticas medidas inóquas. Até parece que estão querendo prejudicar a boa imagem do prefeito...