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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

COMPOSITORES DO BRASIL


“todo quadro negro
É todo negro, é todo negro
E eu escrevo seu nome nele
Só pra demonstrar o meu apego.
Anamaeu”...


JORGE MAUTNER

Por Zé Nilton

Tomei conhecimento de Jorge Mautner, já em estado de consagração, nos anos opacos e cinzentos da repressão militar, quando assistia, assombrado, num cantinho, um show do compositor Jads Macalé, na Concha Acústica da UERJ, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, talvez aí pelos anos de 1973 ou 1974.

Com muita presença de palco Macalé cantava a música “Cantareira”, de Gordurinha , cujo refrão diz:

“Só vendo mesmo como é que dói
Sou vendo mesmo como é que dói
Trabalhar em Madureira, viajar de Cantareira
E morar em Niterói”...

Macalé, fazendo trejeitos para o conjunto baixar o som comandava paulatinamente um fade-out, e deu início à capela e à exaustão a repetição do refrão “só vendo mesmo... E o acompanhamento musical foi caíndo numa melopéia, dando a deixa para a fala do grande Macalé.

Lá pelas tantas, incontinente, ajoelhou-se no palco, bem juntinho da turba universitária, e com as mãos postas e o olhar para os céus, recitou os versos, cadenciadamente, vociferando para quem vive o dia-a-dia aquela situação de explorado um inesperado: “puta que o pariu”! A platéia foi ao delírio naqueles idos de todas as censuras.

E gritou: Salve Jorge Mautner!

A platéia aplaudiu demais, mas eu não detectei o exclamado entre a multidão.
Só muito depois vim a conhecer aquela figura meio estranha meu doidão meio intelectual meio escritor meio síntese de uma geração prenhe de criatividade e de vanguardismo, justamente no lugar errado, no tempo errado e onde deu tudo errado para as cabeças fora do lugar.

Hoje, vendo a figura madura de Mautner ainda em franca presença no cenário da MPB, reconheço o todo da força que ele representou para a cultura brasileira.

No Compositores do Brasil, desta quinta feira, vai dá Jorge Mautner, um maldito entre os benditos, sujeito coerente e dono de uma musicalidade agradabilíssima, empunhando seu violino para qualquer marcação, feito rebequeiro nordestino.

Marginal nunca foi Jorge Mautner. Marginais foram todos que não o compreenderam no seu tempo. Pensando bem, não sei por que chamam de marginal a geraldos uranos divergentes dos “padrões normais” do tempo. Pois é este mesmo tempo que vai dizer, lá na frente, o quanto se cultivou caretice. Se liga, bicho !

Vamos falar do homem, da obra e do tempo de Jorge Mautner, enquanto ouviremos:

BEM TE VIU, com Jorge Mautner
SAMBA DOS ANIMAIS, de Jorge Mautner com Lulu Santos
SAMBA JAMBO, de Jorge Mautner e Nelson Jacobina com Jorge Mautner
TODO ERRADO (não peço desculpas), de Jorge Mauter com Jorge Mautner e Caetano Veloso
ENCANTADOR DE SERPENTES, de Jorge Mautner com Jorge Mautner
ORQUÍDEA NEGRA, de Jorge Mauter com Jorge Mautner e Zé Ramalho
CACHORRO LOUCO, de Jorge Mautner com Jorge Mautner
BOLINHAS DE GUDE, de Jorge Mautner com Jorge Mautner
SOM DO MEU VIOLINO, de Jorge Mautner com Jorge Mautner
RAINHA DO EGITO, de Jorge Mautner com Jorge Mautner
MARACATU ATÔMICO, de Jorge Mautner e Nelson Jacobina com Gilbetro Gil
QUERO SER LOCOMOTIVA, de Jorge Mautner com Wanderléa

Quem ouvir verá!

COMPOSITORES DO BRASIL
Rádio Educadora do Cariri- 1020 –
www.radioeducadoradocariri.com (acesse no www.blogdocrato.com)
Todas as quintas-feiras, de 14 as 15 horas
Pesquisa, Produção e Apresentação de Zé Nilton

A força do querer - Emerson Monteiro

Nas situações diversas em que a vida se mostra, perguntas saltam à nossa frente, pedindo interpretação das origens dos acontecimentos. Por mais grossos sejam os cadernos usados, sobram detalhes do lado de fora para exame posterior. De tudo por tudo querem as pessoas saber os motivos. Mas a correria diária segue no embalo constante, quase sem deixar espaço na busca dos mistérios.
Presos na dúvida materialista, muitos rejeitam as religiões, conformados aos prazeres imediatos. Farinha pouca, meu pirão primeiro, diz o povo. Na incerteza do futuro, derrubam árvores para comer uma única safra.
Por isso, vícios arregimentam força, pela imprevidência das pessoas quanto ao futuro. O incerto pelo duvidoso. Na juventude, esse velho costume sujeita um tanto de dependentes, pois eles dão preferência aos gozos da carne, invés do planejamento de futuro harmonioso. Quando ainda têm oportunidade, lá adiante se lamentam: Soubesse eu o que sei agora...
Vencer aos instintos nocivos salvaria o bem que nos espera nas possibilidades promissoras. Será reunir forças suficientes e conter os impulsos, para usufruir de novas ofertas. Quantos presidiários vivem arrependidos por perder o autocontrole em horas críticas. Atendem impulso destrutivo e destroem a liberdade, laçados nas malhas do remorso cruel.
Daí o conceito de que vitorioso não é quem vence os outros. Vencer a si mesmo eis na verdade o que conta. Evitar a derrota, ser conquistador dos instintos da perversidade, dos vícios, da vaidade humana.
Quem consegue elaborar outro roteiro na vida, submeter o erro e reconstruir as chances de obter a paz da consciência, receberá à vitória, além de demonstrar pelo exemplo o que outros necessitam.
Independente, no entanto, dessas aspirações comunitárias, valerá a satisfação pessoal de reverter vida trágica e descobrir caminhos de alegria e realizações interiores.
Para os místicos, Deus é isto, a vida que pulsa nas veias, no tempo e na luz perfeita do Universo. Está no amor entre as criaturas. No bem que produz em prol dos menos favorecidos. Nas forças da Natureza. No gosto de viver com ânimo forte, saúde física e mental, resultado de dedicação aos fatores da virtude. E a força do querer fala disto com bravura no coração dos heróis da espiritualidade.

PERSEGUIÇÃO

PEDRO ESMERALDO
Isto é a pura verdade! O Crato vem sendo sumariamente perseguido por malfeitores que permanecem sob a sombra do governador e dizem ainda que não há jeito para solucionar esse problema. Essa medida éestarrecedora, já que o cratense anda apavorado. Argumentam que os políticos desta terra que se acomodam, cruzam os braços, não se esforçam para solucionar o problema e ainda dizem amém, porque não tem representação política em Brasília.

É claro que o principal mentor dessas medidas discordantes é o nosso governador, visto que faz vista grossa e aceita com passividade as injunções malditas da vizinha cidade que anda atormentando, deixando-nos cabisbaixo, sem tomar decisões e nem saber apelar com sinceridade a fim de sairmos desse impasse.

Agora mesmo, estamos acompanhando com tristeza o fechamento doSESI. Consideramos essa medida como sendo um jogo sujo, visto que esseprédio foi construído a rigor, com muito esmero, dando condições para ser umsetor de lazer e do ensino regional, pois os homens do passado tiveram aincumbência de dar ao Crato esse melhoramento. Uma equipe de malfeitores/beneficiados pelo governador, troca de posição, preferindo dar vez àpermanência do SESI de Juazeiro, cujo prédio foi construído com molde simples para satisfazer os anseios do povo daquela cidade. Consideramos essa medida absolutista, preferenciada, simplesmente para denegrir a cidade do Crato.

Também deixamos nosso protesto e reclamamos das medidas arbritarias do pessoal do IBGE que quer dilacerar o Crato, tomando terras para beneficiar a cidade de Barbalha, pois um cidadão proveniente do Cariri Oeste, acoplado aos políticos de Juazeiro, vem nos provocar sem mais nem menos a fim de nos prejudicar para satisfazer aos anseios desses políticos maldosos, gananciosos que só almejam o crescimento de Juazeiro do Norte.

Um cidadão desconexo vem nos atormentar, proveniente do Cariri Oeste, querendo mostrar qualidade que não possui. Seria melhor que esse homem nos deixe, pois o Crato tem repugnância de suas medidas falaciosas.

Ocorre que esses homens têm o prazer de torturar e levar avante a sua campanha mal cheirosa buscando voto nesta cidade pedindo harmonia, dizendo que ama o Crato.

Nos dias de hoje, tomamos conhecimento de uma conversa que nos deixou atormentados. Trata-se de quererem privatizar a SAAEC. Não sabemos se isto é verdade, mas tomamos conhecimento de pessoas que trabalham naquele órgão público.

Relembramos bem que não desejamos ver o fim do Crato, mas, se isso acontecer, colocaremos uma placa com o seguinte dizeres: aqui restam as ruínas do Crato, alvissareira, perseguida pelos políticas da cidade vizinha e dos chefões da capital do estado. Devemos ter oposição, não intriga, mas o que estão fazendo conosco vamos partir para a intriga.

Crato -CE, 17 de Agosto de 2010.