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quarta-feira, 21 de abril de 2010

Pensamento para o Dia 21/04/2010



“Aquele que está envolvido em meditação, práticas espirituais e está imbuído de autocontrole e disciplina é querido ao Senhor. Tais devotos personificam fé, paciência, camaradagem, bondade, alegria e têm amor genuíno por Deus. Eles possuem discernimento, humildade, sabedoria e renúncia, e estão sempre conscientes de seu Eu interior. Eles estão constantemente imersos na contemplação da peça divina do Senhor (Leelas). Quem quer que se apóie sobre o nome do Senhor a todo tempo e em todas as condições, e derrama lágrimas de Amor quando o Nome do Senhor é ouvido de qualquer lábio, saiba que eles são devotos genuínos.”
Sathya Sai Baba

Convite


CD Tributo a Jacinto Silva
Produção de Tiago Araripe

O SOFRIMENTO DA ALMA E A FELICIDADE DO ESPÍRITO


figura retirada do livro MÃOS DE LUZ

Bernardo Melgaço da Silva

É difícil imaginar alguém que não sofre ou que nunca sofreu. Até mesmo Jesus sofreu na alma e na carne: “Pai, porque me abandonastes!”. Todos os seres humanos em todos os tempos sofreram de alguma forma. Somente o cadáver - o corpo! – não sofre. Eu não estou aqui falando apenas do sofrimento físico. As sensações de dor física e/ou psicológica são as mais vivenciadas e conhecidas. Em sã consciência ninguém deseja sofrer sem motivo algum. O sofrimento é um estado da alma: ”Pai, afasta de mim esse cálice (da tortura)” – Jesus Cristo na véspera de sua crucificação. Enquanto estado do ser de corpo, alma e Espírito vivendo numa mesma interdependência ontológica, o sofrimento humano faz parte da conexão sutil entre eles. E segundo Francisco Otaviano:

Francisco Otaviano

“Quem nasceu em brancas nuvens
E em plácido repouso adormeceu
Quem não sentiu o frio da desgraça
Quem passou pela vida e nunca sofreu
Foi espectro de homem – não foi homem
Passou pela vida
E não viveu”

A sensação de sofrimento e sua intensidade depende de cada um em seu estágio de experiência. Por exemplo, eu tenho uma amiga de 70 anos de idade (moradora do CRATO-CE) que sofre por ver sofrer um amigo seu qualquer. A alteridade é um fenômeno humano abstrato, mas vivenciado por todos. E o sofrimento da dor do outro em si, nesse contexto, é a alteridade no ato de compaixão sincera. Então, o que todos desejam em suas vidas? A resposta, segundo FREUD, não pode deixar dúvidas: é a felicidade. Todos querem ser felizes! Por inferência, pode-se dizer que todos não querem sofrer conscientemente. Então, por que sofrem? E por que não são felizes plenamente? As respostas são variadas, segundo seus autores. Assim, para FREUD (no livro Mal-Estar da Civilização) é devido ao caminho seguido na escolha do prazer. Ou seja, a maioria dos seres humanos confunde o prazer com a felicidade. Essa decisão equivocada faz com que se persiga um objetivo aparentemente verdadeiro, mas que se torna falso durante o processo de experiências e descobertas: “Existe um caminho que nos parece correto, mas que nos leva à morte!” (Bíblia Sagrada?????). E segundo o mestre Jesus Cristo, a causa é essa: ausência de Amor nos “corações” humanos! Os seres humanos não sabem o que e como fazer (“Pai, eles não sabem o que fazem”) com a energia sutil da felicidade, pois canalizam seu poder unilateralmente para o mundo concreto e conflituoso da alma. Por isso, nunca se realizam plenamente!
BUDA, há milhares de anos já afirmava que o mundo concreto é MAYA (ilusão). A decisão equivocada de seguir o impulso da libido e dos prazeres imediatos do corpo se torna falsa ou ilusória.

A história humana está repleta de sofrimento (p. ex.: o esquartejamento de Tiradentes) de si e do outro. Uma parte considerável da humanidade acredita que a causa de seu sofrimento é decorrente apenas de um fenômeno externo e independente da (sua) vontade humana. Tanto o budismo quanto o hinduísmo pregam o desprendimento ( segundo EINSTEIN: “faz-se necessário restrição e renuncia”) das coisas materiais. Entendo, que a maioria dos grandes mestres que descobriram o caminho da renuncia ou desprendimento, na verdade estavam falando do fenômeno do equilíbrio sutil das energias humanas em níveis mais elevados e transcendentais dos CHAKRAS (centros de energia e poder latentes em todo ser humano!). Nesse contexto, a felicidade (não confundir com o prazer de consumo sem limites) não depende diretamente de posição social, ideologia, posse ou propriedade de coisas materiais. Ela depende essencialmente do despertar da consciência para a existência desses centros de energia e poder (por isso esses centros foram citados diversas vezes pelo índio D. Juan nas histórias (livro) de Carlos Castaneda). E por inferência, pode-se dizer que o sofrimento humano é um caminho oposto de alienação de si mesmo. As doenças graves que provocam o estado de sofrimento tem em suas raízes no desequilíbrio energético como princípio desorganizador e perturbador dos impulsos circulantes nos diversos campos da multidimensionalidade (para além do gen!) humana.

A palavra-chave para a correção do caminho da felicidade incondicional é essa: disciplina interior com desenvolvimento da sensibilidade fina (o processo de racionalização se torna incapaz de nos fazer saltar para estados da consciência de dimensões sutis).

Em resumo: não se deve pensar obstinadamente – concentre-se e sinta o Amor que É você mesmo! Eu descobri, por caminho próprio, que a paz incondicional e todos os outros valores nobres são apenas conseqüências naturais dessa ciência ou caminho interior de vida-escolha própria.

“Conhece-te a ti mesmo” - Sócrates.
“A maioria prefere olhar mais para fora do que para dentro de si mesmo” – Einstein.
“O Reino de Deus está em vós” – Jesus Cristo.

Bernardo Melgaço da Silva
Prof. Do Departamento de Ciências Sociais da URCA
Pesquisador do Núcleo de Estudos sobre Ciência, Espiritualidade e Filosofia – NECEF/URCA

Superproteção - Um Castigo.

Luiz Domingos de Luna*

Os adolescentes, ao tempo da ditadura militar, sonhavam com a liberdade como um instrumento de auto-afirmação na família, nas comunidades e na sociedade como um todo. Pois, apesar do regime de exceção, a alma do espírito democrático a rondar o inconsciente ou "consciente maturativo". De que algo no espaço social, político precisava ser mudado. Este eixo espiritual não foi destruído pela força de dominação do militares à época.

A noção de mudança, sempre presente no tecido sociológico brasileiro, a inquietação grassava desde as camadas sociais mais baixas às mais altas – Elites.

O espírito mudancista marcado no meio social em todas as suas arestas, em proporções e intensidades constantes, como uma massa pensamental uniforme e invisível a incomodar o regime de opressão – Uma permanente inquietação.

A entrada no regime democrático um sonho realizado de um povo que não acostomou-se com a mordaça.

A mancha negra do regime de exceção não pode e nem deve ser um trauma para superproteção de crianças, adolescentes, ou mesmo adultos, por algo que não pertence mais ao mundo deles, pois, o relativismo político do estado brasileiro foi incorporado ao Estado Democrático de Direito.

Ao se propalar a superproteção às novas gerações, que vivem a liberdade, ideal sonhado pela anterior, está se criando um grande paradoxo, pois a própria liberdade almejada pela geração anterior não pode ser utilizada como ferramenta egoista, vez que, os pais passam a controlar os passos de seus filhos de forma intensiva, coercitiva desde o nascimento, formando assim, não filhos reais, mais filhos ideais, modelos, referências, projetos, tudo, menos,uma vida autônoma e soberana no espaço tempo.

A vida não pode ser um projeto de vida que não deu certo em um ideal sonhado por outrem, visto cada um, ser único, especial e total. Educação, orientação, sim, porém superproteção nunca, pois a superproteção é apenas um castigo disfarçado.
* Professor – Aurora – Ceará.
* Colaborador do Blog Cariri Agora.

Turnê mostrará trabalhos inéditos de Pachelly Jamacaru – Por Vitória Régia

Pachelly Jamacaru mora mais lá à frente. Pode subir que ele mora pertinho do topo da serra”, explicou a moradora da localidade de Belmonte, à cerca de 6 km do centro de Crato. Há mais de 24 anos, o compositor, fotógrafo e escritor que arrancou diversos elogios dos críticos, mudou-se para lá e descortina diariamente a paisagem exuberante da Chapada do Araripe. Ele se vê tão acimentado por estas terras que sua trajetória contundente incide com a história artística da região.

“As letras são inteligentes, o ritmo é marcante e bem diverso”, diz Francisca Silveira, que há três anos mantém uma banda de garagem.“Me inspiro nele ao tentar levar o Cariri no que produzo”. “Eu nasci com a sinfonia das reboadas dos trovões, numa noite de clarões no céu e sons dos atabaques dos Índios Cariris ressoando na Floresta do Araripe”, conta ele, revelando a ária de poesia que penetra desde as fotografias que cria ao seu comportamento.

Segundo Jamacaru, algumas vivências e imagens da infância já revelariam um legado de 400 composições. “O meu pai foi um seresteiro e comerciante. Dentre os produtos comercializados em seu armarinho, os instrumentos musicais eram os de vitrine. Nos dias de feiras, sanfoneiros, zabumbeiros e toda sorte de cantores populares, compravam e fazia cantorias no recinto, um prato cheio para os ouvidos de um menino descobrindo o universo dos sons”.

A face que mais ele se permite revelar é a multiplicidade, ou a qualidade de ser caleidoscópico, diria Clarice Lispector. Jamacaru ressalva que existem dois seres nele. O da arte e a pessoa comum. Ambos se reprocuram a todo instante, constroem valores e destroem os falsos valores. “Ora aprendiz, ora transmissor de conhecimentos. Um capricorniano estrito, vírgulas e ponto. Quanto ao artista, a crítica constituída, aqueles que conheceram o meu trabalho que tirem suas conclusões”, desafia.

Difícil ser ao menos indiferente à sua obra, visto que a própria arte dele parece açoitar o espectador. Suas músicas se enquadram em “tribal, urbano, rock rural, samba, baião, côco, canções ao vento, sons dos córregos, cascatas, da chuva, trinar de pássaros e canto de gia”, diz. A turnê Musicaminhos, no Centro Cultural Banco do Nordeste – Cariri às 19h30 da sexta-feira (30), mostrará composições inéditas em versões adaptadas à voz e violão.

Fonte: Jornal do Cariri

Vários anos após Tiradentes - por José do Vale Pinheiro Feitosa

Entre as mais belas, históricas, simbólicas e bucólicas cidades brasileiras se encontra a cidade de Tiradentes em Minas Gerais. Ao lado da Serra de São José, a cidade tem ruas inclinadas, ladeiras consideráveis, um patrimônio barroco importante e numa das ruas principais se encontra o atelier de Oscar Araripe. Este nascido no Rio de Janeiro e descendente do território do Cariri.

Desta junção da cidade, que leva o apelido de Joaquim José da Silva Xavier, e o artista descendente do movimento Republicano de 1817, relevante na cidade de Crato, é que nasce esta história. A história de Tiradentes, nesta terra de doutores que até hoje se imaginam os herdeiros naturais da liderança nacional, basta ver que o argumento entra como fel da oposição ao Presidente Lula. Afinal o nome Tiradentes fazia parte da depreciação com que os “aristocratas” a serviço do colonialismo português e do sistema imperial, como humilhação, deram a uma das tarefas com que o jovem e pobre revolucionário ganhava a vida.

Uma coisa não se pode esquecer com o movimento republicano brasileiro, seus heróis começaram a vir do povo e não da “nata do lixo”. Tiradentes, com a República, passou a ser um dos primeiros heróis de origem fora da aristocracia escravocrata, de modo figadal ligada à Europa e não ao jovem país. Por isso, a 21 de abril, se lembra o enforcamento e posterior esquartejamento deste homem, 46 anos após seu nascimento não por acaso no distrito chamado de Pombal.

A morte de Tiradentes ocorreu 25 anos antes da revolução de 1817 e há apenas 3 anos após a Revolução Francesa. O requinte do processo fazia parte do “terror” com que a elite portuguesa e seus acólitos nacionais sentiam aquele tsunami a revolucionar a economia e a política européia. Deram-lhe a alcunha pejorativa, foi o único efetivamente executado e criaram “maldades” que até hoje infestam certas instituições e o pensamento político de certo tipo de gente.

Não se pode pensar em democracia que não se pense em igualdade. A humilhação do nome Tiradentes é a prova histórica da pretensão ao privilégio e à ética do meu pirão primeiro com que certo tipo de “condutor” e “formador de opinião” pretende perpetuar um mundo privado apenas para si e os seus. Corre no sangue, está na medula desta gente que teima em deixar cadáveres estendidos no chão.

Cadáveres não apenas enforcados. Mas esquartejados como Tiradentes. Com seu sangue escrever um documento declarando sinistra a sua memória. Deixar pedaços do seu corpo à margem do leito onde os brasileiros transitam para que se aterrorizem com o que lhes pode acontecer. Finalmente, no panteão do gólgota, apresentar sua cabeça decepada.

Assim agindo, se imaginam protegidos atrás das cercas elétricas e dos carros blindados. Pensam ter cortado toda a esperança da revolta e do ódio – pois o ódio é uma das esperanças mais intensas que existe – tanto em pensamento como em obra. Imaginam-se, como então, rasgar os escritos dos Iluministas e as cartas da revolução que tendem a fugir ao controle dos capitalistas.

CONVITE

SEMINÁRIO - NEGÓCIOS DA MÚSICA NO CARIRI

Convidamos todos os participantes da CADEIA PRODUTIVA DA MÚSICA DO CARIRI para participar deste evento que será um marco no desenvolvimento dos negócios da música no Cariri.

INSCRIÇÕES GRATUITAS

DATA: 29/04/2010 - 8 às 18h

LOCAL: TEATRO SALVIANO ARRAES, CRATO-CE

Programação

Painel 1 - MERCADO

Exportação de Música Brasileira

David McLoughlin (SP) – Gerente do Programa de Exportação de Música Brasileira executado pela BM&A (Brasil Música e Artes)

Mesa 1 – ASSOCIATIVISMO

Como pensar um novo mercado a partir do associativismo

Pablo Capilé (MT) – Membro do Espaço CUBO (MT), fundador do Circuito Fora do Eixo, Associação Brasileira de Festivais Independentes (Abrafin) e Casas Associadas.

Rafael Bandeira (CE) – Empresário do setor da música é proprietário do Hey Ho Rock Bar casa de show de Fortaleza, produtor de eventos, diretor da Associação Brasileira das Casas de Show e Casas Associadas de Fortaleza, membro da Rede Ceará de Música.

Painel 2 – CASES SEBRAE

Apresentação dos cases Brazil Central Music e Música do Espírito Santo

Décio Coutinho (GO) – Gestor de Projetos de Cultura e Artesanato do Sebrae Goiás

Roberto Maciel (ES) – Gestor do Projeto de Cultura do Sebrae Espírito Santo

Mesa 2 – PRODUÇÃO CULTURAL

Evolução e Profissionalização da Produção na Música Independente

Talles Lopes (MG) – Membro do Coletivo Goma de Uberlândia (MG), do Circuito Fora do Eixo Minas, Associação Brasileira de Festivais Independentes (Abrafin) e Casas Associadas, produtor de eventos culturais como o Festival de Música Independente Jambolada

Ivan Ferraro (CE) – Vice-Presidente da Associação dos Produtores de Disco do Ceará e diretor da Feira da Música de Fortaleza

Édio Callou (ADM 4899)
SEBRAE/CE
Escritório Regional do Cariri
Tel: (88) 3523.2025
Fax: (88) 3523.4455