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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Estudantes têm aulas de artes nas ruas do Crato




Uma proposta bem diferente e divertida vem sendo desenvolvida na cidade do Crato com intuito de fazer com os alunos estudem, vivenciem e criem trabalhos a partir da arte contemporânea. O trabalho é desenvolvido com alunos do ensino médio do Colégio Estadual Wilson Gonçalves e do EEFM Teodorico Teles de Quental e é chamado de Laboratório de Estudos, Vivencias e Experimentos em Arte Contemporânea – LEVE Arte Contemporânea.



Com câmeras fotográficas, celulares e idéias, os estudantes vêm ocupando as ruas da cidade do Crato com intervenções e performances artísticas. Os alunos já produziram dois vídeos que estão disponibilizados na internet. Um dos trabalhos foi realizado no Calçadão da cidade, no qual foi feita uma performance em que o cabelo e a barba de um integrantes foram raspada e teve o seu corpo preenchido com palavras e jornais. Já no segundo trabalho, quatro estudantes foram embrulhados com jornais na rua Dr. João Pessoa. Os estudantes pretendem realizar uma performance e a intervenção ainda essa, o que resultará em mais dois vídeos.




De acordo com o idealizador do Laboratório, o artista/educador Alexandre Lucas, a proposta é baseada numa compreensão pedagógica do estudo relacionada a vivencia e pratica, a partir de elementos do cotidiano dos alunos. Ele destaca que o mais significativo são as produções dos vídeos que servirão como instrumento para pensar as praticas pedagógicas sobre o ensino de Artes.
Para aluna do Ensino do Médio da Escola Teodorico Teles de Quental, Clarissa Mota da Silva, o Laboratório dá a oportunidade de perceber visões diferentes. “Foi uma superação mim. Eu não me via capaz de também fazer arte”, diz a aluna.




Tainá Araújo, estudante do Colégio Estadual Wilson Gonçalves, destaca que adora fazer coisas diferentes e cita que através da arte contemporânea está conseguindo fazer isso. Ela frisa que antes das atividades serem realizadas na ruas são feitos estudos e planejamentos.




Maria Reijane Ferreira da Silva, também do Colégio Wilson Gonçalves cita que o Laboratório ajuda na desinibição e em é possível maneiras de se expressar, através da arte.
Os trabalhos que são realizados nas ruas são abertos a participação do público e artistas.
O Laboratório conta com a parceria do Coletivo Camaradas e do 18ª Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação -CREDE.




Serviço:
Caso queira participar das atividades de intervenções e performances realizadas pelo Coletivo Camaradas e o LEVE Arte Contemporânea entrar em contato: (88)92604870/88260008.

ARTE E INSUBMISSÃO

Foto: Gessy Maia



3ª GUERRILHA DO ATO DRAMÁTICO CARIRIENSE SEGUE CONQUISTANDO O CORAÇÃO DO POVO!

Desde o dia 3 último, a maior e mais legítima exposição das artes cênicas produzidas e experimentadas no Cariri cearense vem se consolidando como alternativa de inclusão cultural, integração artística e compartilhamento estético. 

Vinte e seis espetáculos genuinamente caririenses se insurgem contra a escuridão do abandono e se unem na mais audaciosa empreitada de defesa da arte e dos artistas deste e neste pedaço do Brasil: a Guerrilha do Ato Dramático Caririense. Teatro, dança e circo nas ruas, nas praças, no palco e na arena! Um verdadeiro mostruário do talento e da alma criativa do Povo-Cariri. 

Nós somos sertão, céu e mar! Atores, atrizes, dramaturgos, músicos, técnicos e produtores... Somos artífices da peleja no fortalecimento da identidade nacional a partir da cor local.

AGENDA DO DIA 14.11.2011, SEGUNDA-FEIRA: 

ZEFA, A MISSÃO - Texto e Direção de Marcos Sachiell (Cia. Teatral Os Trapilhões, de Juazeiro do Norte-CE) / Indicação: Livre, 50min, Palco)
1ª sessão: 19h / 2ª sessão: 21h
Teatro Rachel de Queiroz, Crato-CE
R$ 5,00 (meia e antecipada)
R$ 10,00 (inteira)


PATROCÍNIO: 
BNB - PARCERIA BNDES / PREFEITURA MUNICIPAL DO CRATO

Somos todos portugueses? - Por Carlos Eduardo Esmeraldo

De tantas e tantas vezes escutar anedotas sobre a "pressuposta" pouca inteligência dos nossos descobridores, deu-me uma falsa impressão de verdade, a um ciúme ou quem sabe, uma revolta, provavelmente ambos iniciados nos tempos coloniais. Mas ao residir numa cidade, e aqui abro um parêntese e peço licença para usar uma palavra da moda, numa cidade com índice de "mobilidade" cada vez menor, onde construíram um viaduto para desafogar o trânsito e colocaram um semáforo por baixo; onde já encontrei uma rua cujo já mencionado sinal luminoso foi colocado cerca de dez metros após o cruzamento, impedindo os carros circularem pela rua transversal; onde uma de suas universidades oferece "curso de verão" em pleno mês de julho, quando oficialmente é inverno no hemisfério sul, é que cheguei à conclusão que não poderemos jamais zombar da inteligência dos fundadores do Vasco da Gama. Se precisasse de uma prova da sabedoria portuguesa, bastaria a fundação do meu "Vascão" para colocar por terra qualquer argumento contrário.

Entretanto, convém lembrar que os portugueses detêm a maior e melhor tecnologia em Engenharia Civil do mundo, sendo inigualáveis no domínio das Mecânicas dos Solos e das Rochas. É da responsabilidade dos engenheiros portugueses do Laboratório Nacional de Engenharia Civil de Lisboa o projeto e construção das grandes barragens norte americanas.

Será que falamos a mesma língua? De nada adianta os governantes dos países de língua portuguesa desejarem unificar o idioma. Nós brasileiros, jamais passaremos a chamar o concreto armado de betão e time de futebol de "equipa".

É bom lembrar que nós temos nossos vícios de linguagens que atropelam qualquer estrutura do idioma de Camões. Além, é claro, de desafiar a lógica. Um amigo, foi conhecer Portugal. Lá chegando alugou um carro e saiu pelo interior do país, pouco maior que o nosso Ceará. Com o mapa rodoviário à bordo, e admirado com a perfeição de suas estradas, esse amigo desejava conhecer um cidadezinha lá existente de nome Almeida, de onde vieram seus bisavós. Ao chegar a uma pequena vila, onde a estrada se bifurcava, resolveu perguntar a um velhinho que se aquecia ao sol da manhã:
- "Onde é que fica Almeida?" - Quis saber. E o velhinho, com muita simplicidade, respondeu:
- "Primeiramente deseje-me um bom-dia!"
- "Ah, desculpe-me, bom-dia!"
- "Muito bem, agora podes perguntar!" - Ordenou o português:
- "Onde é que fica Almeida?"
- "Ora que pergunta mais tola: Almeida fica em Almeida, pois!"

De outra feita, outro brasileiro, viajando pela Europa, alugou um carro em Lisboa para ir até Madri. Na saída da cidade, perguntou a um frentista de um posto de gasolina:
- "Esta estrada aqui vai para Madri?" - Quis saber, se expressando no nosso dialeto.
- "Pelo visto, quem estar a viajar para Madri és tu, pois essa estrada é nossa e se ela for para lá irá nos fazer muita falta, pois só temos ela!" - Zombou o bombeiro lusitano.

Afinal, os portugueses também sabem nos dar um merecido troco! No meu primeiro ano na Escola Politécnica da Bahia, apareceu por lá um colega português, o Braguinha, cuja família acabara de se mudar para o Brasil. De tanto a turma lhe encher as medidas, ele nos contou essa, com carregado sotaque:

Um português, recém chegado ao Brasil quis entrar num clube onde se realizava animado baile de carnaval. Na entrada, foi barrado pelo porteiro que alegava a festa ser exclusivamente para brasileiros. Insistiu uma segunda vez, uma terceira, até que viu um jumentinho a pastar junto ao meio fio da calçada. Arrastou-o até a portaria do clube, onde já se encontrava o presidente para impedir a entrada do português:
- Você já foi informado várias vezes que somente entra aqui os brasileiros! - E o português, empurrando o jumento para o interior do clube, gritou:
- Então vás tu, que és brasileiro!

Por Carlos Eduardo Esmeraldo