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sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O futuro político nordestino - José do Vale Pinheiro Feitosa

As eleições presidenciais polarizam posições e os estados que já elegeram seus governadores esquecem a sua prória disputa. Ao examinar o quadro das eleições de governadores no Nordeste, segundo as últimas pesquisas, consolida-se uma mancha contínua de lideranças do PSB. Ele poderá governar quatro estados: Piauí, Ceará, Paraíba e Pernambuco.

Quando um partido faz isso, necessariamente cria-se um campo para surgimento de uma forte liderança regional. Quando o velho PMDB efetivamente começou a criar uma grande mancha de governadores no nordeste, em 1982, surgiram novas lideranças como Tasso Jereissati junto com a já estabelecida por Jarbas Vasconcelos e Miguel Arraes embora apenas como deputado, sem contar Valdir Pires na Bahia. Depois veio o período desagregador de Orestes Quércia (só para marcar uma referência não se deveu tudo a apenas ele) e as lideranças foram criar o PSDB e o PSB.

Aliás, uma das melhores convivências histórias naquele período aconteceu entre Arraes e Tasso, o “velho” e o “novo” a balançar dois estados de grande peso na região. Não sei o papel que teve Violeta Arraes nisso tudo, mas no mínimo selava esta convivência, sendo claro que os dois políticos se originavam da grande frente do PMDB.

Sem querer adivinhar. Mas não é improvável que desta mancha do PSB se reconstitua o mesmo balanço entre Ceará e Pernambuco, com Eduardo (neto de Arraes) e Ciro Gomes (cria do Tasso). Seria um processo histórico contínuo, fácil de explicar, mas a história, embora possa ser estudada por modelos, é sempre um por acontecer surpreendente. Mas ao dizer balanço e a citar os “padrinhos” do “novo” terminei levando o leitor para aceitar como mero balanço.

Na verdade eu imagino (ou será mero desejo?) que o nordeste está pronto para forjar uma nova liderança de projeção nacional. Mais moderna, preocupada com o progresso material da grande massa pobre e relativamente mais atrasada socialmente. Sendo assim, é de se esperar uma boa queda de braço entre Pernambuco e Ceará pela liderança. E a Bahia? É boderline, ora sudestes e noutra nordeste. Além do mais perdeu a liderança do velho coronel ACM.

Olhem eles aí de novo! - José do Vale Pinheiro Feitosa

Um final de tarde num escritório de uma Agência Estatal. Aqui no Rio. Uma amiga da velha luta democrática, com cargo no governo, declara que votará nulo, advoga a derrota da Dilma, abomina o Serra, mas não vê na sua atitude nenhuma aliança com ele. Na cabeça dela. Na prática ela faz parte de um amplo movimento de classe média para derrotar o PT e dar passagem ao PSDB. Depois farão oposição ao PSDB? Entre um chope e outro.

Qual a questão desta mulher professora universitária com pós-doutorado? Algo impressionantemente banal: ela imagina que a classe média é quem financia os impostos do país e quem paga toda a conta dos pobres e não leva nada. Isso nela, imagina no resto todo pagando plano de saúde caro, escola privada caríssima, seguro contra roubo do seu carro, símbolo de progresso pessoal e assim por diante.

Outra cena. Uma cidade da periferia de San Francisco, visito uma família de classe média naquele típico subúrbio americano: jardins sem muro e quintal para fazer churrasco. O dono da casa com a corda no pescoço, ficou desempregado meses, acabou com as reservas para a aposentadoria digna, teve que receber ajuda do pai, deve uma montanha da casa própria, apavora-se com a incapacidade de não ter plano de saúde, o pagamento da faculdade da filha toma-lhe a margem de segurança, não existe qualquer alternativa e tudo lá funciona na base da grana.

A questão deste americano é a mesma dos brasileiros lá de cima. O “sonho americano” para a classe média morreu. Eles agora precisam de proteção, de algo que substitua o “sonho” por um lastro de segurança como previdência social, garantia de emprego, renda e saúde pública. Acontece que os sócios do “sonho” que se tornaram fortes com o Estado, os grandes capitalistas, se bandearam para o Global, abandonaram os patriotas e foram montar suas fábricas e gerar empregos na China e em toda a Ásia. O americano dizia: aqui não se produz mais nada. Tudo vem de fora. Viramos um país do setor terciário.

Abrindo as páginas de notícia, as manifestações correm soltas na Europa. Por lá, em crise, desmontam o “estado de bem estar social”. Diminuem subsídios sociais, acabam os sistemas previdenciários, diminuem direitos, cortam o dinheiro que ia para o bolso do aposentando e para o salário das pessoas. Na França a rebeldia é tão ampla que os defensores ideológicos do “fim dos direitos sociais” estão temerosos que as “medidas” não vinguem. Os que estes advogam é o mesmo que a professora lá de cima se revolta: direitos sociais só para gente muito pobre. A classe média que se mantenha com as próprias pernas.

Um artigo de um economista francês anda nesta linha. É o fim da picada até a revolução francesa e o advento da universalidade do direito, um tapa olhos sobre a visão da res publica e o que mais temiam: a retorno do fragmento da comunidade. Só que comunitarismo algum sobrevive por si mesmo, tende à fusão e o caminho histórico é o retorno à unidade em torno de “feudos”.

Por incrível que parece, até nas eleições brasileiras o norte aponta para o retorno da época medieval. Feudalismo restabelecido dos retalhos da urbanidade fragmentada. Quem viver verá.

Abaixando o discurso teremos de volta os “neobobos”; os “vagabundos”; os “dinossauros” a semântica de cortar salários, a demissão incentivada e deixar o funcionalismo oito anos sem reajuste da inflação com o artifício fácil de vender estatais e o patrimônio nacional.

Em mensagem, Dilma não diz que irá vetar projetos sobre aborto

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, se negou a dizer que irá vetar projetos referentes ao aborto na "mensagem" assinada hoje pra tentar acalmar o "mundo evangélico". No meio da semana, Dilma foi cobrada por 51 representantes de igrejas evangélicas a assumir o compromisso de vetar qualquer projeto aprovado no Congresso "contra a vida e valores da família".

Segundo líderes evangélicos que discutiram o texto com a candidata, a petista assumiu o compromisso de colocar a promessa no manifesto.


Na carta que será distribuída em templos e igrejas, Dilma repete declarações feitas ao longo da campanha, como ser "pessoalmente contra o aborto", não encaminhar nenhuma legislação referente ao tema ao Congresso e defender a "manutenção da legislação atual sobre o assunto", que só permite a prática em casos de estupro e risco de morte para a mãe.

Coordenador evangélico da campanha dilmista, o bispo da Assembleia de Deus e deputado Manoel Ferreira (PR-RJ) reconheceu o recuo, mas minimizou a falta do compromisso no documento.

"Ela assumiu solenemente o compromisso [de veto] apesar de não estar na carta. O mais importante é esse compromisso de que esses temas serão tratados pelo Congresso e nunca pelo Executivo. Acho que esta muito bem colocado e esse é o compromisso dela conosco ela não vai voltar atrás. A maior importância é a convicção do candidato", disse.

Antes de ser candidata, Dilma defendia abertamente a descriminalização da prática --o fez, por exemplo, em sabatina na Folha em 2007 e em entrevista em 2009 à revista "Marie Claire".

Depois, ao longo da campanha, disse que pessoalmente era contra a proposta. Hoje, diz que repassará a discussão ao Congresso.

FATURA
A fatura evangélica apresentada à candidata na quarta-feira exigia dela uma posição contrária sobre casamento homossexual, adoção de crianças por pessoas do mesmo sexo e regulamentação da função de profissionais do sexo, além da defesa da liberdade religiosa.

O documento não cita diretamente a polêmica em torno da união civil entre homossexuais e opta por compromissos genéricos em relação a outros temas-tabus sustentando que, se eleita, não pretende promover "nenhuma iniciativa que afronte à família".

Na carta, Dilma afirma que se o projeto que criminaliza a homofobia, o chamado PLC 122, for aprovado no Senado, o "texto será sancionado nos artigos que não violem liberdade de crença, culto e expressão". O temor dos cristãos é que o projeto impeça sermões e pregações contra homossexuais.

Sobre o PNDH 3 (3º Plano Nacional de Direitos Humanos), que causou polêmica por tratar do aborto, legalização da prostituição e defender que hospitais conveniados ao SUS façam operação de mudança de sexo, entre outros pontos, Dilma diz que o programa é uma "ampla carta de intenções" e que está sendo revisto. Dilma diz ainda que a família será o foco de seu eventual governo e que defende a liberdade religiosa.

Após forte reação, o governo tirou do programa, em maio, pontos como a revisão da lei que pune quem se submete ao aborto.

Fonte: Folha de S. Paulo

Sensus mostra Dilma com 52,3% e Serra com 47,7% dos votos válidos

Levantamento foi realizado entre os dias 11 e 13 de outubro.
Margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos para mais ou para menos.

Pesquisa Sensus divulgada nesta quinta (14) pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) mostra Dilma Rousseff (PT) com 52,3% dos votos válidos e José Serra (PSDB) com 47,7%. Para se chegar aos votos válidos são excluídos os eleitores que dizem votar em branco ou nulo e os indecisos.

O levantamento foi realizado entre 11 e 13 de outubro e ouviu 2 mil pessoas em 136 municípios. O registro da pesquisa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é de número 35.560/2010. A margem de erro do levantamento é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Em votos totais (que incluem os brancos, nulos e os indecisos), Dilma tem 46,8% e Serra 42,7%. Neste cenário, os candidatos estariam empatados tecnicamente no limite da margem de erro. Os eleitores que disseram votar branco ou nulo foram 4% e os que não souberam ou não responderam foram 6,6%.

A pesquisa mostra que a rejeição a Dilma é de 35,4%. No levantamento de setembro, era de 32,6%. No caso de Serra, era de 40,2% e agora é de 37,5%.

O levantamento de outubro mostra que ainda há mais expectativa da vitória de Dilma. Para 59,6% dos entrevistados a petista vencerá a eleição, enquanto 29% acreditam no triunfo de Serra.

A pesquisa mostra que 62,2% dos entrevistados assistiram aos programas do horário eleitoral gratuito do segundo turno, que começaram na sexta-feira (8). Entre estes, 52,5% acham o de Dilma melhor e 47,5% preferem o do tucano.

O levantamento afirma que 72,9% dos entrevistados dizem já ter definido o voto. Dos entrevistados, 92,7% pretendem comparecer para votar, enquanto 3,9% talvez irão e 2,7% não irão. Foram 0,8% os que não responderam a esta pergunta.

Para o diretor do instituto Sensus, Ricardo Guedes, as denúncias sobre o escândalo da Casa Civil que derrubou a então ministra Erenice Guerra já vinha tirando votos de Dilma nas últimas semanas do primeiro turno. Na avaliação dele, o debate sobre o aborto e as acusações contra a petista feitas pela internet retiraram os votos que impediram a vitória de Dilma no primeiro turno.

Regiões -  O diretor do Sensus, Ricardo Guedes, ressalva que Dilma mantém a liderança na Região Norte, mas o instituto reúne os dados desses Estados com os da Região Centro-Oeste, onde Serra disparou na frente da petista. Segundo o Sensus, o tucano lidera nas regiões Norte/Centro-Oeste com 45,7% contra 40,7% de Dilma.

Guedes destacou a virada de Serra no Sul, onde ele desponta com 56% das intenções de votos contra 36,4% da petista. Em setembro, antes do primeiro turno, essa diferença era de apenas cinco pontos porcentuais. No Sudeste, Serra lidera com uma margem muito apertada: ele aparece com 44,7% contra 43,3% para Dilma.

Há um mês, ela aparecia com 52,1% contra 36% do tucano. Segundo o Sensus, a candidata petista mantém-se à frente, entretanto, na Região Nordeste, onde aparece com 60,7% das intenções de votos, o tucano cresceu sete pontos, alcançando 31,1% nesse segundo turno.
A pesquisa mostrou que 30,9% dos eleitores assistiram pelo menos parte do debate do último domingo na TV Bandeirantes, o primeiro da campanha do segundo turno. Na avaliação de 54,7% desses eleitores, Dilma venceu o debate. Para 45,3%, o vencedor foi Serra.

Fontes: G1 e Diário do Nordeste

Centro Cultural BNB Cariri: Programação Diária

Dia 15, sexta-feira

Música - V FESTIVAL BNB DA MÚSICA INSTRUMENTAL
18h30 Txaimus (PE) 60min
19h50 Grupo Tieto (PE) 60min

História/Patrimônio - TRADIÇÃO CULTURAL
Local: Centro Administrativo Municipal Antônio Xavier de Oliveira (Juazeiro do Norte)
19h30 Apresentações dos melhores repentistas do Brasil na 6ª edição do FESTIVAL NACIONAL DE VIOLA E POESIA. Organização: Silvio Grangeiro. 240 min.

CENTRO CULTURAL BANCO DO NORDESTE - CARIRI
Rua São Pedro, 337 - Centro - Juazeiro do Norte - Ceará - CEP: 63030-210
Tel: 88- 3512 2855 fax: 88 3511 4582

FHC desafia Lula para uma conversa 'cara a cara' após fim de mandato

Principal alvo de críticas do PT no programa eleitoral, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso desafiou nesta quinta-feira o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para uma conversa "cara a cara", quando o petista "puser o pijama".

Dizendo-se vítima de mentiras, FHC disse que Lula foi mesquinho ao não reconhecer o legado do PSDB e assumir a paternidade da estabilidade da moeda.

"Estou calado há muitos anos ouvindo. Agora, quando o presidente Lula vier, como todo candidato democrata eleito, de novo, perder a pompa toda, perder o monopólio da verdade, está desafiado a conversar comigo em qualquer lugar do Brasil. No PT que seja", discursou FHC.

Segundo FHC, não é para enumerar as ações de cada governo. "É para ter firmeza, olhando cara a cara do outro, ver dizer as coisas que diz fora do outro. Quero ver o presidente Lula que votou contra o real, que fez o PT votar contra o real, dizer que estabilizou o Brasil. Não precisa disso. Lula fez coisas boas, que reconheço. Agiu bem na crise atual, financeira. Para que, meu Deus, ser tão mesquinho? É isso que eu quero perguntar para ele. Por que isso, rapaz? Você pegou uma boa herança. Usou. Aumentou. E o Serra vai usar as duas. Vai usar as duas. Vai fazer mais."

"Não vamos ficar de mesquinharia, não. O que for bom vai continuar. Começamos as bolsas. Por que o Serra não vai aumentá-las? Aqueles que necessitarem. Não bolsa política, não."

Ao defender o concurso público, ele disse que o presidente do PT, José Eduardo Dutra, entrou na Petrobras sem concurso público, durante o governo militar.

"Eles querem os apaniguados. Nós queremos a meritocracia. Cada um vai ter que se esforçar e será recompensado pelo o que fez. Não queremos um Brasil de preguiçosos, não queremos um Brasil de amigos do rei, não queremos um Brasil de companheiras tipo Erenice."

Em discurso a integrantes do PSDB, FHC chamou a petista Dilma Rousseff de duas caras e negou que tenha pregado a privatização da Petrobras, como a candidata acusou no debate da Band:

"Agora, vêm falar que eu queria privatizar a Petrobras. Quem é esse [Sérgio] Gabrielli para falar isso comigo, meu Deus? Fui presidente da República. Ele tem que me respeitar", afirmou FHC, dizendo que foi processado por ter defendido a Petrobras. "Perdi uma cátedra."

Ele atacou o aparelhamento político da Petrobras. "A Petrobras perdeu já 20% de valor de mercado sob a batuta dessa gente porque o mercado percebeu agora, custou mas percebeu, que tem ingerência política."

Ao falar das acusações do PT, FHC disse que os adversários "estão muito nervosos" por causa do segundo turno. "Caíram da cadeira. Nunca imaginaram que iriam ao segundo turno. O Lula sempre foi para o segundo turno. Por que a Dilma não iria? Só que agora ela vai às cordas com o nosso voto".

No evento organizado pelo PSDB de São Paulo --mas sem a presença de José Serra-- FHC acusou o PT de uso político da máquina pública e mais uma vez, disse que não passou a mão na cabeça de aliados, de "aloprados".

Tomando o cuidado de afirmar que o pijama seria transitório, FHC sugeriu uma conversa entre os dois, a exemplo das visitas que fazia a Lula em São Bernardo do Campo.

"Presidente Lula, terminadas as eleições, quando você puser o pijama, não sei o que vai por, o que vai fazer, será bem recebido. Venha ao meu instituto. Vamos conversar cara a cara", disse.

Ao falar das acusações contra Serra, alfinetou: "Não venham com história. O nosso candidato é homem de palavra, de coragem. Chega a ser turrão. Não fica mudando de opinião só para ter voto, não."

Fonte: Folha de S. Paulo

Oposição 'transfere' ódio para Dilma, afirma Lula

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje à noite que seus opositores transferem o ódio que sentem contra ele para a candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff.

Num comício em Ananindeua (PA), em que estava ao lado de Dilma, ele também comparou sua candidata a outros políticos brasileiros e criticou indiretamente seu antecessor no cargo, Fernando Henrique Cardoso.

Segundo Lula, as acusações contra Dilma são feitas por "uma parte da elite que não se conforma de um torneiro mecânico, sem diploma universitário, fazer mais do que eles".

"Uma [mesma] parte da elite que fazia essas acusações a Ulisses Guimarães em 1974, quando ele foi candidato de oposição ao [Ernesto] Geisel, [o] mesmo discurso contra Tancredo Neves, quando foi para o Colégio Eleitoral", afirmou.

Lula não disse exatamente a que críticas se referia.

No palanque, além de candidatos e governadores eleitos pela base governista, estava o senador Magno Malta (PR-ES), apresentado como "pastor evangélico".

"Faziam essas acusações a mim em 1989, em 1994, fizeram em 2002, fizeram em 2006. Daí pensei: agora acabou, eu não sou mais candidato, não vão fazer mais. E estão fazendo contigo a mesma coisa que fizeram comigo, que fizeram com Getúlio [Vargas], com João Goulart e que fizeram com Juscelino [Kubitschek]", afirmou o presidente.

"Eles estão transferindo para você [Dilma] o ódio que eles acumularam contra mim."

Lula lembrou um "presidente que viajava o mundo à procura de um título de 'doutor honoris causa'" e que "terminou o mandato sem fazer uma única universidade neste país", em referência indireta a FHC. "Querem é interromper a continuidade de um processo vitorioso."

O presidente cometeu diversas gafes que provocaram risos na plateia de milhares de pessoas. Dentre elas, chamou o Pará de Paraná, o município de Rondon do Pará (PA) de "Redondo do Pará" e a governadora Ana Júlia Carepa (PT), que disputa a reeleição, de "governador".

Antes, Dilma, que o acompanhava no comício, fez um discurso no mesmo tom.

Disse que "eles" --em referência clara à campanha de José Serra (PSDB), seu rival na disputa pelo Planalto-- querem "disseminar o ódio".

Ela contrapôs esse sentimento a outro, supostamente típico dos brasileiros, "um povo que prefere o amor e repudia o ódio", e disse que o governo tucano deixou o "Brasil de joelhos".

Fonte: Folha de S. Paulo