Seja colaborador do Cariri Agora

CaririAgora! é o seu espaço para intervir livremente sobre a imensidão de nosso Cariri. Sem fronteiras, sem censuras e sem firulas. Este blog é dedicado a todas as idades e opiniões. Seus textos, matérias, sugestões de pauta e opiniões serão muito bem vindos. Fale conosco: agoracariri@gmail.com

domingo, 9 de maio de 2010

Duas mulheres, duas mães! – Por Carlos Eduardo Esmeraldo








H
oje, este domingo é denominado dia das mães. Mas eu considero como dia das mães todos os dias do ano, dos séculos e séculos sem fim, amém! Porém, ao despertar, lembrei-me de duas mães especiais: a minha mãe e a mãe dos meus três filhos. Através delas, nesse dia, rendo minhas homenagens a todas as mães do mundo.

A minha mãe se estivesse viva, completaria em breve 110 anos! Isto mesmo! Ela nasceu em 1900, ainda no século XIX, numa época em que as mulheres do Crato pouco ou quase nada estudavam. Ela possuía apenas o curso primário incompleto, mas para mim, jamais vi uma pessoa tão sábia. Fui o seu décimo sexto filho, dos quais, seis já haviam morrido ainda crianças.

Fui educado por minha mãe com muito amor e pequenas doses de provérbios, preciosos conselhos, que ainda hoje norteiam minha vida. “O mato tem olho e as paredes têm ouvidos.”; “Casa teu filho, com a filha do teu vizinho”; “Ver, ouvir e calar: vida tranqüila tu terás!” Repetia isto várias vezes quando tive de ir estudar em Salvador, onde residiria com uma tia.

Jamais a minha mãe me surrou como era a pedagogia dos pais de então. Quando fazia alguma traquinagem digna de uma boa surra, ela nos dirigia um olhar diferente que penetrava em nossa alma e doía mais que mil chicotadas. Mas aquele olhar ficou guardado na minha memória para sempre...

Foi através da minha mãe que, pela primeira vez na minha vida, ouvi falar de Jesus. E enquanto eu brincava, ela se sentava por perto e contava tantas histórias sobre Ele, que quando eu fui ler os Evangelhos, já os conhecia por completo, pela voz da minha mãe.

A outra mãe a quem também dirijo esta homenagem é Magali, a mãe dos meus filhos. Minha fiel companheira há mais de trinta e sete anos, soube também distribuir amor, educar e formar nossos três filhos, que hoje são para nós dois, motivo de muito orgulho.
Meiga, suave, delicada, todos que conhecem Magali notam que ela é possuidora de uma educação que foi forjada no berço familiar e irradia isso para todos que dela se aproximam.

Estas duas mulheres são para mim modelo de mães. Ah! Como seria maravilhoso se todos os filhos honrassem suas mães em todos os dias da vida!

Por Carlos Eduardo Esmeraldo

Homenagem a minha mãe- por Magali de Figueiredo Esmeraldo

Hoje, dia das mães, é a data em que os filhos querem presentear suas mães em agradecimento ao amor, carinho e dedicação que todas elas têm pelos seus filhos.

O dia das mães deveria ser comemorado diariamente, não com presentes materiais, mas com amor, carinho, atenção e sempre valorizando a mulher, que enxerga em cada filho um presente de Deus. Toda mãe dedica aos filhos um amor incondicional.

Nesta data está completando dois meses que a minha mãe faleceu. A saudade é grande, mas sei que ela cumpriu sua missão na vida sendo esposa e mãe exemplar.

Maria Eneida de Figueiredo, minha mãe, casou com meu pai Aníbal Viana de Figueiredo e conseguiram completar sessentas anos de vida a dois. Foi uma longa convivência, que mesmo com as dificuldades enfrentadas, procuraram viver da melhor forma possível. Este foi um casamento de muita união fundamentada no amor. Acredito que eles colocaram nos alicerces da família as palavras de Jesus: “quem ouve as minhas palavras e as põe em prática, é como um homem prudente que construiu sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as enxurradas, os ventos sopraram com força contra a casa, mas a casa não caiu, porque fora construída sobre a rocha.” (Mt 7,24-25) O matrimônio dos meus pais foi construído sobre a rocha do amor e das bênçãos de Deus. Portanto não poderia deixar de ter sido uma união feliz.

Após a partida do meu pai, a saúde da minha mãe foi se agravando e depois de três anos e dez meses foi a vez dela ir ao encontro de Deus.

Do casamento de meus pais nasceram oito filhos. Lembro-me sempre de toda a dedicação da minha mãe cuidando dos filhos e, ensinando a todos eles o caminho do bem. Ela procurou passar para os filhos os valores morais e cristãos, através do seu testemunho de vida. Uma mulher digna, de muita fibra, que ao longo da vida nos ensinou que o mais importante do que riquezas materiais é o amor ao próximo, o respeito pelas pessoas e a honestidade. Sempre nos incentivou a estudar e a cumprir com nossas obrigações de estudante.

Eu admirava muito o otimismo e a simpatia dela, sempre com um sorriso nos lábios. Por essa qualidade, construiu muitas amizades, pois com a sua alegria e delicadeza atraía muitos amigos. Aprendi com ela que devemos ser fiéis aos amigos e à família. Com o seu exemplo, nos ensinou a respeitar o ser humano, independente da sua condição social.

Tenho muita gratidão pelo amor que ela nos dedicou e os ensinamentos deixados, todos com o objetivo de nos tornar pessoas ajustadas, condição necessária para construção de uma sociedade melhor.
Agradeço a Deus por ter tido uma mãe tão amorosa e dedicada. Pela memória dela homenageio a todas as mães.

Por Magali de Figueiredo Esmeraldo