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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

O CHAMADO QUE VEM DO ESPÍRITO E O ENTARDECER DA VIDA: VIVA A CONSCIÊNCIA ALTERNATIVA!



Todos nós sabemos que um dia teremos que atravessar uma ponte e partir para um outro lugar-consciência-mundo. E ninguém escapa do “trem” que sempre passa nesse nosso mundo familiar e deixa alguns na estação e leva outros para uma travessia numa viagem incomum. Nos acostumamos a aceitar naturalmente que o “trem” passe enquanto estamos em nossas atividades cotidianas automáticas.

É o outro que se vai e não eu! – assim pensa a maioria.

Poucas vezes refletimos sobre o significado desse momento de rompimento com a vida concreta - familiar e social. A dinâmica da vida profissional, ideológica e social não nos dá muitas chances para refletir e sentir.


Na universidade poucas vezes realizamos comentários filosóficos profundos a respeito desses momentos tão incomuns do sol-vida caindo-morrendo no horizonte dos sentidos comuns. Tomamos mais ciência sobre essa questão quando estamos doentes ou diante da perda de um parente ou amigo, ou mesmo diante de uma guerra ou catástrofe inesperada.

Então, nos sensibilizamos da existência da função da morte e do valor da vida, por isso queremos continuar vivos e com saúde (adiando cada vez mais o entardecer da vida) com os nossos membros inteiros e nossos órgãos em perfeito funcionamento mecânico, elétrico e psicológico.

Quando estamos jovens não queremos nem pensar nesse entardecer e decaimento – isso é coisa de velho! – infelizmente pensamos assim.

A cultura do jovem sarado e da juventude moderna, que adora uma aventura e um padrão de comportamento de consumo fácil, cria a ilusão de que a vida é um estado de ânimo e crença na modernidade dos costumes e consumos imediatos e fáceis sem calcular suas conseqüências evolutivas.

Até que chega um dia da prova final e a verdade do Espírito é captada finalmente pelos nossos sentidos e corpos sutis. De repente somos chamados e não conseguimos fingir que não ouvimos o convite. Ele se aproxima e nos diz, através de um verbo-princípio, que só nos realizamos de fato numa nova travessia de uma experiência inédita da consciência alternativa que jamais havíamos se quer imaginado existir. Surge o conflito e o medo na relação metafísica buberiana do Eu-Tu.

No início caimos num vazio da existência e assim perdemos temporariamente a força psicológica que nos prendia à conexão da gravidade racional terrena – ficamos sem rumo! Constatamos surpresos que existe uma outra realidade paralela ao nosso ser – tão invisível e tão próxima!

Como é difícil ver e aceitar esse paradoxo sutil! A morte física é um acontecimento (o outro lado da moeda existencial) e não um fim em si mesmo. Viver em dois mundos – eis o desafio do Espírito na relação com a Alma e o Corpo!

Por que não estamos familiarizados com esse epifenômeno multidimensional?

Porque nos falta sensibilidade fina ou desenvolvida para se despertar e encontrar o Sentido Verdadeiro de Evolução ou Ascensão Ontológica (Metafísica-Espiritual). O hábito da auto-reflexão racional cria um mundo sem os parâmetros sutis e doces da sensibilidade pura e suave.

Charles Chaplin no último discurso do filme O Grande Ditador, nos deixou esta preciosa mensagem de grande sensibilidade:

“O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens...levantou no mundo as muralhas do ódio...e tem nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será violência e tudo será perdido”.


Então, nos recordamos da mensagem do poeta e cantor:

“Tenha fé em Deus, Tenha fé na vida.
Tente outra uma vez...
Não diga que a canção está perdida.
Beba pois a água viva está na fonte.
Você tem dois pés para atravessar a ponte.
Há uma voz que canta.
Há uma voz que dança.
Há uma voz que gira bailando no ar.
Basta ser sincero e desejar profundo.
Você será capaz de sacudir o mundo.
...Viva ...viva a Sociedade Alternativa” Raul Seixas

Prof. Bernardo Melgaço da Silva –

Pensamento para o Dia 20/11/2009


“Não há qualidade maior no homem que o amor altruísta, que se expressa no serviço aos outros. Tal amor pode ser a fonte da verdadeira bem-aventurança. A relação entre Karma e Karma Yoga deveria ser adequadamente compreendida. A ação (Karma) feita com apego ou desejo produz a escravidão, enquanto a ação altruísta, desprovida de desejo, se torna o caminho que leva à libertação (Karma Yoga). Nossa vida deveria tornar-se uma Comunhão Divina (Yoga), em vez de uma doença (Roga).”
Sathya Sai Baba

PÉROLAS DE SENSIBILIDADE: EU GOSTAVA TANTO DE VOCÊ (PADRE FÁBIO DE MELO) - TEXTO RECEBIDO PELA INTERNET



Eu acho que a gente vive tão mal, que às vezes a gente precisa perder as pessoas pra descobrir o valor que elas têm. Às vezes as pessoas precisam morrer pra gente saber a importância que elas tinham, e isso aconteceu uma vez na minha vida.

Estava eu na minha casa, de manhã, quando recebi um telefonema dizendo que minha irmã estava morta. Minha irmã mais nova, cheia de vida... de repente não existe mais.

Fico pensando assim, que às vezes, na vida, o ensinamento mais doído seja esse: quando na vida nós já não temos mais a oportunidade de fazer alguma coisa, o inferno talvez seja isso - a impossibilidade de mudar alguma situação. E quando as pessoas morrem, já não há mais o que dizer, porque mortos não podem perdoar, mortos não podem sorrir, mortos não podem amar, nem tão pouco ouvir de nós que os amamos.

Eu me lembro que uma semana antes de minha irmã morrer, ela havia me ligado. Foi a última vez que eu falei com ela, e eu me recordo que naquele dia eu estava apressado, com muita coisa pra fazer, e fiz questão de desligar o telefone rápido. Sabe quando você fala, mas fala na correria, porque você tem muita coisa pra fazer? E foi assim... se eu soubesse que aquela seria a última oportunidade de ver minha irmã, de olhar nos olhos dela, de falar com ela, eu certamente teria esquecido toda a pressa, porque quando a vida é assim, e você sabe que é a ultima oportunidade, você não tem pressa pra mais nada. Já não há mais o que eu fazer, e essa é a beleza da última ceia de Jesus.

Não há pressa, o momento é feito para celebrar, a mística da última ceia está ali, Jesus reúne aqueles que pra ele tinha um valor especial, inclusive o traidor estava lá.
E eu descobrir com isso, com a morte da minha irmã, que eu não tenho o direito de esperar amanhã pra dizer que amo, pra perdoar, para abraçar, dizer que é importante que é especial.

O amanhã eu não sei se existe, mas o agora eu sei que existe, e às vezes, na vida, nos perdemos... Eu me lembro quantas vezes na minha vida de irmão com ela, nós passávamos uma semana sem nos falarmos, porque houve uma briga, uma confusão. A gente se dava o luxo de passar uma semana sem se falar, e hoje eu não tenho mais nem 5 minutos pra conversar com alguém que foi importante, que foi parte de mim.

Não espere as pessoas morrerem, irem embora, não espere o definitivo bater na sua porta. Nós não conhecemos a vida e não sabemos o que virá amanhã. Viva como se fosse o último dia da sua história. Se hoje você tivesse que realizar a sua última ceia, porque é conhecedor que hoje é o último de sua vida, certamente você não teria tempo pra pressa. Você celebraria até o fim, e gostaria de ficar ao lado de quem você ama.

Viver o cristianismo é fazer a dinâmica da última ceia todos os dias. Viva como se fosse o último dia da sua vida; viva como se fosse a última oportunidade de amar quem você ama, de olhar nos olhos de quem pra você é especial.

E depois que minha irmã morreu, um tempo bem passado, eu descobrir porque eu gostava tanto dessa música que vou cantar agora. Ela não fala de um amor que foi embora; o compositor fez para a filha que morreu em um acidente; então, fica muito mais especial cantá-la e descobrir o cristianismo que está no meio das palavras, porque é assim, quando o outro vai embora é que a gente descobre o tamanho do espaço que ele ocupava.

Não sei por que você se foi,
Quantas saudades eu senti,
E de tristezas vou viver,
E aquele adeus não pude dar...

Você marcou a minha vida
Viveu, morreu
Na minha história;
Chego a ter medo do futuro
E da solidão
Que em minha porta bate...

E eu!
Gostava tanto de você
Gostava tanto de você...

Eu corro, fujo desta sombra
Em sonho vejo este passado,
E na parede do meu quarto
Ainda está o seu retrato.
Não quero ver pra não lembrar,
Pensei até em me mudar...
Lugar qualquer que não exista
O pensamento em você...

E eu!
Gostava tanto de você
Gostava tanto de você...

Eu gostava tanto de você!
Eu gostava tanto de você!
Eu gostava tanto de você!
Eu gostava tanto de você!

Agora o triste da música é que a gente precisa conjugar o verbo no passado, a pessoa já morreu, já não há mais o que fazer. Mas não tem nenhum sofrimento nessa vida que passe por nós sem deixar nenhum ensinamento...

Tem que nos ensinar, não dá pra sofrer em vão. Alguma coisa a gente tem que extrair...

Extraia o sofrimento e descubra o ensinamento. Se ele algum dia me tocou e me deixou algum ensinamento, eu faço questão de partilhá-lo com você agora. Depois da morte da minha irmã eu faço questão de viver a vida como se fosse o último dia.

Já que o passado é coisa do inferno, e a gente não está no passado, muito menos no inferno, resta a possibilidade de mudar o verbo, de trazê-lo para o presente e de cantá-lo olhando para as pessoas que são especiais. Quem sabe cantando pra ela nesse momento...

Se ela está ao seu lado, se você tem algum amigo que mereça ouvir isso de você, alguém que faz diferença na sua história...

Ao invés de você dizer que gostava, você diz que gosta!

Vamos mudar o verbo! Vamos amar a vida! Vamos amar as pessoas antes que elas vão embora!

E eu...

EU GOSTO TANTO DE VOCÊ! EU GOSTO TANTO DE VOCÊ!