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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Dia de Reis será festejado com grupos de tradição popular em Crato



Reisado Infantil do Mestre Aldenir (Foto: Allan Bastos)

Os mestres da cultura popular se encontram nas ruas e praças das cidades do Cariri, sítios e distritos, para festejar o Dia de Reis. Uma tradição religiosa antiga. Em Crato, depois de duas décadas, está sendo resgatada a Folia de Reis, que acontece um dia antes da data em casas de bairros da cidade. A iniciativa é da Fundação do Folclore Mestre Elói. Hoje, cerca de 10 grupos de reisado estarão na praça da Sé, no município, a partir das 19h30, fazendo apresentações, além dos personagens das lapinhas. O evento tem o apoio da Secretaria de Cultura, Esporte e Juventude do Crato.

Segundo o presidente da Fundação Mestre Elói, Catulo Teles, estarão na praça na noite de hoje, cerca de 15 brincantes. Um momento importante de resgate das tradições, iniciado pelo seu pai Elói Teles, que há quase cinco décadas trouxe as apresentações dos grupos também para as praças da cidade. Ele ressalta a importância da Folia de Reis, que há duas décadas não vinha sendo realizada e é reiniciada de forma tímida, em duas casas, no bairro Seminário e no Mirandão. As visitas nas residências e as celebrações se caracterizam como um momento mais religioso, com rezas e cânticos. Estarão reunidos na praça os grupos tradicionais como o do mestre Aldenir, mestre Dedé de Luna, a lapinha de Mãe Celina, com mais de cinquenta anos, mestre Galego, mestre Antônio Guerreiro, mestre Severino, mestre Mazé, mestre Penha, mestre Expedita e tantos outros.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Crato

Skank, Jota Quest, Lulu Santos, Nando Reis: confira todas as atrações do festival Férias no Ceará 2010



Nando Reis (ex-Titã) será a atração do Crato, Jota Quest do Juazeiro e Lulu Santos de Barbalha

Pelo terceiro ano, o Governo do Estado do Ceará promove o “Férias no Ceará“, evento que reúne grandes nomes do pop-rock nacional em shows gratuitos. A partir de 7 de janeiro até dia 7 de fevereiro, os cearenses e visitantes poderão conferir apresentações de bandas nacionais na capital e em diversos municípios cearenses.

Um total de cinco atrações animarão as férias em 16 municípios, são eles: Jota Quest, Skank, Lulu Santos, Nando Reis e Biquini Cavadão. Os shows estão marcados para acontecer sempre a partir das 20h.

Programação de Janeiro de 2010
07 – quinta – Itapipoca – Jota Quest
08 – sexta – Quixeramobim – PRAÇA DIAS FERREIRA – Jota Quest
09 – sábado – Fortaleza – PARQUE DO COCÓ – Jota Quest
10 – domingo – Juazeiro do Norte – PARQUE DE EVENTOS PE. CICERO – Jota Quest
14 – quinta – Crateus – PRAÇA DA MATRIZ – Nando Reis
15 – sexta – Guaramiranga – PRAÇA DO TEATRO MUNICIPAL RAQUEL DE QUEIROZ – Nando Reis
16 – sábado – Fortaleza – PARQUE DO COCÓ – Nando Reis
17 – domingo – Crato – LARGO DA RFFSA – Nando Reis
21 – quinta – Iguatu – PRAÇA 7 DE SETEMBRO – Skank
22 – sexta – Sobral – BOULEVARD DO ARCO – Skank
23 – sabado – Fortaleza – PARQUE DO COCÓ – Skank
24 – domingo – Cascavel – PRAÇA – Skank
28 – quinta – Taua – PARQUE DA CIDADE – Lulu Santos
29 – sexta – Aracati – PRAÇA – Lulu Santos
30 – sabado – Fortaleza – PARQUE DO COCÓ – Lulu Santos
31 – domingo – Barbalha – PARQUE DA CIDADE – Lulu Santos

Postado por Janinha no Blog Cultura no Cariri

Jornal do Cariri homenageia uma das mulheres mais importantes da educação de Juazeiro do Norte

Por Nina Luiza Carvalho

Dona Assunção Gonçalves é um ser plural com vivências na arte, educação e cultura da cidade de Juazeiro do Norte. Educadora não só das letras e artes, foi para muito de seus alunos, um exemplo de mulher e determinação.
Maria Assunção Gonçalves, de 93 anos, foi batizada por Padre Cícero, em 1916. O pai, que era fumeiro, curtia os rolos de fumo dentro de casa, o que acabou intoxicando toda família. Seu tio e padrinho, José Xavier de Oliveira, muito amigo do Padre, aconselhou a família de dona Assunção a ir batizá-la com o Padre Cícero. Como ela mesma gosta de mencionar, sua família saiu dos troncos e raízes de ‘Joazeiro’ e pertence a 13° geração de Caramuru.

Quando ela nasceu, o Padre não podia mais celebrar, mas dava seus sermões em casa. Acabou sendo batizada com ele, mas sua unção foi com o vigário Esmeraldo, em 1917. Segundo ela, foi por causa do milagre do batismo que sobreviveu.

Moça de vida simples e órfã muito cedo, Assunção iria morar com uma das trabalhadoras que cuidava da casa, dona Zifinha. Mas sempre teve o apoio do seu tio José Xavier, tendo em sua prima Amália Xavier, um ícone de mulher. Declara que ela foi mais que prima, foi irmã e mãe. Precisou trabalhar desde muito cedo, surgindo dessa necessidade, o dom para as artes e a docência.

Lecionava canto, renda em bilros, retalhos, pintura, português e literatura. Foi através dessas interdisciplinares que cativou e cativa até os dias de hoje jovens e adultos pelo seu empenho à educação. É autodidata na arte de pintar. O quadro mais conhecido do Juazeiro antigo foi retratado pela mesma.

Com o diploma de Professora Rural nas mãos, ela já podia lecionar na Escola Normal Rural. Para ela, o tempo em que foi professora na Escola Normal foram seus melhores anos de vida. “Foi um tempo de muita atividade, que me entreguei inteiramente ao trabalho, que gostava porque tinha consciência do que estava fazendo. Me sentia a maior, dada a vibração de minhas alunas com os desenhos que fazia”.

Nunca foi casada e nem possui filhos naturais, mas para ela, todos os seus alunos e as pessoas em que cativas, tornam-se todos os seus filhos. Até os dias de hoje, dona Assunção nunca está só, sempre há amigos que lhe visitam todos os dias.

Afilhada de padre Cícero, lia para ele as orações e a bíblia. Para ela, foi um privilégio viver com ele. “Ele adorava crianças, era muito atencioso e simpático. Contava histórias, geralmente, sobre as coisas do evangelho, tentava sempre deixar coisas nas cabeças das pessoas que falavam de nosso Senhor”, afirma Dona Assunção. Sua morte já era esperada por ela, devido ao estado em que o mesmo se encontrava.

“Doutor Mozar já tinha desenganado. E todos os médicos que estavam na cabeceira dele diziam que ele tinha poucas horas de vida. Às 22 horas, meu pai mandou me chamar. Às 5 horas, acordei com o badalar dos sinos anunciando a morte dele. Saí pra lá, fiquei lá o dia todo”. Monsenhor Murilo também era um amigo muito especial. Afirma que ele sempre ia a casa dela e que conversavam sobre tudo.

É chamada pelos íntimos de ‘Nega’. Para a ex-professora Mundinha Paiva, Dona Assunção é uma amiga muito especial, querida pelos alunos e colegas de trabalho. “A Nega adorava ensinar, não tinha preguiça de passar o que sabia adiante, muito caprichosa e talentosa”, afirmou dona Mundinha.

Quando perguntada sobre o que mais gosta de fazer nos dias de hoje, afirma: “Gosto de receber meus amigos, de conversar, apesar da memória falha. De relembrar o passado, cuidar do meu gatinho e rezar”.

Fonte: site do Jornal do Cariri