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terça-feira, 25 de agosto de 2009

Resultado: trabalho, confiança e bom humor!

Nesta quarta-feira, quem assistiu ao jogo entre as seleções femininas de vôlei do Brasil e Rússia, testemunhou mais do que uma vitória suada após exaustivos cinco sets. Desfrutou de uma lição de filosofia de vida.


A equipe que vencesse avançava na fase final do Grand Prix, torneio mais importante do ano. O Brasil, esteve em desvantagem praticamente todo tempo e no final, era de 2 pontos, 14 à 12 para Rússia. O técnico José Roberto, o mesmo que liderou a equipe masculina ao primeiro ouro olímpico em 1992, pediu tempo. Num tom controlado e confiante disse: “Vamos lá pessoal, são só dois pontos! Dá pra ir buscar!”. E foi suficiente. As “meninas” fizeram 13, 14 e 15 pontos, na mesma Rússia que tirou o campeonato mundial do ano passado. Um feito quase inalcançável, incomum até pouco tempo! Uma recuperação como essa para nossa virtuosa geração de Bernardo, que inventou o saque “Jornada nas Estrelas”, William, Renan e do reserva Bernardinho, medalha de prata nos jogos de Los Angeles, seria impossível. O Brasil tinha jogadores talentosos, bem treinados, taticamente obedientes, mas os Americanos eram tão bons quanto, só que bem mais altos!
O resultado positivo da seleção brasileira frente à Rússia veio principalmente da autoconfiança, da consciência de que cada uma delas tem, de que eram capazes de não errar os saques, bloqueios, recepções e finalizações, nenhuma vez, até o fim da partida. Elas acreditaram nisso porque tem igualdade de condições no tocante a estatura e, tecnicamente, treinam (trabalharam) tanto quanto as adversárias. O trabalho planejado e bem gerido de toda equipe, desde a seleção das atletas, treinamento e conquistas anteriores, fez com elas soubessem que estavam prontas para alcançar o resultado, a vitória! Outros exemplos recentes foram os recordes mundiais estabelecidos pelos dois gigantes do esporte, Cielo e Bolt, homens mais rápidos do mundo na natação e atletismo. Estilos diferentes, mas a mesma fórmula. O primeiro, extremamente concentrado antes da prova, batia no peito com força como de dissesse aos próprios músculos: “Façam a sua parte! Treinei muito e estou pronto para vencer!”. O segundo, descontraído antes da largada, aguardava a partida demonstrando bom humor, de quem confia que seus músculos corresponderão à confiança que sua mente deposita neles.
Estes atletas, de diferentes nacionalidades, através do esporte, nos ensinam muito mais do que: “homens treinados são capazes de superar e estabelecer recordes”. Japoneses gastam quase 2/3 da duração de um empreendimento planejando. Americanos trabalham duro para alcançar seus objetivos. Ingleses e Alemães confiam no seu potencial e constantemente colhem bons frutos dessa atitude. Enfrentemos os desafios diários que a vida nos impõe como as nações, e seus atletas, que provam que homens e mulheres, podem transformar seus sonhos em resultados, usando de: planejamento, trabalho, confiança e bom humor.

Dimas de Castro e Silva Neto
Engenheiro Civil, Mestre em Gerenciamento da Construção
pela University of Birmingham e Professor do Curso de Engenharia Civil da UFC Cariri