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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Encontro do Verso Cantado e das Graphias

Zé Nilton, e o programa de amanhã?


Todos já sabem, tudo bem, que todas as quintas-feiras, das 14 às 15 horas, Zé Nilton Figueiredo apresenta o programa Compositores do Brasil, com apoio do CCBNB Cariri, na Rádio Educadora do Crato, AM 1020.

Há essas alturas, Zé Nilton, já teria postado algo sobre o programa. Mas, até agora, nada!

Então, o que houve?

Talvez, Zé ainda estaria ultimando a elaboração do programa de amanhã.

Talvez, não! Zé já teria preparado o programa e agora estaria na Serra do Araripe, onde tem um rancho pra lá de aprazível (confira pela foto acima).

De qualquer forma, Zé é Zé e o resto é zil...

Papa Poluição, uma das maiores bandas do Rock Brasileiro, era liderada pelo cratense Tiago Araripe

Capa do primeiro disco da banda


Papa Poluição: banda de pop-rock formado em São Paulo, em 1975, por Paulinho Costa (voz e guitarra), Luís Penna (guitarra e voz), Beto Carrera (guitarra e voz), Tiago Araripe (violão, percussão e voz), Bill Soares (baixo e voz) e Xico Carlos (bateria).

A maioria dos seus integrantes era nordestina; Tiago, Bill e Chico eram cearenses e Paulinho e Luís vinham da Bahia. A exemplo dos Novos Baianos, fundiam a MPB ao rock, porém com ênfase na ironia e no bom humor. O grupo gravou apenas dois compactos (o que é de lascar): um duplo pela Chantecler em 1976 com as músicas "Rola Coco", "Guerra Fria", "Em Nome Do Rock" e "Brechando Nas Gretas" e um compacto simples pela Top Tape no ano seguinte com as faixas "Tua Ausência" e "Inferno Da Criação".

Tiago Araripe (que já havia gravado um compacto solo para a Odeon ainda em 1974 com suas composições "Os Três Monges" e "Sodoma e Gomorra"), seguiu carreira-solo, gravando o LP Cabelos de Sansão, no início da década de 1980. Este disco foi recentemente reeditado em CD pela Saravá Discos. Tiago hoje mora em Recife, Pernanbuco, trabalha com publicidade e mantém um blogue muito interessante com o mesmo nome do seus antológico disco. Para acessá-lo clique aqui.

Penna e Paulinho gravaram alguns discos em dupla (incluindo "O Macaco Avoa", pela RGE, para a trilha do filme Sargento Getúlio), e Penna entrou para a política nos anos 2000, sendo hoje presidente nacional do Partido Verde.

Fonte: Arquivo do Rock Brasileiro (Terra).

Avôhai*


Por Tiago Araripe

Meus dois avôs tiveram influência musical decisiva na minha vida. Antônio, o pai do meu pai, tinha um baú de preciosidades no sertão do Piauí: um rico acervo de longueplêis de talentos como Luiz Gonzaga, Marinês e Jackson do Pandeiro. Só música nordestina, que a gente ouvia de vez em quando numa radiola de pilha.

(A primeira vez que escutei de novo velhas gravações de Luiz Gonzaga no Ceará, 23 anos depois de morar em São Paulo, foi inevitável a garganta apertada, os olhos úmidos, a memória acesa...)

José, o pai da minha mãe, tinha mais que um baú: tinha um aparelho de rádio daqueles antigões, lindo, diante do qual se concentrava com prazer para sintonizar estações do mundo todo. Lá ouvia de música mexicana a tangos argentinos, de canções russas a foxtrotes norte-americanos. Esse gosto musical ecumênico, que incluía de peças do folclore caririense a sinfonias e óperas, sempre me causou muita admiração.

Eu era o operador voluntário do seu gravador de som, daqueles de fita. Aliás, o aparelho era do museu que funcionava na sala de sua casa, na rua Miguel Limaverde, e depois se transformou no Museu do Crato. Gravávamos a Banda de Pífanos dos Irmãos Aniceto, o maneiro-pau, os reisados... Mais tarde encontrei minha forma de retribuir apresentando as canções dos Beatles, que ele passou a pedir para escutar sempre que ia à minha casa. Tinha suas predileções, como If I Feel, And I Love Her e outras composições de John Lennon e Paul McCartney.

Como os ouvidos sem fronteiras do meu avô José, as canções dos Beatles sempre me soaram feito uma espécie de esperanto musical, acessível em qualquer parte do mundo. Certa vez aproveitei essas percepções numa composição ainda inédita em disco, que diz:

“Quando meu ouvido encontra o seu / todos os ruídos tornam-se um som / Todos os signos, todos os indícios / O Atlântico bebe onde bebe o Pacífico / Feito Beatles / Esperanto / Entre nossas línguas já não há Babel / Eu em São Paulo / Escutando o mar / No búzio que você me deu / Em tudo que você me dá”...

Aos meus avôs Antônio de Alencar Araripe e José de Figueiredo Filho (foto), onde estiverem, à maneira de Zé Ramalho saúdo: Avôhai!

* Artigo de autoria de Tiago Araripe, publicado originalmente no Cariricult.blogspot.com

Crato e Nossa Senhora de Fátima


Texto: Armando Lopes Rafael
Fotos: Carlos Rafael Dias


A cidade de Crato, desde seu início, sempre foi profundamente marcada pela presença da Virgem Maria!
Ao fundar a Missão do Miranda – embrião desta cidade – com o objetivo de pregar a fé católica aos indígenas, o capuchinho italiano Frei Carlos Maria de Ferrara o fez de modo simbólico. Ergueu, no centro da aldeia, uma humilde capelinha de taipa, coberta com folhas de palmeiras e a dedicou – de maneira especial – a Nossa Senhora da Penha, a São Fidelis de Sigmaringa e à Santíssima Trindade. Na ocasião, a imagem ali venerada foi uma pequena estatueta da Virgem Maria, com o poético nome de Mãe do Belo Amor...

Em 13 de maio de 1917, alvorecer do século XX, Nossa Senhora escolheu o lugarejo de Fátima, em Portugal, para divulgar – por meio de três crianças – uma mensagem. De Fátima difundiu-se pelo mundo inteiro esta mensagem de conversão e esperança! Também em Crato a mensagem de Nossa Senhora de Fátima teve grande repercussão. Já 25 anos depois dessa aparição, num mundo de precária comunicação, o historiador maior desta cidade, Irineu Pinheiro – no seu clássico O Cariri, na página 272 – registrava: “No dia 3 de outubro de 1942 à tarde, trouxeram em procissão da Sé para o novo templo (igreja de São Vicente Ferrer) em andores, as imagens de São Vicente Férrer e Nossa Senhora de Fátima, em meio de fogos, vivas e palmas entusiásticas”.
Noutro livro, Efemérides do Cariri, Irineu Pinheiro assim descreve a visita, em 1953, da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima a Crato: “Foi a maior manifestação religiosa a que assistiu o Crato desde sua fundação...”.

Fruto dessa visita, entre tantas coisas, foi a inauguração, em Crato, do Aeroporto de Fátima (em plena Serra do Araripe) e o início da construção da Igrejinha de Fátima, localizada na Rua Nossa Senhora de Fátima, no Pimenta.

Em 1967, o Prefeito de Crato, Humberto Macário de Brito, construiu um monumento a Nossa Senhora de Fátima, no velho Aeroporto (fotos), de autoria do renomado escultor jardinense, José Rangel. Estivemos lá neste domingo e fotografamos o monumento abandonado. Neste 2007 – quando se comemora 90 anos das Aparições de Fátima – bem que a administração municipal poderia relocalizar este monumento no bairro do Pimenta, onde fica a única paróquia da Diocese de Crato que tem como padroeira Nossa Senhora de Fátima.

Lembrando Antônio Corrêa Celestino*

Por Armando Lopes Rafael

“Se um homem tiver alguma grandeza dentro de si, ela aparecerá. Não em momento espetacular, mas quando for feito o registro do seu dia-a-dia” (Beryl Markham)

No primeiro quartel do século XX, na Região do Cariri, só a cidade de Crato dispunha de educandários de 2º grau. E isso a partir de 1916, graças ao primeiro Bispo de Crato – Dom Quintino – responsável pela reabertura do antigo Ginásio São José, com o nome de Ginásio Diocesano, destinado à educação da juventude masculina. Como o estudo era caro, só jovens oriundos de famílias ricas tinham acesso à educação, no único ginásio caririense.

Nascido na zona rural de Barbalha, filho de família modesta, o empresário Antônio Corrêa Celestino não chegou a cursar o segundo grau. Mesmo tendo freqüentado pouco a escola, era um autodidata. Lia muito, redigia as correspondências mais importantes de sua empresa e – o principal – sempre estava atualizado sobre os acontecimentos do Brasil e do mundo. Tinha sempre um ponto de vista firmado sobre os fatos mais relevantes, divulgados pela imprensa e externava suas opiniões com muita segurança e equilíbrio.

Oportuno lembrar a trajetória da vida de Antônio Corrêa Celestino (1908-1995) atravessando quase todo o século XX, época de profundas mudanças na sociedade humana, dos avanços tecnológicos, de grandes enfrentamentos políticos e ideológicos, das conquistas da civilização e de tantas outras. Celestino venceu todos esses vendavais, como um cristão autêntico, no sentido ético da palavra cristão. Sua vida foi um exemplo de dedicação à comunidade, à Religião Católica, pela sua fé inquebrantável, e à Pátria, pelo seu ardoroso civismo.

Celestino sempre entendeu o ambiente de uma empresa não restrito unicamente às atividades internas e ao relacionamento com fornecedores e clientes. Para ele as empresas não deviam satisfações apenas aos seus acionistas, mas cumpriam interagir com os anseios coletivos das comunidades onde atuavam.

Citarei um único exemplo da sua atuação nesse campo de pensamento, provavelmente desconhecido até dos seus familiares. Quando da construção do grandioso Santuário de São Francisco das Chagas, em Juazeiro do Norte, além das doações pessoais feitas para a edificação do belo templo, Celestino financiou a aquisição, na Itália – às expensas da Aliança de Ouro S/A – da belíssima imagem de São Francisco, pontificando, há meio século, no altar-mor daquela igreja. Hoje, os milhares de pessoas, quando contemplam a imagem de São Francisco ou rezam diante dela, desconhecem o fato de esta se encontrar ali, graças a uma doação de Antônio Corrêa Celestino.

Empresário vitorioso, Celestino não era obcecado pelo lucro nem pelo acumular de riquezas. Dotado de arraigadas convicções cristãs, conseguiu conciliar ética e lucro, sem ferir princípios da responsabilidade social. Talvez sua única vaidade fosse enumerar, vez por outra, o número de empregos gerados por sua empresa. Ficava feliz em rememorar o fato de dezenas de famílias terem um sustento condigno, graças aos empregos proporcionados pela Aliança de Ouro S/A. Sua residência era acolhedora, mas simples. Nada de supérfluo.
Era assim Antônio Corrêa Celestino. Um homem coerente! Um homem de bem!

* Artigo publicado no "Jornal do Cariri", edição 27-10-2009

Texto: Armando Lopes Rafael

As histórias dos outros – V: O Campeão de Bolero – por Carlos Eduardo Esmeraldo

Outro dia, li em algum lugar por aqui, uma homenagem a Garrincha, o extraordinário ponta direita do Botafogo e da Seleção Brasileira. Neste dia 28 de outubro completa-se 76 anos do seu nascimento. Faleceu em conseqüência dos efeitos do álcool no organismo humano aos 49 anos em 20 de janeiro de 1983.

Muitas são as histórias engraçadas daquele genial jogador, que foi um dos melhores do Brasil em todos os tempos, ao lado de Pelé, Didi, Domingos da Guia e Leônidas da Silva, este último, jogador dos anos trinta e que para o meu pai era o melhor de todos. Mas calma pessoal, meu pai não entendia nada de futebol.

Segundo o escritor e pesquisador Ruy Castro, autor de “A Estrela Solitária”, muitas dessas histórias sobre Garrincha foram criadas pelo jornalista Sandro Moreira e não ocorreram.

Mas essa história que se segue merece crédito porque foi revelada pelo próprio técnico do Botafogo. Aconteceu numa excursão do time à América Central no distante ano de 1957, durante um torneio disputado em El Salvador. Na véspera da final contra o Independiente da Argentina, tido naquele ano, como um dos melhores times do mundo, os dirigentes do Botafogo deram por falta de Garrincha no hotel. Eram quase onze horas da noite quando o chefe da delegação do Botafogo, um de seus diretores e o técnico resolveram procurá-lo por tudo que fosse casa noturna de El Salvador. Orientados por um motorista de taxi, eles visitaram quase todas as casas de shows da cidade, que não eram muitas, e já estavam perdendo as esperanças, quando avistaram um pequeno cartaz preso por um arame num poste, com o seguinte anúncio: “Gran concurso de Bolero – a las nueve de la noche en La Caverna.” Correram para essa casa e lá encontraram uma enorme multidão comprimida em torno da pista de dança. Havia uma intensa fumaceira, que associada a pouca luz dificultava encontrar Garrincha no meio da platéia. Quando eles já iam se retirar, o locutor anunciou a grande final e que cada componente da dupla vencedora receberia um premio de vinte dólares. Eles olharam e viram uma baixinha, que parecia uma caturrita dançando e fazendo muitas evoluções. Quando observaram o par da dançarina tiveram uma grande surpresa. Era Garrincha! Não tiveram dúvidas. Subiram ao palco e arrastaram Garrincha para dentro do taxi, sob protestos do jogador, reclamando os vinte dólares que iria ganhar, pois estava quase vitorioso na grande final. Os dirigentes disseram que quem deveria pagar vinte dólares de multa seria ele, Garrincha, por haver desobedecido à ordem de permanecer na concentração. E se o Botafogo perdesse o jogo final, ele seria multado com toda certeza.

Atendendo a um pedido do próprio Garrincha, os dirigentes combinaram não comentar esse assunto com os outros jogadores para evitar as costumeiras zombarias entre eles. Mas na hora do café, Edson, um dos jogadores, começou a gritar para Garrincha: “Cinderela, ô cinderela!” Era uma referência ao fato de Garrincha haver abandonado o baile antes do final. Os dirigentes ficaram intrigados como poderiam ter descoberto aquele segredo. Somente souberam a razão quando o roupeiro do Botafogo comunicou: “Seu João, tem uma mulher na recepção desejando falar com os diretores do time.” Era a bailarina do bolero, furiosa porque perdera o premio do concurso. “Me preparei muito para esse concurso. Ele já estava ganho, quando uns homens levaram o Manolo”. Protestava a dançarina. Em seguida houve uma séria discussão, com os dirigentes sem querer pagar à mulher e ela ameaçando a armar o maior “barraco”. E barraco em espanhol não é nenhuma latada dessas daqui não! É barraco para mais de mil embolações da língua. Resolveram pagar. Quando a mulher se foi com seus vinte dólares, apareceu Garrincha, com ar de inocência dizendo: “Seu João, eu gostaria de receber meus vinte dólares que deixei de ganhar ontem à noite.” “O que seu moleque? Perde esse jogo que você vai ver os vinte dólares, ouviu?”
E o resultado do jogo? Deu empate: um a um.

Adaptado por Carlos Eduardo Esmeraldo de “Os subterrâneos do futebol” de autoria de João Saldanha, capítulo: “O concurso de bolero” páginas 86-93– José Olympio Editora, Rio de Janeiro - 1980

memorial do imigrante (sp)

















onde passamos
onde construímos montanhas de silêncio
giramos os corações
curva interminável
em nossos pés cheios de pó
muitas palavras que seriam
todas guardadas na raiz da árvore
na curva dos bancos
também nossos olhos no escuro
nós no centro do círculo de pedras
inscrito em cada olho
um mundo transfigurado
solidão em tudo por onde fomos



foto: chagas
http://br.olhares.com/abrigo_arsenal_da_esperanca_foto2620418.html

AFINAL, POR QUE DEUS OU CONSCIÊNCIA CÓSMICA TRANSCENDENTAL? AS ESCOLAS DA RAZÃO E DA FÉ


Bernardo Melgaço da Silva

Escolhi esse tema porque acho oportuno nos dias de hoje apontar os descaminhos onde a filosofia bate cabeça com a ciência e a ciência bate cabeça com a religião. E os três batem cabeça com os Poderes (o oficial e o paralelo organizado, armado e corporativo) do Estado e das Organizações Ilegais. E a causa segundo PIERRE WEIL (UNIPAZ) é essa:

"A filosofia afastou-se da tradição, a ciência abandonou a filosofia; nesse movimento, a sabedoria dissociou-se do amor e a razão deixou a sabedoria, divorciando-se do coração que ela já não escuta. A ciência tornou-se tecnologia fria, sem nenhuma ética. É essa a mentalidade que rege nossas escolas e universidades"(p.35).

A expressão “Deus” pode ser entendida por cada um de vários modos e níveis de consciência. Assim, podemos entender Deus como epifenômeno transcendental, ou seja, Ele existe enquanto fenômeno supra-humano, ou seja, paralelo, independente, latente, imanente ou presente na vida psico-bio-ontológica. Podemos entendê-Lo apenas como um conceito, uma idéia de um ser perfeito, justo e provedor das nossas carências e necessidades, mas para isso precisamos suplicar direta ou indiretamente constantemente a sua intervenção em nosso mundo. Podemos entendê-Lo como um Valor Supremo, um Bem Incomum (transcendente ao bem comum que é proveniente do trabalho socialmente necessário) e que se manifesta inesperadamente quando nos dedicamos ou nos disciplinamos espiritualmente (os orientais denominam essa disciplina de SADHANA) em querer encontrá-Lo, compreendê-Lo (EINSTEIN afirmou: “o Velho Me diz interiormente....” – O Velho para ele era a Inteligência Cósmica da Natureza) e amá-Lo mais do que tudo que existe nessa Terra.

Ele É, portanto, tanto Criador quanto Criatura que evolui através de uma infinidade de Leis Naturais e Cósmicas criadas por Ele mesmo: na vida, no cosmo e na existência. Evoluímos Nele e com Ele. Alguns duvidarão dessa minha visão de Deus. É natural, pois todo ser humano carrega a beleza e a grandeza de ser e não ser ao mesmo tempo; de duvidar e ter fé em si mesmo profundamente (em Deus); de cair e se elevar; de amar ou odiar; de ir além de si mesmo ou ficar estagnado nas crenças e ideologias de sua época.

Nesse sentido, Deus nunca poderá ser objetivado, no máximo especulado ou hipotetizado. Os cientistas enraizados e matriculados na escola da razão rejeitarão a variável da consciência-de-Deus em suas equações matemáticas e científicas. Nesse contexto, a razão dessa escola é superior, suprema e inquestionável. Pois, é o Método – que significa na língua grega CAMINHO! Ele tem que ser respeitado e seguido como um dogma religioso – não se pode afastar do Caminho racional nunca! Então, nos perguntamos se a ciência moderna (oficial) seria o único caminho possível e provável de se aventurar nas descobertas das Leis Naturais (sociais, psicológicas e ontológicas). Se admitirmos que a ciência (ou mesmo a filosofia e a religião tem de fato a primeira e a última palavra sobre o Grande Enigma de quem somos nós, de onde viemos e para onde vamos) estamos abandonando a responsabilidade pessoal de compreendermos e exercitarmos o caminho da escola da fé e da filosofia perene (segundo A. Huxley de uma consciência cósmica como um epifenômeno transcendental habitando os mundos, inclusive os universos paralelos (que a física moderna já admite matematicamente a existência de pelo menos doze realidades paralelas - o mundo tridimensional é apenas um deles!)). E se acreditarmos que a ciência (principalmente a física moderna, astrofísica e astrobiologia (na sua compreensão de expansão e contração dos níveis de realidade), e a biologia) está se aproximando da verdade maior cósmica , podemos inferir como consequência que existem estratos de consciência formando níveis diferenciados de consciência associados aos estratos de energias que dão forma e estruturam os vários mundos criados nas dimensões quânticas e infra-biológicas da matéria.

É, portanto, a nossa evolução da consciência quem vai decidir que mundo queremos habitar, ver, aprender e evoluir. Somos responsáveis (cada um de nós pessoalmente ) por tudo que criamos (p.ex.: mentes robotizadas pela massificação de valores e idéias de consumo sem limites pela mídia capitalista), transformamos (p.ex.; os super-vírus, super-resistentes aos anti-bióticos conhecidos já são uma realidade que assusta milhões de indivíduos doentes no mundo inteiro) e destruímos (p.ex.: estudos tem demonstrado que está havendo uma erosão nas orlas marítimas de todos os continentes (os oceanos estão avançando e “comendo” enormes pedaços de terra) e os pólos do planeta estão derretendo assustadoramente em função do aquecimento global) em nossa caminhada (exterior ou interior) evolutiva de desenvolvimento da inteligência, sensibilidade e experiências (objetivas, subjetivas e profundamente interiores).

Por isso, a crença na "transparência" imediata da realidade, como se o real tivesse que estar necessariamente submetido ao "tribunal" dos sentidos humanos - muito bem expressa na frase de Max Planck: "o real é o mensurável" - tolhe a imaginação humana, restringindo-a a estereótipos. Para sairmos [mudarmos o paradigma existencial] destes estereótipos necessitamos reformar o nosso ser, nossos posicionamentos, nossas atitudes, em concordância com uma vontade de colocar a busca da verdade acima de qualquer interesse material.

As escolas da fé em tempos antigos eram conhecidas pelos nossos antepassados através da Tradição (baseada numa contemplação de si e uma auto-investigação implacável de si mesmo – Eu Superior!). Na escola da fé conseguimos distinguir e diferenciar a felicidade do conforto, a vontade do desejo, o amor da paixão, a coragem da covardia, a fé genuína e forte da crença infundada e fraca. O medo é o principal fator que impede nossa reconstrução da realidade e nossa "matrícula" na escola da fé [genuína] (1). Um outro obstáculo é a forte convicção de que o conhecimento racional (sem a disciplina impecável do autoconhecimento sensível) é o nosso limite máximo de compreensão e evolução. O medo da mudança acarreta uma contínua repetição de atividades, argumentos e atitudes condicionadas. Num círculo vicioso ficamos presos à falsa identificação de nós mesmos com nossas crenças. O impulso de mudança do ser consegue romper com a cadeia viciosa de hábito, argumento e crença. A mudança requer uma descontinuidade nos hábitos básicos de identificação de nossa identidade real, de pensamento e de sentimento. Nessa mudança a Natureza (Physus grega) nos "cobra", que para transcendermos, temos que descobri-La: "decifra-Me ou Te devoro". Essa descoberta não é só o acúmulo de informações objetivas sobre as regularidades do mundo exterior. Ela pressupõe o autoconhecimento sensível através de métodos diretos que atuam na fonte da consciência humana, onde o Amor Incondicional e Sagrado convive com o medo da morte racionalizada: o caminho das ciências tradicionais da fé e da "sutilização da sensibilidade".

Hoje, vivemos perplexos: que mundo estamos criando onde o Estado, as instituições e as organizações em geral não conseguem equilibrar o montante dos problemas surgidos dia-a-dia com soluções duradouras e eficazes, p.ex.: as drogas recentes como Crack e a violência urbana e internacional: p.ex.; homens matam suas queridas namoradas (sem um motivo qualquer), mulher assassinada por uma bala perdida quando carregava sua filha no colo (num tiroteio ou guerra entre traficantes e policiais - RJ); três jovens assassinados friamente, por traficantes, quando retornavam e estacionavam o carro em frente as casa onde moravam (no RJ)? A lista é grande contando com os massacres na África, Haiti, Iraque, Palestina, World Trade Center, a chacina provoca pelos governos totalitários etc. E os horrores das duas grandes guerras mundiais não podem mais ser colocadas de lado. Infelizmente progredimos muito em termos de tecnologia e ciência material, mas no que se refere a evolução (ética do caráter) das ciências ontológicas e humanas estamos engatinhando na escuridão cósmica da ignorância de si mesmo (O Ser Superior em cada um de si transcendental): Deus é cósmico e transcendental – por isso as escolas da razão não conseguem tornar esse fenômeno um “objeto” provável pelo Método da Ciência Dominante Moderna. Por isso, Deus não é, e nunca será, um objeto de estudo da Ciência Moderna (oficial) Unilateral Racional.

Felizmente estão surgindo cientistas sérios e holísticos que ousam sair do discurso da “mesmice” dogmática ou descrente para irem além da escola e caminho da razão e assim descobrirem novos mundos e leis naturais e cósmicas jamais imaginadas pela ciência e caminho dominante da razão e suas escolas de saber, são eles: Físico Ami Goswami, Físico Fritjof Capra, Ex-Física da NASA Barbara Ann Brenam, Médico e Pesquisador Gerard Gerber, Psicólogo e Pesquisador Pierre Weil, Médico e Pesquisador Deepak Chopra, Pesquisador e Biólogo Sheldrake e vários outros cientistas que se juntaram para lançar o filme e livro “QUEM SOMOS NÓS?”. E com certeza daqui algumas décadas ou no máximo um século a Ciência Racional terá evoluída para a Ciência da Intuição Holística (onde tudo: pessoas, fatos, fenômenos naturais e acontecimentos do senso comum (p.ex.: a experiência sobrenatural de quase-morte) estarão interligados numa grande teia de relações concretas e sutis, físicas e metafísicas, e a física quântica tanto quanto a biologia e a astrobiologia-astrofísica terão um papel importante para compreendermos as leis Cósmicas da Vida criadas por um Ser Superior muitas das vezes incompreendido: Deus (uma Consciência Cósmica e Transcendental latente, em sua maioria, em cada um de nós)!

Por isso, recomendo a leitura do mestre espiritual indiano SAI BABA porque suas palavras sábias encontram ressonância em minhas experiências místicas-espirituais em 1988 – RJ. Ele é um verdadeiro AVATAR (um ser Iluminado, no entanto, ainda muito incompreendido no mundo Ocidental Racional-Cristão). E por incrível que pareça seus SÁBIOS aconselhamentos não entram em conflito, em hipótese alguma, com os SÁBIOS ensinamentos de Jesus Cristo.

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(1) WEIL, PIERRE, ("A resistência ao transpessoal e a abordagem
holística do real", THOT, nº 51, 1989,pp. 35-39), aponta os
principais tipos de medo: medo da dissolução do eu; medo do
desconhecido; medo da mudança; medo de perder; medo de submeter-se a um mestre; medo de alucinação; medo de sofrer; medo de perder o controle.


Bernardo Melgaço da Silva

Procuradora pede anulação de concurso em Juazeiro do Norte

Do Jornal do Cariri

O Ministério Público do Trabalho, na pessoa da procuradora Andressa Alves concedeu a administração municipal de Juazeiro do Norte, o prazo de 15 dias para que o concurso público realizado no último mês de agosto seja anulado.

De acordo com o site da Procuradoria Regional do Trabalho a justificativa para a anulação foram indícios de ilegalidade que, segundo a procuradora Andressa decorreram do fato de o filho do secretário de administração, José Ivan Alves, que também era membro da comissão gestora do referido concurso, ter concorrido ao cargo de advogado do Município, para o qual foi aprovado.
No site oficial, a procuradoria diz ter recebido denúncia de que na sala que a mulher do presidente da câmara municipal fez as provas, os candidatos encontraram a prova disponível sobre as carteiras desde o momento em que ingressaram no local, quando a prática corriqueira é de abrir o lacre dos cadernos quando todos os alunos estiverem dentro da sala. A mulher do presidente da câmara José de Amélia Júnior não foi aprovada no concurso público.

De acordo com Nairton, assessor da Coordenadoria de Defesa dos Interesses Difusos e Coletivos (CODIN), não existe nenhuma posição sobre a anulação do concurso público da prefeitura de Juazeiro, mas apenas uma recomendação da promotora.

O secretário José Ivan foi procurado pelo JC para se pronunciar, mas disse que só se posicionaria perante a justiça.

Segundo o procurador geral do município, Bernardo de Oliveira Neto, a prefeitura está dentro do prazo estipulado pelo Ministério do Trabalho e avaliando as medidas a serem tomadas. Dr. Bernardo acrescentou que a prefeitura pretende se justificar perante a justiça de forma a garantir a validade do concurso. Não prejudicando com isso os candidatos aprovados.

As 766 vagas do concurso estão distribuídas em 47 cargos de níveis fundamental, médio e superior, para lotação em 12 secretarias, com salários que variam de R$ 465 a R$ 4,5 mil. Candidatos de várias cidades e de outros estados brasileiros participaram da seleção. A Universidade Regional do Cariri (URCA) foi à instituição responsável pela elaboração e aplicação das provas. A intenção do prefeito Manoel Santana era promover a convocação dos aprovados até o final deste ano.

Procurador de Juazeiro perde prazo e Marquise leva R$ 4,6 milhões

Do Jornal do Cariri

A Prefeitura de Juazeiro do Norte terá que pagar uma dívida estimada em R$ 4.600.000,00 (quatro milhões e seiscentos mil reais) à Construtora Marquise porque a Procuradoria do Município perdeu os prazos para contestar à ação judicial e os valores cobrados. A decisão é da 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Ceará. A dívida começou a ser cobrada quando o então prefeito Carlos Cruz suspendeu o contrato de limpeza pública assinado na gestão do seu antecessor Mauro Sampaio.
A Marquise, na ação ajuizada na 3ª Vara da Comarca de Juazeiro do Norte, cobrava o pagamento dos serviços realizados nos meses de outubro, novembro e dezembro de 2000, totalizando, em valores atualizados da época, R$ 1.237.294,01. A ação foi contestada ainda na gestão do prefeito Carlos Cruz e na administração do seu sucessor Raimundo Macedo.

A partir do dia primeiro de janeiro deste ano, quando o prefeito Manoel Santana (PT) assumiu o cargo, o novo procurador do Município, Bernardo de Oliveira, deveria ter acompanhado todos os processos movidos contra a Prefeitura. Essa providência básica não foi adotada e, no dia 29 de janeiro, saiu a publicação no Diário Oficial da Justiça sobre a decisão favorável a Marquise.

A Procuradoria não contestou a decisão que impõe o pagamento de valores estimados em R$ 4,6 milhões. O Município perdeu o prazo para essa contestação e, no dia 17 de março, se deu o trânsito em julgado porque a Procuradoria da Prefeitura perdeu, mais uma vez, prazo para recurso especial.

O desembargador Antonio Abelardo Benevides Moraes, relator do processo na 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça, argumenta, em sua decisão, que "comprovada a prestação dos serviços de limpeza pública urbana e, restando incontroversa a inadimplência do Município, legítima é a cobrança do pagamento do valor correspondente”.

Afirma ainda que "a administração Pública não pode furtar-se ao dever do pagamento proveniente dos serviços prestados à Prefeitura Municipal, sob a alegação de que o negócio foi realizado na gestão anterior e ocorrência de irregularidade na contração". Acrescenta, ainda, que se não for assim, estar-se-ia, de modo reprovável, autorizando que o Poder Público se locuplete à custa do particular, o que é inadmissível no Estado Democrático de Direito.

Corpo de Bombeiros alerta perigo de desabamento na Casa do Estudante de Crato

Do Jornal do Cariri

O prédio da Casa do Estudante do Crato (CEC) apresenta rachaduras nas paredes e piso, madeiramento comprometido pela ação de cupins e portas e janelas quebradas. De acordo com o laudo do Corpo de Bombeiros do Crato, o perigo de desabamento é iminente. O documento foi assinado pelo subtenente Juscelino Inácio de Brito, que recomendou a visita de engenheiros para constatar a veracidade dos fatos e uma imediata tomada de providências.

Uma equipe da vigilância sanitária do Crato constatou infestação de morcegos, inclusive fezes e urina, instalação hidráulica e elétrica danificada e infiltração de água em vários pontos do imóvel.
O prédio tem 13 apartamentos, sendo sete no térreo e seis no pavimento superior. No local, residem 29 estudantes secundaristas e universitários, oriundos dos municípios cearenses de Iguatu, Cedro, Lavras da Mangabeira, Quixelô, Acopiara, Milagres, Missão Velha, Jardim, Altaneira e Brejo Santo. De Pernambuco, alunos que vieram de Moreilandia, Exu e Cedro. Os jovens estudam na Universidade Regional do Cariri (URCA), Universidade Federal do Ceará (UFC), Instituto Federal do Ceará (IFECE), Leão Sampaio e Faculdade de Medicina de Juazeiro (FMJ). Eles estão apavorados com o estado de conservação do imóvel e esta semana, os alunos levarão a denúncia ao Ministério Público para tentar solucionar o problema.

A estudante do 7º semestre do curso de letras, Jaqueline Cruz, veio do distrito de Jamacaru, em Missão Velha, procurar abrigo na Casa do Estudante. Há três anos mora no local e participa da luta para conseguir melhorias para o prédio. “As pessoas que se abrigam aqui, não podem pagar o aluguel de apartamentos. Então, queremos melhores condições para beneficiar também outros estudantes, que assim com nós, não têm condições de pagar aluguel e morar em outro lugar”, ressalta a estudante.

Jaqueline fala ainda sobre a falta de segurança na casa: “já fomos assaltados umas três vezes. Certa vez, fomos passar as férias nas nossas cidades e quando voltamos tinham arrombado o quarto de um colega, levado a televisão e os pertences dele. A rua é esquisita e não temos nenhuma segurança, ficamos com medo se ouvirmos qualquer barulho”, concluiu a estudante.
O prefeito Samuel Araripe disse que a situação da Casa do Estudante do Crato é preocupante, mas qualquer recurso público destinado ao prédio poderá caracterizar improbidade administrativa por falta de legalidade nos repasses. Samuel solicitou que os engenheiros da secretaria municipal de Infraestrutura (SEINFRA) fossem ao local para uma avaliação. O engenheiro Jorge Ishimaru disse que a secretaria está desenvolvendo um projeto de restauração do prédio. Para o engenheiro, “as obras devem começar urgentemente devido as condições físicas do imóvel”.

Localizado na Rua Carolino Sucupira, no bairro Pimenta, o prédio foi construído em 1956, pela União dos Estudantes do Crato (UEC). O objetivo é abrigar estudantes do ensino médio e superior, reconhecidamente carente de recursos financeiros. A sede própria da União dos Estudantes do Crato (UEC) fica em anexo, mas sempre fechada.

Mototaxistas reclamam perseguição do Demutran do Crato

Do Jornal do Cariri

O trabalho dos agentes de trânsito de Crato vem sendo alvo de críticas constantes da população na cidade, a principal se refere à conduta dos próprios agentes no tráfego e a má fiscalização do trânsito.

De acordo com as reclamações populares, os agentes têm adotado uma fiscalização diferenciada para cada categoria de condutor. O protesto partiu dos motociclistas, que acreditam estar havendo perseguição por parte dos agentes com os condutores da categoria A, pois segundo os motociclistas as autuações para os condutores de carro é praticamente inexistente, enquanto a rigorosidade das fiscalizações sobre as motos é feita de forma intensa e abusiva.

“Os carros dos empresários do Crato podem ficar estacionados em local proibido, sem serem multados, enquanto nós, que precisamos do veículo para trabalhar, somos abordados a todo instante”, confessa o moto-taxista que não quis se identificar.

“Eles não param os automóveis, não param caminhões que transitam com passageiros no teto. O trabalho deles é feito somente sobre os motoqueiros” afirma o moto-taxista Cícero Ferreira.

A equipe de reportagem do JC foi às ruas da cidade e conferiu de perto as falhas da fiscalização. Foram encontrados no centro urbano, na área de atuação dos agentes, carros estacionados em locais proibidos e casos ainda mais surpreendentes, como a falta de respeito dos próprios agentes com as leis de trânsito: a moto de um agente estava parada sobre a faixa de pedestre, violação considerada grave no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e que acarreta 5 pontos na carteira de habilitação nacional e remoção do veículo. De acordo com o presidente do Demutran do Crato, Joatan Sousa, a medida de centralizar o trabalho de fiscalização com as motos é uma questão de segurança para a população. Quanto a remoção dos veículos, o presidente diz que a medida administrativa é de responsabilidade de outros órgãos de trânsito. Sobre as infrações cometidas pelos agentes no trânsito, Joatan diz estar aberto para receber as denúncias por escrito e que pretende apurá-las, a fim de tomar as providências necessárias.

Cariri se destaca como centro universitário

Universidade Regional do Cariri (Urca) é uma das universidades que oferecem ensino de qualidade para os jovens da região, ao lado da UVA e da UFC

Reportagem de Antonio Vicelmo (Diário do Nordeste)

A cada ano, Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha estão recebendo universitários de várias cidades do Nordeste

Crato. Com mais de 500 mil habitantes, as cidades do Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha, integrantes da Região Metropolitana do Cariri, passam por uma fase de desenvolvimento que implica na mudança do comportamento empresarial e no envolvimento das escolas de Ensino Superior, com reflexos nos usos e costumes e, sobretudo, na democratização e expansão do conhecimento em todos os níveis. Com três universidades (Urca, UVA e UFC) e seis faculdades, que oferecem cerca de 50 cursos, entre os quais dois de Medicina, em Juazeiro do Norte e Barbalha, o Cariri é hoje o maior centro universitário do Interior. A Urca, com sede no Crato, oferece 16 cursos e possui 11 mil alunos matriculados. O principal polo irradiador do conhecimento é a Universidade Regional do Cariri (Urca) que, segundo o reitor, Plácido Cidades Nuvens, foi concebida como polo de interiorização do Ensino Superior dentro da concepção tridimensional da instituição universitária: ensino, pesquisa e extensão. "Já assentada na sua regionalidade, a Urca teve a intuição fundamental de inserir-se na região como agente ativo do desenvolvimento do Cariri, contribuindo, significativamente, para a transformação da realidade caririense, por meio das atividades de ensino, pesquisa de ensino e extensão em sintonia com as aspirações da população", afirma ele. Plácido destaca que a consolidação da Universidade Regional no Cariri, no sopé da Chapada do Araripe, em pleno Nordeste Central, se apoia em três premissas: nova percepção do conceito de regional, que favorece macro decisões e aponta para uma dinâmica de desenvolvimento socioeconômico e cultural, até então inexplorado.

"O processo de mudança foi intensificado com o advento da sociedade pós-industrial, calcada nos frutos da ciência e da tecnologia, onde se esboça uma forte tendência à abordagem dos aspectos qualitativos das atividades econômicas e convicção de que o Estado paternalista, que em nosso País antecedeu a formação da cidadania, tem os seus dias contados, cabendo à sociedade, em forma crescente, assumir, democraticamente, as grandes decisões que lhe dizem respeito", afirma ele. Com esta nova formação universitária, o Cariri, segundo o reitor, se prepara para receber os empreendimentos que estão sendo implantados na região. Ele cita como exemplo a Televisão Verdes Mares Cariri que está funcionando com o aproveitamento em quase sua totalidade da mão-de-obra regional. Nesta mesma linha, surgem outras empresas de grande porte que estão mudando o perfil econômico e social da região.

O reitor da Urca avalia que, ao lidar com o conhecimento, a pesquisa e a formação de recursos humanos, em todos os níveis, os cursos superiores situam-se, com grande efeito multiplicador, no epicentro do processo de fortalecimento das economias regionais, que coexistem, interativamente, no polo oposto à formação de grandes blocos econômicos em escala mundial. Daí porque, acrescenta, a Universidade, que emerge desta visão, é uma entidade comprometida com a qualidade de suas ações, onde o universal e o regional são partes de um todo inseparável. "Ao longo de 20 anos, a Urca, com base no seu plano estratégico, criou raízes regionais, adensando a tessitura curricular na sua vocação regional, e expandindo-se espacialmente". Hoje, a Urca tem núcleo no eixo central, Crajubar, mas também em Iguatu, Campos Sales, Missão Velha, entre outras cidades.


Outro equipamento importante, segundo o reitor, é o Museu de Paleontologia de Santana do Cariri, que atua no âmbito da pesquisa em colaboração com cientistas pesquisadores de outros centros como Paulo Brito, da Universidade Estadual do Rio; especialistas em pálio ictiologia, Mary Elizabeth; pálio botânica, Rafael Martins Neto; pálio etimólogo e outros mais, que produzem ciências, valorizando, a riqueza fóssil da região. Na verticalização dos estudos, a Urca estruturou mestrado em Bioprospecção Molecular, no qual o conhecimento científico é aplicado à abordagem das essências nativas regionais. Ao fazer esta observação, ele afirma que está sendo projetado mestrado em Educação, com o objetivo de intensificar análises e pesquisas, que possam redundar numa nova articulação da estrutura curricular e na mais intensa força das funções educacionais do Cariri, como o avanço no compromisso regionalista, a estruturação do Geopark Araripe. Ele diz que se procura enlaçar as atividades de ensino e pesquisa como vetores do desenvolvimento sustentável, a partir de Geosítios.

ESTUDANTES

11 mil alunos estão matriculados, atualmente, na Universidade Regional do Cariri (Urca), em 16 cursos. Além desta unidade de ensino, existe a UVA e a UFC

Universidade Regional do Cariri
Cel. Antônio Luiz, 1161
Bairro Pimenta Crato
(88) 3102.1202
Cregional@diariodonordeste.com.br


ANTÔNIO VICELMO
Repórter do Jornal Diário do Nordeste

Secretária de Cultura Danielle Esmeraldo agradece a todos pelo II Festival Cariri da Canção


Ilmos.Srs. e Sras.

A Prefeitura Minicipal do Crato,Prefeito Samuel Araripe e a Secretaria da Cultura Esporte e Juventude , Secretária Danielle Esmeraldo, agradecem a todos que direta ou indiretamente apoiaram, incentivaram e acreditaram no Festival Cariri da Canção. Um evento anseiado por muitos e realizado com muito cuidado e zêlo por parte da administração. Todo o sucesso do Festival se justifica pela união de esforços e forças numa só direção: Fortalecer, divulgar e valorizar a música de qualidade e os músicos participantes, podendo serem reverenciados e aplaudidos pelo nosso tão fiel e espetacular público.

Da criança ao idoso, do mestre ao aprendiz, do produtor ao barraqueiro,todos numa grande expectativa, de vivenciar o que tem a música de melhor para nos proporcionar: A vibração da alma ao toque de uma belo acorde.

Sem a participação especial de cada um dos senhores, Secretários, equipe de produção (Secretaria da Cultura- vixe não dá pra mencionar, mas foram todos maravilhooososs / NUPROC- Honorato e Dora), apresentadores,imprensa (Vicelmo, Blog do Crato- Dihelson Mendonça, Culturanocariri, Sistema Vedes Mares de Comunicação, TV Verde Vale), Grendene, COELCE, Newland, Hidrotintas, Sr. Péricles sararipe, Sra. Jocelma Amorim, JODIBE,os grandes Parceiros SESC E CCBNB, prestadores de serviços( OK Produções, Hotel Vila Real, Pousada São Miguel,Central da Picanha, Artista da nossa Terra(Night Life, Rinaldo, Val Andrade, Nacacunda, Pombos Urbanos, Júnior Rivadávio, Cleivan Paiva, Dr. Raíz, Eduardo e Júnior, Janinha, Sukhyta, Stéfane Pontes,Sílvio e Marcos, Plataforma Vip, Over Drive); Os nossas atrações convidadas ( Davi Duarte, Chico César e Clã Brasil); Nossos gentis jurados (Carlos Rafael,Maestro Felipe, Nivaldo Ni,Geraldo Maia,Mestre Galdino, José Soares Neto, Davi Duarte, João do Crato.) Nossos jovens e profissionais concorrentes, nossa competentíssima Banda Base ( Maestro Bonifácio, João neto, Ibertson, Lifanco, Rodrigo Batera), amigos e amantes da música, profissionais da cultura , à nossa sensível amiga e insentivadora da arte na nossa cidade a Primeira Dama Mônica Araripe, o nosso muito, muito obrigado. Todo nós fizemos uma grande festa com o teor artístico e cultural de grande nível,com porte de um evento que logo poderá se adequar e estar inserido no calendário anual da nossa região.

Estamos felizes por mais uma conquista, que teve como maior objetivo trazer a música para perto de nossos corações e enchendo-os de alegria e bons fluídos. Gostaríamos de sempre podermos contar com o apoio, mesmo que seja de um simples gesto de incentivo, para que possamos continuar a fazer o melhor por nossa cultura. Um abraço de gratidão no coração de todos vocês!

Danielle Esmeraldo
Fonte: Blog do Crato