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domingo, 11 de outubro de 2009

CENA DO CARIRI PARA O MUNDO!!!



1ª GUERRILHA DO ATO DRAMÁTICO CARIRIENSE
TROFÉU JUSCELINO LOBO JÚNIOR
DE 07 A 21 DE NOVEMBRO DE 2009

TEATRO RACHEL DE QUEIROZ
Rua Dom Quintino, 913 – Pimenta – Crato – Ceará – Cariri – Brasil


1. APRESENTAÇÃO:

A “1ª Guerrilha do Ato Dramático Caririense”, projeto elaborado e coordenado pelo dramaturgo Cacá Araújo, é uma iniciativa da Sociedade Cariri das Artes e Sociedade de Cultura Artística do Crato, ambas Pontos de Cultura do Brasil, em parceria com grupos e companhias teatrais em atividade na região do Cariri cearense, e se caracteriza pela gestão cooperativada e pelo caráter expositivo da produção teatral caririense em suas variadas tendências estéticas.

Outorgado a todos os grupos/espetáculos participantes da “Guerrilha...” o “Troféu Juscelino Lobo Júnior” é uma homenagem a Juscelino Leal Lobo Júnior, membro fundador da Sociedade Cariri das Artes, amante do folclore e das artes cênicas, integrante do Coral da Sociedade de Cultura Artística do Crato e do Coral Canta Família, nascido em 26/01/1981 e falecido em 02/10/2007.

A denominação do presente projeto nos remete a uma terminologia que indica tática revolucionária de combate e resistência a partir de pequenos focos, com o fim de unir grandes massas em defesa de uma causa libertária comum. E a nossa majestosa causa é a arte! E pretendemos alertar para uma prática revolucionária de afirmação e defesa da cultura nacional tendo como centro prioritário a expressão da diversidade e pluralidade de cada região, sem desconsiderar a universalidade de todos os gestos humanos, nem se fechar ao intercâmbio com outras regiões, povos e nações.

O evento será realizado em dois blocos. O primeiro destinado ao público infantil e o segundo ao público adulto.


2. PROGRAMAÇÃO:

MOVIMENTO DE ABERTURA:

07/11 (sábado), 16:00h: Procissão de Abertura – artistas, brincantes de folguedos e demais participantes da “Guerrilha...”, saindo da Praça 3 de Maio e seguindo até a Praça Alexandre Arraes / Teatro Rachel de Queiroz.

PEÇAS PARA CRIANÇAS:

07/11 (sábado), 19:30h: “ANIMARTISTAS”, adaptação de Flávio Rocha do conto Os Músicos de Bremen, com a Cia. Teatral Anjos da Alegria, direção de Flávio Rocha.

08/11 (domingo), 19:30h: “OS 3 PORQUINHOS”, livre adaptação de Cláudio Ferreira, com a Cia. Teatral Anjos da Alegria, direção de Flávio Rocha.

09/11 (segunda-feira), 19:30h: “A FLOR E O SOL”, de Cícero Belmar, com a Cia. Teatral Anjos da Alegria, direção de Yarley de Lima.

10/11 (terça-feira), 19:30h: “O MÁGICO DE OZ”, de Victor Fleming, com a Cia. Teatral Anjos da Alegria, direção de Flávio Rocha.

11/11 (quarta-feira), 19:30h: “PATATIVA E SALOMÃO”, de Emannuel Nogueira, com a Cia. Livremente de Teatro, direção de Jean Nogueira.

12/11 (quinta-feira), 19:30h: “MARIA ROUPA DE PALHA”, teatro de bonecos, de Lourdes Ramalho, com o Grupo de Teatro da Associação dos Artistas e Amigos da Arte – AMAR, direção de Stênio Diniz.

PEÇAS PARA JOVENS E ADULTOS DE TODAS AS IDADES:

13/11 (sexta-feira), 19:30h: “A COMÉDIA DA MALDIÇÃO”, de Cacá Araújo, com a Cia. Cearense de Teatro Brincante e Grupo Cênico da SCAC, direção de Cacá Araújo.

14/11 (sábado), 19:30h: “O PECADO DE CLARA MENINA”, de Cacá Araújo, com a Cia. Cearense de Teatro Brincante e Grupo Cênico da SCAC, direção de Cacá Araújo.

15/11 (domingo), 19:30h: “FOGO FÁTUO”, de Lourdes Ramalho, com a Cia. Teatral Anjos da Alegria, direção de Flávio Rocha.

16/11 (segunda-feira), 19:30h: “DESMISTIFICANDO TABUS”, de Joylson John Kandahar, com a Cia. Mandacaru de Arte e Eventos, direção de Joylson John Kandahar.

17/11 (terça-feira), 19:30h: “COQUETEL”, de Wanderley Tavares, com a Cia. Wancylus Gat Produções, direção de Wanderley Tavares.

18/11 (quarta-feira), 19:30h: “DENTRO DA NOITE ESCURA”, de Emannuel Nogueira, com a Cia. Livremente de Teatro, direção de Jean Nogueira.

19/11 (quinta-feira), 19:30h: “AS IRMÃS CASTANHOLAS”, de Joylson John Kandahar, com a Cia. Mandacaru de Arte e Eventos, direção de Joylson John Kandahar.

20/11 (sexta-feira), 19:30h: “ESPERANDO COMADRE DAIANA”, de Emannuel Nogueira, com a Cia. Livremente de Teatro, direção de Renato Dantas.

21/11 (sábado), 19:0h: “BR 116”, de Allysson Amancio, com a Allysson Amancio Cia. de Dança, direção de Allysson Amancio.


3. OBJETIVOS:

GERAL: Realizar exposição de teatro focada na dramaturgia e encenação produzidas na região do Cariri cearense, denominada “1ª Guerrilha do Ato Dramático Caririense”, tendo como local o Teatro Rachel de Queiroz, em Crato-CE, de 07 a 21 de novembro de 2009.

ESPECÍFICOS: a. Reconhecer, incentivar, fortalecer e divulgar obras de dramaturgos e encenadores do Cariri-CE; b. Provocar discussão e reflexão sobre a cena brasileira realizada na região; c. Fortalecer as companhias/grupos teatrais, estimulando o aperfeiçoamento técnico e profissional; d. Incentivar a montagem e circulação de espetáculos de grupos e companhias caririenses; e. Contribuir no fortalecimento da região como destino turístico-cultural; f. Lançar as bases para a criação de uma cooperativa de artes cênicas.


4. JUSTIFICATIVA:

A cultura brasileira tem se afirmado pela diversidade. O Nordeste, e nele o Cariri cearense, se destaca como emblema cultural resultante de intenso caldeamento de influências, notadamente a ibérica, a africana e a ameríndia, iniciado nos tempos de colonização das terras brasileiras pelos portugueses.

Entretanto, atualmente, poderosas forças midiáticas movidas pelo interesse econômico privado e alimentadas pela ideologia hegemonista do grande capital internacional ferem cruelmente o direito à livre existência da pluralidade de linguagens e tendências artísticas e culturais, na tentativa de estabelecer a estética do consumo capitalista como única via de comportamento intelectual.

Em meio a essa avalanche destruidora, a resistência de afirmação da identidade popular tem se dado pela bravura de grupos alternativos, reforçados pelos programas públicos de desenvolvimento cultural.

O projeto “1ª Guerrilha do Ato Dramático Caririense” se insere no contexto de luta em favor da diversidade, respeito e afirmação da identidade cultural brasileira, especialmente por destacar a dramaturgia e a encenação produzidas no Cariri cearense como fortes elementos identitários do povo radicado nesta região do país. Foi, portanto, pensado a partir do debate com atores, diretores, dramaturgos e produtores, como forma de valorizar a produção dramatúrgica, a encenação e a realização de espetáculos na região, posto ser necessária intervenção de impacto que abra espaços de difusão da arte e do artista caririense, nordestino, brasileiro! Sua concretização contribuirá para o fortalecimento e consolidação de ações conjuntas de afirmação da arte e da cultura na região, ensejando oportunidades de crescimento profissional, geração de renda e difusão dos símbolos culturais que identificam o povo e sua história, além de contribuir na formação de platéias de todas as idades e lançar a região ao intercâmbio na condição de protagonista da cultura.

Crato-CE, 9 de outubro do ano 2009.

Josernany Oliveira (Presidente da Sociedade Cariri das Artes), Divani Esmeraldo Cabral (Diretora Artística da SCAC – Sociedade de Cultura Artística do Crato), Cacá Araújo (Diretor da Cia. Cearense de Teatro Brincante e do Grupo Cênico da SCAC – Crato-CE), Flávio Rocha (Diretor da Cia.Teatral Anjos da Alegria – Crato-CE), Jean Nogueira (Diretor da Cia. de Teatro Livremente – Juazeiro do Norte-CE), Yarley Tavares de Lima (Diretor da Cia. Yoko de Teatro – Crato-CE), Wanderley Tavares (Diretor da Cia. Wancylus Gat Produções – Crato-CE), Joylson John Kandahar (Diretor da Cia. Mandacaru de Artes e Eventos – Juazeiro do Norte-CE), Allysson Amancio (Diretor da Allysson Amancio Cia. de Dança – Juazeiro do Norte-CE), Orleyna Moura (Diretora da Cia. Teatral Boca de Cena – Crato-CE) Ivete Alexandre (Grupo de Teatro da Associação dos Artistas e Amigos da Arte – Juazeiro do Norte-CE).

Convite da AFAJ


AFAJ – ASSOCIAÇÃO DOS FILHOS E AFILHADOS DE JUAZEIRO DO NORTE, sediada em Fortaleza, promoverá no próximo dia 17 de Outubro, a partir das 22:00h, nos salões do BNB Clube de Fortaleza, à av. Santos Dumont, a sua XV Festa Anual de Congraçamento, com animação do Conjunto Brasa Seis. Os ingressos já estão sendo disponibilizados, individualmente, a R$12,00. O local oferece estacionamento privativo, embora com alguma limitação. Chegue cedo e garanta a vaga do carro, um bom local em mesa a escolher e muitos amigos para rever em grande confraternização. Dependendo de sua sorte, ainda poderá ganhar brindes que serão sorteados. Telefone já para (85) 3224.4318 para reservar seu ingresso.

Juazeirense recebe a medalha Boticário Rerreira

Matéria Enviada por Renato Casimiro


Crédito: Diário do Nordeste

Na próxima terça feira, dia 13 de outubro, no Plenário da Câmara Municipal de Fortaleza, o juazeirense Alexsandro Sobreira Galdino receberá a maior comenda da municipalidade, a medalha Boticário Ferreira. Ele possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Ceará (2000). Na sua formação de biólogo, Alexsandro foi aluno de 4 juazeirenses: Elizabeth Barbosa, Margarida Barros, Thales Grangeiro e Renato Casimiro. Cursou mestrado em Bioquímica pela Universidade Federal do Ceará (2002), doutorado em Biologia Molecular na Universidade de Brasília (2008) e atualmente está fazendo Pós-doutorado na Universidade de Brasília. Tem experiência na área de Biologia Molecular com ênfase em Genética Molecular de Microrganismos, atuando principalmente nos seguintes temas: expressão heteróloga em bactérias e leveduras, modificação genética de microrganismos para conversão de biomassa em etanol e produção de enzimas industriais. Bolsista de Pós-doutorado Empresarial do CNPq. Da sua vasta produção intelectual ele tem artigos publicados em conceituadas revistas de Fortaleza, Brasília, Goiânia, Ribeirão Preto, São Paulo, Madrid, Valência, Hannover e New York. O extenso currículo mostra a trajetória bem sucedida do jovem inventor que aos 31 anos conseguiu destaque na comunidade científica. Recentemente recebeu o prêmio de Jovem Inventor de 2008, com o invento "Levedura modificada para produção de etanol a partir do amido".

Sobre a sua pesquisa, ele informa que “atualmente o etanol é extraído da cana que é um vegetal abundante em açúcar. A levedura se alimenta dos açúcares e a partir desse processo ocorre a fermentação, produzindo em seguida o álcool. A mandioca tem como elemento principal o amido, algo que não é facilmente degradado. As cadeias de glicose presente no amido só conseguem ser rompidas por enzimas que não existem na levedura. Então surge a necessidade de manipular geneticamente o microrganismo, para que possa possuir as enzimas essenciais para o processo de sacarificação e fermentação do amido. Para conseguir extrair etanol a partir do amido de mandioca era imperativo manipular a levedura. É possível trabalhar a levedura para conseguir sua adaptação à necessidade do amido de mandioca. Podemos manipular geneticamente a levedura para que ela carregue informação genética. Então surge a idéia e inserir dois genes de outros microrganismo na levedura. O processo começou com a descoberta de um microrganismo do cerrado. O gene dessa levedura, a alfa-amilase, foi retirado com o objetivo de produzir a enzima que romperia as moléculas de glicose do amido no meio da cadeia. O microrganismo modificado foi colocado numa placa, onde contém amido como fonte de carbono. O momento mais esperado pelo cientista era a formação do halo de hidrólise, um círculo branco que indicaria a alimentação da levedura, o que significaria também sucesso nessa etapa do processo. A primeira vez que vi o halo de hidrólise, minha mão tremeu e imediatamente fui mostrar ao meu orientador. Com o sucesso da primeira etapa, tomei a levedura alterada geneticamente e testei-a com o gene extraído do fungo Aspergillus awamori. O gene glicoamilase é a enzima que complementa o processo de rompimento das moléculas de glicose do amido, pois as rompe pelas extremidades, ao contrário da alfa-amilase que as quebra pelo o meio. Em seguida, testei outro procedimento, que é inserir os dois genes ao mesmo tempo, o que gera mais rapidez no processo. A alfa-amilase age primeiro, rompendo a cadeia de moléculas pelo meio, abrindo caminho para o trabalho da glicoamilase que finaliza o processo quebrando as extremidades. Para ilustrar o procedimento, recorri a uma descrição bem didática. O caldo feito do amido de mandioca é grosso, viscoso, mas ao colocar as enzimas produzidas por microrganismos geneticamente modificados, esse caldo afina imediatamente, o que significa o rompimento das moléculas de glicose do amido.” Galdino aponta que os dois álcoois produzidos a partir da cana e da mandioca geram menos resíduos da queima do que um combustível de petróleo. “Segundo o protocolo de Kyoto o etanol produz menos resíduos que os derivados de petróleo”, diz. Entretanto, em relação ao impacto ambiental entre os dois vegetais, o cientista destaca o processo da colheita. “Na colheita da cana tem que levar em consideração a queimada da cana. Após a queimada haverá demora em reutilizar o solo, pois tem que adquirir determinados componentes nutricionais para que qualquer vegetal seja plantado ali” explica Galdino. Ao contrário da mandioca que pode ser plantada junto com monocultura como o feijão. Na mandioca existem determinadas bactérias fixadoras de nitrogênio que ficam no tubérculo. Essas bactérias ficam acumuladas quando as mandiocas são puxadas do solo. Assim, as bactérias vão fixar nitrogênio suficiente para outras plantações como o feijão, podendo inclusive, intercalar as plantações. Isso não é possível com a plantação da cana, em virtude da sua exigência nutricional, o custo é alto. O etanol da mandioca pode aumentar o volume de álcool, é o que acredita Galdino. O etanol tradicional, originado da cana, sofre com a sazonalidade da sua matéria prima. A cana de açúcar é plantada e colhida durante parte do ano, depois ela passa por uma entressafra de cinco a seis meses. Nesse período não há produção de etanol e a diferença pode ser medida pelos preços nas bombas que sobre consideravelmente. “Ao contrário da cana de açúcar, a mandioca não sofre com a entressafra, portanto pode incrementar a produção do etanol”, enfatiza o estudante. Contudo, Galdino ressalta que o papel do álcool de mandioca não é concorrer com o etanol da cana. Pelo contrário, o objetivo é complementar, evitar a redução na produção de álcool no período da entressafra da cana. “Para ser um grande exportador de etanol, o Brasil tem que procurar outras fontes alternativas para poder incrementar a produção”, avalia Alexsandro Sobreira Galdino.