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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Sonhos possíveis, sonhos bons - Emerson Monteiro


Quando veremos o mundo de olhos abertos aos bons sentimentos que passeiam faceiros nas trilhas molhadas de impactos, os quais que apenas nós indivíduos um dia conheceremos de água na boca. Viver com prazer os momentos uniformes da harmonia sem culpa ou ressentimentos, e acatar as decisões do destino de espírito desarmado; aquiescer, nos gestos imprevistos das marés, as tais criaturas obedientes a um Criador que move as parelhas dos cavalos à frente do Sol, nas charretes aceleradas das horas incansáveis, dentro da natureza mãe dadivosa. Aceitar, enfim, os balanços dos barcos enquanto o rio segue nas suas águas impetuosas, filhas equilibradas da feliz companhia dos outros irmãos, no bojo de naves luminosas que afeitas riscam os céus, nas madrugadas frias.
Porquanto pretendam discordar, os protagonistas do drama questionam os roteiros apresentados dos operários na peça. Erguem assustadas vozes de protesto, perante, no entanto, o desfilar das conveniências mais pessoais. Reclamam de barriga cheia, às vezes de mágoa, de fastio, ou pressa, mas reclamam de barriga cheia disso tão só. Levantam os braços num sinal de descaso face as contradições aparentes do sistema que eles, nós, vós, mesmos criaram nos instantes de dúvidas atrozes, no fingimento da espécie insatisfeita com o itinerário do vôo em velocidades extremas. Querem, a qualquer preço, impor condições aos limites imprevistos, desde o começo, postulando propósitos de causas iniciais perdidas, alarmistas repórteres policiais.
Andar nesse ritmo alimenta de pânico o gosto de tantos que a visão conturbada mistura, entre o desejo e o desespero, impetuosa estupidez de eras atrozes. Marcam, assim, aonde querem chegar multidões famintas, caravanas sequiosas de empedernidos seres, afoitos pássaros noctívagos.
Todavia acontecem os quadros seguintes e o palco estremece no pulo dos atores, impulsos febris de cores e formas, providências inevitáveis que persistem ao infinito da fé, em corredores escuros dos paranóicos filmes, até surgir para sempre. Valentes cavaleiros calmos tangem os seus rebanhos pacíficos nas caladas da noite, forças operantes apesar das dores que invadiram o instinto explosivo de todas as pessoas, fase de crescimento que atravessam de águas no peito.
Vislumbrar, pois, novos meios de construir as igrejas dos corações impacientes significa mistérios, doces aspectos das provas do período nefasto que lá abandonou suas vítimas aos portões da alvorada em festa que já se aproximava, e morrem nas praias, o que representa a correta imagem do que quiseram dizer os livros fechados nas bancas.

Qual a idade que vocês me dão? – Por Carlos Eduardo Esmeraldo

Semana Santa de um ano muito bom de inverno. As chuvas caiam copiosamente tornando fértil o solo antes esturricado pela inclemência da seca. A fartura reinava naquele sertão, agora renascido. A paisagem de longe lembrava esse nosso Nordeste tão escaldante. A jovem médica Marília Cruz, da Secretária Estadual de Saúde, convidara um grupo de colegas médicos, todos eles professores da Faculdade de Medicina, para passar os feriados em sua fazenda. Todos os convidados aceitaram aquela oportunidade de um excelente repouso e compareceram acompanhados das respectivas famílias.

Quinta-feira Santa, após o almoço, os convidados repousavam no alpendre em redes ricamente bordadas. De longe, a doutora Marília avistou um vulto, alguém, ainda não identificado se movendo entre a mata verde do baixio. Aos poucos a silhueta ganhava contornos definidos e ela então identificou o seu querido tio Diógenes. Não obstante a idade avançada, ele cavalgava firme sobre o dorso de seu alazão marchando a passos largos em direção à casa grande. A sobrinha nada disse sobre a idade do tio, esperando ver a provocação que ele poderia fazer aos médicos.

Ao chegar, cumprimentou a sobrinha e seu marido, um conhecido deputado estadual, saudou o grupo de doutores, sentou-se no para-peito do alpendre e começou a conversar com os médicos. A principio a palestra versou sobre o bom inverno e a fartura que ele representava para o sertão.

Depois de aproximadamente meia hora, o tio Diógenes conduzia a conversa para o rumo que desejava. Os médicos se deliciavam com a palestra do sertanejo, cheia de sabedoria aprendida com os mais antigos, linguajar um tanto quanto arcaico, herdado dos antepassados, herança de um tempo colonial. A certa altura da conversação o tio Diógenes perguntou:
– Doutores, qual a idade que vocês me dão?
– Oitenta anos – responderam uns.
– Setenta e cinco anos – diziam outros.
Depois de muitos palpites, todos eles errados, o velho Diógenes falou com a sinceridade própria do nosso sertanejo:
– Senhores doutores, vocês precisam estudar mais! Eu tenho 98 anos e ainda trabalha na roça!
Diante da admiração geral, o velho emendou outra pergunta:
– Agora doutores, eu quero que vocês me expliquem por que é que uns morrem tão cedo e outros vivem tanto, assim como eu?
– É por causa de uma vida saudável aqui no campo. Alimentação regrada, sem preocupações. O senhor naturalmente dorme cedo, acorda cedo, nunca bebeu e nem fumou! – exclamaram os médicos a uma só voz.
– Num já falei que vocês precisam voltar à escola? Vão estudar mais! Eu só me alimento de comida forte, buchada, sarapatel, panelada, rabada e mucunzá com torresmo. Fui o maior farrista dessa ribeira. Era o maior namorador que por aqui existia. Bebia e ainda hoje eu bebo e fumo e, não dispenso um bom forró todo fim de semana!
Com essa resposta, os médicos concluíram que o tio Diógenes era uma rara exceção à regra, além de um mau exemplo para se alcançar a longevidade.

Por Carlos Eduardo Esmeraldo
Nota do autor: Esse fato aconteceu e me foi contado pela sobrinha do sertanejo. As identidades dos personagens são fictícias.

AGRADEÇO AO ARMANDO RAFAEL

Pedro Esmeraldo


Armando, precisei de você por vários meses quando necessitava de seu apoio a fim de colocar minhas crônicas no blog do Crato. Não tenho palavras para expressar meus agradecimentos, mas, mesmo assim, apetece ser-lhe grato pelo apoio recebido, ansiando em continuar ao seu lado, lutando pela terrinha, quando for necessário.

Fiquei magoado pelas grosserias de alguém, vez que me atingiu em cheio, deixando-me acabrunhado espiritualmente. Não posso esquecer esses gestos rudes cometidos por pessoas inconvenientes que fazem em minha mente grande mancha, visto que esses algozes têm por objetivo macular a minha consciência.

Só anseio ardentemente lutar junto a todas as pessoas que tenham amor à cidade do Crato, ambicionando vê-la crescer vertiginosamente, criando geração de emprego e renda, adquirindo vida própria, sem ser submissa a nenhum outro município que fica ao seu redor.

Tenho o pensamento de que certos políticos não defendem bem o que é o regime democrático, que permanecem nos moldes dos tempos da ditadura militar, onde não se aceitava oposição e tinha como meta ofuscar as liberdades dos cidadãos que os acompanhavam com críticas construtivas às pessoas que permaneciam a seu entorno.

Digo com sinceridade, o Crato perdeu espaço com a política desses seus administradores que não olham o Crato de amanhã; fogem do contorno ético-administrativo, pensando eles que o mundo lhes pertence. Pensam que tem o direito de governar sozinhos, como lhes agradam, rodeados de bajuladores, formando um bloco só, o que podemos denominar de tropa de choque. Têm o prazer de mandar o sarrafo nos seus adversários, pois esses políticos sádicos não aceitam tecnologia e andam navegando à toa nas águas pútridas do Rio Grangeiro.

Seus adversários não têm o direito de pronunciar nenhuma palavra e viram às costas para qualquer cidadão que queira investir no Crato.

Por isso, combato esses políticos sem parar, contemplando o porvir, fugindo da ociosidade, sem ambicionar recursos financeiros ou materiais, mas luto pelo crescimento da cidade.

A maioria desses políticos só tem ambição quando lutam em causa própria. Não trabalham, não lutam e só têm interesse de contemplar os algozes que lhes prestam serviços.

Ninguém suporta mais essa situação. Já está na hora de cessar com isso, é preciso acordar com mais empenho e desenvolver o Crato, tornando-o a grande metrópole de antigamente.

Afastem-se dessa tristeza imensa, dediquem-se aos problemas com mais esmero, vão em frente, sejam conscientes e empurrem o Crato para o caminho do crescimento.

Pelo amor de Deus, acabem com as briguinhas costumeiras, sigam em frente que, com toda certeza, o Crato de amanhã será grato pelo seu serviço.

Crato-CE, 05/01/2011

Lançamento do filme Formação Romualdo: Um Milagre Paleontológico tem casa cheia e homenagem aos cem anos do cinema no Crato

Um momento em homenagem aos cem anos de cinema no Crato, em grande estilo, aconteceu na noite do último sábado, no Teatro Municipal Salviano Arraes Saraiva, durante o lançamento do filme-documentário, Formação Romualdo: Um Milagre Paleontológico, com direção do cineasta Jackson Oliveira Bantim, o Bola, e pesquisa, coordenação científica e roteiro do professor-doutor, Álamo Feitosa Saraiva. O Teatro Municipal esteve lotado com o público, demonstrando a importância desse trabalho, que será levado aos países da Rede Mundial de Geoparks. Mais de 400 pessoas participaram do lançamento.

O documentário de 36 minutos será usado de forma didática em escolas de ensino médio e em universidades. O vídeo, segundo Álamo, apresenta os fósseis, as escavações paleontológicas e animações do Araripe de 100 milhões de anos atrás, quando ainda nem existia a Chapada do Araripe.

A Formação Romualdo fica num estrato da Bacia do Araripe, localizado em partes do Ceará, Piauí e Pernambuco. Afloramentos importantes podem ser encontrados em Santana do Cariri, Crato e Barbalha. O professor Álamo destaca que a Formação Romualdo tem uma especificidade que qualifica esse material para exibição no documentário. Primeiro pela abundância de fósseis e também o seu caráter tridimensional, o que tem facilitado os trabalhos e descobertas científicas.

O filme-documentário teve apoio do Instituto Nacional de Arqueologia, Paleontologia e Ambiente do Semi-Árido (Inapas), Universidade Regional do Cariri (URCA), Geopark Araripe, Rede Global de Geoparks, Museu de Paleontologia da URCA, Bantim Produções e Grupo de Pesquisa em Cultura Visual, Espaço, Memória e Ensino (IMAGO), da URCA.

No lançamento, estiveram presentes nomes importantes do mundo científico da paleontologia, a exemplo do cientista Alexander Kellner, do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O pesquisador, que tem um relevante trabalho sobre os pterossauros, tem uma participação no filme, além do Reitor da URCA, Professor Plácido Cidade Nuvens, idealizador e criador do Museu de Paleontologia de Santana do Cariri. Cópias do documentário foram entregues, durante o lançamento, aos principais colaboradores desse trabalho.
 
Fonte: URCA

ACADEMIA DE GINÁSTICA SEBASTIÃO ALVES PEREIRA FILHO - DR BASTIM

Luiz Domingos de Luna*
A sabedoria da sociedade consiste em seu processo histórico destilar, na tiborna fria da racionalidade, a base da coluna, como esteio, ou mastro a suportar a pressão dos ângulos diagonais, do vértice, ao prumo, na criação de um novo desenho social que sirva de luz para toda conjuntura humana.

Quando ao salto do Ano de 2010, o mais antigo Educandário da cidade de Aurora, 15 de Março de 1927, recebe a sua academia de ginástica, as datas se encontram no além na formação do mais importante clube futebolístico de Aurora 15 de julho, que teve em sonho o número do nascimento do espore de Campo em Aurora, como uma instituição, consolidada no saudoso estádio Romão Sabiá, assim como uma centelha em pólvora quente a luz do esporte a clarear em todos os rincões da Terra do Menino Deus.

Uma Marca, um nome, um registro a rolar nos campos verdejantes, sempre a portar a bola como uma guia a mostrar para as gerações vindouras a importância do esporte no combate ao sedentarismo.

Não a menos, pois no dia 15 de dezembro 1977 o sonho da construção da maior obra artística de Aurora, A Última Ceia 33 anos, tem ao calor da argamassa disforme, nas mãos do Jovem escultor aurorense, Francisco José de Oliveira, a primeira pincelada do concreto ainda vivo, no nascimento de uma nova página eclesiástica da Igreja Matriz Senhor Menino Deus – 12 de janeiro, 1978. A cada porção de concreto nascia um novo apostolo, concretizando assim, o sonho de Dr. Bastim, D. Terezinha, Dr Willames, Dr Danúbio.

No dia 15 de janeiro 2011 A Diretora Administrativa da Escola de Ensino Fundamental e Médio Monsenhor Vicente Bezerra – Francisca Edvania Tavares, através da Rádio Educativa de Aurora, Aurora do Povo, lança oficialmente o nome de Sebastião Alves Pereira Filho – Dr Bastim para nominar a primeira academia de ginástica das escolas públicas de Aurora; recebendo assim, a aprovação de todos os habitantes da terra do sol nascente.

Com honras de glórias, vitorias dos filhos teus, no dia 15 de março de 2011 será inaugurado oficialmente a academia de ginástica – Sebastião Alves Pereira Filho – Dr Bastim, conseguiu, em brava luta da vida a entrar com bravura na vida da história de Aurora.
(*) Professor da Escola de Ensino Fundamental e Médio Monsenhor Vicente Bezerra – Aurora – Ceará.