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domingo, 24 de agosto de 2008

SOFIA É

Sofia é igual. Tem quatro membros, cabeça e o tronco. Cada movimento que realiza se compara ao realizado ou em realização por outra pessoa. Sua respiração, a apreensão de objetos pelas mãos, a boca como o centro do reconhecimento, os olhos atentos ao que suas mãos tateiam e a enorme variedade como que algo novo passa a ser um foco de atenção. Por isso os adultos dizem: as crianças cegam, quando menos se espera elas estão mexendo em coisas perigosas.

Sofia aos nove meses é muito diferente de tudo o que conheci. Como o filhote de pingüim no coletivo da geleira é reconhecido pela mãe. Como alguém na multidão. Feito um indivíduo ao longo de milhares de gerações. Olhando para Sofia imaginaria que a singularidade poderia ser o átimo de tempo que é dela. Que o espaço em que se realiza seja o diferencial por trás de sua individualidade. Sofia apenas como ser do tempo e do espaço, no entanto, não explica toda esta diferença que percebo nela.

Antes de ir adiante, não encontro razão no seu patrimônio genético. Eis outro mito da modernidade sobre a individualidade de Sofia. Ela não é um pré-projeto, inscrito na mistura de seus pais. Nem lembro as mutações que continuamente ocorrem, isso não é o grande diferencial. Apenas que o código genético é insuficiente (ou a escala boçal do hiposuficiente) para explicar Sofia. Assim como a adição de tempo e espaço (fenotípica), história e cultura.

Sofia é diferente pois parte do movimento, mas não apenas por isso. Por exagerado que possa parecer, tão logo que Sofia pegou num penduricalho da bolsa da avó e toda a sua concentração se voltou para pendular os tais, revelou-se a parte do movimento que não explica Sofia. Pois Sofia é quem explica o movimento. Estava claro que Sofia é um dos seres que, por iniciativas próprias, promovem o movimento do mundo. Tal qual como é hoje e como poderá ser amanhã. E certamente será diferente como Sofia é.

Sim, não caia no mito que o mundo é feito por vencedores e vencidos. Isso é categoria de investimento financeiro. De aplicação de capitais. Do mesmo modo o mundo não é uma corrida para um ponto de chegada. Isso é categoria de projeto. Nem tampouco uma disputa entre partes. Isso é categoria de jogo. O mundo se move ora por diferenças com tendências a se concentrar numa trajetória ou a se dispersar por iniciativas que acentuam as diferenças. Assim Sofia é uma diferença notável na iniciativa e na natureza do movimento.

Sofia como parte do conhecimento tem outra natureza pois poderá se traduzir ou não em outras pessoas. Isso é uma categoria de sucesso social e histórico, mas tampouco é uma necessidade em si do mundo. Poderia até ser uma necessidade das pessoas, mas desde que reconhecida por tal. Se ninguém a reconhecer, se não se reproduzir em outras pessoas, inclusive em Sofia, o fenômeno traduzido em conhecimento mesmo assim existe, se encontra no mundo, apenas não experimentado em conhecimento.

Saiu na "Folha de S.Paulo": Ciro Gomes é condenado por calúnia pela segunda vez

Tem um ditado popular que diz: "Quem fala demais acaba dando bom dia a cavalo". No caso do deputado Ciro Gomes ele já recebeu teve duas vezes bloqueio de conta e de imóvel para indenização por danos morais. Abaixo, a matéria da "Folha de S.Paulo":


23/08/2008 - 09h04
Ciro Gomes tem conta bloqueada para indenizar Serra
KAMILA FERNANDES,da Agência Folha, em Fortaleza
O deputado federal e presidenciável Ciro Gomes (PSB-CE) teve ontem sua conta-salário bloqueada pela Justiça de São Paulo por causa de uma indenização por danos morais que tem de pagar ao governador José Serra (PSDB-SP).
O processo movido por Serra é de 2002, quando ambos eram pré-candidatos a presidente da República. O motivo foi uma entrevista de Ciro à Folha, publicada em 20 de março daquele ano, em que afirmou que Serra era "o candidato dos grandes negócios e negociatas, da manipulação despudorada do espaço público, do dinheiro público para fins eleitorais".
A condenação saiu em 2006. "Devo, não nego, mas pago quando puder", disse ele ontem em palestra no Fórum Nacional das Lideranças de Micro e Pequenas Empresas, em Fortaleza, logo após dizer que sua conta tinha sido bloqueada. "Estou sem poder pagar as minhas contas."
Ele foi condenado a pagar a Serra 100 salários mínimos (o que equivale hoje a R$ 41.500), mas disse dever R$ 30 mil.
Por causa dessa condenação, Ciro já teve sua conta bloqueada no ano passado, mas recorreu, alegando ser sua fonte de sustento. Novamente, essa será a alegação do deputado. A defesa de Ciro é feita pelo advogado Caio Cesar Rocha, filho do ministro Cesar Asfor Rocha, novo presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Ciro já tem outra condenação por danos morais, movida pelo ex-ministro da Saúde do governo Itamar Franco e ex-governador de Goiás Henrique Santillo, morto em 2002.Neste caso, a condenação teve um valor bem mais alto, de R$ 266.140, a ser entregue à família do ex-ministro. Sem direito a recursos, Ciro teve seu apartamento na praia de Iracema, em Fortaleza, penhorado por determinação do Tribunal de Justiça de São Paulo.
Em maio deste ano, um recurso para tentar suspender a penhora foi negado pela Justiça paulista, mas Ciro ainda tenta retomar o imóvel, alegando ser o único bem de família.Assim como no caso de Serra, a ação de Santillo contra Ciro foi motivada por uma entrevista, dada em 1995 ao programa "Roda Viva", da TV Cultura, em que Ciro insinuou que o ex-ministro era corrupto.