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domingo, 20 de abril de 2008

Ritos, lendas e mitos do Cariri 2: A Pedra da Batateira

Imagem da Mãe do Belo Amor - venerada pela população de Crato desde 1740 - cuja devoção foi pregada pelos missionários capuchinhos com o intuito de substituir, na mentalidade dos indígenas, a figura da Mãe d'Água

A lenda da Pedra da Batateira

por Rosemberg Cariri(*)

Não é grande a distância que vai da lenda à História, do mito à realidade. Ambos se mesclam na confluência dos mesmos fatos e circunstâncias, apenas com as variantes definidoras da rotas trilhadas. O mito completa a História, e esta explicita aquele.

Lendo os originais do livro do Padre Antônio Vieira, “Eu Sou a Mãe do Belo Amor”, acudiu-me à lembrança as estórias ouvidas, ainda na infância, sobre a lenda da Pedra da Batateira, e mais tarde se me aguçou a curiosidade de realizar pesquisas para aprofundamento da temática, por ser, sem dúvida, de alta relevância histórica e sociológica.

Através de muitas crônicas históricas, sabe-se que os índios da chamada, Nação Cariri (Kariri ou Quiriri), os primitivos habitantes do Vale do Cariri e dos sertões nordestinos, do Rio São Francisco à Serra da Borborema, segundo versão de Capistrano de Abreu, provieram de “um lago encantado”, provavelmente do Amazonas ou Tocantins, sendo expulsos dessa região como do litoral pelos Tupinambás e Tupiniquins.

Como se vê, a água era predominante na cultura desses silvícolas. Era tradição serem de uma bravura e ferocidade estupenda, e como símbolo e troféu dos seus feitos épicos e homéricos, se ornamentavam com dentes de tubarão, jacaré e onça.

Os colonizadores, na sua gana predatória de domínio dos campos de criação de gado, tentaram eliminá-los nas chamadas “guerras justas”, cujos embates se alongaram de 1683 a 1713, nos cruentos e desumanos combates, conhecidos historicamente como “Confederação dos Cariris” ou a “Guerra dos Bárbaros”. E os conquistadores só conseguiram dominá-los e massacrá-los, graças ao esforço ponderável dos bandeirantes paulistas, em gente, armas e municiamento. Foi uma guerra de extermínio, autêntico genocídio, como se costumava realizar à revelia da lei e dos princípios éticos e humanitários, nas novas terras descobertas.

Os remanescentes da tribo dos índios Cariris, alocados no Vale Caririense, trouxeram codificada, na sua sensibilidade, intuição e memória, a evocação da imensa Bacia Amazônica, das suas enchentes devastadoras, e não foi difícil à sua fértil imaginação idealizar que todo o Vale Caririense fosse um mar subterrâneo, com imenso caudal represado pela Pedra da Batateira; e precisamente onde hoje está situada a Matriz de Crato fosse a cama da baleia ou “Iara”, a Mãe das Águas, e que, um dia, a Pedra da Batateira rolaria, e todo o Vale Caririense seria inundado, e ninguém conseguiria sobreviver.

Os primeiros missionários que catequizaram os índios Cariris, no primeiro quartel do século XVIII, deixaram como lembrança uma imagem de Nossa Senhora, esculpida em madeira, com 40 centímetros de altura, tendo o Menino Jesus nos braços, a quem deram o nome de “Mãe do Belo Amor”, para atenuar os temores fatídicos da lenda e substituir os maus presságios da “Mãe das Águas” pela proteção carinhosa e afetiva da “Mãe do Belo Amor”. E a imagem foi colocada exatamente sobre uma pedra do Rio Granjeiro, debaixo de um nicho de palha. Quando da instalação da Paróquia, mais tarde, a imagem passou a ser venerada com a invocação de Nossa Senhora da Penha, por duas circunstâncias históricas: o fato de ela ter sido colocada sobre uma rocha, e de que os capuchinhos que construíram a capela de palha, onde se encontra a Igreja-Catedral, eram de origem francesa, donde a singularidade da denominação de “Nossa Senhora da Penha de França”.

Outra versão lendária é a de que os índios vencidos, em lutas anteriores, haviam “encantado” (tampado) a grande nascente da Chapada do Araripe com a Pedra da Batateira, e que as águas acumuladas, no subsolo, acolhiam uma serpente sagrada, que faria deslocar a pedra, e todo o Vale do Cariri seria inundado, e que os índios Cariris voltariam a ser uma nação livre, senhores do mar, viveriam na paz e tranqüilidade de um Paraíso.

A lenda ultrapassou as fronteiras do Cariri, e o cineasta Hermano Penna sustenta a tese de que Antônio Conselheiro, quando se separou de Joana Imaginária, vagava pelos sertões cearenses, tendo trabalhado nos engenhos de rapadura do Cariri, onde certamente colheu os elementos lendários da Pedra da Batateira. Tempos depois, o Conselheiro, seguido pelo grupo de camponeses espoliados dos latifúndios, pregava em pleno sertão adusto da Bahia “que o sertão ia virar mar”. E a profecia se cumpriu. Canudos hoje está coberto pelas águas, e a barragem de Sobradinho e Itaparica cobriram meio mundo.

Fato curioso é que os índios Cariris de Mirandela e Saco do Morcego, catequizados pelos capuchinhos, contribuíram com 300 caboclos flecheiros na defesa da cidadela do Império do Belo-Monte: Canudos.

O mito ainda hoje persiste na memória e imaginação do povo, mesclando-se com outras variantes, de tal forma que muita gente adventícia da Paraíba e Pernambuco, de descendência dos índios Cariris, residente em Juazeiro, recusa-se a morar em Crato, temendo a vingança da Pedra da Batateira.

Padre Cícero Romão Batista, filho de Crato, certamente, na infância, deve ter guardado estórias ouvidas que o induziram a desenvolver, mais tarde, como sacerdote, o culto a Nossa Senhora com a invocação de Mãe das Dores.

Por isso é que o poeta João Cristo-Rei, com ares de profeta, anuncia que, quando se sucederem esses fatos lendários:

“Juazeiro fica trancado e seguro
Cercado de muro sem contradição,
Seu grande mistério se estende e cresce
E nisto aparece o Rio Jordão”

Sempre a força mítica da lenda das águas. E este novo tempo, preconizado pelo poeta, tem a mesma visão do profeta Isaías “com uma nova era de mel e fartura, quando pedra será pão, e o mundo viverá do Belo Amor entre os homens”.

É certo o que diz a sabedoria multissecular da gente simples: “Deus fala pela boca do povo”.

Pesquisas científicas atestam, que há milhões de anos, todo o Ceará, que é murado pelos contrafortes das serras, já foi mar, e um cataclismo telúrico determinou a depressão geológica de que temos o documento sedimentário dos fósseis encontrados no sopé da Chapada do Araripe, e as marcas da erosão nas rochas graníticas e faldas das montanhas, ao embate das ondas revoltas do mar.

Podemos concluir parafraseando Shakespeare: “O povo sabe muito mais do que a nossa vã filosofia”.

(*) Rosemberg Cariri é cineasta. O texto acima foi extraído do livro “Eu Sou a Mãe do Belo Amor”, do Padre Antônio Vieira, publicado pela IOCE, Imprensa Oficial do Ceará. Fortaleza, 1988.

O que a Igreja Católica fez pelo Crato? (1ª parte)

Muito – mas muito mesmo – deve o Crato à Igreja Católica Apostólica Romana! A começar por sua origem, pois a cidade foi fundada por Frei Carlos Maria de Ferrara, religioso franciscano, nascido na Itália, que veio aldeiar os índios Cariris. Este frade ergueu, na Missão do Miranda (início de Crato) uma humilde capelinha de taipa, coberta com folhas de palmeiras. O rústico santuário foi dedicado, de maneira especial, a Nossa Senhora da Penha, a São Fidelis de Sigmaringa e à Santíssima Trindade.

Área da Educação

Na área educacional é marcante a presença da Igreja Católica. Em 1874, o primeiro bispo do Ceará, Dom Luiz Antônio dos Santos, fixa residência temporária nesta cidade, com o objetivo de construir um Seminário, a funcionar como um suplementar do Seminário Episcopal, existente na sede da diocese, Fortaleza, distante cerca de 600 km do Cariri. Em 1º de março de 1875, ainda de forma precária, o Seminário São José do Crato é colocado em funcionamento.

Em 1922, o primeiro bispo de Crato, Dom Quintino, torna-se o pioneiro do ensino superior, no interior do Ceará, porquanto dota o Seminário São José de Curso Teológico. Este, subdividido em Curso de Filosofia, feito em dois anos, e Curso de Teologia, em quatro anos, proporciona ao novo presbítero receber no Crato a licenciatura plena. Dom Quintino planta, assim, a semente germinativa da Faculdade de Filosofia do Crato (criada em 1959 pela Diocese de Crato) que foi, por sua vez, o embrião da atual Universidade Regional do Cariri (URCA), criada em 1986.

Deve-se, ainda, a Dom Quintino a criação do Ginásio Diocesano, destinado à educação da juventude masculina e Colégio Santa Teresa de Jesus (para educação da juventude feminina) os quais, durante décadas, foram os únicos estabelecimentos de ensino médio de vasta área do centro nordestino. Acrescente-se a eles: Patronato Padre Ibiapina (construído pelo segundo bispo, Dom Francisco) o Ginásio Madre Ana Couto (construído pelo terceiro bispo, Dom Vicente) ambos extintos, além do atual Colégio Pequeno Príncipe, também criado por Dom Vicente.

Na área da Saúde

O Hospital São Francisco de Assis, pioneiro em toda Região do Cariri, foi construído pela Igreja Católica, iniciativa de Dom Francisco. Posteriormente, a esse hospital foi agregada a Maternidade Dr. Joaquim Fernandes Teles e o Hospital Infantil, ambas as iniciativas da diocese. Até a década 60 do século passado, a Região do Cariri era o principal foco do Tracoma no Brasil. Esta doença provocava a cegueira de pessoas na zona rural e arrabaldes de nossas cidades. Deve-se a iniciativas da Igreja a erradicação dessa doença no Cariri.

Outros benefícios

A Diocese de Crato criou, em 1921, a primeira instituição de crédito do Sul do Ceará, o Banco do Cariri, que prestou grandes benefícios ao comércio e à lavoura da região.
A diocese manteve, por muitas décadas, o jornal “A Ação”, sustentáculo da imprensa escrita no Cariri.
Também foi iniciativa da Igreja Católica a criação da Fundação Padre Ibiapina, mantenedora da Rádio Educadora do Cariri, Faculdade Católica do Cariri, Centro de Expansão Dom Vicente Matos. Todos os sindicatos de trabalhadores rurais, hoje existentes no Sul do Ceará, foram fundados por iniciativa da Fundação Padre Ibiapina, a qual, na década 60, contribuiu para a erradicação do analfabetismo no Sul do Ceará, através das escolas radiofônicas.

A Bandeira do Brasil e as suas controvérsias (Jornal "O Povo" 20-04-2008)


por Ronaldo Rogério Mourão(*)
A única bandeira a representar várias constelações, ou melhor, a retratar o aspecto do céu num determinado momento é a brasileira. Por isso ela deveria constituir uma representação astronomicamente mais precisa

Idealizado pelo positivista Raimundo Teixeira Mendes (1855-1927), sob a orientação de Miguel Lemos (1854-1917), a bandeira brasileira foi desenhada pelo pintor Décio Vilares (1851-1931). As posições das estrelas foram fornecidas pelo astrônomo e engenheiro Manuel Pereira Reis (1837-1922).

As primeiras oposições à bandeira fizeram com que Teixeira Mendes redigisse um artigo-justificativa do simbolismo do pavilhão, que ficou conhecido como Apreciação Filosófica, no Diário Oficial de 24 de novembro de 1889. Logo em seguida à adoção da bandeira, chegou a ser divulgada no exterior a notícia de que o Brasil iria adotar o calendário positivista. Informado pelo Delegado do Tesouro, em Londres, de que esta última notícia provocará má impressão, Rui Barbosa telegrafou: "Desminta. Essa notícia é disparate em que ninguém pensou aqui e que ninguém ousará propor ao Governo", segundo relato publicado em Deodoro a Espada contra o Império (1957) de Raimundo Magalhães Júnior.

Erros Antes de uma análise mais profunda dos aspectos astronômicos de nossa bandeira, gostaríamos de fazer alguns comentários sobre os seus principais pontos críticos: desprezo à tradição, legenda positivista, simbologia e heráldica sem fundamentos e erros astronômicos, como muito bem demonstrou Eduardo Prado, em A Bandeira Nacional (1903). Teixeira Mendes em sua Apreciação Filósofica, argumenta, para eliminar a Cruz do estandarte do Império, que o novo simbolismo se fazia "não mais por meio de um sinal que é atualmente um símbolo de divergência (a cruz), mas por meio de uma constelação". Por uma contingência da vida, a legenda Ordem e Progresso acabou se tornando uma divergência, surgida tão-logo foi anunciada a nova bandeira, o que motivou uma carta de Teixeira Mendes ao Diário Oficial de 26 de novembro de 1889.

A nova divergência foi tão intensa que permaneceu por quase um século, pois um decreto do governo José Sarney instituiu uma comissão para estudar a bandeira, onde se deveria verificar, segundo as notícias divulgadas por um dos assessores do ministro da Justiça, Oscar Dias Correia, se a expressão "Ordem e Progresso" deveria continuar.

Aliás, convém lembrar que o maior dos nossos inventores, Alberto Santos Dumont, se recusou sempre a usar o nosso pavilhão, com base no argumento que ele não exprimia o sentimento da nação brasileira, pois se tratava do emblema de uma seita e nada mais, e repugnava-lhe a idéia de ser propagandista de um lema sectário. Por este motivo, nos seus momentos de glória e de perigo, substituiu a bandeira por uma simples flâmula verde e amarela, como relata Clóvis Ribeiro, em Bandeiras e Brasões do Brasil (1933).

Aliás, o positivismo não está só no pavilhão, mas também na Armas da República que, segundo Gustavo Barroso, no terceiro volume de sua História Secreta do Brasil (1938), inspirou-se na estrela flamígera ou flamejante dos templos maçônicos, onde o G, no interior da estrela, que significa gnose, ou seja, sabedoria, foi substituído por um círculo com as 21 estrelinhas representativas dos Estados, na periferia, e o Cruzeiro do Sul, no centro. Na realidade, os adversários das concepções maçônicas e/ou positivistas esquecem que esses dois movimentos foram fundamentais no estabelecimento da independência e da república no Brasil. Portanto, justo será conservá-los em reconhecimento.

(*) Ronaldo Rogério de Freitas Mourão é astrônomo, fundador e primeiro diretor do Museu de Astronomia e Ciências Afins e autor de 85 livros, entre eles O Livro de Ouro do Universo. www.ronaldomourao.com

Blog Juazeiro do Norte on-line encerra temporariamente atividades

Após três anos de existência, o blog Juazeiro do Norte on-line encerrou temporariamente suas atividades. O comunicado foi feito pelo editor do blog, Daniel Walker, justificando pressões e incompreensões contra o jornalzinho eletrônico, pelo fato de ter divulgado, em suas edições, algumas notas procedentes da Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Juazeiro do Norte o que contrariou adversários do prefeito Raimundo Macedo.

A redação do Juazeiro do Norte on-line vinha recebendo muitos e-mails de leitores reclamando que o jornal seria agora um órgão de divulgação a serviço do atual prefeito da Terra do Padre Cícero. Quem conhece Daniel Walker sabe que ele nunca esteve a serviço de prefeitos, pois nunca se envolveu em política, não pertence a nenhum partido político e dedicou toda sua vida apenas a divulgar Juazeiro do Norte.

Lamentamos o fato pois o Juazeiro do Norte on-line era a vitrine da história daquela cidade e sempre propagou tudo que se relacionava com a Terra do Padre Cícero. A temporada das eleições municipais já começou a trazer prejuízos. O Juazeiro do Norte on-line incomodava alguns candidatos... Mas, como escreveu Hebbel: “ A inveja pode ferir o que possuímos, mas não o que somos”. Valeu Daniel Walker!

Passada a temporada da politicagem esperamos que o Juazeiro do Norte on-line retorne as suas atividades.

Juazeirense assume reitoria da UFC

Com o falecimento prematuro do prof. Ícaro de Souza Moreira, reitor da UFC, deverá assumir o cargo efetivamente o prof. Jesualdo Pereira Farias (foto), até então vice-reitor.
O procedimento é legitimado pelo Estatuto da UFC que preconiza a imediata sucessão. Jesualdo nasceu em Juazeiro do Norte, onde sua família ainda reside. Possui graduação em Engenharia Mecânica pela Universidade de Fortaleza (1982), mestrado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Santa Catarina (1985), especialização em tratamentos térmicos de ligas metálicas no Municipal Industrial Reserach Institute – Nagoya (1986) e doutorado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Santa Catarina (1993). Atualmente, ele é professor titular da Universidade Federal do Ceará (fonte: Juazeiro do Norte on-line – by Renato Casimiro).

Conteúdo multimídia leva música do interior do Ceará para o mundo


Costumo dizer sem guardar segredo que o amigo Alemberg Quindins deveria ser copiado por alguns políticos do Cariri. Alemberg e Rosiane Limaverde fazem um belo e importante trabalho na Fundação Casa Grande de Nova Olinda dando exemplo que, quando se quer fazer algo por crianças e adolescentes não precisa ter a caneta na mão, basta muita boa vontade, paciência e amor pelo que faz.

O texto abaixo recebi do pessoal da Casa Grande divulgando mais um ponto positivo deste projeto que enche os olhos e mostra ao mundo um Cariri de esperanças, bem diferente....

Depois de passar por São Paulo, Salvador e Fortaleza, a banda de lata Os Cabinha agora pode ser encontrada em Tóquio. E também Nova York, Amsterdã e Pequim. Se quiser vê-los no Oiapoque, onde dizem, o Brasil termina, também pode. Eles estão ao alcance de um click: no site do MySpace, uma das principais vitrines musicais do mundo.

Na página
www.myspace.com/oscabinha, os internautas terão acesso ao material multimídia, produzido pelos meninos da Casa Grande. Além das músicas que irão compor o primeiro cd da banda, alguns vídeos e fotos dos pequenos músicos também estão disponíveis. As três canções do site foram gravadas pelos meninos no estúdio da Fundação.

Com suas guitarras e baixos feitos de madeira, acompanhadas de percussão e bateria compostas de latas, Os Cabinha, como bem identificou o músico Maurício Pereira, deseletrificou o rock, tantos anos depois do rock ter eletrificado a guitarra.