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domingo, 29 de novembro de 2009

Flamengo é o líder do Campeonato Brasileito a uma rodada


Fla vence o Corinthians e fica a uma vitória do hexacampeonato
A frustração da semana passada foi transformada em euforia, e agora o Flamengo está a uma vitória de conquistar, após 17 anos, o Campeonato Brasileiro. O caminho para o hexa ficou mais curto depois da vitória por 2 a 0 sobre o Corinthians, neste domingo, em Campinas, e da derrota do então líder São Paulo para o Goiás, em Goiânia. Com 64 pontos, a equipe rubro-negra chegou pela primeira vez à ponta da tabela e garantiu a participação na Taça Libertadores de 2010.

O Flamengo, na verdade, nem precisou fazer muito para vencer, pois depois de marcar o primeiro gol com Zé Roberto, aos 26 minutos da etapa inicial, o time carioca apenas administrou o jogo e viu sua torcida fazer a festa com a derrota do São Paulo.

Nesse novo cenário do Brasileirão, o Maracanã tem tudo para ser o palco de uma grande festa rubro-negra no próximo domingo, quando o Fla recebe o Grêmio, pela última rodada da competição. Basta vencer para levar o título para a Gávea - os gaúchos já estão classificados para a Copa Sul-Americana e não têm mais chances de ir à Libertadores.
Fonte: G1

Pensamento para o Dia 29/11/2009


“Para que o homem nasceu neste mundo? Para simplesmente vagar por aí e viciar-se nos prazeres do mundo? Entenda que os prazeres mundanos não são permanentes. Tudo que acontecer a você no futuro estará de acordo com sua conduta atual. Tudo é reação, reflexo e ressonância. Os bons atos que você executa hoje produzirão bons resultados no tempo vindouro. Se realizar más ações hoje, você não pode esperar ser recompensado com bons resultados no futuro. Os resultados de suas más ações do passado irão sempre persegui-lo.”
Sathya Sai Baba

POR QUE PRECISAMOS AMAR UNS AOS OUTROS?


É uma pergunta que nos faz refletir sobre nossa inserção e existência nesse mundo e plano de experiências. Ao nos inserirmos nesse mundo nos matriculamos na Escola da Vida. Assim sendo, precisamos passar por diversos estágios de aprendizagem até chegarmos ao topo do conhecimento-sabedoria e deslumbrarmos a ordem, a beleza, a unidade, a interdependência e o valor da disciplina para o crescimento tanto exterior quanto interior. Existe, portanto, um sentido e um propósito maior que no início desconhecemos. A medida que avançamos nos estágios da consciência percebemos gradativamente que fomos dotados de atributos e capacidades inatas que precisam ser colocadas em prática. O mundo objetivo e subjetivo passa a ser nosso laboratório de experiências, nosso palco onde representamos os papéis de acordo com a cultura envolvente. E cada etapa de crescimento é um estágio para a etapa seguinte. O nosso mestre é a vida. Os nossos semelhantes são nossos parceiros onde podemos nos espelhar e refletir sobre o sentido da vida coletiva.

Nessa Escola não se tem como propósito descobrir o certo e o errado, mas revelar a essência, o caminho verdadeiro e profundo da trajetória que devemos seguir. E cada um escolhe a sua trajetória a seu modo, preferência, gosto, indução ou simpatia. A escolha pode estar em sintonia ou não com a ordem cósmica (cosmo). Quando escolhemos a sintonia adequada percebemos e descobrimos novas vibrações e estados de consciência que alcançamos devido ao nosso esforço, disciplina, mérito e poder pessoal.

Nesse sentido, não existe gratuidade ou privilégios, mas ações, impulsos, disciplina, sensibilidade, inteligência, perseverança, vontade, poder e fé em si mesmo. O tempo deixa de ser algo cronometrado e racional. Nesse contexto, o tempo é “medido” ou sentido pelo grau de concentração e foco que damos ou escolhemos iluminar na longa caminhada de experiências e descobertas pessoais.

A força das persuasões culturais e sociais é, paradoxalmente, o obstáculo mais presente na inércia do desenvolvimento humano: a luz do sol pode tanto iluminar nosso caminho quanto nos cegar. Por vivermos coletiva e interativamente sofremos das influências luminosas externas da cultura e dos modos de produção e organização social. De um modo geral, acabamos abandonando a nossa busca pessoal para seguirmos o discurso e a luz das idéias coletivas que nos guiam tal como um arco que lança a flecha e esta voa cegamente em busca de um alvo desconhecido por ela, mas teoricamente conhecido pelo arco. Nesse sentido, o ego é uma flecha induzida lançada por um poder persuasivo indutor – não somos livres de fato! Inverter essa lógica de induzido para indutor é a façanha maior, o mérito perseverante de quem se propôs a seguir seus próprios passos arriscando a própria vida-consciência.

A flecha e o arco são partes complementares da mesma natureza: o Eu Menor (Ego) e o Eu Maior (Self). Apesar disso, é muito comum se ver a natureza humana do ego guiada por um arco alheio. O alvo, o arco e a flecha fazem parte de um mesmo processo de desenvolvimento, criação e libertação do ser. A palavra PECADO vem etimologicamente da idéia de uma flecha que ao se chocar com o alvo se distancia do seu centro. Essa distância era conhecida na antiguidade como PECADO.

Nesse contexto, pecamos a cada instante desde que nascemos por ignorarmos as leis que governam a interação entre o arco, a flecha e o alvo. Durante a vida, nos foi dado a oportunidade de aprendermos mais sobre essas leis cósmicas (cosmo significa ordem e beleza). A vida humana se depara com o dilema da visão: Onde se encontra o alvo? Quem eu sou, o arco ou a flecha? Na incerteza da escuridão do ego apontamos nossas flechas para o outro semelhante. O alvo passa a ser o outro que vemos porque não vemos um segundo Outro em nós mesmos. E assim projetamos e associamos as nossas carências, fraquezas e deficiências ao outro manifestado em nosso campo de percepção objetiva. Cria-se, portanto, a visão Maya ou Ilusão, pois acreditamos piamente que tudo acontece porque o problema está no mundo e contexto que vemos fora de nós. O outro (mundo e ser) externo, então, se torna parte da equação psicológica que montamos para resolver nossos problemas e medos da vida e da morte.

A natureza humana do ego, por não conseguir ver e interagir diretamente com o seu próprio Self busca a luz da compreensão no contexto das experiências alheias. Em parte consegue ajuda, mas as leis da natureza forçam a natureza do ser a voltar sobre si mesmo – re-fletir (fletir ou dobrar sobre si mesmo) para complementar a busca e entendimento. Por isso mesmo, o grande pensador Kafka chegou a afirmar: “ Da vida se tira vários livros - dos livros se tira pouco – muito pouco! – a vida!

Nesse caminho menor, o mistério se torna mais ainda obscuro. O ego conduz sua vida sem se preocupar com o sentido que está dando a ela, até que chega um momento em que algo sobrenatural força-o a rever seus conceitos e valores. Então, surge a questão: E depois o que virá, perecerei ou continuarei existindo? Em que grau de consciência me encontro? Valeu a pena ignorar o meu mundo interior? E aí surge a crise, o risco e a oportunidade de rever os passos dados. É o momento de buscar significado para sua vida e existência. Nesse instante, tudo o que conseguiu aprender ou que ignorou terá impacto na força da psique. A psique forte saberá lidar com o novo desconhecido e continuará aprendendo com o seu Self. E a psique fraca se tornará mais confusa se distanciando do seu eixo ou centro principal – o seu próprio Self! Por isso mesmo, “o caminho é estreito e a porta pequena...muitos serão chamados, mas poucos os escolhidos”.

Nesse sentido, a lei do cosmo está relacionada à qualidade de nossas intenções, ações, reações, desejos, vontades e fé. A lei do acaso só rege o mundo pouco esclarecido do ego. A metamorfose da consciência é a solução da existência humana, mas o ego nada sabe a respeito disso. E segundo Freud (no livro Mal-estar da Civilização) essa metamorfose é uma metanóia da consciência, uma espécie de transmutação ou mudança radical do ser. E o ser é constituído de forças, impulsos, energias e estados da consciência que circulam e transformam elementos químicos, biológicos, vitais físicos e metafísicos. Em síntese, o ser é um processo sutil complexo, multidimensional, transcendental, cósmico e universal.

O que chamamos de Amor, no sentido amplo da palavra, é um estado elevadíssimo da consciência (e não se resume apenas no prazer carnal – libido!)onde esses atributos cósmicos e universais se manifestam de forma inconfundível e imprevisível. É um marco na experiência interior – vivência! – do ser humano. A partir desse marco o ser pode se orientar para a sua total iluminação e consagração divina. O ser deixa de ser homem-animal para ser homem-divino com características, saberes e poderes supra-racionais.

É por isso, que devemos com todas as nossas forças buscar AMARMOS UNS AOS OUTROS, isto porque esse caminho é o da transcendência, consagração e iluminação da consciência. É um retorno á Unidade Cósmica onde todos fazem parte de um mesmo fenômeno cósmico da Criação. Ao retornarmos a esse estado de consciência primeira elevamos nosso Estado da Alma Evolutiva. A expressão EVOLUÇÃO, ganha, portanto, um sentido e significado mais amplo e mais elevado (muito além do estado biológico). Ciência, Filosofia e Religião se tornam uma coisa só: a busca e descoberta do fenômeno do Amor.

E que Deus ilumine a todos nessa busca interior maior – é o meu sincero desejo cósmico!