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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

DE PROFECIAS E DE BUSCAS - Por Zé Nilton





Encontramo-nos no interior de um
novo ciclo - um dos semitons da grande ressonância - que teve início
em 3114 anos AC e que se completará
em 2012.






A Grande Força nos encaminha, através do alinhamento galáctico, para o novo, que não é a morte do velho...






Mas o renascer de uma nova era, que trará finalmente a redenção do homem com o mundo, com a natureza e consigo mesmo.






A pomba da paz virá radiante, e as
trombetas anunciarão a voz do grande guardião, que cantará: Deus vos salve o relógio que andando atrasado serviu de sinal ao verbo encarnado...




Daqui de onde estou, no "Rancho a Morada da Vida", a 910m acima do nível do mar, no interior da sagrada Chapada do Araripe, após contemplar o luar de dezembro, desejo a todos os amigos um Natal cheio de luz e que no Ano Novo venhamos a convergir para a manutenção do amor em nossos corações.




Por Zé Nilton

Feliz Natal - Por Océlio Teixeira

Queremos aproveitar o momento para desejar a todos os colaboradores, leitores e leitoras deste Blog um Natal muito especial, com a mensagem da missão de Cristo, presente em Lucas, 4:18-19.

"O Espírito do Senhor está sobre mim, pois ele me consagrou com a unção, para anunciar a Boa Nova aos pobres: enviou-me para proclamar a libertação aos presos e, aos cegos, a recuperação da vista; para dar liberdade aos oprimidos e proclamar um ano de graça da parte do Senhor”.

Feliz Natal e um Ano Novo cheio da presença de Deus, qué o Caminho, a Verdade e a Vida.

São os votos de Océlio e Maria da Paz

O Clero de Bom Humor – Por Carlos Eduardo Esmeraldo

O Padre Gilson, ao celebrar missa na Lagoa Redonda, um bairro da periferia de Fortaleza, ouvia uma resposta diferente para a tradicional saudação: “O Senhor esteja convosco”. Apurou bem os ouvidos e notou que uma velhinha, que sentava no banco da frente, assim respondia a essa oração: “Ele está com medo de nós”.
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Padre Pita, um irmão do nosso inesquecível Padre Lauro, era também muito apegado à sua carteirinha de cédulas. Quando rezava a missa das nove horas do domingo, em Fortaleza, ao pronunciar o “eu pecador” e dizer: “porque pequei muitas vezes, por minha culpa,” (bateu com a mão nos peitos e sentiu falta da carteira), imediatamente colocou as mãos sobre os dois bolsos laterais da batina, enquanto dizia: “por minha tão grande culpa”, (e a carteira também não estava lá). Por fim, prosseguiu a oração levando as mãos aos dois bolsos de trás, exclamando: “por minha máxima culpa”. Gritou: “Roubaram minha carteira!”
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Os alunos do Curso Cientifico do Colégio Diocesano do Crato viram um jumento roendo tocos de capim de burro pelos cantos do meio-fio da Rua Nelson Alencar. Conduziram o animal até a sala de aula, durante o intervalo do recreio. O Padre David entrou para aula de Física, fez de conta que não viu o animal na sala e ministrou sua aula com toda tranqüilidade possível, como era seu costume. Ao final, foi até o local onde o jumentinho a tudo assistia com redobrada atenção e assim falou para o burrico: – “Avise aos seus colegas que na próxima aula vai haver prova.”
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Anualmente, o saudoso Padre Murilo celebrava a páscoa dos funcionários da Coelce em Juazeiro do Norte. Entre as inúmeras virtudes das quais ele era possuidor, uma eu admirava muito, pois assim como eu, ele era torcedor do Vasco da Gama do Rio de Janeiro. Em 1988, a páscoa ocorreu depois de um jogo decisivo do Vasco contra o Flamengo. O Vasco sagrou-se campeão carioca, ao vencer seu rival com um único gol marcado pelo jogador Cocada, um ex-flamenguista. Na benção final da missa, após pronunciar a mensagem: “Ide em paz, que o Senhor vos acompanhe”, o Padre Murilo emendou: “Agora vocês vão para casa, comam uma cocada e bebam um copo d’água.”
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Dario Maia Coimbra, mais conhecido pelos juazeirenses por “Darinho”, devia vinte cruzeiros a um amigo que faleceu, sem que antes ele tivesse pagado tal dívida, naturalmente corroída pela inflação. Então ele foi se informar com o Padre Murilo, se ele poderia celebrar uma missa pela alma do seu credor com o dinheiro daquela dívida, e mandar o que sobrasse para os familiares do morto. Padre Murilo lhe respondeu que com aquela quantia não daria para celebrar nem meia missa. – “Nem mal celebrada?” – Insistiu Darinho. – “Nem celebrada por mim.” – Respondeu Padre Murilo.
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Padre Quinderé, talvez o mais espirituoso dos sacerdotes cearenses, chegou atrasado para celebrar a missa das seis horas na Igreja do Carmo. Quando vestia os paramentos na sacristia, uma velhinha se aproximou pedindo para que ele a ouvisse em confissão, pois não desejava passar um dia sem comungar. Ele lembrou-se que a confessara na tarde anterior e perguntou: “Criatura de Deus, que pecado tão grave você cometeu de ontem para hoje?” Então a beata perguntou: “Padre, eu queria saber se ventar na Igreja é pecado?” – “Depende, se não apagar as velas, pode ventar à vontade.”
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Os vizinhos do Padre Quinderé estavam escandalizados com o que se passava na casa do sacerdote, situada numa esquina. Então convocaram um senhor muito católico para ir falar com ele. “Monsenhor, desculpe-me vir até aqui ocupar seu precioso tempo. Mas está acontecendo uma coisa na sua casa, que está chocando toda a vizinhança. Temos certeza que não é do seu conhecimento.” – “Explique-se logo homem.” – Suplicou-lhe o padre, com muita curiosidade. – “É que a Maria, sua cozinheira, deixa a janela do quarto do oitão somente encostada e depois das dez horas da noite, o namorado dela entra no quarto pela janela.” O padre agradeceu a informação e prometeu tomar as providências. Cedo da noite, armou uma rede no quarto do oitão e disse para a empregada: “Maria hoje eu vou dormir aqui. Você vá dormir no seu quarto.” – “Mas padre, e o leite que eu recebo do leiteiro todas as manhãs pela janela?” – Perguntou-lhe a empregada. – “Vá receber pela porta da frente.” – Dito isso, o padre deitou-se e aguardou até as dez horas da noite. Ouviu a janela ser aberta e fez-se dormindo. O namorado da Maria foi direto para rede e passou a mão por baixo. O padre levantou-se de um só pulo e disposto a enfrentar o invasor, perguntou: – “Que é que você está fazendo aqui, rapaz?” – “Padre Quinderé, desculpe se eu lhe acordei, mas eu só queria saber que dia é hoje?”– Gaguejou o namorado da Maria. – “E você está pensando que o meu “fiofó” é calendário? ”– No dia seguinte, Maria não amanheceu mais na casa do padre.
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Padre Quinderé, no final da vida, retirou-se para Maranguape, sua terra. Definhava a olhos vistos, estando em pele e osso, além de cego. O Arcebispo de Fortaleza foi visitá-lo. Para confortá-lo disse: – “Padre Quinderé, o senhor é um homem feliz. Está preste a atravessar os umbrais do Paraíso e falar com Jesus, contemplar a face de Deus.” E o padre, com a voz quase inaudível, sussurrou: – É, mas Maranguape é tão bonzinho!”


NOTA: Monsenhor José Alves Quinderé foi um sacerdote de extraordinárias virtudes, aliada a alegria de viver consolidada pela fé na ressurreição. Ex-professor de Latim do Liceu do Ceará, fundador do Colégio Cearense, deputado estadual em duas legislaturas e secretário do Arcebispo de Fortaleza, Dom Manoel da Silva Gomes.
Para saber mais sobre o Padre Quinderé, recomendo aos amigos a leitura do livro: “Padre Quinderé, o Apóstolo da Alegria.” de Fernanda Quinderé, Edições ao Livro Técnico, Fortaleza – 2004.

Por Carlos Eduardo Esmeraldo

Copiando tudo e pirateando sempre

Por Alexandre Lucas*


O direito a liberdade, a diversidade e ao conhecimento da produção cultural e cientifica da humanidade é furtado pela lógica do mercado capitalista. Um punhado de empresários que formam a grande industrial cultural monopolizam os gostos, os hábitos e impõem a ideologia dominante, como ferramenta para desarmar as camadas populares de uma concepção ampla e critica da realidade. O Artigo XIX da Declaração Universal dos Direitos Humanos é negligenciado a todo vapor, ou será que gozamos do artigo que diz “Todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras”.

Uma cultura feita em laboratório e produzida em escala maciça sinaliza para o que Karl Marx apontava “A produção cria o consumidor...A produção produz não só um objeto para o sujeito, mas também um sujeito para o objeto” é neste contexto que é determinado os bens de consumo da alma, como afirma Edgar Morin ao referir-se a industria cultural “A produção cultural é determinada pelo próprio mercado”.

A grande barreira é de ordem econômica. O segmento da indústria cultural, que inclui o mercado editorial, musical, audiovisual, os veículos de comunicação, dentre outros são beneficiado com impostos diferenciados, ou seja, impostos menores, comparadas a outros segmentos da economia. Entretanto, o grande público, não é beneficiado com essa diferenciação, ficando a mercê desta perversa façanha burguesa, tendo em vista que os diversos aparatos jurídicos e a visão mercantilista são avessos a acessibilidade e a democratização da produção cientifica e cultural como componentes para emancipação humana.

O acesso aos bens culturais, ainda continua sendo um grande privilégio para poucos. As camadas populares não tem acesso as salas de cinema, ao livro, ao CD, ao DVD, a internet, a pluralidade e diversidade das linguagens artísticas, as descobertas e aos benefícios da ciência e da tecnologia, pois o acesso é escasso e caro. Vale destacar que existem de fato diversas conexões que sustentam essa exclusão, dentre elas, a legislação do direito autoral, a de concessão para funcionamento das Rádios e TV, a lei que dispõe sobre patentes e o financiamento público para uso privado, a exemplo dos recursos destinados as universidades para pesquisa cientifica e que posteriormente beneficia os grupelhos de empresários ou os recursos públicos que são destinados a produção cinematográfica, que após os filmes prontos, a sua circulação ocorre nas arquibancadas dos Shoppings Centers da vida capitalista.

Por outro lado cria-se o dissenso popular e a alternativa contra o mercado e a favor da democratização da produção cultural e cientifica, notoriamente multiplicam-se as formas de possibilitar que o livro possa ser barateado, através da fotocópia, que a música e o cinema possa ser adquirido por valores acessíveis em qualquer calçada e a internet tornou-se a grande hospedeira de baixo custo que disponibiliza instantaneamente um vasto e infinito acervo bibliográfico, cinematográfico, musical, pictórico, fotográfico, etc. A quem defenda que isso seja uma ilegalidade e criem obstáculos e mecanismos de repressão para impedir esses avanços. Esses são certamente os que estão do lado oposto da emancipação humana e concretamente afinados com os interesses homem/mulher mercadoria.

Concomitantemente, a defesa desta suposta ilegalidade devemos travar uma batalhar pela modificação da legislação atual para que aponte e que reconheça a produção cientifica e cultural como patrimônio da humanidade e que para ela esteja a serviço. É preciso subverter a infame mentalidade privada/capital, impondo uma luta contra a ilegalidade social que é legitimada pela lei mercadológica.

Se a lógica é outra, a nossa também tem que ser outra. Por isso na conjuntura atual só podemos concluir que copia e pirataria é difusão cultural.

*Coordenador do Coletivo Camaradas, pedagogo e artista/educador.

Pensamento para o Dia 21/12/2009


“A vida sustentada pelo alimento é curta; a vida sustentada pelo Atma é eterna. Não reivindique uma vida longa, mas uma vida divina. Não se esforce para permanecer na Terra por mais anos, mas por mais virtudes no coração. Buda conhecia a Verdade e a propagava ao mundo. Tudo é tristeza. Tudo é vazio. Tudo é efêmero e poluído. Desse modo, o homem sábio deve cumprir os deveres que lhe são atribuídos com discernimento, diligência e desprendimento. Desempenhe o papel, mas mantenha sua identidade não afetada.”
Sathya Sai Baba

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Comentário de Bernardo Melgaço:

As palavras de Sai Baba encontram ressonância em minha alma. Por isso, gosto de divulgar as palavras desse santo homem indiano. Feliz daquele que sentir essa ressonância em seu coração, pois terá a experiência da centelha divina falando para sua própria alma. E para mim esse fenõmeno de percepção e sintonia é a Verdade de Deus se manifestando doce e sabiamente.
Certa vez, em 1988, me ajoelhei e implorei escondido (no banheiro para ninguém ver)para que a intuição (a voz da centelha divina) não mais falasse na minha consciência. E ao sair (com o máximo cuidado para que ninguém da casa visse o que estava acontecendo)do banheiro com os olhos cheios de lágrimas fui para o meu quarto no fundo da minha casa e me joguei na cama (segurando as lágrimas e a emoção), e por surpresa minha surgiu de repente a minha madrasta para me consolar dizendo: "Bernardo, você não pode pedir isso, pois você é........(o conteúdo dessa última frase é algo que guardo como segredo entre eu e Deus).