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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

COMPOSITORES DO BRASIL


“Eu prefiro a dor de uma saudade
A ter de lhe perdoar sem razão
Você roubou meu sossego
Zombou da minha aflição
Agora é tarde demais
Seu erro não tem perdão.

(Seu erro não tem perdão (Lauro Maia e Humberto Teixeira)

LAURO MAIA

Por Zé Nilton

A Lauro Maia Teles, cearense de Fortaleza, (06/11/1912 - 05/01/1950) cabe o mais justo elogio e reconhecimento a um compositor de rara nobreza e de uma visão aberta sobre a música e o fazer musical. Regionalista dos mais apegados compunha verdadeiras obras primas de valor universal.

Possuía algo mais no ofício de compositor, pois era um pesquisador em tempo integral, e com o mesmo entusiasmo anotava os modos de ser e de fazer musicais tanto do meio urbano quanto do rural.

Como tantos, aprendeu música em casa, no seio da família. Consta que sua mãe, pianista e professora de teoria musical, obrigou-lhe severamente a aprender o clássico instrumento. Como tantos, sofreu/gozou seu rito de passagem na arte musical no rádio, no seu caso, na famosa Ceará Rádio Clube – PRE-9.

Em suas andanças como pesquisador adentrou o Cariri, e daqui colheu a musicalidade do tempo, e criou em cima do que muito ouviu ritmos como o balanceado, a ligeira e o miudinho. Descobriu e estimulou muitos músicos principalmente de Jardim, no caso o virtuoso Zé Menezes, que o acompanhou em suas primeiras composições, como a clássica “Saudades do Cariri”, gravada ao vivo na PRE-9. Não ficou por aí. Compôs uma música chamada “Catolé”, que segundo Nirez teria sido criada sobre motivos populares da região do Cariri.

Influenciou muitos compositores e cantores na era da renovação da música popular brasileira. João Gilberto chegou a gravar uma de suas mais belas composições, “Trem de Ferro”, no seu terceiro LP, gravado em 1961.

Excelente músico e arranjador não se esmerou na arte da escrita musical. Contudo, teve uma sorte danada, pois o imponderável colocou no seu caminho de grande artista, quando chega ao Rio de Janeiro, na década de 1940, o poeta do Sertão, o criativo Humberto Teixeira, seu cunhado. Foi ele quem burilou e arrumou melhor as letras de Lauro, e daí surgiu uma grande parceria.

Lauro Maia, no entanto, interrompe a parceria. Movido mais por sua humildade, declina de um pedido de parceria vindo de Luiz Gonzaga. E para o bem da música encaminha Luiz Gonzaga para Humberto Teixeira. O resultado todos conhecemos...

Bom, vamos deixar os caros amigos da resistência musical saber mais sobre Lauro Maia através do eminente e sério pesquisador cearense, o nosso amigo Miguel Ângelo de Azevedo, o Nirez, no seu livro “ O Balanceio de Lauro Maia. Secretaria da Cultura , Turismo e Desporto do Ceará, 107 páginas, 19 ilustrações, 1991.

Nesta quinta, de 14 às 15, na Rádio Educadora do Cariri, em Crato, vamos falar e tocar algumas músicas de Lauro Maia no programa Compositores do Brasil.

Na sequencia:

POEMA MORTAL, de Lauro Maia e Humberto Teixeira, com Orlando Silva
SAMBA DA ROÇA, de Lauro Maia e Humberto Teixeira com David Duarte
EU VI UM LEÃO, de Lauro Maia com Quatro Ases e um Coringa
FAN RAN FUN FAN, de Lauro Maia com Fagner
TABOLEIRO D´AREIA, de Lauro Maia com Os Vocalistas Tropicais
TREM DE FERRO, de Lauro Maia com João Gilberto
EU VOU ATÉ DE MANHÃ, marcha do balanceio, de Lauro Maia com Joel e Gaúcho
É MUITO TARDE, de Lauro Maia com Lúcio Ricardo
O TREM Ô, LÁ, LÁ, de Lauro Maia e Humberto Teixeira, com Carmélia Alves
DEUS ME PERDOE, de Lauro Maia e Humberto Teixeira com Ciro Monteiro
SAUDADES DO CARIRI, instrumental de Lauro Maia com acompanhamento de músicos da PRE-9 e Zé Menezes.

Quem ouvir verá!

Compositores do Brasil
Rádio Educadora do Cariri
www.radioeducadoradocariri.com
Acesse: www.blogdocrato.com
Quintas-feiras, de 14 às 15 horas
Pesquisa, produção e apresentação de Zé Nilton

Motivos para ser feliz - Emerson Monteiro

Alguns dias, coisas deixam de acontecer do jeito que pretendíamos vê-las junto de nós. Nessas horas balançadas, espécie de peso desnecessário além até das proporções de costume, pressiona os nossos ombros, feito impacto nos sentimentos, a mexer nas fibras internas, querendo nos tirar do sério e quase que invadindo o caminho normal do barco.
Ficamos por ali, desconfiados, assim meio contrariados diante dos acontecimentos, vendo um tanto mais de cores cinza forte no mundo meio cinza fraco do lado de fora, entre movimentos de máquinas e da barulheira tradicional com quem já nos acostumávamos, no espaço da cidade.
Alguma descalibragem na direção, talvez fruto do desgaste das estradas. Todavia a fase com certeza passará, na dependência ao modo como encaramos aborrecimentos e pelejas de outras ocasiões.
Às vezes isso nasce dos desencontros de opinião no meio das pessoas, porém ninguém deve homenagem a ninguém, nos confrontos dessa vida. Outras vezes, caprichos desatendidos, os calores mais intensos dos finais do ano, as notícias contraditórias, esperanças perdidas, multidão de apreensões quanto ao futuro, etc. E paramos enquanto é tempo de parar.
Hora de ver em volta. Analisar o panorama geral dos hemisférios e decidir pelo melhor. Olhar com atenção quanto de valores positivos demanda em nossa volta para a formação das respostas aos desafios, que nada mais seriam do que as lições necessárias ao bom andamento do aprendizado nesta escola.
Ficar triste coisa nenhuma, afundar no desencanto nenhum sentido valerá.
E os milagres do cotidiano, as maravilhas que merecemos da natureza sem qualquer direito de herança, de nada representariam, chegando às nossas posses e oferecendo alegrias sem conta?
O tamanho da nossa resistência significa o verdadeiro reconhecimento original de cada um, máquina perfeita em tudo por tudo. A saúde, as oportunidades de conhecer os mistérios da existência. O calor do Sol, a suavidade da luz da Lua, o brilho das estrelas, o ar que se respiramos, o alimento, a doçura da água, o lume dos olhos, o desenho das imagens nas telas do firmamento, somados à grandeza imensa do infinito, no tempo eterno que repete, ao sabor de momentos mágicos e pulsações intermináveis, o sorriso das crianças e a perenidade, nas outras gerações que se sucedem na exatidão da história, movimento dos corpos no ritmo e na melodia de música saborosa, na suavidade do silêncio, preservação da humanidade e suas realizações pelo decorrer de séculos persistentes, resistentes.
Para onde nos virarmos, trilhos e sonhos, na arte da Criação, representam personagens e possibilidades, circunstâncias de todas as razões de crer no melhor e acrescentar sublimidade às dádivas de Ser justo e criterioso. Por isso, por muito mais, abençoemos a chance de representar a grandeza deste outro novo dia de viver com satisfação o segredo de estar aqui.

Juristas apontam 'marcha para o autoritarismo' de Lula em evento em SP

FLÁVIO FERREIRA
DE SÃO PAULO

Juristas afirmaram que o governo Lula demonstra estar no caminho do autoritarismo ao criticar veículos de mídia e desrespeitar as instituições, durante ato pela democracia e a liberdade de imprensa realizado hoje no Largo de São Francisco, no centro de São Paulo.

O momento mais importante do ato foi a leitura de um manifesto no parlatório do largo, um tradicional local de manifestações pela democracia. O texto foi lido pelo advogado Hélio Bicudo, que foi um dos fundadores do PT e deixou a legenda em 2005.

De acordo com o manifesto, "é intolerável assistir ao uso de órgãos do Estado como extensão de um partido político, máquina de violação de sigilos e de agressão a direitos individuais" e "é inaceitável que a militância partidária tenha convertido os órgãos da administração direta, empresas estatais e fundos de pensão em centros de produção de dossiês contra adversários políticos".

Antes de fazer a leitura do texto, Bicudo afirmou que o presidente Lula "tenta desmoralizar a imprensa e todos aqueles que se opõem ao seu poder pessoal" e que "estamos à beira do perigo de um governo autoritário, que vai passar por cima, como já está passando, da Constituição e das leis".

Participaram do ato, entre outras personalidades, os ex-ministros da Justiça José Gregori, Miguel Reale Júnior, José Carlos Dias e Paulo Brossard, o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, e o rabino Henry Sobel.

Os organizadores da manifestação estimaram o público entre 1.000 e 1.500 pessoas. De acordo com a Polícia Militar, o evento foi acompanhado por cerca de cem pessoas.

Fonte: Folha.com

Leal diz que candidatura do PT prepara ‘governabilidade Tiririca’

O candidato a vice na chapa de Marina Silva à Presidência da República, Guilherme Leal, afirmou neste domingo (20), ao sair de um debate com os outros candidatos a vice, que a ex-ministra Dilma Rousseff e a chapa liderada pelo PT oferecem ao país uma governabilidade temerária e instável. Segundo ele, a maneira como a coligação da candidata petista desenha seu projeto de poder e a postura do governo diante dos últimos escândalos são “uma escalada terrível na lógica do fisiologismo e do vale tudo”.

Guilherme Leal disse que a coligação liderada pelo PT ensaia uma “governabilidade Tiririca”. O palhaço Tiririca é candidato a deputado federal pelo PR em São Paulo, na coligação do PT, com o slogan “pior do que tá não fica”. Puxador de votos, poderá ajudar a eleger mais quatro ou até cinco deputados do PT, que lidera a coligação. Com isso, o partido poderá vencer a queda de braço com o PMDB e compor a maior bancada da Câmara dos Deputados.

Para Guilherme Leal, “com todo respeito ao palhaço, o fato é que esse episódio mostra como a coligação de Dilma encara o tema da governabilidade. Vale tudo para compor maioria”. O candidato a vice na chapa de Marina diz que essa prática constrói uma governabilidade baseada no fisiologismo e na troca de favores “e não no interesse público”. Leal acrescenta que “o episódio da ex-ministra Erenice entristece todo cidadão de bem e precisa ser passado a limpo”. Ele completa: “O poder no país, que deveria ser usado em benefício da população, tem servido para reprodução de esquemas que representam mais e mais um ônus para o povo”.

Fonte: Site de Marina da Silva

Grupo lança, em São Paulo, um Manifesto pela Defesa da Democracia

Fonte: “O Estado de S.Paulo”, 22-09-2010

Em ato público realizado ao meio dia de hoje, na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo, um grupo de conhecidas personalidades brasileiras lançou um manifesto pela democracia.
Entre seus signatários estão: Dom Paulo Evaristo Arns, o jurista Hélio Bicudo, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Carlos Velloso, os cientistas políticos Leôncio Martins Rodrigues, José Arthur Gianotti, José Álvaro Moisés e Lourdes Sola, o poeta Ferreira Gullar, os historiadores Marco Antonio Villa e Bóris Fausto, o embaixador Celso Lafer, os atores Carlos Vereza e Mauro Mendonça, dentre outros.
Num momento em que o governo do presidente Lula se dedica a investidas quase diárias contra a liberdade de informação e de expressão e critica a imprensa por divulgar notícias sobre irregularidades na Casa Civil, este grupo de personalidades de diferentes setores decidiu lançar um "Manifesto em Defesa da Democracia", cuja meta é "brecar a marcha para o autoritarismo".
A ÍNTEGRA DO "MANIFESTO EM DEFESA DA DEMOCRACIA"
Em uma democracia, nenhum dos Poderes é soberano.
Soberana é a Constituição, pois é ela quem dá corpo e alma à soberania do povo.Acima dos políticos estão as instituições, pilares do regime democrático. Hoje, no Brasil, os inconformados com a democracia representativa se organizam no governo para solapar o regime democrático.
É intolerável assistir ao uso de órgãos do Estado como extensão de um partido político, máquina de violação de sigilos e de agressão a direitos individuais. É inaceitável que a militância partidária tenha convertido os órgãos da administração direta, empresas estatais e fundos de pensão em centros de produção de dossiês contra adversários políticos.
É lamentável que o Presidente esconda no governo que vemos o governo que não vemos, no qual as relações de compadrio e da fisiologia, quando não escandalosamente familiares, arbitram os altos interesses do país, negando-se a qualquer controle.
É inconcebível que uma das mais importantes democracias do mundo seja assombrada por uma forma de autoritarismo hipócrita, que, na certeza da impunidade, já não se preocupa mais nem mesmo em fingir honestidade.
É constrangedor que o Presidente da República não entenda que o seu cargo deve ser exercido em sua plenitude nas vinte e quatro horas do dia. Não há ''depois do expediente'' para um Chefe de Estado. É constrangedor também que ele não tenha a compostura de separar o homem de Estado do homem de partido, pondo-se a aviltar os seus adversários políticos com linguagem inaceitável, incompatível com o decoro do cargo, numa manifestação escancarada de abuso de poder político e de uso da máquina oficial em favor de uma candidatura. Ele não vê no ''outro'' um adversário que deve ser vencido segundo regras da Democracia , mas um inimigo que tem de ser eliminado.
É aviltante que o governo estimule e financie a ação de grupos que pedem abertamente restrições à liberdade de imprensa, propondo mecanismos autoritários de submissão de jornalistas e empresas de comunicação às determinações de um partido político e de seus interesses.
É repugnante que essa mesma máquina oficial de publicidade tenha sido mobilizada para reescrever a História, procurando desmerecer o trabalho de brasileiros e brasileiras que construíram as bases da estabilidade econômica e política, com o fim da inflação, a democratização do crédito, a expansão da telefonia e outras transformações que tantos benefícios trouxeram ao nosso povo.
É um insulto à República que o Poder Legislativo seja tratado como mera extensão do Executivo, explicitando o intento de encabrestar o Senado. É um escárnio que o mesmo Presidente lamente publicamente o fato de ter de se submeter às decisões do Poder Judiciário.
Cumpre-nos, pois, combater essa visão regressiva do processo político, que supõe que o poder conquistado nas urnas ou a popularidade de um líder lhe conferem licença para rasgar a Constituição e as leis. Propomos uma firme mobilização em favor de sua preservação, repudiando a ação daqueles que hoje usam de subterfúgios para solapá-las. É preciso brecar essa marcha para o autoritarismo.
Brasileiros erguem sua voz em defesa da Constituição, das instituições e da legalidade.
Não precisamos de soberanos com pretensões paternas, mas de democratas convictos."

O SUCESSO DA COMÉDIA!!!

MAIOR DE TODOS OS TEMPOS!!!

O espetáculo teatral A COMÉDIA DA MALDIÇÃO, de Cacá Araújo, encenado pela Cia. Cearense de Teatro Brincante, da cidade de Crato-CE, conseguiu um feito inédito: durante três dias seguidos (sábado, dia 18, domingo, 19, e segunda, dia 20) lotou o Teatro Rachel de Queiroz em duas sessões por noite. "Platéias maravilhosas se revesavam prestigiando os artistas, foi inesquecível, uma grande página de nossa história. A segunda sessão começava depois das 10 da noite e o público esperava disputando espaço, afirmou o cenógrafo França Soares."

ELENCO:
Cacá Araújo: Tandô
Carla Hemanuela: Mãe Luzia e Zulmira
Charline Moura: Irmã Francilina
Jardas Araújo: Cantador
Edival Dias: Padre Sebastião
Joênio Alves: Dono da Bodega
Jonyzia Fernandes: Ana Expedita
Joseany Oliveira: Leide Zefa
Josernany Oliveira: Brincante da Mula
Lílian Carvalho: Beata Carmélia
Lorenna Gonçalves: Cibita
Márcio Silvestre: Vigário Felizberto
Orleyna Moura: Viúva Fantina
Paula Amorim: Ladra
Paulo Henrique Macêdo: Fotógrafo Jorjão
Samara Neres: Cantadora

TÉCNICA:

Texto e Direção Geral: Cacá Araújo
Assistência de Direção: Orleyna Moura
Cenografia: França Soares e Cacá Araújo
Sonoplastia: Cacá Araújo
Iluminação: Danilo Brito
Maquiagem: Carla Hemanuela e Joênio Alves
Figurino: Orleyna Moura, Joênio Alves e Carla Hemanuela
Guarda-Roupa: Luciana Ferreira
Operação de Som: Emerson Rodrigues
Operação de Luz: Danilo Brito
Música: Lifanco e Cacá Araújo
Designer: Felipe Tavares
Produção Executiva: Mônica Batista
Produção Geral: Sociedade Cariri das Artes

PARTICIPAÇÃO NO
1º FESTIVAL DO SATED-CE
TEATRO DO CENTRO DRAGÃO DO MAR – FORTALEZA-CE
29 (qua) de setembro de 2010 – 20h
Entrada: 1Kg de alimento não-perecível


CLASSIFICAÇÃO: LIVRE



















PARCERIA:

SCAC
SATED-CE
CIRCO-ESCOLA ALEGRIA

APOIO
COLETIVO CAMARADAS
PIRRALHOS PRODUÇÕES
SANDÁLIAS BRISA
UNI-RIM
CLINIRIM
SECULT DO CRATO
PREFEITURA DO CRATO

Lula critica imprensa e diz que 'povo sabe' quando denúncia é mentira

Presidente Lula durante percurso em trem na Ferrovia Norte-Sul
(Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou nesta terça-feira (21) a criticar a imprensa pela publicação de denúncias envolvendo membros do governo. Segundo Lula, a garantia de liberdade de imprensa não pode justificar a publicação de "mentiras".

“Acho que liberdade de imprensa é uma coisa sagrada. Agora, a liberdade de imprensa não significa que você pode inventar coisa o dia inteiro, significa que você deve orientar corretamente a opinião pública”, disse durante cerimônia de inauguração de trecho da ferrovia Norte-Sul, em Porto Nacional (TO).

Consultada pelo G1, a Associação Nacional de Jornais (ANJ) disse que mantém a posição manifestada na nota divulgada no último domingo (19), quando lamentou as declarações feitas pelo presidente em um comício realizado no dia anterior. Ao lado da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, Lula disse que, além dos tucanos, serão derrotados "alguns jornais e revistas que se comportam como se fossem partido político e não tem coragem de dizer que são partido político."

Em resposta à declaração, a ANJ disse, em nota, ser "lamentável e preocupante que o presidente da República se aproxime do final de seu segundo mandato manifestando desconhecimento em relação ao papel da imprensa nas sociedades democráticas."

No discurso desta tarde tarde, Lula disse que alguns veículos de comunicação demonstram "ódio" e torcem para que ele fracasse. "Vocês estão acompanhando a imprensa, veem pela internet, assistem a televisão,ouvem rádio, e vocês veem, às vezes, chega quase a virar ódio, porque eles ficam torcendo para o Lula fracassar."

O presidente disse que já foi "vítima" de acusações em épocas de campanha. De acordo com ele, os brasileiros não são facilmente manipuláveis e sabem discernir quando as denúncias são verdadeiras.

“Chega na época da campanha, eu já fui vitima do que está acontecendo hoje. O que eles não percebem é que nós aprendemos. O povo de 2010 não é mais massa de manobra como era o povo de 30 anos atrás", disse. "Não podem colocar mais alguém para mentir e o povo acreditar. O povo sabe que quando escreve coisa errada é mentira, quando fala coisa errada é mentira, o povo sabe quando é mentira", afirmou.

Na semana passada Erenice Guerra deixou a chefia da Casa Civil depois de acusações de que o filho dela Israel Guerra teria negociado contratos de empresas privadas com órgãos públicos e estatais mediante pagamento de comissão. Outros dois funcionários da Casa Civil, supostamente envolvidos no esquema, também pediram demissão.

Fonte: G1

Jornal: governo contrata empresa onde atua filho de Franklin

Segundo reportagem publicada no jornal O Estado de São Paulo nesta quarta-feira (22), a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), do governo federal, contratou por R$ 6,2 milhões a Tecnet Comércio e Serviços Ltda, que emprega o filho do ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, presidente do Conselho de Administração da estatal, conhecida como "TV Lula". A empresa venceu, no final de 2009, a concorrência para cuidar do sistema de arquivos digitais da EBC, um dos grandes projetos do governo.


De acordo com o jornal, e-mails da EBC mostram que o ministro pediu "prioridade zero" para o assunto, embora pareceres feitos em dezembro alertassem quanto à falta de recursos orçamentários para o projeto. A EBC é a única emissora de televisão brasileira cliente da Tecnet na área digital. O ministro Franklin Martins afirmou que seu filho, o jornalista Cláudio Martins, não teve influência no resultado da licitação que foi vencida, segundo ele, porque a Tecnet ofereceu o menor preço no pregão eletrônico. O superintendente de Operações da Tecnet, Kalede Adib, disse que Cláudio Martins não participou da concorrência.

Fonte: Terra

Brasileiros subestimam diferença entre partidos, diz FT

Uma reportagem publicada na edição desta quarta-feira do jornal britânico Financial Times afirma que os brasileiros não veem grandes diferenças entre os candidatos Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), mas que, no entanto, podem estar subestimando a importância da escolha do novo presidente.


No texto intitulado "Eleitores ficam impassíveis diante das diferenças entre partidos brasileiros", o correspondente do jornal em São Paulo, Jonathan Wheatley, compara a eleição atual aos pleitos de 1994 e 2002.

"A grande diferença entre hoje e 1994 é que naquela época, e novamente em 2002, os brasileiros sabiam que estavam em uma encruzilhada", escreve Wheatley. Ele diz que na eleição de 3 de outubro, os candidatos estão oferecendo aos brasileiros a continuidade, por um lado, e "outra coisa não muito bem definida", por outro. "Hoje, muitos pensam que tanto faz quem ganhar as eleições", diz a reportagem.

No entanto, o jornal argumenta que, a exemplo de 1994 (quando Fernando Henrique Cardoso venceu a eleição no primeiro turno) e 2002 (quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva venceu o segundo turno, disputado com José Serra, com mais de 61% dos votos), há diferenças entre os candidatos e que estas "deveriam estar mais claras".

Segundo o jornal, Rousseff "é vista como uma estadista...seus instintos são para governos com grande papel do Estado e comando da economia". Já Serra, segundo o FT, deverá defender "um liberalismo suave e pró-mercado".

"...Existe uma diferença entre continuidade e retomada da reforma do Estado. Um promete crescimento lento e contínuo; o outro, maior investimento para melhorar a produtividade e uma solução para problemas como o padrão deplorável dos serviços públicos", escreve o jornal.

O Financial Times afirma que os brasileiros estariam optando nas urnas pelo primeiro caminho - de continuidade - e diz que Dilma não pretende fazer "nenhum grande ajuste". Para o jornal, os eleitores não tem razão para se preocupar com mudanças radicais, já que caso Dilma Rousseff vença as eleições, ela "não vai levar o Brasil para a esquerda".

Citando cientistas políticos brasileiros, o jornal afirma que o candidato José Serra subestimou Dilma em julho, quando o tucano ainda liderava as pesquisa, e não preparou uma campanha forte o suficiente.

Fonte: Terra