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terça-feira, 11 de agosto de 2009

Falta de educação também mata!


A gripe suína, uma das variações da influenza, surgiu há pouco mais de dois meses como a grande ameaça a saúde da humanidade. O tempo passou e, pelo que se vê, a tal gripe se espalhou com rapidez, chegando agora ao Cariri. Apesar da febre alta constante e de ser muito agressiva ao sistema respiratório, a doença, diagnosticada e tratada a tempo, mata muito menos do que se pensava. O percentual de mortes é muito parecido com o da gripe comum. Daí vem à pergunta: Em pleno século XXI, ainda se MORRE de gripe?

Voltemos ao distante ano de 1500, quando o Brasil fôra descoberto pelos portugueses. A viagem durava semanas e os navegantes, sadios e doentes, dividiam o pouco espaço de suas embarcações com porcos, vacas e galinhas. A água era escassa e contaminada por toda espécie de vermes e bactérias. Foram eles que trouxeram o primeiro “presente” ofertado(transmitido) aos nossos compatriotas índios, o vírus da gripe! Sem a menor chance de sobreviver, não tinham “resistência” (anticorpos) a doença, não se sabia como evitar o contágio, e morriam aos milhares! Mas, de Cabral pra cá, já se vão mais de 500 anos! O que mudou? O que não mudou?

Os hábitos, ou maus hábitos, mudaram muito pouco! Brasileiro, via-de-regra, parece pensar que qualquer um, menos ele, pode transmitir doenças. Ignora os sintomas até o dia que “cai de cama”, ou “baixa hospital”, numa demonstração de prepotência por não achar que irá adoecer, e irresponsabilidade por não poupar o próximo do contágio desavisado e indesejável. O “bom” brasileiro, mesmo tendo contato com alguém doente, gripado, ou apresentando sintomas da doença, não muda em nada sua rotina diária. Vai ao trabalho, escola, igreja, cinema, shopping, pratica esportes, tudo como se “não estivesse doente”, como se a saúde alheia não fosse da sua conta. Um absurdo! Uma falta de vergonha na cara! Transmitir uma doença consciente do mal que irá causar ao semelhante.

A Igreja Católica, desde a semana passada, orienta seus sacerdotes a não entregar as hóstias diretamente na boca, a não dar as mãos durante a missa em momentos como “pai-nosso” e “paz de cristo”. Orientações simples que ajudam a evitar a propagação do vírus e, conseqüentemente, diminuem as estatísticas de morte no país que tem o maior número de seguidores no mundo. Sei que hábitos culturais como aperto de mãos, abraços e beijos de cumprimento são difíceis de evitar, mas estejamos conscientes que estas são, definitivamente, as ocasiões onde há 99,9% de chance de contágio.

Acredito que esta gripe veio mesmo pra nos “ensinar” alguns bons hábitos, que não deveríamos esquecer, mesmo quando a epidemia passar. Hábitos simples, que nos remetem a imagem materna, quando nos dizia: “Menino(a)! Lavou as mãos para almoçar (quando saiu do banheiro)?”; “Não espirre (ou tussa) na direção das pessoas!”; e principalmente, “Hoje você não vai para aula, para não passar a gripe para seus coleguinhas!”. Tudo isso, além de evitar muitas enfermidades, é demonstração de amor ao próximo, de cuidado com a própria saúde, de bons costumes, de educação!

Dimas de Castro e Silva Neto
Engenheiro Civil, Mestre em Gerenciamento da Construção
pela University of Birmingham e Professor do Curso de Engenharia Civil da UFC Cariri
Artigo publicado no Jornal do Cariri de 11/08/2009.

Fora Sarney Já!


Em 1992, a tropa de choque collorida (Roberto Jefferson et alli) estava conseguindo blindar o presidente de plantão das inúmeras denúncias de irregularidades que assolavam o Palácio do Planalto e a Casa da Dinda. Então, o povo foi à rua, notadamente a juventude, com suas caras pintadas, para dizer que não éramos palhaço coisa nenhuma.

Quando os políticos parlamentares não tem mais moral para arrumar a sua própria casa (o Congresso Nacional), o povo deve fazer a faxina.

Pena que não haverá manifestação de Fora Sarney aqui no Ceará.

Em 1992, fui às ruas no Fora Collor, em ato convocado pelo PT do Crato, outros partidos de esquerda e entidades sindicais.

Por onde andará Stephen Fry?