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sábado, 11 de dezembro de 2010

ESPETÁCULO DE DANÇA

Aos Cuidados - Espaços Públicos

Luiz Domingos de Luna*

Desde o período do pleistoceno, na era cenozóica, que o homem rasteja no tapete de seu substrato - o solo terrestre. Esta vertente existencial tem sido o palco dos acontecimentos históricos e base para as intempéries negativistas que sujam as páginas do pulsar vivo nesta bolinha, livre e desprotegida, a vagar num infinito misterioso até o umbral de um pensamento construído ou a construir.
“Os aptos sobrevivem” tiveram os não aptos, a missão de ficar a disposição como coadjuvantes, no teatro da existência, a esperar a sua própria extinção, fatalidade esta, dito pelo homem e comprovada pelo testemunho da história. Portanto, independente da comprovação da teoria, os fatos, por si só – já denunciam esta realidade imutável.
São incontáveis os filósofos debruçados sobre este aro –Solo- a permutar debates sobre a existência ou não, do tempo real, pois, o imbróglio sempre a incomodar a inteligência em projeção, visto a curvatura de um universo móvel – Um organismo vivo a planar em matéria, ou mesmo na ausência desta, como uma força desafiadora a mente humana, seja em tempo ido, ou a ir ?
A grandeza temporal, como um plasma abstrato, tem seu poder de impacto sobre a vida, que no Planeta Terra é luz motriz, logo, ponto de questionamento sempre, vez os seres vivos passarem por escalas bem delimitadas ao seu tempo no carrossel existencial.
Todo ser humano precisa do campo geográfico para desafiar o seu tempo, sua história, seu marco, sua presença, seus passos, seu mural de convívio interativo, com os demais; portanto, cuidar, zelar, dar brilho a este piso, é na verdade, preservar a extensão humana no espaço tempo; assim, fazer isto, não é nenhum mérito, ou vitória ou qualquer adjetivo, mas sim, uma prova a mais, de que os aptos somente são aptos, por terem buscado o caminho da civilidade, na construção da Civilização Humana.
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A Lei da Ficha Limpa persegue João e Janete Capibaribe - José do Vale Pinheiro Feitosa

Uma pessoa furiosa com instrumento cortante por arma mata o agredido. Um cirurgião de posse de um bisturi, racional, com passos controlados, salva a vida. Ambos são o mesmo instrumento cortante com sentidos diametralmente opostos.

Estamos falando de instrumentos e uma lei em que pese o seu fundo cultural, social e econômico, não deixa de ter a mesma natureza. A justiça opera o instrumento usando técnicas tal qual o cirurgião ou a pessoa furiosa em relação ao instrumento cortante.

Esse é o caso da Lei da Ficha Limpa que parece ter “lavado a alma” de certos segmentos da classe média brasileira. Foi colocando um instrumento cortante em mãos da justiça e que será utilizada por furiosos e racionais.

O caso mais emblemático ocorre com o casal João e Janete Capibaribe do Amapá. Ele eleito senador e ela deputada federal. Ambos foram cassados por supostas compras de votos, fato negado por eles e entendido como verdadeiro pelos operadores da Justiça Eleitoral.

A condenação dos dois ocorreu em setembro de 2002 e a Ministra Carmem Lúcia do Tribunal Superior Eleitoral mandou retirar o nome de ambos no instituto da recente diplomação. Estamos diante do preciosismo entre datas: se valerá a data do registro da candidatura ou a data das eleições como regra para completar os oito anos facultados pela Lei da Ficha Limpa.

Como foram condenados em setembro de 2002, em outubro, dia das eleições, estariam fora das regras da Lei, mas não foi assim que a Ministra entendeu. Têm que arcar com novas despesas para se defenderem no STF num processo misto de assassinato e cirurgia, do qual não se consegue registrar os limites.

Por isso a Lei da Ficha Limpa faz parte daquelas instituições apropriadas ao controle popular, visando instrumentalizar as elites no poder. A Justiça efetivamente não protege o grande coletivo social de um país como o Brasil. Ela é cara, os operadores têm face de classe social e as decisões são elásticas numa margem em que a sutileza faz toda a diferença em favor dos mais ricos e mais entrosados na “classe”.

O que é uma cratera na vida real das pessoas, decide-se por uma “exegese” de partículas de uma frase legal. Os longos textos que têm um linguajar técnico absurdo, fazendo a hermenêutica que embasará a decisão da Corte, tem por finalidade tornar a norma um toldo esotérico até para cidadãos letrados e pós-doutorados em assunto diverso.

A Lei da Ficha Limpa é um instrumento para assassinar carreiras políticas em favor da largada e chegada de muitos. Quem viver verá. Os exemplos chamados emblemáticos como de Jáder Barbalho e Joaquim Roriz são o picadeiro para esconder as “palhaçadas” da lâmina de Brutus em César.

Não afirmo que isso seja o caso da Ministra, é possível que seja a cirurgiã em face de detalhes da operação. Mas fica evidente que o jogo de datas para aplicar a lei, mesmo sendo uma lei nova, tem um rumo certo e histórico na perseguição ao casal Capibaribe.

CANTIGA DO SORRISO ETERNO

ETERNIDADE

Um belo canto exala toda flor.
Seu olhar, seu sorriso, é poesia
Que se mostra e se esconde todo dia
Espalhando a semente do amor!

Encanta-nos silente o seu fulgor...
Como deusa nos prende em sua magia,
Alegrando quem antes só sofria,
Transformando em prazer o que era dor!

Quem lhe beija partilha a grande sorte
De viver feito luz na natureza
Mesmo tendo em carne visto a morte.

Desta forma ninguém há de sumir,  
Pois herdando da flor sua pureza     
Fica eterno o presente no porvir!


Cacá Araújo
Crato-Cariri-Ceará-Brasil