Seja colaborador do Cariri Agora

CaririAgora! é o seu espaço para intervir livremente sobre a imensidão de nosso Cariri. Sem fronteiras, sem censuras e sem firulas. Este blog é dedicado a todas as idades e opiniões. Seus textos, matérias, sugestões de pauta e opiniões serão muito bem vindos. Fale conosco: agoracariri@gmail.com

segunda-feira, 19 de abril de 2010

ARTE, MÍDIA E ESPIRITUALIDADE: O NOVO PARADIGMA ESPIRITUAL (CHICO XAVIER)


Bernardo Melgaço da Silva
De tempo em tempo um novo paradigma surge para substituir, complementar ou transcender um outro fenômeno coletivo indutor, condutor e orientador. Na maioria das vezes os paradigmas estão superpostos ao longo do tempo, semelhante as fases de energia no campo do eletromagnetismo. De um modo geral, uma das fases (paradigma) se sobressai e domina um grupo, nação ou contexto histórico mais amplo. As outras fases continuam no ritmo natural de suas naturezas vibratórias.

A arte sempre esteve presente nas formas de representação da realidade ou na construção ou formatação do imaginário na base dos paradigmas. A música, o teatro, o artesanato, a pintura e outras formas de manifestação foram utilizadas e aperfeiçoadas pela humanidade. Assim, o homem evolui num processo criativo de aperfeiçoamento de seus instrumentos de representação bem como incorpora novas percepções decorrentes dessas experiências e descobertas. Nesse sentido, a identidade humana se entrelaça e se confunde com os instrumentos e objetos psíquicos, biológicos e metafísicos intrínsecos à realidade vivida. A força da criação está no poder de elevar a compreensão do homem: do ser fazendo e fazer sendo.

Nesse contexto, nos defrontamos com um paradoxo histórico. Pois, todo homem é ser antes de fazer, mas também é antes de tudo criador fazendo-se a si mesmo nas diversas circunstâncias em que as leis da natureza chama-o para um novo salto da consciência: autotranscendência. Ele é tanto a escultura quanto o próprio escultor de si mesmo! As expressões latinas EDUCARE e EDUCERE (educar de dentro para fora e educar de fora para dentro), nos faz compreender muito bem o duplo movimento da educação.

Assim sendo, fazemos e somos a realidade que desejamos e vivemos. Não há como fugir dessa verdade! Recentemente o cinema lançou um filme que já virou sucesso de bilheteria. O filme Chico Xavier! A arte se prestando a mostrar a realidade vivida por um homem comum numa cidadezinha do interior de Minas Gerais. Chico é um exemplo marcante da vontade humana que em sua humilde e pobre condição sócio-econômica mostrou para milhões que vale a pena aprender fazendo e fazer criando - e descobrindo! - a verdade mais profunda e universal de todos os tempos: a disciplina interior!

O caráter é, portanto, a alma esculpida com disciplina. Foi o que nos mostrou Chico Xavier. Chico não era apenas um médium dotado de uma capacidade rara de percepção do invisível. Ele é uma referência brasileira de caráter, integridade, honestidade, caridade, bondade e amor. Chico era um artista da alma humana. Ele esculpiu, pintou, representou e ensinou a ciência ou arte do ser-fazer-ser. No mundo caótico e escuro em que vivemos, ele se mostra com humildade como luz e exemplo de valores notáveis a serem seguidos. Por isso mesmo, o seu esforço e disciplina impecável coloca-o no topo dos grandes mestres da humanidade, ao lado de Gandhi, Madre Teresa de Calcutá, São Francisco de Assis, Irmã Dulce etc.

O filme mostra um Chico humano com uma imensa espiritualidade-humanidade. O Chico-mito ou Chico-santo ele mesmo não desejava para si (segundo seus amigos mais próximos). Ele era simples, alegre, amigo, caridoso, hospitaleiro e consciente de suas fraquezas e deficiências humanas. O cinema religioso-espiritual brasileiro está de parabéns com esse lançamento. O próximo lançamento parece prometer sucesso também: o filme NOSSO LAR (baseado no livro psicografado por Chico Xavier). E para concluir vou citar uma frase de um pensador do século passado: “o próximo século será espiritual, ou, então, não será!”.

Bernardo Melgaço da Silva

A Semana que Passou - por José do Vale Pinheiro Feitosa

Qual o resumo dos eventos internacionais da semana passada?

No início da semana

O Presidente dos EUA, antes fazendo alguns acertos com a Rússia, a segunda maior potência nuclear, convocou uma reunião com alguns países importantes do mundo. Para dizer o quê?

Qual seria a sua política nuclear e as repercussões dela em todo o mundo. E qual a do Irã nisso?

Nada, não tem coisa alguma, é apenas o sparring do big boxer do mundo. Dizendo para todo mundo que o Império ainda não caiu e que cada presidente, a seu bel prazer, decide como usar a Bomba sobre os outros. Antes o método Bush de agir, agora o de Obama.

Do meio para o fim

Quatro países com grandes extensões territoriais e grandes populações (o Canadá é apenas um Dândi que faz chá de caridade) se reuniram no Brasil e procuraram definir um plano de ação conjunta. Não caíram no jogo do Big Boxer de falar em armamento, simplesmente demonstraram que não usarão o Irã como sparring e partiram para coisas “piores” que a bomba.

Por exemplo: excluir os dólares das suas transações correntes; criar mecanismos de financiamento de suas trocas comerciais, ajudas estratégicas em vários setores de desenvolvimento.

Realmente a chamada crise está mudando o cenário mundial! Vejamos o que acontecerá nos próximos anos, tanto no calor do cotidiano pleno de reviravoltas, quanto no arco maior das grandes mudanças. Aliás, além de monitorar as reviravoltas, o mais importante é a grande mudança.

E o vulcão da Islândia?

Como tudo que é humano, está sujeito a saber-se onde o evento mais encolhe o sapato já apertado do sujeito com calos. Por exemplo, todo mundo enxerga o caos aéreo (isso é uma invenção da mídia brasileira em luta pela privatização da INFRAERO). Muitos aeroportos europeus amanheceram parados por conta da nuvem de poeira de um vulcão na Islândia. Então é isso o que significa o vulcão, para os viajantes, aviões no pátio e a impossibilidade de ir para determinado lugar. De outra forma já se sabe o que acontece: não saem do lugar. De castigo, ali mesmo.

Mas tem o pessoal do meio ambiente. O gelo da Islândia diminuiu, o solo ficou mais leve e os vulcões estão vomitando o magma da terra. Que dizer não irrompia antes, pois estava arrolhado pelo gelo.

Esta é a verdadeira e principal demonstração da dialética Hegeliano: o gelo e o fogo. O pessoal só não deve criar medo onde o horror já existe, o efeito é outro. Como a propaganda contra as drogas, apenas amedrontando onde existe tanto “barato”, como diria Geraldo Vandré: pelos campos há delírios, em tantos tormentos.