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quarta-feira, 18 de abril de 2012

Faleceu o advogado e bancário aposentado Hélio Teles Pinheiro



Faleceu o bancário aposentado do Banco do Brasil e advogado cratense Hélio Teles Pinheiro, filho de Gilberto Dummar, saudoso radialista, que se notabilizou como um dos apresentadores do programa Juca e Jeremias, pela Rádio Araripe do Crato, e Dona Ester. Hélio cresceu sob as sombras dos oitizeiros do antigo Parque Municipal, hoje Praça Alexandre Arraes, no bairro do Pimenta, em Crato, quando, na adolescência, integrou os movimentos artísticos cratenses e participou dos lendários festivais da canção que ocorreram em Crato na década de 1970.  

Funcionário aposentado do Banco do Brasil e advogado militante, também conhecido, entre os amigos mais próximos, pelo carinhoso apelido de “Manga Rosa”, devido à cor de sua face, - era uma pessoa que amava a vida em toda sua plenitude. Violonista, era um boêmio que alegrava os ambientes que frequentava, como o Restaurante Guanabara (O Neném) e, ultimamente, o Cantinho do Pimenta.

Pessoa amiga e amável, caridosa e prestativa, sempre tinha uma palavra de apoio e de carinho para com os seus interlocutores. Nos últimos anos, passou a frequentar assiduamente o Terço dos Homens, que acontece todas as quintas-feiras na Igreja de Nossa Senhora de Fátima, no bairro do Pimenta, em Crato.

O seu exemplo de pessoa íntegra, honrada e ética foi motivador da construção de um enorme leque  de amizades sinceras e perenes. Portanto, sua partida desta dimensão física, deixa uma profunda tristeza e uma imensa saudade em todos aqueles que tiveram o privilégio do seu convívio. 

Jaquelina Rolim – Uma visão além dos olhos



Deficiente visual, massoterapeuta, fotografa e presidenta do Centro Educativo do Cariri de Apoio as Pessoas com Deficiência Visual - CEC, Jaquelina Rolim de Oliveira consegue enxergar além do seu umbigo e diz que qualquer deficiência só tem dificuldade quando não existe acessibilidade e acrescenta que não se admite a inclusão social sem o acesso à formação pessoal e profissional.

Alexandre Lucas – Quem é Jaquelina Rolim de Oliveira?

Jaquelina Rolim - Sonhadora com um mundo igualitário onde “ser diferente é normal”. Com baixa visão decorrente da perda gradual da visão na área central da retina, luto por uma sociedade justa e inclusiva, sem indiferença e com melhorias de vidas. Humilde serva de Deus com fé para enfrentar os desafios do dia a dia crendo na vitória.

Alexandre Lucas – Como teve inicio seu contato com a fotografia?

Jaquelina Rolim - Lendo alguns livros do fotógrafo cego EvgenBavcar despertou em mim o interesse pela fotografia.Espelhada no seu exemplo de superação decidi ir além dos meus limites e entrar no universo da arte.O primeiro contato foi no curso de fotografia ministrado pela professora Nívea Uchôa no SENAC Crato-CE.

Alexandre Lucas – Fale da sua trajetória:

Jaquelina Rolim - Comecei a fotografar a partir das experiências adquiridas no curso básico de Fotografia Digital, promovido pelo SENAC do Crato – CE e após fazer o curso de aperfeiçoamento, ministrado pelo renomado professor e profissional de fotografia, Dimang Kon Beu, radicado em Minas Gerais.

Alexandre Lucas - O que você gosta de fotografar?

Jaquelina Rolim - Prefiro registrar imagens do dia a dia que muitas vezes passam despercebidas para a maioria das pessoas. Imagens de lugares, pessoas e situações que nos remetem a sensações de tranquilidade, quietude e vida.

Alexandre Lucas - Você acha que a fotografia é um instrumento político?

Jaquelina Rolim - Com certeza. A fotografia apresenta e denuncia situações de lugares e pessoas no seu cotidiano.

Alexandre Lucas – Você tem deficiência visual e é fotografa. Quais as dificuldades?

Jaquelina Rolim – Qualquer deficiência só tem dificuldade quando não existe acessibilidade. As melhores câmaras digitais ainda não oferecem acessibilidade completa, sendo a principal dificuldade encontrada.

Alexandre Lucas – Os deficientes visuais criaram o Centro Educativo do Cariri de Apoio as Pessoas com Deficiência Visual e você é a presidenta. Qual a função desse Centro?

Jaquelina Rolim - O CEC é uma Associação de Utilidade Pública, sem fins lucrativos.
Objetiva se estabelecer na região do Cariri, como referência na prestação de serviços de apoio para pessoas com deficiência visual. Através da educação, cultura e lazer oferece atendimentos de formação com reforço escolar, atendimentos psicológicos, oficinas de música, teatro, dança, gastronomia, esporte, cursos de braille, informática, esculturas em argila, fotografia entre outros.
Não se admite a inclusão social sem o acesso à formação pessoal e profissional. Esse é o caminho para alcançar o sucesso.

Alexandre Lucas – Quais as principais bandeiras de lutas dos deficientes visuais do Cariri?

Jaquelina Rolim - Inclusão no mercado de trabalho, acessibilidade na educação e em ambientes culturais com a presença de um profissional audiodescritor.

Alexandre Lucas – Quais os seus próximos trabalhos?

Jaquelina Rolim - Continuarei com a Exposição Fotográfica Olhar do Coração. Em parceria com o CEC lutando pela inclusão. Estaremos na Expocrato 2012 com stand mostrando nossa proposta e acolhendo os deficientes.

Contatos:

Jaquelina Caldas Rolim de Oliveira
E-mail: jmjkea1@gmail.com

Exposição Fotográfica Olhar do Coração
www.olhardocoracao.com
E-mail: olhardocoracao@gmail.com

CEC
www.cecariri.com
E-mail: ceccariri@gmail.com