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terça-feira, 5 de agosto de 2008

INFORMES DA IGREJA

AnotE - AGÊNCIA DE NOTÍCIAS ESPERANÇA
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Um serviço de comunicação das pastorais sociais, Comunidades
Eclesiais de Base (Ceb's) e organismos da Igreja Católica do
Ceará


Pastoral Carcerária realiza retiro com agentes pastorais (Dia 08 de AGO/2008)

A Pastoral Carcerária da Arquidiocese de Fortaleza realizará nos dias 15, 16 e 17 de agosto um Retiro Espiritual com os agentes de pastoral no Condomínio Espiritual Uirapuru (CEU), na Avenida Alberto Craveiro, n. ° 2222, Castelão. Será orientado pelo Padre Bernardo Holmes que trabalhará o tema "A Presença - Ausência de Deus no presídio". As inscrições podem ser feitas até o dia 8 de agosto na Secretaria da Pastoral Carcerária, com Regina Pereira, pelos telefones (85) 33888718 e (85) 99721466, ou pelo endereço eletrônico para www.pcarcerariafortaleza@yahoo.com.br.

CONTATO: Regina Pereira (85) 33888718 e (85) 99721466, ou www.pcarcerariafortaleza@yahoo.com.br.
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A Comissão Pastoral da Terra realiza reunião com conselho regional (Dia 05 de AGO/2008)

A Comissão Pastoral da Terra realizará nos dias 05 e 06 de agosto, na sede da CPT, situada a Rua Monsenhor Otávio de Castro, n.° 150, Fátima, reunião com seu Conselho Regional. Os objetivos serão tratar dos temas que a CPT vem trabalhando, retomar planejamentos e programar as ações para o segundo semestre de 2008. Pela manhã do dia 5, haverá uma discussão sobre a conjuntura política e a tarde encaminhamentos da organização interna. No dia 6 serão encaminhadas propostas para preparação da Assembléia Regional e encaminhamentos sobre, Escolas camponesas; Continuidade do Trabalho Sazonal; Mandalas; e Calendário de atividades.

CONTATO: Senhorinha Soares (85) 9948.7451
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MANCHETES
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Abaixo assinado pede a Demarcação dos territórios indígenas dos Tremembés e Tapebas.


Os Tremembés de Itarema, Acaraú e Itapipoca, bem como os Tapeba de Caucaia são indígenas no Estado do Ceará, há séculos vivem em suas respectivas terras de acordo com seus costumes e tradições recebidas-revitalizadas-transmitidas através das gerações. Seus rituais indígenas, seus conhecimentos tradicionais, suas experiências com as forças sagradas da natureza, suas formas de organização social cultural e política, suas memórias coletivas sobre a história dos seus antepassados, toda esta imensa riqueza humana floresce nos "galhos das novas gerações" que se apóiam "nos troncos velhos" dos seus ancestrais, enraizados nas suas terras e nutridos na relação com Elas! Apoiamos a luta solidária destes povos indígenas na defesa ao respeito dos seus direitos: a garantia da integridade física e cultural das crianças, mulheres e homens Tremembé e Tapeba.

A Constituição de 1988 reafirmou o direito originário das terras indígenas, cabendo à União a demarcação de tais territórios. Tal processo reconhece e protege, formalmente, a situação de direito à demarcação e à proteção da integridade física e cultural destas comunidades indígenas e de seus territórios. A Constituição de 1988 fixara cinco anos para finalização da Demarcação de Terras Indígenas; passado mais de cinco anos, o Supremo Tribunal Federal decidiu que este prazo, previsto no artigo 67 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, não é peremptório, mas prognóstico para sua realização em tempo razoável (MS nº 24566, Rel. Min. Marco Aurélio, DJ 28/05/04). Isto reforça a legítima urgência da Demarcação de Terras Indígenas para responder aos desafios postos pela Constituição de 1988: a afirmação dos indígenas como sujeitos de direitos, devendo ser protegidos e respeitados seus recursos naturais, culturas e tradições; o reconhecimento da diversidade étnico-racial cultural como valor fundante do país e a função sócio ambiental das terras indígenas, com distintas formas de manejo sustentável dos territórios pelas variadas comunidades culturais existentes no Brasil.

Repudiamos coletivamente a insistência do grupo empresarial internacional Nova Atlântida em negar a existência dos Indígenas Tremembé de São José e Buriti (Itapipoca-CE) , bem como a presença deste empreendimento nesse Território Indígena apesar de uma liminar promovida pelo Ministério Público Federal no Ceará, aprovada por juiz federal e confirmada pelo Tribunal Regional Federal - TRF 5ª Região do Recife. Repudiamos também a ação da Prefeitura de Caucaia-CE de impetrar um mandado de segurança pedindo a anulação do processo demarcatório dos Tapeba de Caucaia, apesar de no Decreto 1775/96 constar que em nenhuma das etapas do processo administrativo de Identificação e Delimitação da Terra Indígena coloca-se como critério a participação do ente Federativo Municipal na elaboração do relatório de Identificação da referida Terra Indígena. Lembramos que a Convenção 169 da OIT (Organização Internacional do Trabalho) no artigo 1º parágrafo segundo diz que a auto - identificação como indígenas ou "tribais" deverá ser considerada como critério fundamental para definir os grupos aos quais se aplicam as disposições da presente declaração e também a recente Declaração da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre os Direitos dos Povos Indígenas adotada em 13 de setembro de 2007, no seu artigo 3 diz que os Povos Indígenas têm direito à livre determinação. E que, em virtude desse direito, determinam livremente sua condição política, bem como sua trajetória de desenvolvimento econômico, social e cultural.

Aceitar as ações deste empreendimento internacional Nova Atlântida contra os indígenas Tremembé da comunidade São José e Buriti e as ações da Prefeitura de Caucaia-CE contra os Tapeba de Caucaia é justificar a continuidade do processo de colonização e da apropriação/violê ncia impostas a estes povos indígenas, processo perverso iniciado há 500 anos atrás. Aceitar um projeto turístico que ameaça a integridade física e cultural dos Tremembé é aceitar a continuação e uma nova modalidade de colonialismo capitalista que ameaça devastar importantes bens naturais e humanos do país. Demarcar as terras indígenas dos Tremembé e dos Tapeba é fazer justiça histórica, é evitar o acirramento dos já existentes conflitos fundiários, e o surgimento de novos conflitos, é substituir a insegurança dos grupos, que vêm sendo submetidos à violência da fome e da destruição dos seus recursos naturais e humanos, pela segurança alimentar, cultural e política destes povos indígenas. Demarcar estes Territórios é uma forma coerente de celebrar os vinte anos da Constituição de 1988 e os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, justamente quando, no plano internacional, foi finalmente aprovada após trinta anos de discussão, uma Declaração dos Povos Indígenas.

Reiteramos as reivindicações dos Tremembé pela saída imediata do empreendimento empresarial Nova Atlântida das terras de suas comunidades, e pela criação urgente do Grupo de Trabalho da FUNAI para iniciar o processo de demarcação da terra indígena Tremembé de São José e Buriti (Itapipoca-CE) , bem como a luta dos Tapeba pela retomada urgente do processo demarcatório de suas terras. O momento, pois, é de apreensão e vigilância, mas também de confiança de que o compromisso, constante na Constituição de 1988, de prevalência dos direitos humanos, seja respeitado e afirmado concretamente.

O texto, é parte do Seminário Internacional realizado em Coimbra, Portugal com sociólogo português BoaVentura de Sousa Santos, estudantes e pesquisadores, sobre o tema "Lutas Indígenas no Brasil: Memórias, Territórios e Direitos", em apoio e como contribuição à luta em defesa dos povos indígenas Tremembé de Itarema, Acaraú e Itapipoca e Tapeba de Caucaia, do Estado do Ceará-Brasil. A petição pede a demarcação urgente das terras indígenas e denuncia os danos socioambientais do megaempreendimento Nova Atlântida na terra indígena Tremembé de São José e Buriti. A assinatura do abaixo-assinado poderá poderá ser feita no site: http://www.PetitionOnline.com/indios08/petition.html.

CONTATO: Maria Amélia secretária geral da Missão Tremembé - (85)3283.2468 /
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DESTAQUES
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-> Paulistão de CEBs.
por Roberto Malvezzi (Gogó)*


Como entender, quando tudo diz ao contrário, que aproximadamente 1500 delegados das várias dioceses de São Paulo tenham se reunido para discutir a relação CEBs e Ecologia?

O documento de Aparecida não desprezou as CEBs, embora tenha sido uma luta intestina renhida para que elas fossem ao menos consideradas. Não faltou estratégia de boicote, até na redação final, mas prevaleceu o reconhecimento de sua importância.

Todo esse povo, reunido em Campinas, discutiu os ecossistemas do Estado de S. Paulo e a situação que se encontram, particularmente os biomas Cerrado e  Mata Atlântica. Fez oficinas para debater a situação do saneamento, da reciclagem, da reforma agrária, da água, do solo urbano. Depois tentou ler essa realidade à luz de uma espiritualidade que seja também ecológica, isto é, olhar a Criação com os mesmos olhos que o Criador a vê. Enfim, também tomar atitudes frente a essa realidade.

Como entender que cidades ricas, na região mais rica do Brasil, ainda tenham zero de tratamento de esgoto? Como entender a monocultura da cana tenha ocupado os espaços antes plantados com feijão, arroz e outros alimentos? Como entender que grande parte dos solos agrícolas do Estado, os melhores do Brasil, ainda esteja ocupado de forma irregular por empresas grileiras das terras públicas? Como lidar com as moradias em grandes cidades, onde os solos são propriedade particular, onde muitas vezes o que resta são as áreas de preservação e de risco?

Assim vai a lista dos porões do Estado mais rico do Brasil. Sinal que o chamado desenvolvimento nem sempre anda de mãos dadas com a qualidade de vida das pessoas, do ambiente e da justiça social. Até as cidades ribeirinhas do São Francisco, a partir da luta pela revitalização de nosso Velho Chico, começam ter mais esgoto coletado e tratado que várias cidades de S. Paulo. É o caso de Petrolina, que até ao final do ano deverá estar com cem por cento de seu esgoto coletado e tratado.

Esses delegados se reuniram para olhar seu chão, mas também preparar o caminho do 12º Intereclesial que vai se realizar em Rondônia em 2009. A questão fundamental é assimilar a questão ecológica no olhar e na prática das nossas comunidades de base.

As CEBs não são a massa. Ou são o fermento, ou nada. Não aparecem na TV e nem mesmo hoje têm muita presença litúrgica com seus cantos. Os movimentos católicos de massa, que têm uma TV por detrás, tomaram conta desse espaço. Resta às nossas comunidades serem o que foram chamadas a ser pela mão do Pai, isto é, pequenos núcleos de Igreja, conscientes de sua cidadania eclesial e social, interferindo na realidade, iluminadas e sustentadas pela fé. Agora, são desafiadas a olhar a criação pelas lentes do Criador.

É preciso manter viva a frágil luz que ainda brilha. A vida ainda pulsa, a missão é linda, os tempos são desafiadores.

*Assessor da Comissão Pastoral da Terra (CPT)
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Notas Esparsas


Um rio da Amazônia ou do Pantanal?
Não. Esta foto mostra o Rio Grangeiro, cortando a cidade de Crato, na década 30 do século passado. O local da foto é mais ou menos onde hoje fica a confluência da Rua Santos Dumont com Rua Almirante Alexandrino, nas proximidades do Posto Antônio Almino de Lima.
A destruição feita pelos homens transformou a bela paisagem acima num esgoto fétido a céu aberto (o atual canal do Grangeiro). Até onde vai a insanidade humana...
Abaixo uma poesia de José Alves de Figueiredo sobre o Rio Grangeiro, quando existia o Rio Grangeiro...

Rio Grangeiro
Este Rio que passa aqui gemendo
E vem da serra envolto a mil cipós,
Anda a gemer desde que me entendo,
Desde que se entenderam os meus avós.

É um rio de amor que vem trazendo
O cristal que regala a todos nós,
Seu gemido, é segredo que eu desvendo,
Pois nele fala o Crato em terna voz.

Cantem outros o encanto de outros rios,
Como fez com o Tejo vate luso,
Que eu cantarei em doces murmurios.

Do Grangeiro esta voz que eu sempre acuso
Como um lamento, um canto de amavios,
Uma harmonia de deuses que eu traduzo!

J. Alves de Figueiredo
(publicado no jornal "Folha da Semana" 17.10.1953)

BOA NOTÍCIA

O deputado Ely Aguiar comunicando que o busto de Manoel Siqueira Campos– existente na praça do mesmo nome, no centro de Crato– será mantido após a pequena reforma que está sendo feita no logradouro. Segundo o deputado, o busto foi para Fortaleza apenas para ser recuperado. E acrescenta: o busto terá novo pedestal de granito, substituindo o feio suporte de ferro de antes.

CANGAÇOE

já que o cangaço desperta tanto interesse transcreveo abaixo nota escrita por Renato Casimiro:
"O jornalista Lira Neto deu pequena trégua na sua tarefa presente de reescrever a história do Padre Cícero para atender a uma encomenda de um artigo inserido na última edição da revista Aventuras da História (Editora Abril, julho-2008). Em bem cuidada matéria de dez páginas ("O dragão da maldade"), Lira se houve muito bem, não se verificando, até o momento, nenhuma contestação e pedido de reparo, como costuma acontecer nestas aventuras.
O texto está bem atualizado pela leitura que hoje determinados segmentos de estudos do cangaço, revisando a posição anterior que consideravam Lampião e seu bando, e bem assim os demais grupos de cangaceiros verdadeiros "Robin Hoods" do sertão, gente vítima da violência rural e das graves questões sociais pelo interior do Nordeste. De quebra, lá está Juazeiro e seu Padrinho, pelo viés das estórias do Batalhão Patriótico e de Benjamin Abraão".

MERA COINCIDÊNCIA?
Há 130 anos – em 15 de setembro de 1878 - quando o nosso Estado formava uma única diocese – o 1º bispo do Ceará, Dom Luiz Antônio dos Santos, junto com as autoridades civis e o povo de Fortaleza, fez a consagração do Ceará ao Sagrado Coração de Jesus. Bem que o nosso querido bispo diocesano, Dom Fernando Panico (ele mesmo um missionário do Sagrado Coração de Jesus), enviado pela Providência para pastorear o Sul do Ceará poderia tomar a iniciativa de renovar essa consagração, quando da instalação oficial da Basílica Menor de Nossa Senhora das Dores, de Juazeiro do Norte, que ocorrerá (seria mera coincidência?) no próximo dia 15 de setembro, exatamente na data que completa 130 anos da consagração feita por Dom Luiz em 1878...

SOCIEDADE EM FOCO



LETRAS
Dr. José Flávio, como sempre brindando os caririenses com bons textos, sobre temas variados. Suas crônicas mexem com a imaginário popular, de uma terra distante e, ao mesmo tempo, parecida com nosso Cariri.

MESTRADO
Advogado e professor Reno Feitosa, que prepara livro a ser lançado no final deste ano, na reta final do mestrado na área do direito. Feitosa foi a primeira baixa séria da gestão Plácido Cidade Nuvens à frente da Urca.

MÚSICA
Professor e músico José Nilton Figueiredo prepara novo trabalho na área musical. É dele um CD retratando o Crato antigo, numa homenagem à Chico Buarque de Holanda.

TRABALHO
Yarlei Brito, sempre atendo às reivindicações das comunidades, continua trabalhando pela defesa das nascentes no Cariri, e em especial no município do Crato.

ESPERA
Valdetário Brito anda afastado da política. Desiludido com o PT do Crato, aposta suas fichas em outro momento do partido, pós-eleições de 2008.

MODA
Estilista Silvio Souza, como sempre, muito ocupado. Um dos mais procurados e respeitados estilistas do Cariri, faz um trabalho de alto nível, engrandecendo a moda em nossa região.

CULTURA
Luís Carlos Salatiel, artista de primeira grandeza, faz participação de diversos trabalhos culturais no Cariri. Vem por aí surpresas, deste grande artista.

RÁDIO
Radialista Roberto Crispim com grande audiência, na rádio Boa Esperança AM, de Barro. Comanda a partir do meio-dia o programa "Panorama político".

JORNALISMO
O cratense Robson Cruzuer perto de concluir curso de jornalismo em Fortaleza. Há um ano, edita uma simpática revista no município de Caucaia. Antenado, é o nome da revista. Dia desses, Robson vai visitar amigos e parentes na terra de Frei Carlos Maria de Ferrara.

GENTE BOA
Olival Honor, um dos textos mais deliciosos do Cariri, com uma crônica interessante sobre o momento do Brasil atual. Honor, cratense da gema, uma das figuras mais interessantes e respeitadas do Cariri.

Coluna Sociedade em Foco, publicada na edição de hoje, 05/08/2008, do Jornal do Cariri.

Violência nas eleições de Salitre

O município de Salitre foi palco, nos últimos dias, de cenas de agressão que foram registradas na Unidade policial local, e em breve devem ser encaminhadas à Justiça.

No último dia 22 de julho, durante uma caminhada da coligação União e Paz pelo Salitre, nas imediações da Avenida José Dionísio Filho foram agredidos Maria Michele Rodrigues da Silva, Edisângela Alencar da Silva, Francisco Erivam de Sousa e Antonio Íris Batista.

Na denúncia feita na unidade policial de Salitre, os agredidos apontaram que filhos do candidato a prefeito pela Coligação Salitre Um Novo Tempo, Neoclides, teriam agredido as vítimas com socos e chutes.

Os agredidos denunciam também que Otoniel de Oliveira, candidato a vereador pela mesma coligação e aliado político de Neoclides, desferiu socos e empurrões nas vítimas.

O promotor de Justiça da Comarca local, José de Deus Terceiro comunicou que não tinha ainda as informações sobre o incidente ocorrido durante a caminhada da coligação União e Paz pelo Salitre. Ele afirmou que está aguardando toda a documentação que deverá ser enviada pela Polícia à Justiça. “A partir da chegada da documentação irei avaliar se o fato é criminal ou político”, disse. Ele afirmou que, se agressões tiverem motivação política abrirá uma investigação no âmbito da Justiça eleitoral. Caso contrário, tudo correrá na Justiça comum.

Denúncias contra prefeito de Nova Olinda

O Partido Socialista Brasileiro de Nova Olinda entrou com uma representação junto ao Ministério Público contra a administração do prefeito Afonso Sampaio (PSDB). As denúncias apontam para superfaturamento de obras e compra ilegal de notas fiscais.

De acordo com José Alencar, presidente do partido, o prefeito Afonso Sampaio no período de dezembro de 2007 a março de 2008 contratou a Construtora Cruz e Tenório Ltda, de Potengi, para recuperação mecanizada das estrada vicinais do município. Para os denunciantes não há especificações de quais estradas seriam recuperadas, qual maquinário utilizado.

Outra denúncia aponta que a mesma empresa não tem condições de realizar tais serviços. Para Alencar, o prefeito Afonso Sampaio manda realizar os trabalhos e a construtora apenas fornece a Nota Fiscal.

Outra denúncia enviada ao MP diz respeito a reforma do Parque de Vaquejada Antonio Valentim de Oliveira, onde ficou constatado que o pagamento realizado pelas obras realizadas em dezembro de 2006 foi de R$ 67,3 mil e em uma outra reforma realizada no fim de 2007 foi de R$ 48,8 mil.

Para os denunciantes a realização das reformas do parque não foram verificadas especificações técnicas, e as reformas foram feitas sem conhecimento da população. Para Alencar, é estranho que tenha havido duas reformas e pago tanto dinheiro, quando a primeira reforma foi feita após a vaquejada.

O prefeito Afonso Sampaio rechaçou as denúncias, e disse que estava sendo vítima de calúnias e mentiras contra seu governo. “Se trata de gente que perdeu o poder e não se conforma com a gestão que estamos fazendo”, afirmou. Ele disse que todas as licitações foram feitas dentro de lei, já respondeu a todos os questionamentos feitos pela Justiça, tendo a certeza que tudo não passa de armação.