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sábado, 26 de setembro de 2009

DEPUTADOS DO CEARÁ PEDEM APOIO A INFRAERO PARA O AEROPORTO REGIONAL DO CARIRI

Os deputados José Guimarães (PT/CE) e Gorete Pereira (PR/CE) estiveram, nesta terça-feira (22/9) na sede da Infraero, em Brasília. Os deputados, representando a bancada do Ceará, pediram apoio do presidente Murilo Marques Barboza para a realização de melhorias no Aeroporto de Juazeiro do Norte/Orlando Bezerra de Menezes. O terreno do aeroporto está em fase final de cessão para a União, o que vai permitir investimentos de recursos federais no terminal.

O presidente da Infraero disse que, dentro de um mês, a questão legal da transferência deverá estar concluída e que, imediatamente, começará a licitar o projeto executivo para melhorias na pista e no terminal. No entanto, há necessidade de captação de recursos para as obras, cujos valores ainda não foram avaliados. “A legalização da cessão é questão prioritária e o que pudermos fazer para agilizar o projeto executivo, vamos fazer. Mas é importante que os deputados lutem para a conquista de recursos deste aeroporto tão importante para a região”, afirmou Murilo. O deputado José Guimarães disse que a bancada vai tentar viabilizar as melhorias, seja por meio de emendas parlamentares ou de inclusão no PAC.

Aeroporto em crescimento
O Aeroporto de Juazeiro do Norte, no Ceará, é um dos que mais cresce em número de passageiros na rede Infraero. Até o mês de agosto, registrou cerca de 160 mil passageiros, enquanto no mesmo período de 2008, passaram pelo aeroporto 104 mil passageiros. Estima-se que até o fim do ano, 220 mil passageiros utilizem o aeroporto. Em todo ano passado, foram 170 mil passageiros.

A região que abriga a cidade de Juazeiro do Norte é um dos principais pólos calçadistas do País. O movimento do aeroporto é favorecido pelo turismo religioso, que atrai visitantes para festas de Nossa Senhora das Dores e do Padre Cícero. Também é significativo o turismo ecológico e de eventos, já que a região possui belezas naturais e tem um pólo de cultura, com universidades e indústrias de expressão.

Fonte: Assessoria de imprensa da infraero através do Jornal do Cariri.

A Imprensa Golpista no Brasil e na América Latina - por José do Vale Pinheiro Feitosa

Pelo menos duas organizações de mídia brasileira se associaram ao instituto do Golpe de Estado: a Globo e a Veja. As outras duas, Folha e Estado, foram um pouco mais comedidas, mas não deixaram de dar uma mãozinha à tese. Alexandre Garcia e Miriam Leitão no Bom Dia Brasil da última segunda feira se tornaram porta vozes dos golpistas de Honduras.

Alguém tem dúvidas que em Honduras houve um Golpe de Estado? Igual aquele que tentou derrubar Hugo Chávez? Alguém desconhece que os militares brasileiros, sob a batuta de lideranças civis, deram um Golpe de Estado em João Goulart e implantaram uma Ditadura de mais de vinte anos? Quem não percebe que conservadores e autoritários vestidos em roupas de democratas apregoam e defende um golpe de Estado? Eles começam deste modo e tentam a hegemonia até que qualquer desculpa é desculpa para um golpe.

Os “democratas” de Veja e Globo que tanta histeria tiveram com um suposto terceiro mandato para Lula, debateram igualmente o terceiro mandato para Uribe na Colômbia? Quando é Hugo Chávez as “raposas em pele de cordeiro” se tornam democratas da meia noite. É a velha prática do Stalinismo e não é incomum tais “democratas” denunciando o regime ditatorial que trucidou vidas. E aí pensamos nesta contradição: se usam as práticas stalinistas qual a razão de denunciar seu regime. É que ao fazê-lo não pretendem negar a ditadura, mas subjetivamente nos ameaçar com ela.

A questão de Honduras é clara. Deram um Golpe de Estado e querem dar sucesso ao golpe com eleições em novembro. Assim fica fácil para os “democratas” defenderem este tipo de democracia: toda vez que alguém nos contrariar vamos lá, damos um golpe de estado e depois prometemos eleições. No Brasil foi deste modo, até que em 1965 acabaram por cassar inclusive os civis que lideraram o golpe (Lacerda e Juscelino) e ficamos sem eleições por muitos anos. Sim tivemos eleições, lembram do “duplipensar” do livro 1984 de George Orwell, eram “eleições” indiretas. O “duplipensar” ou a “duplimensagem” do livro 1984 era a denúncia da prática Stalinista.

Em Honduras estão todos os elementos de um golpe de Estado conforme o consagrado conceito do Dicionário Político de Noberto Bobbio. Como o pensador italiano bem caracterizou o golpe de Estado evoluiu historicamente, mas manteve a sua natureza principal. O traço de união das várias modalidades ao longo de tempo é: “o Golpe de Estado é um ato realizado por órgãos do próprio Estado.” Portanto quando os militares brasileiros tentaram justificar o Golpe como um revolução, estavam aplicando a técnica do “duplipensar” e as famosas passeatas com Deus Pela Liberdade era a encenação para isso (aliás um ex-bispo do Crato ainda padre num tom de brincadeira usava o verbo pelar no lugar de “pela”). As mesmas manifestações a favor dos golpistas em Honduras.

Bobbio responde a duas questões do conceito para caracterizar o que é um Golpe de Estado. Quem o faz? “O soberano, em segundo lugar titulares do poder do Estado e em terceiro funcionários do Estado” (militares). Em Honduras estão o segundo e o terceiro atores. Como se faz? Se faz pela mobilização dos recursos do Estado pois ele é feito por dentro do aparelho de Estado. Prenderam o presidente e sua família enquanto dormiam e os seqüestraram para o exterior.Tomaram os principais recursos modernos: aparelho de comunicações, aeroportos, centrais de telefonia etc. Aí o clássico “infiltração dentro de um setor limitado, mas crítico, do aparelho estatal e na utilização dela para privar o Governo dos demais setores.”

As organizações de comunicação brasileira, sob controle de seis famílias, finalmente mostraram a verdadeira face golpista. Apóiam um golpe clássico e atacam quem denuncia o golpe. Aliás, é um desafio impossível para quem queira demonstrar que estas organizações não estiveram a serviço do Golpe de 1964 e em apoio à Ditadura Militar. Enfim, talvez pela natureza oligárquica, a única instituição brasileira que não evoluiu democraticamente foi a grande mídia nacional.

Só para referência de todos nós: vocês viram alguma note de quem quer que seja ABERT ou outra farsa igual em defesa de alguns órgãos de Imprensa de Honduras que estão sob ataque dos golpistas. Pois tem, dão descargas elétricas nos equipamentos das emissoras que não apóiam os golpistas, provocam ruído nas transmissões entre outras ameaças, inclusive a jornalista.

Enfim: usar Hugo Chávez para defender os golpista é uma bela técnica no “duplipensar”.

ENERGIA + CONSCIÊNCIA = CRIAÇÃO (II)



ENERGIA E CONSCIÊNCIA: AS NOVAS DESCOBERTAS DA CIÊNCIA MODERNA – FÍSICA E METAFÍSICA

Bernardo Melgaço da Silva
O avanço tecnológico na presente era da informatização se apóia sobre uma "sutilização da sensibilidade" física dos instrumentos de captação e medição. Os aparelhos científicos estão cada vez mais sensíveis às formas de energia de velocidades cada vez mais elevadas (os aceleradores de partículas são aqui um exemplo notável). Por outro lado, aos cientistas se coloca a tarefa de corresponder "interpretativamente" a essa sutilização evitando um crescente descompasso e um cumulativo desequilíbrio. Isso implica maior disponibilidade e abertura à intuição.

Certos fenômenos humanos que fazem parte do nosso dia-a-dia são muitas das vezes traduzidos por expressões tais como "vibrações más", "energias negativas" ou "forças ocultas". O uso dessas expressões é visto no meio intelectual como algo não-convencional, uma espécie de linguagem "marginal" ou gíria. No entanto, não percebemos o contéudo que estas palavras expressam. Vejamos o que diz BRENNAN (Mãos de Luz, 1990):

"A proporção que nos permitimos desenvolver novas sensibilidades, principiamos a ver o mundo inteiro de maneira muito diferente. Começamos a prestar mais atenção a aspectos da experiência que antes nos pareciam periféricos. Surprendemo-nos a usar uma nova linguagem para comunicar as novas experiências. Expressões como "vibracões más" ou "a energia ali era grande" estão se tornando comuns. Principiamos a notar e dar mais crédito a experiências como a de encontrar alguém e a de gostar ou desgostar desse alguém, num instante, sem nada saber a seu respeito. Gostamos de suas "vibrações"" (p.39).

Continuando a análise de BRENNAN (Mãos de Luz) temos:

"Todas essas experiências têm realidade nos campos de energia. O nosso velho mundo de sólidos objetos concretos está rodeado e impregnado de um mundo fluido de energia radiante, em constante movimento, em constante mutação, como o oceano"(p.39).

A vibração é um fenômeno de sinalização da vida. Tudo vibra, nada está absolutamente parado. Um cientista chegou afirmar: "quando um elétron vibra todo universo balança". Mas cabe aqui uma pergunta: "vibração" e "frequência" são a mesma coisa? A consciência é também uma forma de energia e, entanto que tal, possui um espectro de "frequências" que pode ser captado de acordo com o grau de sensibilidade do "instrumento" humano. O ser humano é uma criatura capaz de captar formas de energia com um amplo espectro de "frequência", variando desde baixas vibrações, como por exemplo o som, até altíssimas vibrações, como o pensamento e a emoção.

O Ocidente moderno se caracteriza por profunda ignorância a respeito das formas de energia ativas em nível metafísico. Quando não por até mesmo negar-lhes a existência. Quando recentemente se inicia um progressivo reconhecimento de que o pensamento pode, ou deve, ser percebido como forma de energia (e não apenas como um conceito), isso tem conseqüências tremendas. O problema aumenta quando referida a uma sociedade inconsciente de tais fenômenos. Nesse contexto os "nossos pensamentos" podem deixar de ser "nossos": são formas de energia captadas ocasionalmente por nós. Esta situação chegou a ser descrita por Jung através da categoria "inconsciente coletivo".

ÍNDIOS DO BRASIL (III) - AUTOR DESCONHECIDO





Pensamento para o Dia 26/09/2009


“O homem é mortal e o Divino é imortal. No ser humano mortal, há o Espírito Divino imortal. No campo do coração, há uma árvore que realiza os desejos (Kalpatharu). A árvore está cercada por plantas e arbustos espinhosos. Quando eles são retirados, a árvore torna-se visível. Essa árvore que realiza os desejos está no interior de cada pessoa, mas é rodeada pelas más qualidades no homem. Quando essas qualidades forem eliminadas, a árvore celestial será reconhecida. Esse é o exercício espiritual (Sadhana) que cada um deve realizar, não para procurar algo novo, mas para experimentar o que é seu. O cosmo inteiro está dentro de você.”
Sathya Sai Baba

Revista VEJA destaca Sobral no número desta semana

Paris e Nova York
Sob inspiração francesa, Sobral ergueu seu arco do triunfo. Agora, usa ônibus escolares americanos e incentiva a prática do beisebol


"The United States of Sobral"
É assim que os cearenses chamam a cidade de Cid Gomes, o ex-escoteiro socialista que implantou no sertão uma amostra do american way of life
Leonardo Coutinho, de Sobral
Encravada no sertão cearense, a cidade de Sobral cultiva estrangeirices com tal entusiasmo que passou a ser conhecida no resto do estado pelo título desta reportagem: "The United States of Sobral". Lá, circulam ônibus escolares americanos (originais), que, além de serem amarelos como os que se veem nos filmes, ainda trazem a inscrição em inglês: School Bus. Lá, pratica-se beisebol – ou uma versão rudimentar do jogo, segundo a confederação brasileira desse esporte. Lá, o Kentucky Derby, uma das mais tradicionais competições do circuito do turfe dos Estados Unidos, inspirou a criação do Derby Club Sobralense. A diferença é que, sob o sol do agreste, os jóqueis treinam com calção de futebol. Lá, a população apelidou o parque da cidade de "Central Park", parodiando seu congênere nova-iorquino.
A veia, digamos, cosmopolita de Sobral não é nova, mas ganhou força entre 1997 e 2004, quando a cidade foi administrada por Cid Gomes, do PSB, o atual governador do Ceará. Desde então, já há quem veja semelhanças entre o Rio Acaraú, que corta a cidade, e o Hudson, que banha Nova York.
Antes de Gomes, a cidade mimetizava europeísmos, por obra e graça (muita graça) de um bispo que mandou e desmandou naquelas bandas durante a primeira metade do século XX: dom José Tupynambá da Frota. Ele queria conferir a Sobral um ar francês e, entre outros lampejos geniais, teve a ideia de homenagear Nossa Senhora de Fátima com um monumento inspirado no Arco do Triunfo, erguido em Paris por Napoleão Bonaparte, para comemorar suas vitórias militares. O monumento está localizado na Avenida Boulevard do Arco. Como tem bares e restaurantes, os sobralenses fazem uma associação imediata.
"Ela lembra a Champs-Elysées de Paris", diz o colunista social Arnaud Cavalcante. Sob o domínio do socialista Cid Gomes, Sobral passou a se espelhar nos Estados Unidos. Ele começou a imaginar a aparência globalizada de Sobral em 1996, ainda na condição de deputado estadual. Escalado pela assembleia cearense para a árdua tarefa de fazer um périplo pelas câmaras legislativas americanas, Cid voltou dos Estados Unidos cheio de projetos. No ano seguinte, ao assumir a prefeitura, passou a pô-los em prática.
Seu irmão mais velho, Ciro Gomes, ajudou-o a dar os primeiros passos na americanização de Sobral. Em 1998, Ciro, que frequentou um curso de inglês básico na Universidade Harvard, convenceu uma fundação a doar 36 school buses usados para a prefeitura do irmão. O município precisou arcar somente com o frete dos veículos. Pena que houve um inconveniente: no Ceará, não existem peças nem mecânicos especializados para esse tipo de ônibus. Por isso, eles foram sendo encostados à medida que precisavam de manutenção.
Dos 36 ônibus, só três ainda estão em circulação. Numa boa iniciativa, inspirada pelo empenho acadêmico do irmão mais velho, o então prefeito Cid resolveu que daria proficiência em inglês aos alunos das escolas públicas. Para tanto, instalou o Palácio de Ciências e Línguas Estrangeiras em um casarão neoclássico onde funcionou aquele que foi o clube mais elegante da cidade, o Palace. Construiu também um museu em memória da missão de cientistas ingleses que foi a Sobral em 1919, para tentar comprovar a teoria da relatividade por meio da observação de um eclipse. Hoje, o prédio abriga um relativamente bom observatório astronômico.
Sob a influência de Cid, a cidade foi adotando costumes de climas temperados. A 27 quilômetros do centro, a Serra da Meruoca, um maciço rochoso de 920 metros de altura, sofisticou-se. Em casas com lareira, os ricos aproveitam temperaturas que dizem ser 15 graus mais baixas do que a média de Sobral (30 graus), para usar seus casacos elegantes – um deles, como não poderia deixar de ser, é Cid. Nos restaurantes da Meruoca, saboreiam-se fondues, sopas e chocolate quente. E um festival de inverno oferece atividades culturais aos turistas. É a Aspen do Ceará.
No fim de sua gestão como prefeito, Cid patrocinou três equipes de beisebol e prometeu construir um campo exclusivo para a prática do esporte nas margens do Acaraú – que jamais saiu do papel. "Mas, quando ele era prefeito, nós tinhamos prioridade para usar o campo de futebol", pondera Reinaldo Marques Filho, treinador de todos os times de beisebol locais. Marques Filho é amigo de Cid desde a infância, quando eles viviam sempre alertas como escoteiros.
Esses rasgos modernizadores garantiram a Cid uma enorme popularidade. Muitos sobralenses o chamam de "El Cid" e o identificam como o redentor de uma profecia feita pelo bispo Tupynambá da Frota, o do arco do triunfo. Ao morrer, em 1959, ele previu três décadas de estagnação para Sobral – estancada pelo socialista yankee. Hoje, boa parte do maior reduto eleitoral do ex-prefeito e atual governador ainda é abastecida por carros-pipa, não fornece água tratada a toda a população nem dispõe de saneamento.
Em Sobral, as principais causas de morte são as doenças infecciosas e parasitárias. Mas as ruas são iluminadas e a polícia se desloca, no confortável estilo "Miami Vice", em carrões equipados com ar-condicionado e câmbio automático. Graças à Votorantim e à Grendene, que empregam 12% da população, o comércio local é vigoroso. Cid agora quer mais um retoque à sua Nova York: metrô. No início do mês, lançou uma licitação para começar as obras. Em Fortaleza, a capital, cuja população é catorze vezes a de Sobral, o metrô local ainda não transportou ninguém. Está sendo construído desde 1999.
Very good, Cid.
(Fonte:VEJA)