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sábado, 1 de janeiro de 2011

ACONTECEU...

Aconteceu em
1º de janeiro
   
  1955 - Dia da 1ª Liga Camponesa  
 
Criada a 1ª Liga Camponesa, no engenho de fogo morto Galiléia, em Vitória de Santo Antão, PE. Marco inicial da 1ª grande onda de lutas pela reforma agrária no Brasil, até o golpe de 1964.
A sede da Liga do Engenho Galiléia
 
 
1804:
Independência do Haiti, 1º estado soberano da América Latina, graças à insurreição vitoriosa dos escravos.
   
1821:
Belém, com a tropa rebelada, adere à Revolução Liberal do Porto.
   
1849:
Borges da Fonseca expõe no Manifesto ao Mundo os fins da Revolução Praieira, PE: Constituinte, voto universal, valorização do trabalho.
   
1850:
Apenas 1 liberal (Sousa Franco, PA) chega à Câmara, após uma eleição que Teófilo Otoni chama de "saturnal indecente".
   
1852:
Joana Manso Noronha, argentina, lança no Rio o Jornal das Senhoras, 1º periódico dirigido às mulheres.
   
1863:
Abraham Lincoln proclama abolição da escravatura nos EUA.
   
1881:
Morre em Paris aos 76 anos o revolucionário socialista Auguste Blanqui. Passou 36 anos nos cárceres da reação francesa.
   
1883:
Acarape, CE, é a 1ª vila a libertar todos os seus escravos (116).
   
1884:
Começa a circular no RS o jornal republicano A Federação, de Júlio de Castilhos.
   
1907:
Os ferroviários da Mogiana, SP, conquistam a jornada de 8 horas.
   
1912:
Nasce em Belém João Amazonas, dirigente histórico do PCdoB, onde militará a partir de 1935. Reorganizador do Partido Comunista em 1962, foi com Maurício Grabois o dirigente da Guerrilha do Araguaia.
   
1927:
Com o fim do estado de sítio, o PCB reconquista a legalidade (até 12/8).
   
1931:
Soldados rebelados trocam tiros com a Força Pública em Niterói, RJ.
   
1933:
Triunfa a causa de Sandino: o exército dos EUA deixa a Nicarágua.
   
1946:
A polícia do gen. Dutra reprime manifestações no Rio e São Paulo.
   
1959:
Rebeldes de Fidel Castro tomam Havana. Vitória da Revolução Cubana.
A Festa da
Revolução

em Havana
   
1967:
Criada a Al-Fatah, braço armado da OLP (Organização de Libertação da Palestina).
   
1987:
Com a inflação superando 20% desde o Plano Cruzado, o gatilho salarial é acionado pela 1ª e única vez (será eliminado em 12/6).
   
1992:
Privatização do SNBP (Serviço de Navegação da Bacia do Prata).
   
1994:
Levante indígena-camponês zapatista em Chiapas, sul do México, toma 4 cidades. Em 13/1, passeata de 70 mil na capital contra a presença do exército em Chiapas.
   
1999:
FHC assume o 2º mandato presidencial.

Meu primeiro Ano Novo – Por Carlos Eduardo Esmeraldo

Recuando no tempo, as minhas lembranças remontam a alguns episódios de quando eu tinha dois anos de idade. Antes de sua morte, a minha mãe se surpreendeu quando eu, já velho e barbado, lhe perguntei em que ano ocorreram determinados fatos da minha infância. Guardo muita coisa na minha memória anterior, hoje com sua área de armazenamento já totalmente preenchida, de modo que não mais me ocorrem lembranças de anos mais recentes.

Eu tinha quatro anos e três meses de idade, quando descobri que o tempo era medido em anos. Leni, uma pessoa muito querida em nossa casa, rasgou a folhinha do calendário e disse: “Hoje é primeiro de janeiro de 1950. Faltam dez anos para o mundo acabar”. Foi assim que eu fiquei sabendo de duas coisas. Primeira: que cada determinado período de nossa vida constituía um ciclo que nós denominávamos ano. A segunda foi uma informação que me deixou bastante apreensivo. O mundo um dia iria acabar. E este dia estava bem próximo, pois dez anos para mim seria uma coisa que passaria rapidamente. Esta perspectiva do fim do mundo me apavorou só em pensar, que toda a vida existente um dia se acabaria. Por isso, a cada primeiro de janeiro, revejo a imagem de Leni puxando a folhinha do calendário e destacando aquele marco. Hoje guardo um sorriso pelos anos e anos em que tive medo das “três noites de escuro” que prenunciava o “fim do mundo” previsto, portanto para ocorrer em 1960.

Neste ano, que ontem se encerrou, quando me encontrava na UTI de um hospital, durante o pós-operatório de uma delicada intervenção cirúrgica, senti por alguns instantes a proximidade do “fim do mundo”.... E lembrei-me de Leni, que hoje vive no “outro mundo” preparando para os anjos e santos seus deliciosos bolos, pudins e o incomparável “baba de moça”, um doce feito com a polpa do coco verde, com os quais me empanturrei durante tantos anos. Tenho certeza que seus divinos clientes não correrão o risco de ter suas artérias obstruídas, como ocorreu comigo.

Por Carlos Eduardo Esmeraldo

Funções da autoestima - Emerson Monteiro

O zelo para consigo mesmo torna-se, todo tempo, fator por demais importante para viver uma vida saudável do ponto de vista interior, o que facilita sobremaneira o relacionamento com os outros, com o mundo que nos rodeia e alimenta desejos de prosseguir e aperfeiçoar a realização daquilo a que se veio aqui fazer neste pedaço de universo. Os obstáculos já vencidos no transcorrer dos embates do caminho mostram o quanto podem as pessoas, em termos de coragem e resultados. Temos todos, reunida em nós, na nossa personalidade, uma enorme lista de vitórias obtidas no transcorrer dos acontecimentos de nossa história pessoal. Parar um pouco e estudar este material precioso serve de reciclagem e dispositivo para considerar o quanto de recursos e instrumento de reforço dispomos, nos passos seguintes desse traçado que nos conduzirá à formação do nosso projeto individual.
As tais anotações guardadas na memória demonstram, junto ao tribunal das consciências, o poder que dispõe o ser humano, vezes sem conta, ao querer atravessar as tempestades. Ninguém merece título de perdedor quando detém as provas de sucessivas vitórias, nas lutas apresentadas pelo caminho. E nunca serão poucos os tais acertos, desde nosso início, ainda na infância; depois, na juventude; e entrando pela idade adulta. Jamais cruzar os braços ou baixar a cabeça perante desafios, esta a lição preciosa que todos reservam para si na justiça eterna, livres do que pensem adversários ou imponham os limites da resistência.
Aprendida, pois, essa atitude positiva de resistir com garra aos males do fracasso, guerreiros erguem os olhos à metade superior da linha do horizonte e tocam o barco em frente, no sentido de concretizar seus maiores sonhos, detalhe sobretudo salutar do processo vida, sonhar sempre com o que de melhor se pretende trazer ao foco das realizações. Enquanto há vida, há esperança, dizem orientadores que querem o nosso bem. O amor às coisas boas encaminha todo percurso a destinos favoráveis. Com isso, criar na imaginação o porto a chegar, o que abre, no mundo invisível, o trilho de uma exata concretização desses sonhos. Passado em miúdos, isto quer significar o quanto pode a capacidade humana de planejar o futuro e conquistar territórios.
Houve um filósofo romano de nome Sêneca que, certa feita, escreveu que nenhum vento é favorável a quem navega sem destino, daí a importância do ato de formular o endereço firme do que se pretende realizar na existência.
Bom, quando recebidas com atenção e postas na prática, as palavras alimentam de ânimo o roteiro das pessoas, frutificando as nossas ações e o gosto de crescer ao infinito de nossas potencialidades.