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sábado, 26 de dezembro de 2009

A filha de Jefté - Por Emerson Monteiro


Primeiro, Jefté fora discriminado pelos herdeiros de seu pai, Galaad, em face de nascer de uma prostituta, ainda que considerado um valente guerreiro. Afastou-se do meio dos irmãos filhos legítimos do mesmo pai e viveu na terra de Tod, quando, então, se viu cercado de pessoas menos consideradas, vindo a formar e capitanear um exército de miseráveis.
Passado algum tempo, os parentes que o abandonaram sofreram ataques de povo vizinho, os amonitas. Diante da constante insegurança que se instalara, acharam por bem recorrer à coragem já reconhecida de Jefté, instando-o a liderar a antiga nação, recebendo proposta dos anciões de chefiar as tropas da família e, em seguida, ocupar o trono da tribo.
Na expectativa do que a oportunidade representava, Jefté indicou para si que aceitaria a missão caso obtivesse o êxito nas armas, concordando, pois, em seguir à frente de batalha. Nessa hora, prometeu ao Senhor que, retornando vitorioso ao lar, sacrificaria em holocausto quem primeiro viesse ao seu encontro.
Transcorridos os feitos da guerra, coberto de todas as glórias contra os filhos de Amon, Jefté se aproximava de sua casa em Masfa, onde vivia com a família, quando a pessoa a quem coube lhe recepcionar, em festa de animação, tamborins e danças, ninguém mais seria senão a filha única e adorada, envolta na mais intensa das alegrias.
Por isso, o pai, numa total prostração, exclamou contrafeito:
- Ah, tu me acabrunhas de dor, e estás no rol daqueles que causam a minha infelicidade! – para em seguida confessar a causa das duras palavras: - Fiz ao Senhor um voto que não posso revogar.
Daí, a filha tomou conhecimento de tudo, e resigna-se ao compromisso paterno para com Deus.
Porquanto até ali permanecesse virgem, o que representava razão de infelicidade a não procriação, a filha apenas solicitou um período ausente durante o qual pudesse cumprir, junto de suas amigas, turno de dois meses nas colinas, para, nesse período, chorar a contrariedade de sua virgindade.
Conta a história que deste modo ocorreu. Vencido o prazo concedido, a filha veio a ser ofertada em holocausto, de acordo com o livro bíblico de Juízes, restando ao povo daquele tempo o costume, a cada ano, de os jovens prantearem por quatro dias seguidos a morte da filha de Jefté, o galaadita, raro exemplo de sacrifício humano registrado entre os judeus.

FELIZ VIDA NOVA NO ANO NOVO QUE SE APROXIMA!

Bernardo Melgaço da Silva

IMAGENS RECEBIDAS PELA INTERNET
Que no Novo Ano cada alma humana seja uma PONTE ILUMINADA PARA A LIBERDADE E FELICIDADE DE TODOS!

Desejo de coração que nesse ano novo possamos nos libertar de tudo o que é passado. Que nossos vícios – todos eles! – possam ser trabalhados para que de fato se renove o ser, livre da estreita visão de mundo, da pequena sensibilidade ética, da crise de percepção da realidade, da inversão de valores, do egoísmo sub-humano, do consumo acelerado, da destruição da natureza, da indiferença com as diferenças raciais, sociais, culturais, religiosas e morais. Que nesse ano novo possamos ter sensibilidade e inteligência para corrigir a rota do futuro. Para percebermos definitivamente a ilusão do caminho sem visão das possibilidades latentes infinitas em cada um. E assim, encontrarmos na alteridade da filosofia perene uma vida holística e irmã onde o Todo não é simplesmente a soma das partes da nossa riqueza e nem a subtração da oportunidade de vida digna do nosso irmão semelhante. Que assim, possamos perceber as interligações cósmicas em cada micro realização seja do rico, do pobre e excluído. Que a sorte não seja apenas um jogo, mas o produto das energias humanas em busca de uma finalidade maior, ou seja, que a nossa sorte não seja o azar do outro; que nossa riqueza não seja a miséria ou pobreza do outro; que a nossa liberdade não seja a exploração alheia; que o nosso bem não seja o mal em alguém; que o nosso deus não seja o inferno astral e desespero de um irmão.



Desejo a todos de coração que nesse ano novo possamos compreender a dimensão humana do ser integral em si mesmo. Que o conhecimento não seja utilizado apenas para formar ideologias de luta e morte, mas que de fato eleve a consciência humana para níveis jamais imaginados ou sequer pensados existir. Que a infinita potencialidade humana possa fazer-nos ver que somos muito mais que acreditamos ser nesse mundo político, econômico, social, tecnológico ou cultural; que nossa verdade incorpore a essência criadora da natureza ilimitada e invisível. Que o dinheiro não seja apenas uma moeda, um artifício comum de troca-compra-venda, mas a força de mudança social na doação de si para a construção de uma economia solidária e sustentável. Que esse valor monetário não compre a nossa oportunidade de transcendência para ir além dos benefícios e privilégios gerados pela sua circulação. Que a fraternidade seja uma cultura adorada por todos. E que a bondade seja amiga, solidária e irmã. Que nosso discurso incorpore a ética universal dos sábios gregos, do Cristo e de todos os sábios espiritualistas; incorpore o saber e a verdade da consciência maior: luz e caminho da transformação e libertação!

Desejo a todos de coração que cada um escute a voz doce e suave interior que nossos maiores sábios - Gandhi, Jesus, Buda, Einstein, Ami Goswami, Sócrates, Platão, Madre Teresa de Calcutá e tantos outros - perceberam num estado incomum de sensibilidade fina. E assim, guiados pela estrela da verdade possamos descobrir e revelar a verdadeira vida que se oculta em nosso escuro céu de ignorância histórica de sofrimento, insensibilidade, egoísmo e destruição da humanidade. Enfim, que sejamos conscientes de si e do Todo. E que Deus, Cristo, Jeová, Brahmam, Maomé etc., sejam a face pintada do mesmo Criador. E que a ciência não negue a sua alma gêmea: a religião! E que, conforme EINSTEIN, a ciência sem a religião não seja manca, e também que a religião sem a ciência não seja cega. De modo que, possamos andar reto com a visão correta e completa de que a realidade é infinitamente superior e mágica - que nossa vã filosofia ou ciência ou religião possam sequer imaginar!



Desejo a todos um Feliz Ano novo de descobertas e realizações porque nada nos impede de sermos felizes se assim desejarmos com fé, vontade e coração. Pois, toda Criação é o próprio Criador em Ação! Crie, Ame e Viva Feliz de acordo com o nível de compreensão de sua consciência. Pense: Existe Algo Criador que vive em Nós, e não sabemos como Ele em Nós entrou. Ele nunca morre, e não sabemos como viver em harmonia, paz e Amor sem Ele!

Bernardo Melgaço da Silva