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quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Conhecendo a história do CaririJosé Martiniano de Alencar


(Matéria publicada no jornal O POVO em 29/12/1994)

1994 é o ano do bicentenário do pai de José de Alencar


Há dois séculos nascia uma personalidade que marcou por 50 anos a política local e nacional. Filho da revolucionária Bárbara de Alencar e pai do consagrado autor de “Iracema”, José Martiniano de Alencar era republicano e, já aos 23 anos, foi um dos responsáveis pelo movimento que proclamou no Crato um governo revolucionário.
Tão marcante quanto controvertida, a figura pública de José Martiniano de Alencar deixa dúvidas para a posteridade. É acusado de ter sido covarde – teria negado no seu julgamento a participação no movimento do Crato, imputando a seu irmão Tristão Gonçalves todo o erro. Já o seu sobrinho, o conselheiro Tristão Araripe, em artigo publicado no “Diário de Pernambuco”, afirma que Alencar contestou a utilidade do movimento “ponderando os perigos do desmembramento do Império e da aceitação do princípio democrático puro”, mas convencido pelo irmão tomou parte na revolução e jamais negou a autoria dos próprios atos. Segundo essa versão, o acusado foi absolvido por pessoas influentes na política da época que lhe reconheceram a moderação e os serviços prestados à causa pública como deputado constituinte.
Controvérsias à parte, José Martiniano de Alencar conseguiu de alguma forma voltar às boas com o poder político da época já em agosto de 1834 é o nomeado o sétimo presidente do Ceará e em 1841 assume cadeira no Senado. Nessa época, apresentou um projeto que foi motivo de grande polêmica. Queria dividir o Ceará e criar nova província, o “Cariri Novo”, mas segundo o historiador José Aurélio Saraiva Câmara o verdadeiro objetivo era diminuir a zona de ação dos seus adversários e implantar um império próprio no Sul da província. Nomeado novamente presidente do Ceará, esquece o projeto – não tinha interesse de dividir a província e diminuir seu poder. Quando destituído da presidência do Ceará, em 1837, José Martiniano de Alencar segue com a família para o Rio de Janeiro, onde morre 23 anos depois, aos 65 anos, vítima provavelmente de infecção tifóide.

Centenário de Antônio Corrêa Celestino

FAMÍLIA DE ANTONIO CORRÊA CELESTINO,

E

PREFEITURA MUNICIPAL DE BARBALHA,
PREFEITURA MUNICIPAL DE JUAZEIRO DO NORTE,
ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE JUAZEIRO DO NORTE,
CLUBE DE DIRETORES LOJISTAS DE JUAZEIRO DO NORTE,
SINDICATO DOS LOJISTAS DO COMÉRCIO DE JUAZEIRO DO NORTE,
ASSOCIAÇÃO DOS FILHOS E AFILHADOS DE JUAZEIRO DO NORTE,
CENTRO CULTURAL OBOÉ,
MEMORIAL PADRE CÍCERO.

Convite

A Família Celestino e as instituições acima nomeadas têm a honra de convidar V. Sa. e família para a Comemoração do Centenário de Nascimento de

Antonio Corrêa Celestino

O Evento será realizado com a seguinte programação:

Fortaleza – dia 4 de Dezembro de 2008 (Quinta-feira):
20:00 h – Lançamento do livro Antonio Corrêa Celestino, no Centro Cultural Oboé, à Rua Maria Tomázia, 531 - Aldeota.

Barbalha – dia 7 de Dezembro de 2008 (Domingo):
10:30h – Missa Gratulatória, celebrada por Mons. Pedro Barreto Celestino, na Igreja-Matriz de Santo Antonio;

Juazeiro do Norte – dia 7 de Dezembro de 2008 (Domingo):
20:00h – Sessão Comemorativa do Centenário, com o lançamento do livro “Antonio Corrêa Celestino”, no Memorial Padre Cícero.

Durante os lançamentos mencionados, a obra será distribuída entre os convidados.

Todos, antecipadamente, agradecem.

Oeiras, Sul do Maranhão e Tocantins (1)

Durante uma semana percorremos terras do Piauí, Maranhão e Tocantins. Ao final, uma constatação: o interior do Brasil é mesmo muito bonito e merece ser visitado. Divido com os leitores algumas observações constatadas dessa viagem.

O Piauí teve origem em Oeiras
A antiga Vila da Mocha – depois batizada por Oeiras – foi a primeira cidade e primeira capital do Piauí. Isso perdurou de 1758 até 1852, quando o então Presidente da Província, José Antônio Saraiva, tomou a iniciativa de transferir a capital do Piauí para a Vila Nova do Poti, localizada entre este rio e o Parnaíba, que recebeu o novo nome de Teresina, em homenagem a Imperatriz Teresa Cristina, esposa do Imperador Dom Pedro II.O exemplar mais importante da antiga arquitetura de Oeiras é a catedral de Nossa Senhora da Vitória, (foto ao lado) concluída em 1733, como atesta a inscrição existente na porta da nave: HOC EST DOMUS DOMINI – FIRMITER AEDIFICATA ANNO DOMINI 1733. Na cidade existem ainda outras construções remanescentes do período colonial, como duas igrejas históricas: a de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos e a de Nossa Senhora da Conceição, mas ambas sofreram – ao longo do tempo – profundas descaracterizações.





Sul do Maranhão
A região Sul do Maranhão é uma das principais produtoras de soja do país. Nos últimos tempos, imigrantes gaúchos, paranaenses, mineiros e paulistas introduziram técnicas modernas de exploração agrícola e pecuária, que impulsionaram o desenvolvimento daquela região. Disso resultou o Pólo Agrícola Mecanizado de Balsas, o Pólo Siderúrgico de Açailândia e a consolidação da cidade de Imperatriz como pólo comercial e de prestação de serviços. Existe até uma corrente defendendo a criação de um novo Estado no Brasil: o Maranhão do Sul, que compreende uma área de quase 150 mil quilômetros quadrados, o que o tornaria o quinto maior Estado nordestino, com área territorial maior do que a de outros cinco da mesma região: Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas e Sergipe. Sua população seria de pouco mais de 1,4 milhão de habitantes, distribuída por 49 Municípios, tendo como capital a cidade de Imperatriz.
No centro-sul do Maranhão fica localizado o parque Nacional da Chapada das Mesas (foto ao lado), com uma área de 160 mil hectares, abrangendo terras dos municípios de Carolina, Estreito e Riachão. O parque, criado em dezembro de 2005, está inserido nas metas dos órgãos ambientais em aumentar áreas protegidas do bioma Cerrado. A região desta nova chapada ainda apresenta uma riqueza enorme em espécies vegetais e animais e segundo especialistas, a criação destas unidades é uma corrida contra o tempo para salvar grandes remanescentes do cerrado brasileiro.

Outra beleza do Sul do Maranhão é o Rio Tocantins, (ver foto ao lado clicada no Por-do-Sol) navegável, com 2.416km de extensão, que corre no sentido de Sul para Norte, ligando a Amazônia ao Planalto Central, onde nascem os seus dois formadores: O Rio das Almas, oriundo da serra dos Pirineus (Goiás), e Maranhão, da Serra Geral do Panará. O Tocantins atravessa os Estados de Goiás e de Tocantins, separando este último, no extremo norte, do Maranhão.
Oportunamente escrevei sobre o Estado do Tocantins.