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terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Grupos populares de cultura recebem apoio

A Prefeitura de Juazeiro do Norte, através da Secretaria de Cultura conseguiu uma verba de R$ 38 mil, junto ao Banco do Nordeste do Brasil – BNB – para aplicação nos grupos de cultura popular do município.

Os representantes dos grupos se reuniram com a secretária Glória Maria Tavares Romão para definir a forma de divisão do recurso. Uma reunião foi marcada para o dia 2 de janeiro para programar o Dia de Reis.

Grupos de reisado, lapinha, bacamarteiro, maneiro pau, bumba-meu-boi e dança do coco estarão se apresentando em evento previsto para o dia 6 de janeiro, na Praça Padre Cícero.

Refinanciamento de dívidas em Juazeiro do Norte

A Prefeitura Municipal de Juazeiro do Norte através da Secretaria de Finanças informa aos contribuintes em débito com a dívida ativa do município que hoje e amanhã são os últimos dias para se aderir ao Programa de Refinanciamento (REFIS).

O setor de arrecadação (cadastro imobiliário, dívida ativa e arrecadação) estará, até dia 30 de dezembro, atendendo das 8 às 18 horas, não fechando no horário do almoço.

Aos inadimplentes, o departamento de arrecadação informa que, após essa data, receberão notificação e não regularizadas a situação, seus débitos serão encaminhados ao departamento jurídico que tomará as medidas previstas na lei.


Jovem iraniana assassinada pela ditadura é eleita personalidade do ano

Por Armando Lopes Rafael

Neda Agha-Soltan, 26 anos, foi morta em junho durante manifestações em Teerã

O jornal britânico The Times escolheu como personalidade do ano a jovem iraniana morta durante as manifestações em Teerã após a reeleição do presidente Mahmud Ahmadinejad, em junho.


O Times afirma que Neda Agha-Soltan, 26 anos, se transformou em um "símbolo global da oposição à tirania" com as imagens que a mostravam sangrando até a morte durante os protestos da oposição, violentamente reprimidos pelo regime iraniano.


"Soltan se uniu ao protesto porque estava indignada com a forma como o regime havia 'roubado' a eleição presidencial", afirma o jornal na primeira página, que tem ainda uma fotografia dos manifestantes iranianos com faixas que mostram a jovem.


O regime dos aiatolás afirmou que a morte de Neda foi "preparada" para denegrir su imagem e acusou a imprensa estrangeira de ter fabricado a informação.


Milhares de opositores saíram às ruas do Irã durante uma semana em junho para protestar contra a reeleição de Ahmadinejad e denunciar fraudes na votação.
As manifestações foram proibidas depois que o líder supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei, deu apoio incondicional a Ahmadinejad.


O governo do Irã criticou em novembro a criação de uma bolsa de estudos em homenagem a Neda na Universidade de Oxford.


Fonte: AFP


Postado por Armando Lopes Rafael no blog do Crato

Meu comentário (de Armando Rafael):


Quando do covarde assassinato de Neda Agha-Soltan (teve um Chefe de Estado (coincidentemenmte também escolhido a “Personalidade do Ano”, pelo jornal “Le Monde”) que disse: “No Irã não houve fraude eleitoral , isso é coisa igual a briga das torcidas do Flamengo e Vasco”), pois bem, naquela ocasião, li num site português (http://gatovadiolivraria.blogspot.com/) um texto, do qual extrai o "excerto" abaixo:

“Lavemo-nos em lágrimas.

Sabemos que a cultura Pop do mundo ocidental está para a nossa sonolência como no Irã para a revolta desesperada de sua juventude em busca de liberdade.


De um lado, (no Ocidente geográfico) “afogamento completo” da reivindicação de outra ordem (da coisa política, de outro espaço social), do outro (no Ocidente deslocalizado), esperança de rompimento com a ordem existente; de um lado, adormecimento da potência do existente, do outro, problematização fundamental da existência humana; de um lado, conúbio geral com a ideia que o fim da humanidade é isto: estar com a ordem dominante das coisas (aceitação geral do homem-economizado e do homem-sem-desejo-político), do outro, vontade de recuperar o começo do mundo e do humano o que implica a abolição simbólica e política do velho mundo. De um lado, o reino humano a recuar ao nível sumário do sono, do outro o reino da barbárie a esmagar a revolta”.

Ceará: 57% dos projetos do PAC ainda no papel

Anchieta Dantas Jr.
Repórter



Em execução, o Metrofor está prometido para o ano que vem

Desde o lançamento do programa, em janeiro de 2007, só 10% das obras foram concluídas e 32% estão em execução

Após dois anos e oito meses de seu lançamento, 484 obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Ceará ainda não saíram do papel, ou seja, estão em fase de contratação, em estudo e licenciamento ou em licitação. O número representa quase 57% de um total de 850 empreendimentos, incluindo aí os três eixos do PAC - infraestruturas logística, energética e social-urbana - e foi obtido por meio de levantamento do Contas Abertas, entidade de sociedade civil sem fins lucrativos, a partir dos relatórios estaduais apresentados pelo comitê gestor do programa.

Do rol de empreendimentos previsto pelo PAC para o Estado, apenas 89 já estão concluídas, o que equivale a apenas 10,5% do total. Outras 277 ações encontram-se em execução ou em obra, representando, aproximadamente, 32,5%.

O Ceará é a quarta unidade da Federação que contempla o maior número de projetos previstos pelo PAC (850), perdendo apenas para Minas Gerais (1.098), Bahia (960) e São Paulo (889), respectivamente na primeira, segunda e na terceira colocação no País.

No ranking nacional, o Estado ocupa a 18ª posição entre os estados que mais têm obras que ainda não saíram do papel. O pior é o Maranhão, com 77%. No entanto, o Ceará, figurando na 10ª colocação, está entre os dez que apresentam melhor nível de execução do PAC, com 10,5% das obras concluídas (89) e 32,5% dos empreendimentos (277) já sendo executados. O estado mais bem contemplado em relação ao volume de projetos concluídos é o Mato Grosso, com quase 28%; e no que tange ao número de empreendimentos em obras está o Roraima com cerca de 43% dos 250 previstos pelo PAC.

Brasil
Em todo o País, segundo o levantamento do Contas Abertas, 1.229 projetos foram concluídos O número representa 9,8% de um total de 12.520 empreendimentos previstos para as 27 unidades da Federação para o período 2007-2010 e pós 2010. Cerca de 62%, que equivalem a 7.715 projetos, ainda não saíram do papel, e outras 3.576 ações (29%) estão em execução ou em obra. Em 15 estados, o porcentual de obras concluídas não ultrapassa 10%.

POSIÇÃO
Estado tem o melhor desempenho no Nordeste

Dos estados do Nordeste, o Ceará é o que está melhor posicionado em relação à execução do PAC, considerando os estágios dos empreendimentos previstos pelo Programa.

No volume de projetos que ainda estão no papel, o Estado só tem pouco mais da metade (57%) ainda nesse patamar, seguido do Rio Grande do Norte, com quase 58%. Os demais apresentam índices superiores a 60%, chegando a 77% como no caso do Maranhão.

Com relação ao número de obras concluídas, o Ceará é também o que tem o melhor desempenho, com 10,5% das 850 previstas para o Estado já prontas. Nesse quesito, na pior colocação também vem aparece o Maranhão, onde só 3% já foram edificadas.

Já no que diz respeito aos projetos que estão em execução ou em obras, o Ceará figura na segunda colocação (32,5%), perdendo apenas para o Rio Grande do Norte, estado que tem quase 36% dos empreendimentos nesse estágio.

As informações dos projetos do PAC nos estados, divulgadas na internet no último dia 15 de dezembro pelo comitê gestor do PAC, englobam os investimentos previstos pela União, empresas estatais e iniciativa privada, atualizados até agosto deste ano. (ADJ)

Fonte: site do jornal Diário do Nordeste

Lixo ambiental é transformado em energia


Poda de árvores é triturada e levada para os fornos.
O proprietário da Cerâmica CGM, Ronaldo Gomes de Mattos, mostra o processo.
A finalidade é reduzir o consumo de lenha

Uma empresa de cerâmica no Crato está transformando lixo em energia, dando prova de sustentabilidade

A lição de economia, ecologia e rendimento estão no terreiro de casa. A Cerâmica Gomes de Matos (CGM), localizada no Sítio Lagoinha, está transformando bagaço de cana, casca de babaçu, pó de serra e restos de poda de árvores em energia. "O resultado foi surpreendente. Além de agregar valores a um material que era jogado fora, diminuímos a mão-de-obra e economizamos 80% na compra de lenha que vinha da Caatinga", comemora o proprietário da cerâmica, Ronaldo Gomes de Matos. Disse que firmou convênio com a Prefeitura do Crato e com empresas que podam árvores, como a Coelce, e as companhias telefônicas que deixam as árvores cortadas no pátio da indústria.

No caso das serrarias, o material, que ia para o lixo, agora é comprado. Na cerâmica, este é triturado numa máquina e transportado para os fornos onde são queimados os tijolos e telhas. A pouca lenha que entra, vem de um plano de manejo autorizado pelos órgãos ambientais. Com a ajuda de exaustores e a utilização de apenas um operário, o processo de fabricação dos produtos cerâmicos é concluído.

Outro aspecto positivo da inovação é a inclusão da indústria no programa de crédito de gás carbono, certificados emitidos quando ocorre a redução de emissão de Gases do Efeito Estufa (GEE). Por convenção, uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) equivale a um crédito de carbono e este pode ser negociado no mercado internacional.

A redução da emissão de outros gases, que também contribuem para o efeito estufa, ainda podem ser convertidos em créditos de carbono, utilizando o conceito de Carbono Equivalente. Estes créditos já renderam à CGM mais de R$ 1 milhão. Mas esta não é a principal vantagem do sistema. Ronaldo diz que mais importante é a eficiência energética que, além de reduzir os custos, mostra que a preservação do meio ambiente é compatível com o desenvolvimento.

Uso sustentável
"Sabendo usar não vai faltar". Com esta proposta, ambientalistas, ecologistas e representantes de órgãos ligados à preservação da natureza se reuniram no Crato, com o objetivo de chamar a atenção dos poderes públicos, entidades ambientais e dos agentes de desenvolvimento da região do Araripe sobre as alternativas de uso sustentável dos recursos ambientais.

O Seminário Regional sobre o Manejo Sustentável focalizou os recursos naturais da Serra do Araripe. Os produtos oriundos da região foram expostos onde se realizavam as palestras.

MAIS INFORMAÇÕES
Cerâmica Gomes de Matos (CGM)
(88) 3521.1718/ (88) 3521.6580
Fundação Araripe: (88) 3523.1605
www.fundacaoararipe.org.br

MANEJO SUSTENTÁVEL

Alternativas de convivência

É com a preocupação de preservação ambiental e, ao mesmo tempo, de sobrevivência do homem, que o Seminário Regional sobre o Manejo Sustentável tenta oferecer alternativas para esta convivência no semiárido. O engenheiro florestal, Francisco Barreto Campello, orienta que o reflorestamento deve ser feito dentro do conceito de florestas econômicas consorciadas com outras atividades agropecuárias, com corredores ecológicos e recondicionamento das matas ciliares.

O secretário da Fundação Araripe, uma das entidades promotoras do evento, Stephenson Ramalho, informou que, a partir deste ano, o óleo de pequi, antes fabricado de forma artesanal, será produzido em escala industrial. Ele espera a fabricação de três mil litros este ano.

Campello afirma que a Caatinga, com vegetação de rara biodiversidade, vem sustentando a economia do Nordeste, ao longo dos anos, por meio de duas vertentes: o fornecimento de energia, oriunda da lenha, que representa 33% da matriz energética da região; e o fornecimento de uma série de produtos não madeireiros como pasto para o gado, produção de mel, plantas medicinais e também uma variedade de artesanatos e cerâmicas.

Antônio Vicelmo
Repórter


Fonte: site do jornal Diário do Nordeste

Um presente de Natal

Por Carlos Eduardo Esmeraldo


Neste final de ano fui agraciado com um presente maravilhoso, enviado pelo companheiro Audir de Araújo Paiva, o excelente livro de sua autoria “O Berço dos Araújo Paiva”. Li esse livro de um só fôlego. Trata-se de uma obra que coloca Audir entre os grandes nomes da literatura regional e mantém a tradição do Crato como cidade da cultura. Audir realizou minuciosa pesquisa de natureza cientifica, colocando a obra de sua autoria entre aquelas que não poderá faltar na estante de nenhum estudioso da história do nordeste, dos nossos costumes e das raízes da nossa gente. Ele descreve como surgiu o município onde nasceu e de lá saiu, para reunir-se aos seus irmãos na cidade do Crato e, deste modo enriquecer nossa terra com a força do trabalho e a brilhante inteligência de que são possuidores. Um ponto me prendeu, sobremaneira a atenção. Foi o estudo genealógico da família Araújo Paiva que tem ramificações no Ceará. Neste aspecto, o companheiro Audir nos fez relembrar o paradigma da genealogia caririense, o Padre Antônio Gomes.

Ao termino da leitura de “O Berço dos Araújo Paiva”, senti-me enriquecido de conhecimentos. Ao companheiro Audir, reforço meus agradecimentos e registro meus parabéns pelo trabalho dignificante. Parabéns também ao Rotary Clube do Crato.


Postado por Carlos Eduardo Esmeraldo no blog do Rotary Club do Crato

Jornal do Cariri homenageia Monsenhor Murilo, um dos grandes homens do Cariri


Por Nina Luiza Carvalho

Já se passaram cinco anos da morte do Monsenhor Murilo de Sá Barreto, barbalhense, devido a complicações na cirurgia da retirada de um tumor no fígado em Fortaleza. Por uma grande coincidência ele faleceu as cinco da manhã, hora que ele costumava celebrar a missa dominical na Matriz. Deixou para Juazeiro e também para todo o nordeste uma imagem de fé e perseverança. Disseminou mais ainda a força e a pessoa de Padre Cícero. A Basílica Menor está se organizando pra fazer um memorial em respeito ao monsenhor Murilo.

O padre Correia foi um dos seus maiores referenciais católicos do Monsenhor. De acordo com parentes e amigos, “ Nunca atrasou uma missa nem sequer por dez minutos, tinha tempo pra tudo, aquilo era incrível”, afimou padre Paulo Lemos, da Paroquia Nossa Senhora das Dores.

Em 1945, começa seus estudos no Seminário São José, na cidade do Crato. Sete anos depois, muda-se para Fortaleza, onde cursou filosofia e teologia. No fim do ano de 1957 ordena-se padre em sua terra natal, assumindo no ano seguinte o vicariato na Paróquia de Nossa Senhora das Dores, da qual tornou-se pároco em 1966 e onde viveu por 48 anos a sua vida sacerdotal.

Foi preciso conhecer, para amar
Inicialmente, quando chega a Juazeiro, Monsenhor chega com a mentalidade anti-romaria e anti-padre Cícero, mas aos poucos vai percebendo o conteúdo de fé na simplicidade do povo o que existia de fato nestes momentos religiosos.

“Tem uma frase que diz: só se pode amar se conhecer. Então ele foi conhecer Juazeiro. Ele conhecia as entranhas da cidade. Ele sabia tudo dali. E não só amou o Juazeiro, mas o Cariri como um todo. Ele foi o primeiro padre a dar viva a padre Cícero no altar. E isso foi de uma simbologia muito forte. Um desafio a igreja oficial, ele deu uma luz ao processo de canonização, de amor ao romeiro.” Descreveu sua irmã, Libânia de Sá Barreto. A missa da despedida dos romeiros era a que monsenhor mais gostava. “Ele amava aqueles chapéus acenando”, afirmou.

Muita influência
Com um trabalho diplomata, era bem quisto em todos os setores sociais da cidade e também do nordeste. Para muitos, depois de padre Cícero, monsenhor foi o homem mais influente de Juazeiro do Norte. Era um homem inovador, corajoso, foi sensível ao ponto de perceber o que era divino neste contexto de religiosidade popular, desse sentimento todo que envolve a figura do padre Cícero e as devoções que se criaram nesta terra. Virou assim, um referencial de autoridade religiosa, moral para o povo juazeirense.

Foi uma liderança também na política, batalhou por melhorias para a cidade, como o centro de apoio aos romeiros. Era um homem atento para os diversos aspectos da vida social do município. Como exemplo, a creche Poço de Jacó, no Horto, o projeto Semeador e dois asilos para idosos. Tanto a creche como o Semeador possuem cerca de 200 crianças. Lá eles têm apoio educacional, profissional e social.

Depoimento
“Ele tinha um amor especial pra ir ao semeador, pra ir ao Horto. Pra acolher, pra abraçar as crianças. Eu sentia que ele tinha uma paixão pelas crianças. Ele tinha essa capacidade extraordinária de falar com intelectuais, com gente do povo e com as crianças”. Afirmou Irmã Annette Dumoulin, coordenadora do projeto Semeador.

Fonte: site do Jornal do Cariri