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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Então é Natal! - José do Vale Pinheiro Feitosa

Cadinho não existe nada inerte no mundo. Tudo nele é arte, tem uma maneira de ser ou agir. Mesmo as rochas têm ação, as pedras são modos de reações ou interações substantivas. Tudo é arte neste universo que nossos sentidos reconhecem.

Sei Mitonho, mas é que a vida é mais instável que tudo o mais. Ela parece ser restrita, não é contínua, apenas acontece por nosso saber só aqui neste minúsculo planeta. Pode acontecer noutros lugares? Pode, mas sempre se encontrará entre as coisas mais instáveis do universo.

Quando digo que não tem sentido achar que as coisas têm que ser assim mesmo é que a instabilidade tem a sabedoria do curto prazo, instantânea, tudo precisa de maior rapidez. Não é possível comemorar o natal sem denunciar a fome e a miséria que corrompem o curso instável da vida. A instabilidade, representada pela morte, não justifica a injustiça, o abandono, a traição de um futuro.

Cadinho mas não só precisávamos seres humanos maiores do que estes da miudeza enfastiada, como toda a cadeia de poder precisa ser interrompida. O poder é o instrumento último dos canalhas que destroçam a esperança, turvam a consciência. Existem humanos tão canalhas que temos ímpeto de convocar a sociedade de proteção aos animais em prol dos cães.

Pois é Mitonho, a manjedoura não foi a aceitação do simples como querem nos compor. A manjedoura foi a denúncia aos Filisteus, aos imperadores do culto material de Roma. Naquele simples que parecia evocar uma doçura compreensiva dos canalhas, havia um símbolo do quanto eram desprezíveis, do quanto estavam por trás da cadeia de miséria que ceifava a Terra Santa.

Mas Cadinho e eles transformaram a mensagem do amor que significa dedicação, a vontade que todos igualmente permaneçam presentes como ente do mundo em compartimento domiciliado, na mesa familiar que é ao mesmo tempo a união de poucos com portas fechadas para a desunião dos frágeis e vulneráveis. A única mensagem que se ouve verdadeiramente universal é o presente comercial e uma ceia farta como uma festa da fertilidade.

Mas Mitonho se é a festa do nascimento, é sempre um momento para que de fato não apenas nasça um messias, mas toda uma missão de solidariedade e união em prol da vulnerabilidade geral da vida.

O BURACO NEGRO DOS DINOSSAUROS

Luiz Domingos de Luna*

O Paredão do existencialismo humano é uma vertente a dissolver na coluna do espaço tempo, o túnel construído pelo homem, para assegurar a continuidade da vida no mais distinto período da história, ou até mesmo, antes desta.
A Ciência, em se tratando da extinção dos seres vivos, geralmente, quebra os seus métodos precisos, arraigados, comprovados e parte para teorias vagas, abstratas e pouco convincentes, via de regra, cria um cataclismo do nada, e daí a natureza mais uma vez, a engolir a vida, como uma força devoradora e bestializada de uma fatalidade que aconteceu e que, a qualquer momento, pode acontecer novamente.
A Gratuidade desta teoria, para explicar o sumiço de milhares de espécies do Planeta Terra, tem uma base religiosa muito forte, com fundamentação teórica no apocalipse e assegurada no campo filosófico da teoria do Caos. Na verdade, os princípios e os ativos que quebraram a parábola existencial, são desprezados, para dar lugar a uma questão de: acreditar ou não; assim, sempre haverá no mínimo duas versões para o mesmo fato. Muitos podem argumentar que quanto maior for o número de versões maior a possibilidade de acertos, pois, é assim que é construída a civilização humana com erros e acertos.
O problema nasce quando esta idéia é naturalizada no contexto histórico social, pois senão, vejamos: Para alguns cientistas, o aquecimento global é uma realidade inexorável com prejuízo irreversível para o planeta terra, logo se todos os agentes causadores do aquecimento fossem norteados, mesmo assim, o estrago já está feito, pois, é conseqüência de um processo ao longo dos anos.
Outros, acreditam num aquecimento sustentável, que, as saídas ou resoluções serão aplicadas e tudo não passa de algo que foi solucionado dentro de padrões normais e aceitáveis, em breve espaço de tempo.
Finalmente, há a corrente, que nem reconhece a existência do Aquecimento Global e, neste buraco negro de idéias, fica fácil, a qualquer dia, a humanidade acordar com o Planeta Terra ocupado por Dinossauros.
(*) Procurar na web




Afinal, é Permitido ou Proibido construir edifícios altos no Crato ?


Chapada do Araripe - Crato - Dihelson Mendonça


Alguns leitores estão aí no mural do Blog do Crato, perguntando SE ou PORQUÊ seria proibido construir edifícios altos em Crato. Antes de tudo, é bom que se esclareça uma verdade: Não é proibido construir edifícios altos em Crato, mas existem leis que regulamentam até que altura EM CERTAS ÁREAS da cidade esses edifícios podem ser construídos. Se de 2, 3 ou mais pavimentos.

O objetivo maior dessas leis é preservar nosso patrimônio maior, a Chapada do Araripe. Diversas pessoas têm raiva do atual prefeito do Crato, Samuel Araripe, por ter proibido construções muito altas próximas da Chapada. Esquecem que ali é uma área de preservação ambiental, embora muita gente inescrupulosa não faz a mínima idéia do que seja PRESERVAÇÃO AMBIENTAL, mesmo em pleno século XXI, quando o mundo todo luta para salvar o planeta, e assim, salvando a nossa própria civilização.

Alguns pensam que à força do Dinheiro, podem comprar tudo, até a consciência ecológica e a vida. Não é bem assim. Entendendo que certas áreas precisam ser preservadas, e evitar o que aconteceu na orla marítima, em Fortaleza, quando construíram na década de 80 inúmeros arranha-céus que bloquearam as correntes de ar que vêm do oceano para a cidade, a mesma coisa poderia acontecer no Crato. Se construirmos paredões de edifícios a uma certa distância da Chapada do Araripe, os danos ambientais serão gigantescos. Segundo projetos e leis formulados por especialistas, o Crato foi demarcado, e somente à partir de determinada distância da Chapada do Araripe é que se pode construir arranha-céus.

Estive entrevistando Dr. Nivaldo Soares, Secretário do Meio-Ambiente do Crato na semana passada sobre este assunto, e conversando por quase 1 hora, dentre os inúmeros aspectos abordados, um dos principais é essa preocupação em restringir em certas áreas, a construção de arranha-céus. Entretanto, o secretário nos comunicou que em muitas áreas da cidade, isso é permitido; Por exemplo, nada impede que no Centro do Crato sejam construídos. Não há qualquer restrição legal quanto a isso. Já no bairro do Seminário, em certas áreas onde circulam correntes de ar, somente edificações de até 2 ou 3 pavimentos. Na Vilalta, não há limite ( teórico ) de altura, por entender que a Vilalta já se encontra muito distante da Chapada e não prejudicaria os ventos ( embora, este repórter seja contra e ache que deveriam ser proibidos também ).

Na verdade, se todo mundo começar a construir edifícios indiscriminadamente no Crato, vai acontecer o fenômeno que hoje assombra a cidade de São Paulo: O aquecimento do centro. São Paulo, hoje em dia, não consegue "esfriar", porque ali gerou-se tanto calor que não há como se dissipar para as proximidades, então forma-se um núcleo quente, e permanente. As cidades do mundo moderno se preocupam com os projetos e com o fator ecológico. Existem projetos que racionalizam o uso do espaço, da terra, das águas. Não se pode pensar mais em crescimento desordenado de uma cidade, como em Juazeiro do Norte, por exemplo, sem projeto, onde ruas estreitas, que só cabem carroças, convivem em pleno século XXI com grandes avenidas, de forma caótica.

É preciso que comece a existir no cariri uma consciência ecológica, consciência do uso racional dos recursos naturais, e do mundo que queremos deixar para nossos filhos e netos. Quando o prefeito Samuel Araripe negou a construção de edifícios e de um conjunto habitacional no sopé da Chapada do Araripe a vários empreendedores de fora, tomou a decisão correta, porque embora foram ao gabinete oferecer vantagens ao prefeito e arrecadação de IPTU para o município, o prefeito entendeu que muito mais importante neste momento que uma mísera arrecadação, é que neste momento, possamos preservar o nosso maior patrimônio: A Chapada e a Floresta do Araripe. Isto não implica em reprovar o progresso. De forma alguma! Existem hoje inúmeras áreas no município, que por sinal, é muito extenso, em que podem ser construídos edifícios, conjuntos habitacionais e fábricas, e quem desejar construir nessas áreas, tem total aval da administração. O que não podemos fazer, é por força do "Vil Metal", destruir a única coisa que distingue o Crato de tantas cidades do nosso cariri, que já começaram a depredar o seu patrimônio ecológico.

Vamos construir, decerto. O Crato precisa crescer. Mas precisa crescer de modo ecologicamente correto, aonde a ganância de alguns não possa sobrepujar os grandes valores do nosso planeta e dos padrões de civilidade.

Por: Dihelson Mendonça
Assessoria de Imprensa
- Governo do Crato

Os tesouros deste mundo - Emerson Monteiro

A importância dos objetos, sentimentos, ideias, guarda relação estreita com a prática das pessoas no decorrer da existência, a ponto de muitas perderem o juízo buscando satisfazer o instinto de querer mais uma coisa do que outra. Não poucas pessoas vendem a alma para atender aos desejos loucos, e atropelam os outros, gastam o que não têm, utilizam mecanismos sujos, a ponto de matar, roubar, destruir, no impulso desesperado de alimentar aquelas necessidades artificiais surgidas no afã da dominação dos objetivos planejados.
A fome doentia dos desejos errados existe na história desde que o homem é homem, pela ganância das guerras, dos saques, perseguições, negócios escusos, invejas e ambições desmedidas. Tudo pó e poeira da matéria em desintegração. O apetite avassalador do favorecimento a qualquer custo mostra a face melancólica dessa humanidade, o lado sem luz da epopéia das criaturas rumo aos afagos da ilusão, que só produzem miséria e respostas trágicas, nas caminhadas pelo mundo.
A traça e a ferrugem, no entanto, destroem, numa velocidade impressionante, tais equívocos, sob o comando de uma lei estudada sob o nome de ação e reação, tanto na física, quanto nas escolas religiosas. Nada fica impune fora dos ditames originais e eternos da natureza, que conduz os acontecimentos. Dia de muito é véspera de pouco. Dia de tudo é véspera de nada.
Quem quiser contrariar as normas desta sabedoria, guardada no decorrer dos séculos e milênios, que experimente, pois, mais cedo ou mais tarde, provará do desencanto. Há um tanto de exemplos de que o crime não compensa, em todo tempo e lugar. Mesmo assim, ainda impera o desejo ganancioso, que demonstra o atraso da raça teimosa e inconsequente, quando se sabe que o desengano da vista é furar os olhos, no dizer do povo.
No entanto, a dor ensina a gemer, e inúmeros escolhem estradas tortuosas do vício e do crime invés dos valores equilibrados e justos da paz e da coerência. Esse impasse nas decisões vale a todo minuto, conquanto vive-se decidindo qual dos dois caminhos escolher a fim de realizar os sonhos. Ouvi, certa vez, alguém afirmar que “o castigo do vício é o próprio vício; e o mérito da virtude é a própria virtude”. A consciência refletirá como praticar esta vida. O itinerário aonde nos leva ninguém desconhece. A estação final do processo vida espera a todos, equivocados ou prudentes. Portanto, o teorema traz consigo a solução do mistério de todas as intenções pessoais.

Pensamento para o Dia 16/12/2010



“Desenvolver fé no Princípio Atma e amá-Lo sinceramente é a verdadeira adoração. Há apenas um Ser Divino. Sinta que isso é mais digno de amor que qualquer objeto aqui ou no futuro — essa é a verdadeira adoração que você pode oferecer a Deus. Isso é o que os Vedas ensinam. Os Vedas não ensinam a aceitação de um conjunto de regras e restrições terrivelmente difíceis. Eles não constroem diante de você uma prisão onde o homem está encerrado pelas barras de causa e efeito. Eles nos ensinam que existe Um que é o Soberano por trás de todas essas regras e restrições, Um que é o âmago de cada objeto, cada unidade de energia, cada partícula ou átomo e Um que somente sob Suas ordens os cinco elementos —éter, ar, água, fogo e terra– operam. Ame-O, adore-O, venere-O — essa é a grande filosofia do Amor, elaborada nos Vedas.”

Sathya Sai Baba