O grande Pedro I
Armando Lopes Rafael
Há 210 anos, no dia 12 de Outubro de 1798, nascia no Palácio de Queluz – nas cercanias de Lisboa – o Príncipe Pedro de Alcântara, que viria a ser Dom Pedro I, o primeiro imperador brasileiro. Infelizmente, nosso povo pouco se interessa e pouco sabe da nossa história. Por isso, desconhece quem foi esse grande herói.
Em Portugal ele passou à história como Dom Pedro IV, O Rei-Soldado, por combater – na Guerra Civil de 1832-34 – o irmão D. Miguel, que havia usurpado o trono de sua filha, a Rainha Maria da Glória. Mas, ficou também conhecido, em ambos os lados do Oceano Atlântico, como '”O Libertador'” — Libertador do Brasil do domínio português e Libertador de Portugal do governo absolutista.
Segundo João de Scantimburgo, Dom Pedro I foi o “Clarão do Novo Mundo”. O historiador Pedro Calmon, por sua vez, considerou-o “O maior príncipe do século XIX”. Conhecido como o Rei Cavaleiro, Pedro I possuiu, dentre outros, os títulos de Imperador do Brasil, Rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, d’Aquém e d’Além-Mar em África, Senhor da Guiné, da Conquista da Navegação e do Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia.
Por sete vezes foram oferecidas a Dom Pedro I as Coroas de três nações: Grécia (em 1822 e 1830); Portugal (1826 e 1834) e Espanha (1826, 1829 e 1830). Mas ele sempre teve preferência por seu querido Brasil, país aonde chegou com 9 anos de idade e que foi palco dos melhores momentos e dos maiores atos heróicos de sua breve vida.
Seu pai – Dom João VI – chegou a cogitar a criação de um imenso Império, com mais de 30 milhões de Km2, composto por possessões portuguesas espalhadas em três oceanos e cinco continentes, tendo a capital no Brasil. Não fosse o retorno apressado de Dom João VI à Europa, essa teria sido a herança deixada a Dom Pedro I.
Deve-se ressaltar ainda que Dom Pedro I era forte no físico e valente no temperamento. Polivalente, além de estadista (chegou a ser Chefe de Estado em dois continentes), foi militar, poeta, músico (é o compositor do Hino Nacional de Portugal até 1920 e do Hino à Independência do Brasil), jornalista, legislador e geopolítico. Sem esquecer que era muito religioso, domador de cavalos, exímio carpinteiro, abolicionista, apreciador das mulheres e de espírito liberal.
Por fim devemos recordar o grande interesse que Dom Pedro I teve em ampliar as Forças Armadas do Brasil. Foi para impedir a sua redução que o jovem imperador dissolveu a Assembléia Constituinte de 1824. A nova Constituição foi elaborada por um Conselho de Estado indicado pelo novo imperador e submetida à aprovação de todas as Câmaras Municipais do Brasil, por elas aprovadas, a começar pela do Rio de Janeiro.
Dom Pedro I morreu no Palácio de Queluz – aos 36 anos de idade – no mesmo quarto em que nasceu. Em 1972, no 150º aniversário da independência brasileira, seus restos mortais foram transportados para o Brasil, onde se encontram na cripta do Monumento do Ipiranga, na cidade de São Paulo.
Armando Lopes Rafael
Há 210 anos, no dia 12 de Outubro de 1798, nascia no Palácio de Queluz – nas cercanias de Lisboa – o Príncipe Pedro de Alcântara, que viria a ser Dom Pedro I, o primeiro imperador brasileiro. Infelizmente, nosso povo pouco se interessa e pouco sabe da nossa história. Por isso, desconhece quem foi esse grande herói.
Em Portugal ele passou à história como Dom Pedro IV, O Rei-Soldado, por combater – na Guerra Civil de 1832-34 – o irmão D. Miguel, que havia usurpado o trono de sua filha, a Rainha Maria da Glória. Mas, ficou também conhecido, em ambos os lados do Oceano Atlântico, como '”O Libertador'” — Libertador do Brasil do domínio português e Libertador de Portugal do governo absolutista.
Segundo João de Scantimburgo, Dom Pedro I foi o “Clarão do Novo Mundo”. O historiador Pedro Calmon, por sua vez, considerou-o “O maior príncipe do século XIX”. Conhecido como o Rei Cavaleiro, Pedro I possuiu, dentre outros, os títulos de Imperador do Brasil, Rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, d’Aquém e d’Além-Mar em África, Senhor da Guiné, da Conquista da Navegação e do Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia.
Por sete vezes foram oferecidas a Dom Pedro I as Coroas de três nações: Grécia (em 1822 e 1830); Portugal (1826 e 1834) e Espanha (1826, 1829 e 1830). Mas ele sempre teve preferência por seu querido Brasil, país aonde chegou com 9 anos de idade e que foi palco dos melhores momentos e dos maiores atos heróicos de sua breve vida.
Seu pai – Dom João VI – chegou a cogitar a criação de um imenso Império, com mais de 30 milhões de Km2, composto por possessões portuguesas espalhadas em três oceanos e cinco continentes, tendo a capital no Brasil. Não fosse o retorno apressado de Dom João VI à Europa, essa teria sido a herança deixada a Dom Pedro I.
Deve-se ressaltar ainda que Dom Pedro I era forte no físico e valente no temperamento. Polivalente, além de estadista (chegou a ser Chefe de Estado em dois continentes), foi militar, poeta, músico (é o compositor do Hino Nacional de Portugal até 1920 e do Hino à Independência do Brasil), jornalista, legislador e geopolítico. Sem esquecer que era muito religioso, domador de cavalos, exímio carpinteiro, abolicionista, apreciador das mulheres e de espírito liberal.
Por fim devemos recordar o grande interesse que Dom Pedro I teve em ampliar as Forças Armadas do Brasil. Foi para impedir a sua redução que o jovem imperador dissolveu a Assembléia Constituinte de 1824. A nova Constituição foi elaborada por um Conselho de Estado indicado pelo novo imperador e submetida à aprovação de todas as Câmaras Municipais do Brasil, por elas aprovadas, a começar pela do Rio de Janeiro.
Dom Pedro I morreu no Palácio de Queluz – aos 36 anos de idade – no mesmo quarto em que nasceu. Em 1972, no 150º aniversário da independência brasileira, seus restos mortais foram transportados para o Brasil, onde se encontram na cripta do Monumento do Ipiranga, na cidade de São Paulo.