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quarta-feira, 9 de junho de 2010

Um brinde a amizade - Por Magali de Figueiredo Esmeraldo

A amizade é muito importante na vida das pessoas. Ninguém vive sozinho. O ser humano precisa do outro. A amizade verdadeira, sincera e madura é aquela em que aceitamos os amigos com defeitos e qualidades e vice–versa. Os amigos verdadeiros sempre nos apóiam nos momentos alegres e tristes. Quem tem bons amigos, mesmo que sejam poucos, deve agradecer a Deus essa dádiva que Ele nos oferece.

Sempre procuro agradecer a Deus os amigos que tenho. Recentemente passei por um momento triste com o falecimento da minha mãe. E os meus amigos me apoiaram e me confortaram. Serei eternamente grata a todos. Tantos os amigos de Crato como os de Fortaleza se solidarizaram comigo através da presença, dos e-mails, dos comentários nos blogs e dos telefonemas. Amigos de verdade se alegram com a nossa felicidade e nos consolam nos momentos tristes.

Participando aqui dos blogs da região, reencontrei amigos e amigas de infância e construí novas amizades, que prezo muito. E o que é mais importante, a amizade está acima das diferenças de opinião. Nada impede de que eu seja amiga de alguém que tenha o pensamento político diferente do meu, professe outras religiões ou não tenha crenças. É fundamental que respeitemos a pessoa e suas diferenças.

A sabedoria popular nos ensina que: “quem tem um amigo tem um tesouro”, “mais vale um amigo na praça, do que dinheiro na caixa”.

Na Bíblia há muitas passagens sobre a amizade. No livro dos provérbios encontramos as seguintes citações: “Assim como os perfumes alegram a vida, a amizade sincera dá ânimo para viver." (Pv27,9), “Algumas amizades não duram nada, mas um verdadeiro amigo é mais chegado que um irmão”( Pv18,24).

Em todos os tempos as pessoas se preocuparam com a convivência fraterna. E nos dias atuais isso é muito importante, pois nossa sociedade está muito violenta. Não poderia ser diferente com as pessoas que viveram na época em que a Bíblia foi escrita.

Jesus em toda a sua vida viveu cercado de amigos. Chorou quando Lázaro morreu (Jo 11,35). Chorou pelo amigo e veio lhe trazer a vida de volta. Jesus quando ressuscitou Lázaro pediu aos presentes que o desamarrassem soltando os panos que o envolvia. Com essa ação libertadora Jesus nos convida a continuar a sua pratica, desamarrando todos os laços que prendem as pessoas a uma a situação de morte.

Jesus nos disse ainda: “O meu mandamento é este: amem-se uns aos outros, assim como eu amei vocês. Não existe amor maior do que dar a vida pelos os amigos. Vocês são meus amigos, se fizerem o que eu estou mandando. Eu já não chamo vocês de empregados, pois o empregado não sabe o que o seu patrão faz; eu chamo vocês de amigos porque eu comuniquei a vocês tudo o que ouvi do meu pai.” (Jo 15, 12-15). Jesus nos convida ainda hoje a desenvolver o amor e, quer de cada um de nós uma adesão livre, de amigos, não de servos. Jesus é o amigo que dá a vida pelo amigo. A amizade é dom de Deus e a vontade de Jesus é que testemunhemos o amor de Deus.

Todos nós que temos bons amigos somos privilegiados. Convido a todos a brindar a amizade e homenagear os amigos sinceros, que nos alegram, animam nossa vida e contribuem para a nossa felicidade.

Por Magali de Figueiredo Esmeraldo

COMPOSITORES DO BRASIL


CHICO BUARQUE
Parte II
“Nem toda loucura é genial.
Nem toda lucidez é velha.”
( cit. por Chico Buarque).

Por Zé Nilton

Naqueles tempos, a famosa década de 1960, tudo era muito questionado. Inicialmente pela questão dos ventos democráticos que respirávamos desde 1945, e no meio da década, pela questão do estado de direito subtraído pelo regime militar. Época de beligerância e desassossego em que se digladiavam em campo aberto e depois fechado, a direita e a esquerda armada, artística, católica, estudantil, intelectual, movimentos musicais etc.

Tempos bons aqueles em que se brigava e se produzia tendo como valor o esteticamente correto, seja no plano político, educacional, urbanístico, artístico... enfim, que tal um passeata contra a guitarra elétrica ?

No plano musical um fato é bem marcante desse período de muita inspiração nas cabeças e nas bocas, nos corações e mentes, mas também como disse, de cobrança e de fustigação pelo que deveria ser o novo, o belo, o melhor. Estabeleceu-se o confronto entre tradição e inovação na cultura brasileira e, no caso, na música brasileira.

Conta-se ter havido um ligeiro affair entre Gilberto Gil e Chico Buarque por ocasião do 4º. Festival da Música Popular Brasileira, da Tv. Record – S. Paulo – em 9 de dezembro de 1968, quando a música de Chico Buarque “Benvida” ficou em sexto lugar no júri oficial, mas obtendo a primeira posição no júri popular.

Como havia um desencontro nas propostas tropicalistas de Gil e Caetano e Chico, no momento em este cantava com o MPB4 o famoso samba, Gil teria gritado: “superado”!

No mesmo dia o jornal Última Hora publicava um artigo de Chico sobre o episódio. Acho que vale a pena reproduzi-lo para reflexão:

“Estava mal chegando a São Paulo, quando um repórter me provocou. “Mas como, Chico, mais um samba? Você não acha que isto já está superado?” Não tive tempo de me defender ou de atacar os outros, coisa que anda muito em voga. Já era hora de enfrentar o dragão como diz Tom. Enfrentar as luzes, os cartazes e a platéia, onde distingui um caro colega regendo ou coro pra frente, de franca oposição. Fiquei um pouco desconcertado pela atitude de meu amigo, um homem sabidamente isento de preconceitos. Foi-se o tempo em que ele me censurava amargamente, numa roda revolucionária, pelo meu desinteresse em participar de uma passeata cívica contra a guitarra elétrica. Nunca tive nada contra esse instrumento, como nada tenho contra o tamborim. O importante é ter Mutantes e Martinho da Vila no mesmo palco.
Mas, como eu ia dizendo, estava voltando da Europa e de sua música estereotipada, onde samba, toada etc são ritmos virgens para seus melhores músicos, indecifráveis para seus cérebros eletrônicos. “Só tenho uma opção”, confessou-me um italiano, “sangue novo ou a antimúsica. Veja, os Beatles foram à India...” Donde se conclui como precipitada a opinião, entre nós, de que estaria morto o nosso ritmo, o lirismo e a malícia, a malemolência. É certo que se deve romper com as estruturas. Mas a música brasileira, ao contrário de outras artes, já traz dentro de si os elementos de renovação. Não se trata de defender a tradição, a família ou a propriedade de ninguém. Mas foi com o samba que João Gilberto rompeu as estruturas da nossa canção. E se o rompimento não foi universal, culpa é do brasileiro, que não tem vocação pra exportar alguma coisa. Quanto a festival, acho justo que estejam todos ansiosos por um primeiro prêmio. Mas não é bom usar de qualquer recurso, nem se deve correr com estrondo atrás do sucesso, senão ele se assusta e foge logo. E não precisa dar muito tempo para se perceber “que nem toda loucura é genial, como nem toda lucidez é velha”.
(Homem, Wagner. Histórias de Canções: Chico Buarque. São Paulo: Editora Leya, 2009, PP-73-74)

Na segunda parte do COMPOSITORES DO BRASIL, quinta, falaremos um pouco de sua obra, entre 1967 a 1978. Na sequencia:

RODA VIVA. 1967
BENVINDA. 1968
GENTE HUMILDE (Garoto, Vinícius e Chico). 1969
APESAR DE VOCÊ. 1970
CONSTRUÇÃO. 1971
PARTIDO ALGO. 1972
FADO TROPICAL. (Chico Buarque e Ruy Guerra).1973
ACORDA AMOR. 1974
JORGE MARAVILHA. 1974
TANTO MAR. 1975
MEU CARO AMIGO (Chico Buarque e Francis Hime). 1976
MANINHA. 1977.
GENI E O ZEPELLIN. 1978

Quem ouvir verá!

Informações:
Programa Compositores do Brasil
Sempre às quintas-feiras, de 14 horas as 15 h.
Rádio Educadora do Cariri – 1020 kz
Pesquisa,produção e apresentação de Zé Nilton
Apoio: CCBN.
Retransmitido pela HTTP//:cratinho.blogspot.com

As ruas estão decoradas com o verde-amarelo – por Armando Lopes Rafael


Pelo menos a realização – a cada quatro anos – da Copa do Mundo de Futebol motiva o afloramento do que restou de patriotismo da “brava gente brasileira”. Menos mal. As novas gerações desconhecem, mas até quarenta anos atrás as escolas organizavam belíssimos desfiles no dia 7 de setembro. O povo em peso acorria às ruas para ver o espetáculo. Os estudantes, com suas fardas de gala, davam um colorido maior naquelas manhãs ensolaradas deste “país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza”.
Bons tempos aqueles!

É bom lembrar que, naqueles tempos, não havia a fartura de bandeiras brasileiras expostas à venda, como ocorre hoje. Já nos dias atuais em qualquer esquina tem um camelô vendendo o símbolo pátrio maior “a preço de banana”, para usar um chavão tão a gosto dos saudosistas que condenam a venda das estatais defasadas e superadas que só serviam de cabides de emprego para partidários do governo de plantão. Naquela época – nunca é demais recordar – todos sentiam orgulho do Brasil. Quem não se lembra das pessoas portando na roupa um pedacinho de fita verde-amarela?
Já hoje...

Este preâmbulo foi feito apenas para repassar às novas gerações um fato menor, ocorrido em 1822. Era difícil, nos dias posteriores ao Grito do Ipiranga, encontrar fitas com as novas cores oficiais do nosso Brasil. Conforme Carlos H.Oberacker Júnior, no livro “A Imperatriz Leopoldina”, publicado em 1973:
“Dom Pedro I lançara, na colina do Ipiranga, o grito famoso que fez independente o Brasil. Dias depois, nos salões repletos do Paço, reclamava ele que lhe trouxessem fitas verdes, pois queria que todos usassem o os laços das cores representativas do Brasil livre. Vendo que ainda faltavam alguns distintivos, voltou-se alegremente para Dona Leopoldina, perguntando-lhe:
–Não haverá mais fitas verdes no palácio?
A Imperatriz dirigiu-se aos seus aposentos e não encontrou fitas verdes. Foi quando seus olhos caíram sobre o leito, cujas fronhas ostentavam, a correr por ilhoses do bordado, fitas com as cores procuradas. Arrancou-as todas e voltou para os salões para distribuir entre os presentes as novas cores do Brasil”...
Texto e postagem de Armando Lopes Rafael

URCA em notícias

Pesquisador dos Pterossauros do Araripe realiza palestra hoje, na URCA
Um dos maiores pesquisadores da Paleontologia brasileira e dos pterossauros pré-históricos da Chapada do Araripe, Alexander Kellner, Professor do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, estará realizando palestra na Universidade Regional do Cariri (URCA), sobre “A IMPORTÂNCIA DOS MUSEUS DE PALEONTOLOGIA: PORQUE INVESTIR NELES?”. A palestra acontece no Salão de Atos da URCA, às 19 horas deste dia 9 de junho. No evento haverá sorteio do último livro lançado pelo pesquisador.

Encerrado o período de oferta de vagas para monitoria universitária remunerada
Encerrado dia 1º de junho de 2010 o período de ofertas de vagas para o Projeto de Monitoria Universitária Remunerada, ofertada aos Departamentos Acadêmicos. Os projetos serão avaliados e caso haja vagas remanescentes do processo, serão ofertadas por Centros. Ficaram de fora os cursos de Enfermagem, Engenharia de Produção, Letras e Física. Segundo o Prof. Cavalcanti, Pró-Reitor de Assuntos Estudantis, a não inscrição dos professores dos departamentos incorre num prejuízo grande para os alunos que perdem a oportunidade de concorrer a este certificado, importantíssimo para a vida profissional afora a experiência que ganham com o projeto. O resultado será publicado em breve no site da URCA.

Centros Acadêmicos estarão presentes na ExpoSão João
A Pró-reitoria de Assuntos Estudantis da URCA conseguiu junto à coordenação da Expo São João, que se realiza no Parque de Exposições do Crato, um galpão onde serão distribuídas barracas para os centros acadêmicos comercializarem bebidas e comidas típicas, a fim de levantar fundos para as suas iniciativas estudantis. A atividade está presente desde a primeira versão do evento, e também no BERRO. A parceria tem feito com que a URCA tenha uma presença marcante nas festividades juninas.

Curso aborda “Geopark e Conservação”
Divulgar a preservação da biodiversidade e dos fósseis e traçar o planejamento para melhor gestão dos recursos naturais não-renováveis foram temas debatidos pelo coordenador Científico do Geopark Araripe e diretor do Museu de Paleontologia de Santana do Cariri, Álamo Saraiva, no auditório da Universidade Federal do Ceará (UFC-Cariri)- Campus Barbalha.

Intitulada “Geopark e Conservação”, a palestra faz parte do curso “Conhecendo a Chapada do Araripe”, organizado pela Fundação SOS Chapada do Arararipe em parceria com a UFC, Geopark Araripe, ICM-Bio, Sítio Pinheiros e Agrocenter Campos e Construção.

O curso acontece ao longo dessa semana com aulas práticas de campo no Sítio Pinheiros e no Parque Ecológico Riacho do Meio. Pessoas das mais diversas áreas formam o público de 30 ouvintes. São professores, biólogos, produtores rurais, estudantes e cordelistas que terão acesso a debates sobre assuntos como recursos hídricos, conservação da biodiversidade para o manejo adequado da vegetação e animais e controle de erosão e extração de minérios.

Fonte: Assessoria de Comunicação/URCA