Seja colaborador do Cariri Agora

CaririAgora! é o seu espaço para intervir livremente sobre a imensidão de nosso Cariri. Sem fronteiras, sem censuras e sem firulas. Este blog é dedicado a todas as idades e opiniões. Seus textos, matérias, sugestões de pauta e opiniões serão muito bem vindos. Fale conosco: agoracariri@gmail.com

segunda-feira, 23 de junho de 2008

EM OUTUBRO ELEGEREMOS O CRATO

Luiz Carlos Salatiel estes dias estive com a Iracema. Quando um diálogo entre vocês dois houver, dê-lhe meu e-mail para que não a perca nesta diversidade carioca. Enquanto tentei anotar meus telefones para ela nos cumprimentos finais da missa de sétimo dia pela Violeta, faltou-me completar o que pretendia. Agora você sabe que muito mais a seu respeito conheço.


Um muito mais que acrescenta, porém eu tinha concluído que o Crato precisa tê-lo na política do mundo real. Chamo de mundo real esta vocação subterrânea dos parlamentos (e das Câmaras) traindo o voto popular na pequena troca que troça da democracia ao sujeitar-se ao executivo em crise de epilepsia. Se os conselhos populares, se os conselhos de políticas públicas, se o controle social e se as câmaras promovessem a democracia o executivo teria uma governança maravilhosa da vida da cidade. A sociedade poderia sentir o em que se encontra, ter a certeza que o irrealizado não é a corrupção de sua vontade e nem o destino cruel que determina sua insatisfação permanente. O irrealizado é apenas a expressão do que pretendia mas não conseguiu os meios necessários para tal. No passo que segue outros meios construirá e mais realizados terá, reduzindo o déficit que é apenas o histórico da própria usurpação da democracia.


O complexo de estabelecer-se a democracia é que nela tem que haver o povo e povo é toda as gentes, do Romualdo, da Cruz, da Batateira, do Seminário, do Alto de São Francisco, todas as gentes sem adjetivos. O simples é que não existe outra forma de realizar a democracia. Apenas com o parlamento, a contínua manifestação dos conselhos, do controle social e da territorialidade dos desejos é possível a democracia. Um executivo idiota pensa que democracia é aplicar modelos de gestão empresarial à vida política e social de uma cidade. Isso faz a burocracia permanente, bem treinada a servir à sociedade e a gerir o interesse e a coisa pública. O executivo cursa diuturnamente as políticas públicas que a vontade expressa no parlamento e nos conselhos determinar.


A verdade meu caro Salatiel é que os executivos ainda estão viciados nos arranjos de fornecedores, nas prioridades dos setores mais privilegiados, na humilhação dos vereadores através de uma espécie de otorrinolaringologia que os torna afônicos. Não deixa de ser uma mácula imunda o que os deputados e senadores (estaduais e federais) fazem com as verbas públicas. Negociam adrede, fora da região e em detrimento das necessidades gerais, comissões para seu próprio esquema de perpetuar-se como indigno representante do povo. Jamais isso pode ser aceito. Ao final estes indignos se tornam profissionais burocratizados e negocistas da iniqüidade geral, acoimando aqueles de quem dependem. Não merecem o povo que representam, costumam comprar casa fora e fugir com a família para o litoral onde os filhos se tornam cracas iguais aos pais.


Quando traço tais caricaturas não falo de tudo e de todos. Se assim fosse não teria sentido falar do que se fala. Justamente por este desvio não ser universal é que espero que você esteja no mundo real da política. Que a democracia seja exercício de hábito, que a vida seja compreendida naquele espaço e naquele tempo em que tudo afinal acontece. Por isso a cultura é um conceito tão importante para este caminho. É um conceito que junta expressão e comunicação, ou seja o povo como coletivo que pensa no indivíduo e seu reconhecimento do outro. Então Salatiel, a Fundação J. Figueiredo desde é um patrimônio da democracia. E como tal uma instituição desejosa de rumos que a sociedade lhes e apropriada à execução das ações que lhes forem confiadas. Isso tudo transparente, com contratos de gestão e com um conselho do tamanho do nosso povo.