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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

As chances do amanhã - Emerson Monteiro


Em sua recente visita a Juazeiro do Norte, em 27 de agosto de 2011, o professor Leonardo Boff afirmou que o Brasil tem tudo para ser a grande nação da Humanidade, caso haja tempo para isso na história.

No entanto, métodos recentes de transferência do poder exigirão a participação popular melhor esclarecida no processo de escolher os líderes, assim reconhecidos pelas urnas. Antes, porém, porque heranças de sangue determinavam fixações da linhagem sucessória, sem amplas possibilidades a todos nada permitia. Vem daí a virtude do voto participar com gosto e sabedoria no preenchimento dos cargos e posições públicas.

Visto dessa maneira, o sagrado nas escolhas generaliza o poder do cidadão, pobre ou rico, para crescer nas próprias pernas, através seleções democráticas. Regime quase perfeito (?!). Pessoas ainda imperfeitas (!).

Enquanto parece não prever qualquer falha, os atores do drama político seguem nas vacilações de seculares defeitos, quase sempre de origem moral, sem virtudes. Poucos se permitem ao luxo da integridade de uma cena limpa, de valores identificados com a Ética, nas trilhas formais dos sonhos sociais.

E os políticos se deixam levar pelas ilusões das carências grosseiras, da acumulação de força, invés de servirem ao povo e, em consequência, à grande sociedade humana. Avançam sobre o bolo público quais feras famintas, vorazes rapinantes, esquecidos que são parte de um todo e ocupam postos vitais forçando a escolha de que muito precisam na qualidade, para apenas fazerem o favor deles próprios, ou dos seus financiadores, aos olhos crédulos de eleitores inconscientes.

Nos Estados Unidos, gloriado exemplo do sistema quase perfeito (?) do capitalismo, análises não se cansam de falar nas forças poderosas que dominam as instituições, como heranças em crise, cujos remendos principiam a fazer água, maquiados pelas tintas da imprensa monumental, campeões internacionais.

O capitalismo assumiu papel de estrada principal dos modelos econômicos, levando-os a considerar altar exclusivo da civilização. As decisões mais sérias dos americanos ainda valem de consenso aos povos mais distantes.

E passamos ao melancólico estágio de massa falida que vota por dever e se engana por resultados, vítima da falta de opção, de métodos e aplicações corretas das leis do Estado moderno. - O quê e como fazer?

Aqueles que aprenderam nos bancos da experiência usam a política como instrumento particular; transformam-na em banda pensa da roleta da ingenuidade, em prejuízo da enorme periferia faminta. O padecimento dessa falta de juízo devora as carnes dos que se entregam a preço de banana, atenuando (quem sabe?) as culpas dos líderes de ocasião, vivos no meio dos escombros fumegantes dessa irresponsabilidade coletiva.