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terça-feira, 30 de agosto de 2011

EXPOANIME Cariri





CRONOGRAMA EXPOANIME CARIRI

SEXTA FEIRA 02/09

ATIVIDADE




HORA

LOCAL
Exibição

18:00
Teatro
Stands

18:00
Patio





SABADO 03/09

ATIVIDADE


HORA

LOCAL
Ofi. Animação

09:00 – 10:00
Teatro
Ofi. Japonês

09:00 – 10:00
Sala 2
Autografo

10:00 – 11:00
Quadra
S. Inscriçoes

09:00 - *
Pátio
Passaportes

09:00 - *
Patio
Gladiador

09:00 – *
Terreiro
Sala de Games

09:00 - *
Sala 1
Sala Informatica

09:00 - *
Sala Inf
Tiro ao Alvo

09:00 - *
Estaciona
Exibições

11:00 – *
Teatro
Worshow(EDU)

13:00 – 14:30
Quadra
Ofi. Paper Craft

14:45 - *
Sala 2
Karaoke Livre

14:45 – 16:30
Quadra
Concur. Karaoke

16:30 – 17:30
Quadra
Concur. G Expo

18:00 – 19:00
Quadra
Anime Dance

19:30 – 20:30
Quadra
Concur. Frestep

20:30 – 21:30
Quadra

DOMINGO 04/09

ATIVIDADE


HORA

LOCAL
Ofi. AMV

09:00 – 10:00
Teatro
Ofi. Origami

09:00 – 10:00
Sala 2
Autografo

10:00 – 11:00
Quadra
S. Inscrições

09:00 - *
Pátio
Passaportes

09:00 - *
Patio
Gladiador

09:00 – *
Terreiro
Sala de Games

09:00 - *
Sala 1
Sala Informatica

09:00 - *
Sala Inf
Tiro ao Alvo

09:00 - *
Estaciona
Exibições

11:00 – *
Teatro
Palestra(Herme)

13:00 – 14:30
Quadra
Karaoke Livre

14:45 – *
Quadra
Ofi. Maquiagem

14:45 – 15:45
Sala 2
Fotos cosplay

17:00 – 18:00

Concu. Cosplay

18:00 – 20:00
Quadra
Show

20:30 – 21:30
Quadra

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

A solidão da dor - Emerson Monteiro


É isto, sim, invés de tratar do tema a dor da solidão, tocar um pouco neste tema, a solidão da dor. Naquele momento em que se acha face a face com a solidão de verdade, livre das contradições e dos conceitos. Portas e janelas fechadas ainda que ao sol do meio dia. Quando nem adiante gemer, muito menos chorar... E a dor dói de consumir por forte que se seja. Ali, na beira de nós mesmos, esses grandes desconhecidos, no limiar do Eterno, enquanto a dor dói de não ter tamanho. Onde uivam lobos e choram homens, mulheres e meninos. Sem idade, a dor traz o perdão, reduz a nada e atiça o peito das resistências, num desafio esplendoroso... Doloroso, quero dizer.

Isso de quando as vaidades caem de joelhos e querem entrar de buraco adentro, na fronteira da inexistência. Pouco ou muito importa o tamanho da herança, e a dor dói de não ter juízo que aguente... Irmã dor, qual dizia Francisco de Assis, nas suas longas viagens espirituais.

Os laços com tradição e experiências anteriores somem no abismo infinito onde, soberana, a dor dói... Pássaros cantam pelos quintais em festa; o vento sopra nas árvores; ressurge bonito o Sol; a Lua, linda, desfila no céu... Times jogam na televisão do domingo de tarde... Tocam sinos nas igrejas... E dói a dor com fome feroz de paciência a roer o coração dos humanos.

Meu Deus, como estreita o caminho e tudo de repente nos abandona quando dói a dor e o sofrimento pede passagem na avenida, encostas das florestas escuras do desassossego.

Pedir a quem tem para oferecer. Pedir sempre, que ninguém sabe quando a dor chega trazendo consigo o custo das impiedades desse solo dourado. Surgirá silenciosa no instante certo, mãe e mestra, amiga da plena glória, no tempo da colheita nos calendários que nos abandonarão.

Ah, amigo, quando a dor mostra seu rosto, na vitrine daquela solidão, não há bom, não há melhor... Viva, pois, de saber que maiores são os poderes da certeza, e junto deles manda, senhora, a dor que nos prepara o dia de invadir o leito da saudade na paz dos mistérios em constante movimento.

Corrupção tem vida ?

Luiz Domingos de Luna*

Na fumaça do poder temporal da existência, o tempo se afunila no espaço num carrossel Constante de giros, cada ser, a dar sua voltinha neste palco ilusório, mas com certeza maravilhosa. É impressionante o parque giratório, para uns o todo, para outros, parte do todo e, até os que dizem que este é o visível e que o invisível é mais lindo ainda. Haja teorias, as hipóteses sempre a desafiar a mente humana, Para os humanos é sempre um desafio compreender que a vida está presa e é perecível, pois assim o próprio terá que conviver numa prisão temporária.

Dá um grande prejuízo, quando se prioriza a vida, como vetor básico de estudo, pois se perde muito tempo para definir seres vivos dos seres não vivos, pois começa logo um grande problema “Se a vida gera vida, a vida é um processo continuado, assim vai se buscar a origem da vida na própria vida, que com certeza vão sempre continuar encontrando uma corrente infinitesimal no espaço tempo”.

A definição de vida ligada ao sopro existencial temporal, perecível, portanto, vai de encontro com a paisagem permeada a todos. Senão vejamos: O Planeta Terra está vivo ou está morto? Os ecossistemas estão nascendo ou estão morrendo? A seriedade no trato com a coisa publica está viva ou morta, A Lei está viva ou morta? A corrupção está viva ou morta? É neste ponto que se cria um imbróglio generalizado, pois o que deveria está morto está vivo e o que deveria está vivo está morto. A Dualidade do processo interativo no convívio entre os seres humanos fica sempre o espaço da dialética, que vai sujando a história do homo sapiens.

A Corrupção pela sua própria definição é um ser que em tese deveria ser um ser sem vida, um ser morto – uma abstração, como pode a corrupção invadir as instituições pessoas e, como um corpo vivo, a dilacerar o tecido sociológico e anestesiar todo o tecido vivo de uma sociedade viva, pois o que não dá para dizer é que a sociedade está morta e a corrupção está viva, pois seria negar todo o processo civilizatório existente, bem como negar o conceito do que é vida e do que é morte. Isto seria o fim dos conceitos provados e comprovados pela humanidade à luz da ciência e da razão.

(*) Professor da Escola de Ensino Fundamental e Médio Monsenhor Vicente Bezerra- Aurora - Ceará

Amar é possível - Por Carlos Eduardo Esmeraldo

O Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus, 22,34-40 nos revela que os fariseus perguntaram a Jesus qual o maior dos mandamentos. A resposta de Jesus foi outra pergunta. "O que diz a lei?" O fariseu respondeu: “Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento.” Em seguida, acrescentou: “Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.” Vimos assim, que a resposta nivelou em importância o amor a Deus e o amor que nós devemos ter pelo próximo. “Quem não ama o irmão que vê, como pode amar a Deus que não vê?” Pergunta-nos João, outro evangelista.

Segundo Eric From, amar é uma arte e como todas as artes devemos aprendê-la. É fácil amar as pessoas com as quais convivemos, aquelas que consideramos normais dentro de padrões de comportamento estabelecidos. O difícil é amar as pessoas invisíveis pela sociedade: os catadores de lixo, os desvalidos que vivem perambulando pelas ruas sem um travesseiro onde recostar a cabeça, os alcoólatras, os menores abandonados, os mendigos, os de partidos políticos contrários ao nosso.

Vejam que belo exemplo da força do amor: aqui em Fortaleza, conheci a Casa do Menino de Jesus. É uma instituição que abriga menores cancerosos do interior do Estado e suas mães ou outras acompanhantes durante o tratamento a que aqui se submetem. Ao ver tamanha organização, o visitante imediatamente pergunta quem mantém aquela obra grandiosa. Apenas duas mulheres pobres através de donativos. A irmã Conceição e uma sua companheira de congregação, únicas religiosas que compõem aquela ordem.

Outro exemplo de como saber amar, li há uns dez anos em uma publicação da Campanha da Fraternidade. Era dia de visita no extinto presídio Carandiru, em São Paulo. Um sacerdote conversava em um dos bancos do pátio do presídio com um preso, quando observou uma senhora entrando com uma sacola enorme, indo ao encontro de um rapaz que estava sentado num banco próximo. Ao avistar esse rapaz, a mulher abraçou-o e beijou-o, e em seguida retirou da sacola, roupas e um bolo que foram entregues ao rapaz, tendo se mantido ao lado dele conversando animadamente. O padre, então comentou com o presidiário com o qual conversava. “Como é bonito o amor de uma mãe!” “Padre essa senhora não é a mãe dele. Ela é a mãe do rapaz que ele matou.” Respondeu-lhe o presidiário.

Mas quem é o nosso próximo, a quem devemos amar com a mesma força do amor que devemos devotar a Deus? Foi essa a pergunta que os doutores da lei fizeram a Jesus. E ele respondeu narrando a história de um homem que foi atacado por salteadores que o deixaram quase morto à margem da estrada. Passaram por aquele caminho um sacerdote, um doutor da lei e um samaritano. Os dois primeiros passaram ao largo, ignorando aquele homem ferido. O samaritano, porém, socorreu o desconhecido, curou suas chagas e pagou o tratamento que ele necessitava numa hospedaria. E Jesus perguntou ao doutor da lei: "Quem dos três foi o próximo daquele homem abatido?"

Ao narrar essa parábola, Jesus parece inverter a pergunta que lhe fizeram para "O que devemos fazer para sermos o próximo do outro?" Enfim, Jesus nos revela que o nosso próximo é aquele que encontramos em nossos caminhos.

Por Carlos Eduardo Esmeraldo

sábado, 27 de agosto de 2011

O gosto das palavras novas - Emerson Monteiro

Há inúmeras formas de ganhar o dia. Dentre as muitas maneiras de tornar saboroso o tempo diário bem pode significar adquirir novas palavras para contar as velhas histórias desse chão. Entre a pessoa e os objetos, ali, imperam as palavras, entes sagrados, o significado de aprender para ensinar aos outros o conhecimento adquirido, nas presenças desta vida.

Assim, quando passamos a outros só os objetos e suas movimentações, transmitimos o que vemos no jeito que podemos. No entanto quando, a isto, acrescentamos o sentimento e repassamos palavras, no reflexo do que vemos, produzimos poesia.

Caso trabalhemos com os frios fenômenos da natureza, descrevendo e ensinando, repetimos, transmitimos técnicas, construímos nos outros a ciência. Quando, porém, dizemos daquilo que nasce dentro, no coração da gente sua forma abstrata, sem comparações com o mundo real, visível, material, trabalhamos os setores da alma. A arte vem desse lugar. Arte, o empenho dos artistas pretenderem que os demais sintam o que eles sentem, e, nisso, elaboram peças de sabor espiritual, os conhecidos bens simbólicos.

O nível de receber essas produções varia ao infinito, no grau de cada indivíduo percebê-las. Esse poder de captar o fazer artística que resolveram batizar de sensibilidade, palavra que representa o padrão de receber os impulsos da criação artística nos seus vários segmentos e manifestações. Música. Pintura. Escultura. Cinema. Literatura. Artesanato. Esportes. Teatro. Televisão. Radiofonia. As elaborações da criação nas diversas modalidades, naquilo que tocam adiante a emoção sem a importância prática imediata de modificar os cursos da matéria no meio dos fenômenos. Sem nutrir o corpo físico, resultar noutros objetos, gerar movimentos imediatos no mundo das ações e dos interesses apenas mecânicos das circunstâncias.

A arte reflete dinamismo, espaço das possibilidades internas das criaturas humanas. Bem dentro do si mesmo das consciências. No âmbito do prazer mais íntimo. Aspecto personalíssimo, insubstituível. Sentir, ou não sentir; ninguém conseguirá depor no lugar da terceira pessoa quanto ao que esta sentirá, ainda que a isso pretendam os bilhões de seres pensantes.

Daí o senso da beleza, a chamada percepção estética, guardar proporções pessoais, particulares. E as palavras novas falarem das oportunidades desconhecidas chegarem ao coração para ofertar riquezas inexistentes, os valores até então ignorados, ricos de letras e melodias, imagens e cores, traços e luzes, sonhos e esperanças... O gosto desse tesouro adormecido trazido pelas palavras novas.

No dia da limpeza urbana - Por José de Arimatéa dos Santos

A limpeza urbana é de competência do poder público e nesse processo é importante que cada cidadão faça a sua parte em não jogar resíduos nas vias públicas da cidade. Com isso cada um de nós estamos a exercer a cidadania quando exigimos um serviço de primeira na coleta de lixo e limpeza das ruas e avenidas e ao mesmo tempo procuramos conservar a limpeza da cidade. Na limpeza urbana é importante o respeito e o carinho com o trabalhador que faz essa nobre tarefa de deixar a cidade limpa e bem conservada. Estou falando do gari que varre e deixa a cidade bem limpinha.
O cuidado com o lixo nosso de cada dia é muito importante. Mesmo não tendo ainda a coleta seletiva em todos os municípios brasileiros é importante separar o plástico, vidro e papel. Outro ponto importante é o descarte de pilhas e baterias que necessitam de um cuidado melhor devido ao alto grau de contaminação do solo. Outra preocupação que devemos ter também é sobre o local de despejo dos resíduos sólidos e líquidos. O aterro sanitário é o mais indicado, pois o solo é preparado para impedir ou minimizar a contaminação da água pelo chorume. O lixo hospitalar deve ser incinerado. Já a reciclagem dos materiais não orgânicos ajuda na preservação do meio ambiente e é fonte de renda para muita gente.
Portanto, quando cuidamos do lixo e da conservação da limpeza urbana estamos ajudando a cidade que moramos, pois assim quem visita a cidade falará bem da nossa terra e teremos sempre um local ambientalmente sadio. Não se tem visão melhor quando saímos à rua e observamos que as vias públicas estão limpas, bem conservadas e com as árvores devidamente podadas. O poder público tem a obrigação de fazer a limpeza urbana, mas cada cidadão tem a missão de cuidar dessa limpeza e o mais importante não jogar sequer bituca de cigarro, papel de balas ou palitos de picolé nas ruas da cidade. Limpeza urbana significa a cidadania e saúde para toda a população da cidade.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

NA PRAÇA


NA PRAÇA

(Para Dona Janete Militão) – 26/08/2011


Na praça a graça dos passantes

Antes pássaros cantavam

Encantavam a alma

Armada de desejos

Nos beijos de amores

Odores de ar gostoso

Gosto de pipoca

No nariz

Refiz minhas passadas

Passadas imagens, lembranças

Criança depois homem

Chamem meu tempo


FOTO: Dihelson Mendonça

Um exemplo de vida, uma lição de fé! - por Magali de Figueiredo Esmeraldo e Carlos Eduardo Esmeraldo

* Magali
* Carlos Eduardo
Quando temos nossos pais vivos e todos irmãos com saúde, jamais imaginamos que a doença ou a morte se abaterá sobre alguns de nossos entes queridos, ainda mais na flor da idade. Só pensamos que ela ocorrerá quando todos estiverem velhinhos. Além do mais, acreditamos que tudo só acontece com a família dos outros. Mesmo sem estarmos preparados, Deus está do nosso lado para nos dar a força e a coragem de enfrentarmos uma grande dor que, é ter um irmão e uma irmã acometidos de uma doença grave e partirem com uma diferença de 14 dias. A fé em Deus e a solidariedade dos amigos muito nos confortaram.

Tendo convivido com Emília por mais de um ano, desde que ela veio em novembro de 2009 iniciar o tratamento aqui em Fortaleza, hospedando-se em nossa casa, eu e Carlos resolvemos através desse depoimento, fazermos uma homenagem a grande mulher que foi Emília. Com certeza, tanto eu, quanto Carlos aprendemos com ela e nos tornamos melhores como pessoa humana. Também crescemos na fé, graças ao testemunho de Emília. Ela queria muito ficar curada, pois desejava ver todos os filhos formados. Participou da formatura de André, o mais velho, que colou grau em Letras na URCA, recentemente. Faltou as duas filhas mais novas. Aceitou todo o tratamento, por mais doloroso que fosse, com muita resignação, sem nunca reclamar de nada. Preocupava-se achando que estava dando trabalho a mim e a Carlos. Eu respondia que, ao contrário, aquela era uma oportunidade que Deus estava nos dando para cumprirmos nossa missão de cristãos: "servir ao nosso próximo". E eu acrescentava que, ela era o nosso "próximo mais próximo".

Como eu sou onze anos mais velha do que ela, pois sou a terceira filha de uma família de oito irmãos, sendo ela a sétima, sempre me dizia que, eu estava substituindo mamãe que já tinha falecido e que, Carlos estava fazendo o papel de pai. Isso me fazia muito bem, já que era uma prova de que ela estava se sentindo à vontade e em paz em nossa casa.

Emilia era linda na aparência externa e mais bela ainda em seu interior. Sempre com um sorriso nos lábios, mesmo nos momentos pesados de radioterapia e de quimioterapia. Muitas vezes sentada na sala de espera, com ela, no Hospital do Câncer olhando para os lados, às vezes víamos pessoas muito tristes. Ela comentava que aqueles estavam tristes porque não tinham fé em Deus. Fez amizade com as pessoas que estavam fazendo tratamento e com os acompanhantes. Além de conversas agradáveis, ela fazia orações pela cura de todos aqueles doentes.

Outra qualidade que eu muito admirava em Emília era a de que ela aceitava as diferenças existentes entre as pessoas. Sendo Evangélica, entendia-se muito bem comigo e Carlos, respeitando a nossa religião católica. Dizia sempre que éramos pessoas de Deus. Cumpria com sua missão de cristã, aproveitando os momentos de tratamento para evangelizar. Presenteava médicos e enfermeiros com bíblias, e sempre tinha uma palavra doce para todos que com ela conviviam. Em todos os momentos aceitava a vontade de Deus. Mesmo lutando e orando para ficar curada, ela citou diversas vezes as palavras do apóstolo Paulo: "Para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro". Disse outras vezes que estava nas mãos de Deus. Viveu seguindo a mensagem de Jesus Cristo. Foi excelente esposa, mãe, filha, irmã , amiga e sempre ajudou aos pobres. A gratidão era uma virtude impregnada na pessoa dela . A todo o momento estava a agradecer a quem a ajudasse.

Aquela tarde de 20 de janeiro de 1969 ficou definitivamente gravada na minha memória. Havia acompanhado Magali de uma aula de pré vestibular a que ela se submeteria alguns dias depois, até a sua residência. Um dia antes, começamos um namoro que ainda hoje perdura, para nossa felicidade. Na rua lateral da casa, uma ladeira que sobe para o Parque de Exposição do Crato, um grupo de crianças brincava. De repente, uma menina loura, de olhinhos azuis muito vivos sobressaindo-se de um rostinho corado e muito suado, pés no chão, aparentando menos de oito anos de idade, se aproximou de nós e fez um pedido: "Magali, me dê um picolé." Quis saber quem era aquela criança e para minha surpresa ela me respondeu que era sua irmãzinha, Emília. Paguei-lhe o picolé que ela solicitava, gesto que nos rendeu uma amizade que nos acompanhou vida afora.

À medida que meu namoro com Magali se solidificava, eu acompanhava o crescimento de suas irmãs mais novas. Ficava intrigado quando via dona Maria Eneida ralhar quando Emília chegava em casa sem os chinelos. Pensava-se que ela os perdia com enorme frequência. Mas depois, ficou-se sabendo que ela se descalçava para doar suas sandálias às crianças pobres que encontrava pelas ruas. Esse pequeno gesto já revelava a grandeza de espírito que se formava naquela criança, cuja preocupação pelos pobres e desvalidos foi uma constante durante toda a sua vida.

Quando adolescente, Emília gostava de ajudar sua irmã Magali, cuidando dos sobrinhos. Chegava em nossa casa nos dias de sábado, e após o almoço costumava dizer: "Vão descansar, dormir um pouco, que eu cuido dos meninos." Mal nós adormecíamos, ela retirava o carro da garagem e saia dirigindo pelas ruas do Crato, sem nenhuma orientação ter recebido antes. Foi assim que ela aprendeu a dirigir, firme e decidida, enfrentando riscos, lutando para conseguir o que sempre desejava. Anos mais tarde, o seu pai lhe atribuía a virtude de ser excelente motorista, fato para o qual eu e Magali muito contribuímos, embora contra nossa vontade.

Emília cresceu, constituiu família, criou seus filhos e aprofundou sua fé em Jesus Cristo, tendo sido uma seguidora exemplar do evangelho. Foi para todos nós que convivemos com ela durante seus últimos dias de vida, um exemplo de vida e uma lição de fé.

Por Magali de Figueiredo Esmeraldo e Carlos Eduardo Esmeraldo

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

RESPONDEMOS A UMA PALAVRA LOUCA

Pedro Esmeraldo

Somos ofendidos por palavras maldosas e tresloucadas. Respondemos à altura, mas com gesto de seriedade. Não somos piegas, mas não nos apegamos às coisas supérfluas. Avisamos que lutaremos com bravura a fim de defender das mazelas ocorridas constantemente. Isto nos causa mal estar, pois sempre somos sugados pela máfia da discórdia que vem nos embaraçar com gestos de cidadãos abobados, impedindo de marchar para o lado da boa vizinhança, que nos trazem lágrimas ardentes, que sempre nos envergonham pela falta de amor à terra comum.
Não venham com conversas disparatadas provocadas por esses homens de índole discordante que só visam esmorecimento e não compreendem que todo caririense quer ser tolerante com aspecto de trabalho, promovido por pessoas esclarecidas.
No momento, queremos travar combate para alcançarmos uma política igualitária, pois temos como objetivo que cada um possa escolher o seu movimento de trabalho, sempre marchando para luta da objetividade e que tenha o ato de respaldar na estrada larga e atenuante de trabalhos eficazes com perseverança com o intuito de diminuir a gravidade que ocorrem constantemente, denegrindo a boa imagem do cidadão caririense.
Infelizmente, aqui nessa região metropolitana que se diz igualitária, não observamos esse tal movimento devido a ganância de um povo aventureiro que tem o desejo de se elevar sozinho, desprezando as outras comunas que desejam sobressair-se com a ânsia de tornarem-se iguais às demais cidades da zona metropolitana.
Temos como objetivo adquirir boas qualidades de movimento para frente, para que todos consigam um ato de efeito espalhando seu trabalho na estrada que conduz a um desejo de avançar os sinais da boa amizade. Consideramos isso como sendo uma política de desigualdade econômica e social, pois se não conseguirmos esse intento marcharemos para a política refluente, deixando os outros municípios caminhando sozinhos sem nenhuma direção.
Mas esses homens que se dizem progressistas não deixam os outros avançarem. Permanecem com a força política cheia de pensamento egoísta, usufruindo de seu prestígio. “Políticos aventureiros cheios de pensamentos maldosos”. Também utilizam os prestígios de outros políticos semelhantes que marcham em caminho sujo e se comunicam entre si, retirando os bens dos outros municípios e que deixam todos abobalhados.
Por isso temos o desejo de que haja união entre todas as cidades da zona metropolitana caririense, observando uma junção de homens sérios e que tenham força para seguir uma caravana de amizade sadia e de trabalho unido.

Crato-CE, 23/08/2011

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Pensamento para o Dia 24/08/2011


“Deus é a encarnação do Amor. O homem, que é uma imagem do Divino, deve ter o amor como sua qualidade básica. Por que, então, o homem está infectado com características como ódio, inveja, orgulho e vaidade? O motivo é: o coração do homem está poluído por seu amor estar voltado aos objetos externos. A imagem do Senhor não pode ser impressa em um coração que está impuro. Somente quando percebe a onipresença e onisciência de Deus que o homem pode compreender a natureza da Divindade. Só então ele irá reconhecer a Divindade dentro de si. Para experimentar a alegria que brota de um devoto que tenha desenvolvido amor magnético por Deus (Sannikarsha Bhakti), você deve mostrar amor e reverência para com os idosos e servi-los com humildade e respeito. Pelos semelhantes, você deve mostrar amor e simpatia. Pelos jovens, você deve estender simpatia e carinho. Por esses meios você pode demonstrar seu amor e respeito pelo Divino que está em cada um deles e em todos nós.”
Sathya Sai Baba

terça-feira, 23 de agosto de 2011

DEFENDAMOS O SÍTIO FUNDÃO!



O que restou de placa afixada pelo Governo Estadual na entrada do Sítio Fundão, bem próximo da guarita onde deveria ter um guarda mas está abandonada (foto de Cacá Araújo)



A população do Crato, do Cariri e o do Ceará está indignada e revoltada com o descaso do governo estadual para com um dos maiores patrimônios ecológicos e históricos do Ceará: o Sítio Fundão, em Crato-CE, reserva de 97 hectares pertencente ao Estado. Resquício de mata atlântica, fauna e flora diversificadas, o leito do rio Batateiras, ruínas de casarão, barragem feita por escravos, uma casa de taipa com dois pavimentos e um antiqüíssimo engenho de pau que, segundo o historiador J. de Figueiredo Filho, fora "introduzido no Brasil por volta do século XVII, graças à iniciativa dum sacerdote católico, castelhano, vindo do Peru (...)¹".

Segundo o ambientalista Ed Alencar, aquele secular engenho de pau, único na cidade do Crato e uma das poucas relíquias ainda existentes no Nordeste brasileiro, símbolo de importante fase do nosso desenvolvimento econômico e social, ficou fora do processo de restauração e, "depois de três anos nas mãos do governo, continua no abandono", correndo o risco de se perder para sempre. Ele relata que, em março deste ano, o novo Presidente do COMPAM, Paulo Henrique Lustosa, fez politicagem lá na reserva quando convidou a sociedade e autoridades para inaugurar apenas uma placa indicando a restauração da casa, obra feita por pressão do Ministério Público. "Prometeram restaurar o engenho e até hoje...", afirma com revolta completando que ficou sabendo por vias oficiais que mais nada do que estava projetado e foi apresentado na URCA iria ser realizado, apesar da liberação de mais de 1 milhão de reais cujo destino não se sabe. 

Leiam a emocionante crônica escrita por Ed Alencar:

DE PAI PARA FILHO - O HERDEIRO DA ÚLTIMA MOAGEM                           

Ainda criança montado na garupa do cavalo, agarrado a cintura do seu pai Abdon, o promissor ecologista mirim, Jefferson da Franca Alencar, deixava o casarão branco e azul onde moravam, ainda hoje existente às margens da estrada do Lameiro, para trabalharem na tradicional moagem da cana-de-açúcar no velho engenho de pau do Sítio Fundão.

Entre 1927 e 1928, após a morte dos seus pais, Jefferson herdou o Fundão e o velho engenho para dar continuidade à principal atividade que existia no sítio, as moagens, dedicando-se, posteriormente, a fazer da propriedade uma reserva ecológica.

Em 1949 teve a triste missão de encerrar o ciclo familiar das moagens, motivado pela praga da cana que atingiu na época os canaviais da região, além das dificuldades de encontrar bois adestrados, para a formação de juntas que tracionavam as moendas do velho engenho gemedor, tão famoso pela sua estrutura e engenharia seculares. Eu não alcancei estes bons tempos de moagens, mas me lembro que quando criança corria em volta do velho engenho aposentado para espantar os morcegos que se penduravam no telhado do galpão e ouvia as histórias que meu avô contava sentado na calçada ou andando pela mata.

O tempo passou! O herdeiro, Deus chamou! E hoje, ao olhar o que resta desse passado, que dia-a-dia vem morrendo nas mãos do Governo do Estado por falta de atitude, expresso meu sentimento de revolta pelo descaso com a história que é do Crato, do Cariri, do Ceará, do Mundo!!! 

______________________________ 

¹FILHO FIGUEIREDO, José de. Engenhos de Rapadura do Cariri. Fortaleza-CE: (Fac-símile da edição de 1958, publicada  pelo Serviço Nacional de Informação Agrícola, Rio de Janeiro) Coedição Secult-CE, Edições URCA, Edições UFC, p. 14, 2010.


Ruínas do engenho de pau do Sítio Fundão (foto de Cacá Araújo)

Professores em greve exigem apoio dos vereadores do Crato

Na ultima sessão da Câmara de Vereadores do Crato, dia 23, os professores em greve do Estado do Ceará apresentaram aos legisladores municipais os motivos que provocaram a greve e aproveitaram para exigir dos vereadores o apoio ao movimento, através da cobrança aos deputados estaduais que mantém vínculos partidários com os representantes do legislativo.

Os professores também cobraram que o Poder Legislativo Municipal encaminhasse um oficio ao Governador Cid Gomes solicitando a abertura imediata das negociações. Essa é uma estratégia que está sendo realizado em vários municípios cearenses pelos professores do Estado que estão em greve desde o dia 05 de agosto por conta do Governador Cid Gomes (PSB) ter abandonado a mesa de negociações e de ameaçar os professores com uma proposta que na visão dos educadores acaba com a carreira docente no Estado outro motivo foi o despeito ao cumprimento da lei do Piso Nacional da Educação.

HOJE !!! - PROGRAMA INFLUÊNCIA DO JAZZ - Toda Terça-feira 14:00 - Rádio Educadora do Cariri


Produção, Direção Musical e Apresentação de Dihelson mendonça


https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEit3IdNUGy6TGi4psMmFCvuDAmw9FeK-IsIyJDdTu0Fu5IFDTvOfL14Ben8vkRkNpkfnfId_6_WwBRQwKbYC7ixPWvpRsOXPGOTYWViiuzt_zllPpu1uhiySi13vokj3T5dlw_Q6jQ7dqKr/s1600/Influencia_do_Jazz480.jpg

No programa "Influência do Jazz" de hoje, abordamos o chamado Jazz Fusion, que é a fusão da harmonia jazzística e improvisação, com outros estilos musicais, como o Rock, Funk, Samba e até o Hip-Hop. O estilo começou com músicos de jazz que misturaram as formas e técnicas de jazz aos instrumentos elétricos do rock aliados à estrutura rítmica da música popular afro-americana, tais como o soul music e o rhythm and blues.

Os anos 70 foram o período mais produtivo para o estilo, embora o fusion tenha prosseguido com uma produção expressiva, sobretudo no final do século XX e início do século XXI, com reedições de álbuns clássicos de fusion e a gravação do estilo por artistas do jazz tradicional.

Os maiores nomes do Fusion estarão representados no programa de hoje, que está simplesmente imperdível. Personalidades como Miles Davis, Herbie Hancock, os Irmãos Michael e Randy Brecker, os grupos Tower of Power, Incognito, Lee Ritenour, Chick Corea Elektric band, o baterista Dave Weckl e muitos outros estarão no programa desta terça-feira.

Não perca! - Toda Terça-feira, às 14:00
Pela Rádio Educadora do Cariri, com transmissão simultanea e reprises pela Rádio Chapada do Araripe Internet.

www.radioeducadoradocariri.com
www.radiochapadadoararipe.com

SINDICATO DOS ARTISTAS HOMENAGEIA ATRIZ ORLEYNA MOURA




O Sindicato dos Artistas do Ceará cumprirá agenda do PRÊMIO SATED CEARÁ DIA DO ARTISTA 2011, com programação dedicada a homenagem à atriz cratense Orleyna Moura, nesta terça, 23 de agosto, no Teatro Rachel de Queiroz, Crato-CE.


17 horas - "PALESTRA: APOSENTADORIA PARA ARTISTAS", com representantes da Petros (RJ) e Mongeral Aegon sobre o Plano Cultura Prev

20 horas - Apresentação do espetáculo "CAPITU CONTA CAPITU", com Ana Cristina Viana, direção de Ana Marlene (Núcleo de Expressões Artísticas, Fortaleza-CE) - ENTRADA FRANCA

Machado de Assis conta, Adísia Sá reconta e Ana Cristina Viana encena Capitu.

Entre os nossos escritores, um é unanimidade. Trata-se do carioca Machado de Assis que com seu realismo naturalista oferece-nos em seu Dom Casmurro uma das personagens mais discutidas e questionadas do universo feminino e literário brasileiro: Capitu.

É nesse contexto e com mais de 100 anos de distância que entra a proeza da jornalista cearense Adísia Sá que ousou, pela primeira vez, oferecer a Capitu o direito de falar por si. Em CAPITU CONTA CAPITU, a jornalista nos oferece a versão da personagem, que atravessou o século XX, na primeira pessoa, responsável e capaz de defender-se das acusações que a fizeram culpada por décadas.

21 horas - Entrega do Prêmio SATED CEARÁ DIA DO ARTISTA 2011 no Cariri, que homenageará a Atriz Orleyna Moura nesta edição. 

Orleyna Moura iniciou sua carreira em 1978 com o espetáculo "Bombonzinho", dirigido por José Correia Filho, no Teatro Rachel de Queiroz. Em 1980 fundou o Grupo Máscaras na Sociedade de Cultura Artística do Crato; em 1983 foi uma das fundadoras do Grupo Cênico, também da SCAC. Já em 1999 criou a Cia. Teatral Boca de Cena, que se dedica à montagem de espetáculo na modalidade teatro-de-rua abordando temas sociais. Desde 2005 integra a Cia. Cearense de Teatro Brincante, dirigida por Cacá Araújo.

Já participou como atriz e ou diretora de mais de 60 espetáculos teatrais e cerca de 10 filmes, sendo premiada diversas vezes como atriz e diretora. É um dos maiores nomes da cena teatral cearense e nordestina!