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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

A NATUREZA DA CONSCIÊNCIA E OS CAMPOS DE ENERGIA SUTIL DA REALIDADE HUMANA


Assim como existe a fronteira entre a ignorância e o conhecimento também existe a fronteira entre o conhecimento e o autoconhecimento. Pode o ignorante compreender o universo de um cientista e intelectual? Da mesma forma, pode um intelectual compreender o universo do santo e místico? Certamente não. As fronteiras que delimitam estes universos, separam realidades distintas, ainda que os ignorantes , cientistas e santos estejam aparentemente no mesmo "plano de existência". A fronteira que delimita o ignorante do cientista chamaremos de CONHECIMENTO, e a fronteira que delimita o cientista do santo chamaremos de SENSIBILIDADE.

A realidade não é somente aquilo que percebemos. Aquilo que não percebemos não deixa, apenas por esta razão, de existir. Assim, o cientista não percebe diretamente o elétron, apenas indiretamente, por seus efeitos, o que não o impede de afirmar-lhe a existência. O que percebemos está inserido dentro de uma faixa ou cone de percepção. A medida que aumentamos a sensibilidade do cone de percepção novas sinalizações de fenômenos são captadas do mundo "irreal".

"No dizer de Héyoan, cada um de nós tem um cone de percepção através do qual percebemos a realidade. Podemos usar a metáfora da freqüência para explicar esse conceito, significando o que cada um de nós é capaz de perceber dentro de certa faixa de freqüência.
Como humanos, tendemos a definir a realidade pelo que podemos perceber. Essa percepção inclui não somente todas as percepções humanas normais mas também suas extensões através dos instrumentos que construímos, como o microscópio e o telescópio. Aceitamos como real tudo o que está dentro do nosso cone de percepção, e como irreal tudo o que está fora dele. Se não podemos perceber alguma coisa, a razão é que ela não existe.
Toda vez que construímos um novo instrumento, aumentamos o cone de percepção e mais coisas são percebidas, de modo que elas se tornam reais" (BRENNAN,1990,p.242).

Mas será que podemos compreender algo sem que, para tanto, tenhamos que empregar esforço mental ou emocional? Acredito que não, pelo menos para o nível "normal" de consciência humana.

Podemos afinal efetivamente estudar o ser humano, ou mais precisamente, a consciência humana? A resposta positiva para essa pergunta tem por obstáculo fundamental o fato de se tratar de um estudo em que o "objeto" é ao mesmo tempo sujeito. Como pode um observador caracterizar um "objeto" se elementos como orgulho, pretensão, ansiedade, tensão, carência afetiva, auto-afirmação, insegurança, falta de confiança no outro ou em si mesmo,etc.- afetam a observação e interferem no "objeto" estudado? A "ciência oficial" estuda, no homem, o produto das descobertas mas não o "metaproduto" das descobertas. Um produto por exemplo seria a equação de Einstein -E = mc2-, enquanto que o metaproduto seria o trabalho de "sutilização da sensibilidade" que Einstein executou em si mesmo para chegar a esta descoberta. O conhecimento da natureza do produto e do "metaproduto" não é idêntico, mas complementar. Em se tratando do ser humano o produto é a sua percepção OBJETIVA e o "metaproduto" sua consciência de si NãO-OBJETIVA. Segundo JUNG (1991):

"Na elaboração de teorias e conceitos científicos há muita coisa de sorte pessoal. Há também uma equação pessoal psicológica e não apenas psicofísica. Enxergamos cores, mas não o comprimento das ondas. Esta realidade bem conhecida deve ser levada em conta na psicologia, mais do que em qualquer outro campo. O efeito dessa equação pessoal já começa na observação. Vemos aquilo que melhor podemos ver a partir de nós mesmos. Assim, vemos, em primeiro lugar, o cisco no olho do irmão. Sem dúvida o cisco está lá, mas a trave está no nosso olho - e perturbará de certa forma o ato de ver. Desconfio do princípio da "pura observação" na assim chamada psicologia objetiva, a não ser que nos limitemos á lente do cronoscópio, taquistoscópio e outros aparelhos "psicológicos". Assim nos garantimos também contra uma demasia exploração dos fatos psicológicos da experiência. Esta equação pessoal psicológica aparece mais ainda guando se trata de expor ou comunicar o que se observou, sem falar da concepção e abstração do material experimental. Em parte alguma, como no campo da psicologia, é exigência absolutamente básica que o observador e pesquisador sejam adequados a seu objeto, no sentido de serem capazes de ver uma e outra coisa. Exigir que só se olhe objetivamente nem entra em cogitação, pois isto é demais. O fato de a observação e a interpretação subjetivas concordarem com os fatos objetivos prova a verdade da concepção apenas na medida em que esta última não pretenda ser válida em geral, mas tão-somente para aquela área do objeto que está sendo considerada. Nesse sentido, é exatamente a trave no nosso próprio olho que nos possibilita ver o cisco no olho do irmão. E nesse caso a trave no nosso olho não prova que o irmão não tenha um cisco no seu olho, como ficou dito. Mas a perturbação de nossa visão leva facilmente a uma teoria geral de que todos os ciscos são traves. Reconhecer e levar em consideração o condicionamento subjetivo dos conhecimentos em geral e dos conhecimentos psicológicos em particular é a condição essencial e correta de uma psique diferente da do sujeito que observa. Esta condição só será satisfeita quando o observador estiver suficientemente informado sobre a extensão e a natureza de sua própria personalidade. E só poderá estar suficientemente informado quando se tiver libertado da influência niveladora das opiniões coletivas e, assim, tiver chegado a uma concepção clara de sua própria individualidade" (p.25-27).

A consciência do homem está relacionada aos princípios intrínsecos de desenvolvimento da percepção física e metafísica. O movimento e a evolução desses princípios acarretam uma mudança de percepção, fazendo com que a percepção se volte sobre si mesma. Esse "giro" de percepção pode engendrar um novo estado de sensibilidade ou um novo ângulo de visão em nosso estado psicológico.

BRENNAN (1990):
"A proporção que nos permitimos desenvolver novas sensibilidades, principiamos a ver o mundo inteiro de maneira muito diferente. Começamos a prestar mais atenção a aspectos da experiência que antes nos pareciam periféricos. Surprendemo-nos a usar uma nova linguagem para comunicar as novas experiências. Expressões como "vibracões más" ou "a energia ali era grande" estão se tornando comuns. Principiamos a notar e dar mais crédito a experiências como a de encontrar alguém e a de gostar ou desgostar desse alguém, num instante, sem nada saber a seu respeito. Gostamos de suas "vibrações"" (p.39).

Continuando a análise de BRENNAN temos:
"Todas essas experiências têm realidade nos campos de energia. O nosso velho mundo de sólidos objetos concretos está rodeado e impregnado de um mundo fluido de energia radiante, em constante movimento, em constante mutação, como o oceano"(p.39).

E BRENNAN (1990) complementa:
"Conquanto a experiência de cada pessoa seja única, existem experiências comuns gerais que as pessoas têm quando passam pelo processo de ampliação das percepções, ou de abertura do canal, como é freqüentemente chamado. Tais verificações servirão para encorajá-lo ao longo do caminho. Não, você não está ficando louco. Outros também estão ouvindo ruídos provenientes de "lugar nenhum" e vendo luzes que não estão ali. Tudo isso faz parte do início de certas mudanças maravilhosas que ocorrem na sua vida de modo inusitado, porém muito natural.
Há provas abundantes de que muitos seres humanos hoje em dia expandem seus cinco sentidos habituais em níveis supersensoriais. A maioria das pessoas possui em certo grau a Alta Percepção Sensorial sem percebê-lo necessariamente, e pode desenvolvê-la muito mais com diligente dedicação e estudo. É possível que já esteja ocorrendo uma transformação da consciência e que outras pessoas procurem desenvolver um sentido novo em que as informações são recebidas numa frequência diferente e possivelmente mais elevada" (p.28-29).

DENIS (1909) assim comenta:
"Todas as manifestações da natureza e da vida se resumem em vibrações, mais ou menos rápidas e extensas, conforme as causas que as produzem. Tudo vibra no universo: som, luz, calor, eletricidade, magnetismo, raios cósmicos, raios catódicos, ondas hertzianas, etc., não passam de modos diversos de ondulação da força e da substância universal, de sucessivos graus que constituem, em seu conjunto, a escala ascensional das manifestações da energia.
As gradações são muito afastadas umas das outras. O som percorre 340 metros por segundo; a luz, no mesmo tempo, faz o percurso de 300.000 quilômetros; a eletricidade se propaga com uma rapidez que se nos afigura incalculável. Os nossos sentidos físicos, porém, não nos permitem perceber todos os modos de vibração. Sua impotência para nos dar uma impressão completa das forças da natureza é um fato suficientemente conhecido para que tenhamos necessidade de insistir sobre esse ponto.
Só no domínio da ótica, sabemos que as ondas luminosas não nos impressionam a retina senão nos limites das sete cores do prisma, do vermelho ao violeta. Alem ou aquém dessas cores, as radiações solares escapam a nossa vista; chamam-se por isso raios obscuros" (p.46-47).


DENIS (1909) continua:
"Nessa prodigiosa ascensão, os nossos sentidos representam paradas muitíssimo espaçadas, estações disposta a consideráveis distâncias umas das outras, em uma estrada sem fim. Entre essas diversas paradas, por exemplo entre os sons agudos e os fenômenos do calor e da luz, destes, em seguida, até às zonas vibratórias afetadas pelos raios catódicos, há para nós como que abismos. Para seres, porém, dotados de sentidos mais sutis ou mais numerosos que os nossos, esses abismos, desertos e obscuros na aparência, não estariam preenchidos? Entre as vibrações percebidas pelo ouvido e as que nos impressionam a vista não há mais que o nada no domínio das forças e da vida universal?
Seria bem pouco sensato acreditá-lo, porque tudo na natureza se sucede, encadeia e se desdobra, de elo em elo, por gradativas transições. Em parte alguma há salto brusco, hiato, vácuo. O que resulta destas considerações é simplesmente a insuficiência do nosso organismo, demasiado pobre para perceber todas as modalidades da energia.
O que dizemos das forças em ação do universo, aplica-se igualmente ao conjunto dos seres e das coisas, sob suas diversas formas, em seus diferentes graus de condensação ou de rarefação.
O nosso conhecimento do universo se restringe ou dilata conforme o número e a delicadeza de nossos sentidos. O nosso organismo atual não nos permite abranger mais que um limitadíssimo círculo do império das coisas. A maior parte das formas da vida nos escapa. Venha, porém, um novo sentido acrescentar-se aos atuais, e imediatamente se há de o invisível revelar, será preenchido o vácuo, animado o que é hoje insensibilidade e inércia.
Poderíamos mesmo possuir sentidos diferentes, por sua estrutura anatômica, modificariam totalmente a natureza de nossas sensações atuais, de modo a nos fazer ouvir as cores e saborear os sons. Bastaria para isso que no lugar e posição da retina um feixe de nervos pudesse ligar o fundo do olho ao ouvido.
Nesse caso ouviríamos o que vemos. Em lugar de contemplar o céu estrelado, perceberíamos a harmonia das esferas, e nem por isso seriam menos exatos os nossos conhecimentos astronômicos. Se os nossos sentidos, em lugar de separados uns dos outros, estivessem reunidos, não possuiríamos mais que um único sentido generalizado, que perceberia ao mesmo tempo os diversos gêneros de fenômenos" (p.47-49).


E continuando com a análise de JUNG (1984):
"Se alguém pensa que uma crença sadia na existência dos arquétipos pode ser inculcada a partir de fora, é tão ingênuo quanto aqueles que querem proscrever a guerra ou a bomba atômica por meios legais. Essas medidas nos lembram aquele bispo que excomungou os besouros de sua diocese porque se haviam multiplicado incovenientemente. A mudança da consciência deve começar dentro de cada um e é um problema que data de séculos e depende, em primeiro lugar, de saber até onde alcança a capacidade de evolução da psique. Tudo o que sabemos hoje é que há indivíduos capazes de se desenvolver. Contudo, o seu número total escapa ao nosso conhecimento, da mesma forma como não sabemos qual seja a força sugestiva de uma consciência ampliada, isto é, não sabemos a influência que ela pode exercer sobre um círculo mais vasto. Efeitos desta espécie jamais dependem da racionalidade de uma idéia, mas bem mais da questão (que só podemos responder ex effectu - depois dos fatos): Uma época está madura ou não para mudança?" (p.159).

BRENNAN, Barbara Ann. Mãos de Luz: Um Guia Para a Cura Através do Campo de Energia Humana, 1ª ed., São Paulo: Ed. Pensamento, 1990.

DENIS, Léon. No Invisível: Espiritismo e Mediunidade, Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1909.

JUNG, C. G. - Tipos Psicológicos, Rio de Janeiro: Vozes,1991.

JUNG, C. G. A Natureza da Psique, Rio de Janeiro: Vozes, 1984.

MELGAÇO DA SILVA, Bernardo. Trabalho e Transformação: A Organização do Trabalho e o Nível de Consciência nas Sociedades Modernas, Dissertação de Mestrado, COPPE/UFRJ, 1982.

Dono de blog é condenado a pagar R$ 16 mil por comentário de internauta

Post abordava briga em colégio do CE; internauta insultou diretora. Blogueiro perdeu prazo para recurso e juiz ordenou penhora de bens.

Mariana Oliveira e Marília Juste
Do G1, em São Paulo

Por conta do comentário de um internauta em seu blog, o estudante de jornalismo Emílio Moreno da Silva Neto, de 33 anos, morador de Fortaleza (CE), foi condenado pela Justiça cearense no mês de julho a pagar uma indenização de R$ 16 mil.

Emílio perdeu o prazo para recorrer e, no último fim de semana, recebeu uma notificação de penhora de bens para o pagamento do valor.

O caso começou em março do ano passado, quando o universitário repercutiu em seu blog uma briga entre dois estudantes do Colégio Santa Cecília, na capital cearense. No comentário, um internauta insultou a diretora, uma freira chamada Eulália Maria Wanderley de Lima, e criticou sua atuação na intermediação da briga dos estudantes.

No segundo semestre do ano passado, a diretora da escola abriu uma ação por danos morais contra o blogueiro. Nas quatro primeiras audiências, segundo informações do Tribunal de Justiça do Ceará, o estudante compareceu e a diretora, não. Ela alegou viagens e outros compromissos profissionais.

Na quinta audiência, foi o estudante quem faltou, mas, ao contrário da diretora, não deu justificativas. Por conta disso, o juiz aceitou a ação e o condenou ao pagamento de 40 salários mínimos, o equivalente a R$ 16,6 mil na época. Emílio perdeu o prazo para recorrer e a ação transitou "em julgado" -- ou seja, não há mais possibilidade de recursos.

No último sábado, dia 21 de novembro, Emílio foi notificado sobre o mandado da Justiça de penhora de bens para pagar a quantia e tem possibilidade de tentar reverter a penhora.

O estudante afirma que não tem bens para serem penhorados e alega que tentou resolver o caso "amigavelmente". "O que eu realmente lamento é que não tenha havido um diálogo mais tranquilo, sem que houvesse a necessidade de uma ação na Justiça. Ofereci direito de resposta, apaguei de imediato o comentário. Enfim, acho que tudo isso é fruto de um grande equívoco. Lamento realmente."

Exclusão do comentário
O advogado Helder Nascimento, que defende a diretora da escola, porém, diz que antes de protocolar a ação pediu para que o comentário fosse retirado. "Pedimos para retirar e ele não retirou dizendo que era cerceamento da liberdade de expressão. Solicitamos que informasse quem era o titular do e-mail e ele se recusou. Não podemos deixar um cliente ser violentado."

Na versão do blogueiro, cerca de dois meses após o post e o comentário um escritório de advocacia da capital cearense entrou em contato com ele.

"Eles queriam, por telefone, que eu identificasse o autor do comentário. (...) No início achei que fosse algo muito estranho. Uma pessoa me liga e pede a identificação de um comentarista do blog. Eu não passei. Consultei o sindicato dos jornalistas do Ceará, a assessoria jurídica deles e no início de setembro chegou o mandato de citação do 11º Juizado Especial Cível."
O estudante afirma que, embora não tenha passado a identificação de imediato, retirou o comentário do ar após o primeiro contato. "A minha intenção desde o princípio foi produzir conteúdo relevante e acima de tudo, local. Nunca tive a intenção de promover ataque nenhum a ninguém."

Segundo Emílio, o e-mail dado pelo internauta era falso.

O advogado da freira, Helder Nascimento, diz que a Justiça avaliou o caso como "violação do direito de imagem". "Ele (Emílio) é o responsável pelo blog e foram veiculadas matérias ofensivas à pessoa que é uma religiosa, uma freira. E isso foi interpretado como excesso na liberdade de expressão."

Mediação
Para o advogado, o blogueiro deveria ter bloqueado as ofensas. "O blog tem mediador que faz a filtragem. Se isso existe tem uma finalidade, não está ali à toa. Ele permitiu que fosse veiculada uma ofensa a outra pessoa. (...) Embora ele não se sinta responsável, tem uma responsabilidade que extrapola o querer dele."

O advogado avalia ainda que a internet "não é um campo ilimitado". "Há muita discussão sobre o uso da internet. Mas há limite técnico em todas as relações, inclusive na internet."

Emílio diz se sentir injustiçado pela sentença. "Me sinto tão vítima quanto a Irmã Eulália. Na minha inexperiência jurídica, fui usado por alguém que certamente e deliberadamente queria atacar a diretora da escola e usou meu blog e a minha boa fé pra isso. Acho importante ponderar isso. Me sinto usado por um anônimo e punido por algo que eu nunca queria que tivesse acontecido."

De acordo com o estudante, o blog existe desde 2006 e analisa a mídia local e o cotidiano de Fortaleza.

Para o blogueiro, casos como o dele poderiam ser evitados com uma legislação clara sobre a internet.

"Quero mobilizar e sensibilizar as pessoas que militam nas redes sociais da importância de discutirmos e pressionarmos nossas autoridades para uma legislação clara e que possa amparar quem produz conteúdo na rede. Toda vez que conto essa história para alguém as pessoas ficam impressionadas. Há muita desinformação sobre tudo isso."
Fonte: G1

Não estamos sendo contemplados...

Por Pedro Esmeraldo

Ah! meus amigos, queremos desabafar as mágoas que temos dos poderosos e dos mexeriqueiros tão abundantes na região. Estamos convictos que esses cidadãos são levados pela máfia da “mão ligeira” e só nos tem trazido discórdia. Tudo causado pelo desejo de tornarem-se no “foco de progresso absoluto da região”, sugando o sangue dos outros municípios vizinhos, graças à proteção recebida das autoridades da capital.

Cremos que, com toda certeza, alguns de nós, pertencentes aos outros municípios que atualmente estão desprotegidos da massa governamental, sairemos um dia dessa dificuldade e seremos contemplados com novos investimentos, mesmo porque temos garra e buscaremos soerguer – acima da discórdia e dessa lama podre que ora nos atinge e contamina o ambiente – deixando-nos descontentamento e desarmonia. Ambas provocadas pela má fé e egoísmo de levar o progresso só para si.

Muita gente não compreenderá a causa da nossa revolta. Embora tenhamos dito que, posteriormente, seremos julgados pela benevolência de Deus. Visto que, segundo nosso pensamento, precisamos compreender que querem tirar tudo do Crato à força de um crescimento democrático e um equilíbrio regional. Temos convicção que futuramente lutaremos com muita fé e sempre auxiliados pelo Onipotente, com os olhos voltados para dias melhores.

No momento, estamos sendo castigados por essa massa discordante que ultimamente só pensa em relocalizar, noutro município, os melhoramentos previstos para nossa cidade. O Crato é sempre deixado de lado. Não vejo interesse de nossas lideranças na conclusão de obras como o Centro de Convenção e o monumento á Nossa Senhora de Fátima, no Barro Branco. O ritmo de trabalho, dessas obras, é lento. Às vezes são paralisados e, quando reiniciados, são tocados a passo de tartaruga, o que vem mostrar a má vontade dos órgãos administrativos do Estado. E ainda quer obrigar o povo a engolir tudo isso calado.

Enquanto isso as obras previstas para outras cidades andam bem rápidas, causando espécie à população cratense, que também quer ver sua cidade com o merecido destaque no contexto do Estado do Ceará.

Lançamos uma pergunta: também nós não pagamos impostos e tributos? Por que estamos esquecidos em relação a outros municípios cearenses? Notamos que somos empurrados para escanteio. Com sinceridade responderemos aos inimigos do Crato, aqueles que só vêm buscar o nosso voto no período eleitoral, diremos a esses homens públicos, incluindo os da zona norte do Ceará, que nós, os cratenses, não suportaremos mais essa desigualdade e nem iremos contribuir com nossos votos para a essas pessoas descomprometidas com o progresso do Crato.

Concluo dizendo a esses senhores: não pretendemos participar de facção partidária, praticadas sob o método do clientelismo: Procuraremos o que há de melhor, fazendo um trabalho intenso e com fé. E sairemos dessa balbúrdia na certeza que dias melhores virão para Crato num futuro próximo. E mais: não abraçaremos os lisonjeadores porque não nos interessa bajular ninguém, mas avisamos a esses verdadeiros inimigos que seremos diligentes e louvaremos a todas as pessoas interessadas no progresso do nosso Crato.

Centro Cultural BNB Cariri: Programação Diária



Dia 26/11, quinta-feira

Especiais - Oficina - ARTE RETIRANTE
Local (Caririaçu)
14h Arte Mural. 240min.

Programa de Rádio – Rádio Educadora AM 1020
14 h Compositores do Brasil. 60min.

Música - CURSO DE APRECIAÇÃO DE ARTE
14h O Protesto na Música Popular Brasileira. 180min.

Literatura/Biblioteca - BIBLIOTECA VIRTUAL
18h Recursos Avançados de Utilização da Internet. 180min.

Artes Visuais - SEMINÁRIO AVANÇADO DE ARTE
18h Identidades Culturais na Pós-Modernidade. 180min.

Música - PALCO INSTRUMENTAL
19h30 Pipoquinha. 60min.

Rua São Pedro, 337 - Centro - Juazeiro do Norte
Fone (88) 3512.2855 - Fax (88) 3511.4582