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sexta-feira, 18 de julho de 2008

Brasil real, Brasil verdadeiro


Notícia divulgada no site “Administradores.com.br” :
A diferença entre o menor e o maior salário no Brasil, dos servidores públicos, é de 187 vezes. A conclusão é do relatório Hierarquia e Desigualdade Salarial na Administração Pública Brasileira, divulgado na quinta-feira pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). A diferença de salários no funcionalismo público é de 187 vezes, sendo que a maior remuneração registrada foi de R$ 28 mil e a menor, de R$ 175.

MEU COMENTÁRIO:

Nem sempre tivemos no Brasil desníveis salariais assustadores.
No Império brasileiro, a diferença entre o maior e o menor salário era incomparavelmente menor do que em nossos dias.
Em 1860, por exemplo, o maior salário de servidor público era o de um senador, que recebia por mês 300 mil réis; um deputado percebia 200 mil réis; um desembargador, 250 mil réis; um juiz, 133 mil réis; um vice-almirante, 232 mil réis, um catedrático de ensino superior, 167 mil réis. Um professor secundário no Colégio Pedro II, 83 mil réis; um professor primário, 67 mil réis; um escriturário, 50 mil réis; um contínuo ou um servente, 45 mil réis; e, por fim, um “africano livre”, o trabalhador não-qualificado que menos ganhava, 25 mil réis.
(Cfe. Esio de S. Macedo “finanças Públicas do Brasil” (1860-1959), in “Revista de Finanças Públicas do Ministério da Fazenda”, maio-junho de 1960, página 15).
A realidade: o maior salário - na época do Império do Brasil - correspondia, pois, a 12 vezes o menor.


Armando Lopes Rafael