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terça-feira, 10 de junho de 2008

"De fato se desejarmos escapar à crença de que este mundo assim apresentado é verdadeiro e não queremos permitir a permanência de sua percepção enganosa, devemos considerar a existência de pelo menos três mundos num : o primeiro seria o mundo tal como nos fazem vê-lo, segundo seria o mundo tal como ele é e o terceiro o mundo como ele pode ser: uma outra globalização." E professor aparece em trechos reforçando estas idéias: "O segundo é o dinheiro, mas o dinheiro no estado puro". "Consumo que é hoje o grande fundamentalismo". "Eu creio que as condições da história atual permitem ver que outra realidade é possível". "Precisamos recomeçar o debate da civilização".

Trechos do Professor Milton Santos no filme de Silvio Tendler: Encontro com Milton Santos – O mundo global visto no lado de . Quem quiser ver trechos de uma entrevista de Milton Santo para Roberto D´Avila procure no You Tube pelo nome do professor. Garanto que será um momento de grande reflexão pessoal e se você for professor: um grande material didático para o debate em sala de aula.

VIDA E MORTE DO JORNALISMO

Robert Fisk, jornalista inglês do The Independent, é a expressão exata que aindaesperança nesta selva de "versões", de "servilismo", de "ativismo" que tenta manipular os fatos para sustentar determinadas políticas de Estado ou de classes sociais e econômicas. Fisk é o correspondente do jornal no Oriente Médio, faz jornalismo como referência humana, como sistematização de regras e instrumento da reflexão dos seus leitores sobre os fatos. Em recente artigo Jornalismo’ de dizer o que é... como se não fosse*, traduzido no blog do Bourdoukan é lição de como as velhas práticas do nazifascismo e do stalinismo ainda são prevalentes no jornalismo mundial, especialmente o americano. Isso ele não disse, mas é muito evidente nas revistas semanais brasileiras e nos jornais diários. Vejam como ele vai fundo nesta questão:

"A cobertura manipulada torna mais fácil aceitar a guerra, e, há muito tempo, os jornalistas tornaram-se cúmplices dos políticos e governantes, no trabalho de tornar aceitáveis, para os públicos audientes e leitores, o conflito e a morte. O jornalismo de televisão, assim, se tornou armamento letal, adjunto no ofício de matar.

Antigamente, ainda podíamos crer – e cremos, não foi? – que os jornalistas devíamos “dizer o que é como é”. Leiam o grande jornalismo de guerra da 2ª Guerra Mundial, e entenderão o que digo. Os Ed Murrows e Richard Dimblebys, os Howard K. Smiths e Alan Moorheads não algemavam as próprias palavras nem mudavam os fatos que narravam, nem se engasgavam com a verdadeporquealgum leitor ou ouvinte ‘preferia’ não saber ou ‘preferia’ saber coisa diferente do que de fato acontecera.


Portanto, é preciso dizercolônia”, para o que é colônia; “ocupação” é ocupação; “muro” é MURO. Um dos últimos modos humanamente decentes de reportar a realidade da guerra é fazer-ver que guerra não é questão de vitória ou derrota. A guerra sempre é manifestação horrenda do total fracasso do espírito humano. Sempre é."


Com estas palavras Fisk encerra o seu artigo que se referia ao diálogo que tivera com um colega americano por ocasião da mudança deste do Oriente Médio. Achando que o colega iria com a sensação de ter perdido um grande assunto, Fisk ficou surpresa com a sua resposta: "guardasse meus lamentos para o jornalista que viria substituí-lo. Que partia com sensação de enorme alívio. Que, longe do Oriente Médio, estaria livre da tarefa de alterar a verdade, porque a verdade irritava muito alguns leitores muito falantes, do seu jornal."


E o colega de Fisk enumerou uma série de "censuras" nas palavras que eram promovidas com a finalidade de modificar a realidade em benefício do agente agressor. "Sempre escrevi que o Partido Likud, de Israel, é “da direita” – ele continuou. “Masalgum tempo meus editores insistem para que eu não escreva... o que eu escrevia. Muitos leitores têm protestado.” E daí?, perguntei. “Daí... O jornal aboliu a expressão “da direita”, se se fala do Likud.” E assim a semântica para enganar foi ocorrendo por exemplo quando se fala na expropriação de terras dos palestinos: "colônias" virou "assentamento" que virou "bairros judeus". Do mesmo modo "terra palestina ocupada" virou sob a égide do ex-secretário Colin Powell "território disputado". O "MURO" que se constrói para separar os palestinos, invadindo o território deste povo, devido ao mal estar do Muro de Berlim, se tornou "barreira de segurança". Falando a respeito Fisk: "Assim, os palestinos que protestem violentamente contra cerquinhas e portões ficam automaticamente estigmatizados como pervertidos ou loucos. O modo de usar a língua escrita e falada contribui para a condenação dos palestinos."

Fisk lembra muito bem da semântica que diariamente inunda nossos jornais televisivos, em diversos assuntos, especialmente na guerra do Iraque: "Jornalistas dos EUA, praticamente todos, falaram emsoldados dos EUA”, nos primeiros dias do levante no Iraque — referindo-se às tropas norte-americanas invasoras; e falaram sempre emrebeldes”, “terroristasouremanescentes”, ao se referir ao regime deposto."

Quando recordo este tipo de matéria aqui no nosso blog regional, não pretendo levar ninguém à exacerbação. Não tenho a intenção de dizer que estas técnicas são males de uma determinada ideologia ou política. Apenas quero dizer que isso faz parte da massa de informações que recebemos diariamente. Que nenhum povo do mundo tem o passe livre apriorístico de uma vez tendo sido vítima de tais falácias, não as venha, também, cometê-las. Espero apenas que nosso espírito crítico seja qualificado sobre tais coisas, para que possamos nos humanizar ainda mais no sentido da nossa liberdade de expressão e de construir um futuro mais real e mais igualitário.

11 de junho: Centenário de Nascimento do vidente de Fátima

1908 – 11 de junho – 2008
Centenário de Nascimento do pastorinho Francisco Marto

Comemora-se neste a 11 de Junho de 2008, o centenário do nascimento do beato Francisco Marto. O vidente das Aparições de Fátima ficou conhecido por ser aquele que gostava mais de rezar a “Jesus escondido”.

Francisco Marto nasceu no dia 11 de Junho de 1908, em Aljustrel, paróquia de Fátima. Era filho de Manuel Pedro Marto e de Olímpia de Jesus, irmão de Jacinta Marto (1910-1920) e primo de Lúcia de Jesus (1907-2005). Foi a estes que apareceu um Anjo, na Primavera, Verão e Outono de 1916, na Loca do Cabeço e no Poço da Casa da Lúcia, e Nossa Senhora do Rosário, a 13 de Maio, Junho, Julho, Setembro e Outubro de 1917, na Cova da Iria, e a 19 de Agosto de 1917, no sítio dos Valinhos.
Francisco Marto adoeceu a 23 de Dezembro de 1918, de gripe pneumônica, e veio a falecer a 4 de Abril de 1919. O seu processo de beatificação foi iniciado no dia 30 de Abril de 1952, juntamente com o da sua irmã Jacinta. Mas só foi enviado para a Congregação para a Causa dos Santos, a 3 de Agosto de 1979. Foi aberto, a 20 de Dezembro desse ano.
Em Abril de 1981, foi dado parecer positivo à possibilidade da prática de virtudes heróicas, por parte de crianças, e, por isso, poderem ser beatificadas e canonizadas crianças não-mártires. O decreto sobre as virtudes heróicas dos dois pastorinhos foi assinado pelo Papa João Paulo II, a 13 de Maio de 1989, sendo-lhe concedido o título de veneráveis.
O Papa João Paulo II, em Fátima, no dia 13 de Maio de 2000, beatificou os pastorinhos Francisco e Jacinta Marto.

Quem vê a barba do vizinho arder...

É bom acompanhar a crise política que vem ocorrendo no Rio Grande do Sul...
Ela é consequência do loteamento político de cargos em troca de apoio partidário. A mídia informa hoje que a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), decidiu criar um gabinete de transição para enfrentar a crise política e promover "uma ampla reestruturação da atual administração".
A esta altura o estrago já está feito e é irreversível...
No Ceará persistem alguns exemplos do erro cometido no Rio Grande do Sul. É só aguardar no que vai dar...