Seja colaborador do Cariri Agora

CaririAgora! é o seu espaço para intervir livremente sobre a imensidão de nosso Cariri. Sem fronteiras, sem censuras e sem firulas. Este blog é dedicado a todas as idades e opiniões. Seus textos, matérias, sugestões de pauta e opiniões serão muito bem vindos. Fale conosco: agoracariri@gmail.com

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Pensamento para o Dia 24/06/2010


“Por conta do impacto dos objetos externos sobre os sentidos da percepção, a pessoa experimenta prazer e se confunde tomando-o como se fosse néctar. Mas com o tempo, o prazer inicialmente confundido com néctar transforma-se em veneno amargo e desagradável. Esse tipo de felicidade é felicidade rajásica. Se alguém acolhe o prazer sensorial rajásico, sua força, consciência e inteligência para alcançar os quatro objetivos humanos — retidão (Dharma), riqueza (Artha), desejo correto (Kaama) e libertação (Moksha) — são enfraquecidos; o interesse e o desejo de atingir a bem-aventurança divina declinam.”
Sathya Sai Baba

O Ceu é o Limite - Ordem Santa Cruz.

Luiz Domingos de Luna - Professor em Aurora *

Por indicação dos padres: José Gonçalves Landim, Vicente Luiz dos Santos ingressei na Ordem Santa Cruz- Penitentes -Igreja Rural Laica no ano de 1990, com iniciação solene na famosa Braúna Santa no sítio Martins – Aurora (CE), antiga emboscada de Lampião que também foi iniciado no dia 3 de junho, 1927 e eu no dia 12 de abril 1991.
Tive a satisfação de ser discípulo de vários decuriões que a exemplo do 2º patriarca da Ordem No Ceará – Padre Cícero Romão Batista – um exemplo de Fé continuada à expansão no tempo espaço.Enquanto os historiadores a bailar em lindos livros adjetivos desqualificativos sobre os integrantes da Ordem Santa Cruz, numa aliança sempre fiel com a imprensa escrita e falada, eu, a interrogar tanta virulência contra esta irmandade que, ao meu olhar, um betume consistente na argamassa do tecido sociológico a vistas para o engrandecimento da epistemologia Genética da humanidade para o bem.É fato que a historiografia da Ordem Santa Cruz, dificilmente,será folheada pelos leigos, ou mesmo pelos que têm sempre na veia a vontade de conhecer os fatos como aconteceram numa história que pulsa viva desde os mais remotos tempos.O Corpo orgânico da Ordem Santa Cruz – Penitentes – Igreja rural Laica / Santa Igreja de Roma tem um formato de repasse de fatos pela ordem costumeira, ou seja, de irmão para irmão posterior numa verdadeira corrente que, dificilmente, será fragmentada, ou corroída pela força temporal, assim, um cofre espiritual é sempre alimentado para o bem estar do mundo materializado, da colméia do convívio interativo, dos seres humanos no espaço geográfico e na imensidão social permeada a todos os viventes.É certo que a relação Estado, Igreja e Ordem tem sido pontuada sempre voltada para pontos históricos bem delimitados e ficando a ordem com o ônus dos dissabores do calor efervescente da fissura, usualmente, do mais forte, o que sempre, por esta objetiva a ordem carregará “a complexidade do centro de coesão” via de regra um peso, uma anomalia, uma desprojeção à luz.Esta visão simplista e egoísta, parte do pressuposto da própria estrutura de despreocupação com os valores temporais, e com a vida de penitencia e fé e a lealdade aos bons costumes, que sempre filtra os excessos, que por ventura possa ocorrer por parte de seus integrantes.Assim, sempre fiel ao Estado democrático de Direito, a luz da Ordem Santa Cruz terá sempre o céu como limite na problematização, aceitação e engrandecimento da heterogenia social nos umbrais da existência humana. Mas, dificilmente, deixará de ser um grande paradoxo para os estudiosos e os penitentes da literatura, e os sedentos de conhecimentos, pois a naturalização do escrito é uma força cultural muito forte e coesa na historia que, dificilmente, será reparada.
(*) Colaborador do Blog Cariri Agora
Email: deuteronomioarte@ig.com.br

Bandeiras democráticas para superar a crise - por José do Vale Pinheiro Feitosa

Se você vive num país que vai parar de ter crescimento econômico por mais de dez anos e tem, hoje, dez anos de idade, não terá trabalho necessariamente tão logo o país volte a crescer. Naquele momento não foi treinado, terá mais de 20 anos e não teve educação, concorrerá por vagas com um maior número de candidatos do estoque desempregado neste período que parece pequeno na história, mas não é como se vê. Se você tiver de 40 anos a mais, a sua vida será um desastre, terá mais chance de empobrecer, adoecer e quando o crescimento voltar, já perdeu o bonde da história.

Esta lembrança vem a propósito do que ocorre, atualmente, na Europa. Os ajustes no equilíbrio fiscal são o que se chamava arrocho, queda da atividade econômica, recessão, perdas trabalhistas e desemprego. Além do mais parece que começam a surgir os sinais mundiais do que se pretendia evitar na crise mundial quando do estouro da bolha americana. O quê a Europa começa a fazer, protegendo seu sistema financeiro privado, pode não ser bem o que aparenta, mas, na verdade, a temida proteção interna dos seus mercados que implica em redução das trocas comerciais internacionais.

As contas externas brasileiras já demonstram estresse econômico por conta do seu balanço de vendas ao exterior. A Europa comprará menos, os outros se defendem e a zorra que se queria evitar pode se repetir como nos anos 30. E olhem que a situação já não era confortável quando a crise estourou.

Volte ao princípio deste texto e leia que se fala de emprego e oportunidade de emprego. O capitalismo é feito com a dualidade capital e trabalho, o capital como indutor e o trabalho como realizador. Portanto quando vemos estatísticas de desemprego estamos falando da economia real, falamos de menos realizações, menos produtos e menos renda e o ciclo se fecha em crise social e política.

A ONU acaba de alertar para a péssima situação histórica da geração de emprego mundial. Quando se diz emprego no capitalismo se fala da sobrevivência dele, pois não adianta uma produtividade de robôs se o capital é remunerado pela renda do trabalho. A conta não fecha, a miséria também onera o capital indiretamente, a insegurança social e política estressam os agentes capitalistas, mesmo as guerras podem dar “progresso” a alguns, mas destrói muitos.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon alertou: “Existem 211 milhões de pessoas sem trabalho e é necessário criar globalmente 470 milhões de novos postos de trabalho nos próximos 10 anos só para manter o passo do crescimento”. Isso, novamente, aponta uma governança global que vá além do apagar incêndios e que se volte a instituir a história da civilização como uma boa história para todos e não apenas para alguns. Não adianta salvar bancos privados matando o progresso das pessoas.

É bom que se tenha em mente que a Governança Mundial não é um assunto apenas de G 20 ou G 8. Aí tudo é mera troca de figurinhas para deixar tudo como se encontra. De fato temos que valorizar os grandes movimentos contra a globalização, movimentos que expressam visões múltiplas sobre a realidade e a superação de seus vícios. Temos que restabelecer o espírito da Conferência do Clima em Copenhague.