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terça-feira, 4 de maio de 2010

Fatinha Gomes: As mulheres que comiam flores nesta quinta

O Chip do Planeta Terra

Luiz Domingos de Luna *

Outro dia, fui convidado para participar de uma conferência no meu planeta natal - Aquarius, como de costume, juntamente com os colegas de sempre, pegamos a nave e embarcamos, depois de uma viagem cansativa, chegamos.O Tema da conferência foi logo exposto, de modo, a iniciar a reunião. Escutamos:
O Planeta Terra não precisa de vida para existir, porém insiste em manter ao longo de sua história este sopro vital – Por quê? Um Aquariano bem a frente levantou o braço e disse em voz alta – Simples, a vida na terra dá lucro.
O Conferencista coçou a cabeça e perguntou dá lucro! - Como assim? - O Planeta oferece condições para o surgimento da vida, alimenta bem e, depois ingere toda massa ex-viva, num processo continuo, pois lá, o tempo real existe num ciclo constante.
Um Aquariano, bem ao meu lado, indignado proclamou – Protesto, pois se a terra se alimentasse de toda massa viva que ela mesma produz o planeta seria o maior do universo, e pelo que consta nos autos, é apenas o terceiro na via - láctea, e de pequena significação com relação a sua massa de coesão atômica.
O Plenário choveu de palmas, porém o conferencista detonou – Protesto negado! O colega parte de uma premissa verdadeira para chegar uma conclusão falsa. Como assim?Perguntou o assistente. Se realmente a colega { terra} consumisse, tão somente, a massa viva, com certeza seria a maior do cosmo, porém, está em nossos registros que não é bem assim, pois a massa produzida pela ingestão da conteúdo morto é automaticamente transformada em energia e vendida a outro parceiro, ou seja,100% da energia é vendida, do contrario, o planeta estaria inchado e na realidade ele está é diminuído sua unidade de massa.
E este lucro obtido com a venda de energia é investido em que?
Na compra de enzimas cósmicas para o preparo das lavas vulcânicas e do gás galáctico para a dissolução dos deslocamentos das placas tectônicas.
- Fábrica de futuras vidas de formas diferenciadas
Este investimento serve para nós ?
-Não,
Por quê?
- Um capital muito alto investido em algo de grande risco
Tem certeza?
Não
-Dúvida
Todas
-Mas é assim que a coisa funciona.
( * )Professor – Aurora – Ceará.
( *) Colaborador do Blog Cariri Agora

As tias high-tech emburrecendo com a televisão - por José do Vale Pinheiro Feitosa

Minhas tias Rosa, Maria e Raimunda estiveram, neste amanhecer, envolvidas numa quente discussão. Tudo por causa de uma notícia nos jornais on-line da internet. A “chamada da matéria” dizia: A televisão me deixou burro demais.

- Eita, que sujeito mais fraco, até a televisão é capaz de deixá-lo fraco das idéias! – Abriu o verbo minha tia Maria, mas Rosa, após ajustar os óculos e correr os olhos no corpo da matéria, logo questionou:

- Menina, num é o sujeito que é fraco. A televisão é que um veneno para a inteligência. Raimunda que aproveitava o diálogo das irmãs para avançar na leitura deu veredicto:

- É pesquisa, viu. Tudo foi pesquisa. Tá provado, comprovado e aprovado: “Assistir à televisão emburrece as crianças”. Eu bem digo que é melhor contar estrelas do que ficar vendo novela. Vocês não despregam os olhos da televisão na hora da novela. Quando é noticiário, todo mundo quer, até futebol já estão assistindo e agora deram para se viciar em filme. Vão ficar igualzinho a estas crianças do Canadá: piores em matemática, comendo junk food (pronunciada como junque fó odi) e sofrendo mais bullying (pronúncia do perfeito inglês dos sertões, não sem gaguejar na leitura: bu li li ingue). Raimunda terminou sua linha argumentativa e Rosa rebateu:

- Ora! Se eu ficar burra nas aritméticas eu tenho os dedos prá contar e estas comidas e sofrimento eu nem sei o que é. Tu sabes me esclarecer? Raimunda, embora tivesse ousado pronunciar as palavras estrangeiras, não tinha a menor idéia do que se tratava. Então, abriu os olhos e fez um belo discurso nacionalista como fuga do núcleo explicativo:

- É um absurdo. Falta de Governo. De vergonha na cara. A culpa, também, é deste povo besta que nem sabe defender o próprio valor. Nossa língua é mais completa e inteligente do que o tal do Inglês, mas estes abestados não sabem dizer nada que não seja falando estas palavras de abestado. Onde já se viu menina! Ninguém sabe nem explicar o que escreve. É tudo macaco de imitação, papagaio da língua solta, espelho que não tem ciência da imagem que reflete. – Raimunda salvou de explicar o que era Junk Food e Bullying a Rosa, pois Maria adiantou a conversa com outro trecho da matéria:

- Olhem aí! Viram! – as outras irmãs, ajustando mais ainda os óculos, aproximaram o rosto do monitor, enquanto Maria traduzia – Os americanos, franceses e australianos já nem querem que as crianças menores assistam à televisão. Até para crianças maiores querem limitar o tempo. Mas Rosa, na eterna dúvida, demonstrando que não ver televisão tanto assim:

- Mas e o que causa o problema? É a luz do aparelho da televisão, as imagens ou as besteiras dos programas que botam as crianças para assistir? Raimunda e Maria trocaram breve olhar e continuaram a leitura para ver se havia uma explicação para a dúvida da irmã, até que Maria falou:

- É a perda de tempo e aquisição de hábitos ruins. Se perde tempo, é porque fora da televisão teriam mais proveito. Se pegam coisa ruim, é porque os programas são ruins mesmo. Mas aí Raimunda rebate:

- Mas a burrice fica para toda a vida! – Rosa foi ao final e concluiu:

- O problema é dos programas e do aparelho da televisão com esta correria das imagens de um lado para outro, com som nas alturas, cores fortes e muito piscar de luz. Pronto, era o que Raimunda queria como lição do dia:

- Viram como é melhor a gente ficar juntas na internet. Nós temos tempo de discutir, conversar e não ficar de olho aboticado nesta tela.