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terça-feira, 27 de outubro de 2009

Aquela viagem!... Por Carlos e Magali

* Carlos * Magali

Quando morávamos no Crato, anualmente nas férias de fim de ano, fazíamos uma viagem para que nossos três filhos perdessem um pouco da inibição que toda criança criada no interior parece ter. Esta que agora relembramos e que nos é inesquecível foi a mais extensa delas e para nós, uma das mais cheias de casos engraçados. Planejamos de uma só vez conhecer Teresina, São Luis e de lá iríamos à Araguaina, que na época, 1983, pertencia ao estado de Goiás. Depois de alguns dias em Araguaina, onde passaríamos o natal com minha irmã Amélia Maria e seu marido Leomar Bezerra, nós seguiríamos até Goiânia e Brasília, de lá retornando ao Crato pela Bahia. Saímos do Crato pela madrugada, nós dois, os três meninos e Maria Zélia, minha irmã. Em Teresina, chegamos às nove horas da manhã, demos uma volta pelo centro da cidade e seguimos viagem. Lá pelas cinco horas da tarde chegamos a São Luis e nos alojamos no Hotel Quatro Rodas, recém-inaugurado, um hotel luxuosímo, além de muito caro.

Nessa época, nós tínhamos uma Belina, que era um carro muito bom para viajar com crianças, pois tinha um bagageiro grande, onde após elas cansarem de tanta traquinagem, dormiam por sobre as malas forradas com travesseiros. Durante a viagem, bastante cansativa, quando chegávamos às churrascarias da estrada para almoçar, os meninos com idade de nove, sete e cinco anos, de tanto estarem confinados, descarregavam suas energias correndo pelos restaurantes e, ao sentarem eles pegavam os talheres e batiam nos pratos, como se eles fossem uma bateria. Eu reclamava dizendo que era falta de educação, mas a euforia deles era enorme.

Ao chegarmos ao hotel, a meninada se alegrou ao ver que os apartamentos tinham varandas com portas de vidro com vistas para a piscina e o mar. Um deles ficou tão animado que quis passar para a varanda, sem perceber que a porta de vidro estava fechada. Bateu o nariz na porta, para zombaria dos outros dois irmãos e nossa preocupação, pois seu nariz sangrou muito.

Na hora do jantar fomos todos ao Restaurante do Hotel Quatro Rodas. O ambiente era muito requintado, pouca luz, as mesas todas arrumadas de maneira impecável, com toalhas brancas de linho, bem diferente dos restaurantes da beira da estrada. Embora cheios de turistas americanos, franceses e brasileiros, reinava um silêncio sagrado e não houve tempo de prevenir os meninos para que se comportassem bem. Escolhemos uma mesa e sentamos. Os guardanapos estavam arrumados de forma decorativa, em pé, duros, pareciam um jarro. Os meninos respeitando esse ambiente luxuoso ficaram caladinhos, sem dar uma palavra. Carlos sentou e querendo demonstrar ser traquejado, abriu o guardanapo e o colocou no colo. Maria Zélia, distraída não viu. Depois ela olhou para mim e bem baixinho perguntou: "Magali, ô Magali, o que foi que Carlos fez com o boneco dele?” Eu comecei a rir baixinho, como mandava o ambiente. Ainda agora, eu dei boas gargalhadas enquanto escrevo relembrando essa passagem.

Após dois dias, saímos de São Luis para dormir em Santa Inês. Pelo “Guia Quatro Rodas” verificamos que a melhor hospedagem da cidade era num certo Hotel Socic, localizado após várias indagações e informações dos moradores da cidade. Ao chegarmos ao Socic, notamos ser muito diferente da hospedagem de São Luis. Era um hotelzinho de quarta ou quinta categoria. Além do mais faltava energia, os hóspedes conversavam em voz alta, sentados na calçada do hotel e nós não podemos dormir até a uma hora da madrugada, quando a energia voltou. Para completar o desconforto, havia muitas muriçocas e um dos meninos reclamava do mau cheiro do travesseiro, que segundo ele estava fedendo a cabeça.

Na manhã seguinte, após o café, comecei a arrumar a bagagem, enquanto a Belina funcionava para aquecer o motor. O filho mais velho ficou dentro do carro, enquanto eu fui chamar o restante do pessoal para continuar a viagem. Aconteceu que esse menino saiu e deixou o carro trancado, funcionando com a chave na ignição. Quis quebrar o vidro da janela para abrir a porta, quando um senhor que estava na garagem do hotel disse-me: “tenha calma, eu tenho um Corcel e vamos ver se a minha chave dá no seu carro.” Testei e como que por milagre ela abriu a porta da nossa Belina, para meu alivio. Verifiquei também se a chave do outro carro daria partida no nosso, mas ela não deu. Depois testamos a chave da nossa Belina no Corcel e ela não só abriu a porta, como deu partida ao motor. Então eu pensei: “como é fácil roubar um carro!”

De Santa Inês até Araguaina, foi um dia de viagem. Ainda no estado do Maranhão eu e Maria Zélia desejávamos ir ao banheiro. Mas como todos eram muito sujos, Carlos resolveu parar o carro numa estradinha carroçável lateral, no meio de uma grande mata, para que a usássemos como banheiro. Quando escolhemos um matinho bem apropriado, ouvimos Carlos gritar histericamente: "Entrem no carro depressa, ai vem um monte de índios!" O sufoco foi grande e quando chegamos ao carro, avistamos os índios correndo em nossa direção e gritando. Era quase toda a tribo e não sabíamos o que eles queriam. Só sei que entramos tão rápido no carro, que eu machuquei uma das pernas no batente da porta. Carlos deu uma arrancada e fez uma curva fechada, com muita rapidez e nos distanciamos desses índios, que correram gritando atrás da gente até o asfalto. Depois quando passou o susto rimos muito. Carlos achou que os índios iriam nos assaltar e penso que iam mesmo, pois eram muitos.

Depois de alguns dias em Araguaina seguimos para Goiânia e Brasília. Nesta última nos hospedamos no Hotel Planalto cujas paredes eram todas de vidro, permitindo uma bela visão de Brasília de ambos os lados do hotel. Fomos alojados em um apartamento conjugado: um quarto de casal e outro anexo com duas camas de solteiro, uma delas colada na parede de vidro e, numa espécie de rol de entrada, uma bi-cama. Magali determinou o lugar da dormida de cada um dos meninos, e não colocou nenhum deles na cama da parede de vidro, com receio de que danados como eles eram, quebrassem o vidro da parede. Calou-se de repente, notando que a cama da parede de vidro ficara para Maria Zélia. Esta imediatamente perguntou: “E eu Magali, vou ficar nessa cama para cair lá embaixo?”
A viagem de regresso até o Crato é outra história!

Por Carlos Eduardo Esmeraldo e Magali de Figueiredo Esmeraldo

As “coincidências” dos Monsenhores – por Armando Lopes Rafael

Há quatro anos e meio o Cariri perdia dois grandes sacerdotes católicos. Monsenhor Antonio Feitosa (foto ao lado) faleceu em 29 de março de 2005. Doze dias depois – em 12 de abril – foi a vez de Monsenhor Francisco Holanda Montenegro entregar sua bondosa alma ao criador.

Por um desses desígnios da vida, os Monsenhores Feitosa e Montenegro sempre se encontraram próximos um do outro, devido a várias coincidências de ordem pessoal. A propósito, Mons. Antônio Feitosa, escrevendo na orelha do livro “Os quatro luzeiros da diocese”, de autoria do Mons. Montenegro, disse o seguinte:

“Separados, quanto à idade, por três dias apenas, prosseguimos, Monsenhor Montenegro e eu, pelos caminhos da vida, ora lado a lado, ora indo ele à frente. A nossa idade de cristão (dia do batizado) é exatamente a mesma data. Fomos matriculados, no mesmo dia, no Seminário Diocesano do Crato”.

Há mais: eles foram ordenados sacerdotes no mesmo dia, 13 de outubro de 1935, e a morte de ambos ocorreu com uma diferença de apenas 12 dias, como lembrei acima, quando eles iriam completar 70 anos de ordenação sacerdotal.

Tantas coincidências, relacionadas às efemérides pessoais dos ilustres monsenhores, não conseguiram, entretanto, fazê-los parecidos, no que diz respeito ao temperamento ou individualidade. Nisso eles eram bastante diferentes.

Monsenhores Montenegro e Feitosa, que Deus os tenha no Reino dos Justos!

Texto de Armando Lopes Rafael

O abandono das praças - por Pedro Esmeraldo

Em uma tarde, de temperatura elevada, uma senhora reclamava e pedia para falar minuciosamente a respeito do desgaste físico da Praça Francisco Sá, aqui em Crato. Respondi que não sabia narrar pormenores desse abandono, mas creio que é devido à falta de interesse dos prefeitos que não valorizaram as obras d'artes, pois consideraram-nas sem valor, deixando-as cair no esquecimento.

Atualmente, uma jovem estudante da URCA, falou que não tinha tomado conhecimento da fonte luminosa e só agora ficou sabendo que o Crato perdeu essa obra prima, causado pelas péssimas administrações que o Crato sofreu.

No ano de 1953, acompanhando um turista de Fortaleza que acabava de chegar de trem para assistir os festejos comemorativos do Centenário de Elevação do Crato à Cidade, entusiasmado disse: "Que praça bonita! Em Fortaleza não há uma praça desse quilate. Todos deveriam conservar como um cartão postal e nunca deixar abandonada para conseguir turistas que venham apreciar a beleza da praça".

Hoje em dia, para a tristeza dos cratenses, todos indignados reclamam a falta de conservação desse logradouro público, pois há anos, devido à sucessão de vários prefeitos fracos, já que não tinham nenhum interesse em trabalhar pelo Crato, a não ser promover-se a si mesmo e o povo que caia no esquecimento.

Lembro bem da majestosa fonte luminosa que era considerada o estopim turístico da região. Eles, os prefeitos de outrora, renegaram a praça deixando-a ao léu, visto que, até hoje nenhum prefeito teve coragem de recuperá-la, pois a praça continua no abandono. Isto é um desdouro para esta cidade.

Agora se pergunta: Que devemos fazer? Falava uma senhora muito indignada pelo desamparo da praça. Ninguém sabe o que é que esses homens desejam, pois alegam que não tem dinheiro para conservação dos logradouros públicos, já que há anos o Crato vem desestimulado pelas autoridades do estado.

Desde quando um cidadão incapacitado assumiu o comando da prefeitura para dirigir as rédeas do poder municipal, o Crato foi se definhando, sem avançar na esfera do desenvolvimento sócio-econômico do Cariri. Afirmava ainda que além do desgaste dessa praça, há também outras praças abandonadas, como: a Praça da Sé, a Praça Alexandre Arraes e as praças do Pimenta, que estão entregues ao esquecimento.

Infelizmente, pessoas corruptas destroem as praças, levando todos seus acervos e não há um pingo de vigilância para defender esses logradouros públicos.

Não se sabe o motivo desse abandono, mas com toda certeza, a culpa é do próprio eleitor, pois deixa de eleger um cidadão de bem para estimular com toda honra os incompetentes e os corruptos que dominam a cidade através de gestos indecentes, cometidos por essas pessoas que se dizem amigo do povo, mas só são amigos deles mesmos.

Texto de Pedro Esmeraldo

UFC ABRE INSCRIÇÕES PARA RESIDÊNCIA MÉDICA

A Universidade Federal do Ceará (UFC), através da Comissão de Residência Médica (COREME)/UFC realiza por intermédio da Coordenadoria de Concurso da UFC (CCV), Processo de Seleção Pública para preenchimento de vagas para Residência Médica. A Faculdade de Medicina de Barbalha oferece vagas para as especialidades de Cirurgia Geral (três vagas), Clínica Médica (seis vagas), Obstetrícia e Ginecologia ( três vagas) e Pediatria (três vagas). As inscrições serão realizadas exclusivamente pela internet e estarão abertas até às 19 horas do dia 8 de novembro no site: http.//www.resmed.ufc.br.

Maiores informações: na Residência Médica Cariri pelo Telefone (88) 3312-5035.

Juazeiro ficará limpa durante Romaira dos Finados



A secretária do Meio Ambiente de Juazeiro do Norte, Onélia Leite, participou de uma reunião com os subprefeitos e representantes da Marquise, empresa responsável pela limpeza pública de Juazeiro do Norte, com o objetivo de discutir plano de trabalho a ser desenvolvido na Romaria de Finados.

Na ocasião a gerência da Marquise apresentou o plano operacional para os dias dos festejos. Onélia cobrou da empresa atenção especial para os pontos de maior movimentação.

Durante o período de Romaria as ações da SEMASP serão intensificadas, com o objetivo de manter os locais de visitação em condições dignas de um bom acolhimento aos milhares de peregrinos, afilhados do Padrinho.

Na Praça Padre Cícero será montado o QG da SEMASP, onde será realizado um trabalho educativo em parceria com a Fundação Escola Monsenhor Murilo de Sá Barreto. Equipes de agentes ambientais distribuirão mudas de citronela e material informativo e com apoio da Faculdade Leão Sampaio disponibilizará ao romeiro, aferição de pressão arterial.

A SEMASP mantém um trabalho permanente com equipes dividas nos bairros realizando serviço de varrição, capinação, poda e retirada de entulhos. Outra ação em destaque é o mutirão das praças, um esforço em conjunto com as subprefeituras para dar um novo aspecto às áreas de lazer do município.

Lembre-se, "cidade limpa é aquela que agente menos suja". Colabore com a limpeza pública enviando críticas e sugestões

Alô SEMASP: (88) 3511.3512