“Obtenção de posições de autoridade e poder, de habilidade e inteligência que podem manipular pessoas e coisas, de fama e supremacia, de encanto pessoal, de boa saúde e felicidade ou de uma grande família com muitos filhos ou riqueza... nenhum desses pode conferir libertação. Você não pode alcançar libertação empreendendo sacrifícios, votos, caridade, peregrinação ou doações para projetos sagrados. Embora o mundo objetivo pareça real, você deve estar ciente de que está se iludindo. Você deve abandonar a ânsia por prazer decorrente dos objetos que surgem e atraem - agora e no futuro. Somente a renúncia pode levar à imortalidade. Você será libertado assim que renunciar a seu apego e desejo.”
Sathya Sai Baba
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sexta-feira, 25 de junho de 2010
Pensamento para o Dia 25/06/2010
O alcoolismo - Emerson Monteiro
Das primeiras vezes, acha-se divertido. Envolve-se. Alegra-se. Facilita participar de grupos sociais com mais satisfação. Torna-se um passaporte para novas amizades. Fácil de encontrar, a bebida se oferece nos variados recantos deste mundo dito civilizado. Torna-se algo semelhante a sonhar de olhos abertos.
Mas que fica apenas nisso mesmo. Depois de algum tempo, qual dragão indomável, o vício sujeita a vida e o que antes era sonho torna-se pesadelo a desafiar o ser humano e sua força de reagir e se libertar.
Eis o alcoolismo, flagelo indescritível dos dias atuais. Monstro devorador da personalidade, intruso destruidor de famílias, de jovens e adultos, homens e mulheres, ricos e pobres, de esperanças e ideais. Tudo sob a permissão das instituições, fonte de lucros tributários e origem de receitas empresariais.
Hoje, o alcoolismo vem sendo analisado sob outros prismas e passa a ser considerado pela ciência como um mal de solução difícil, agente nocivo desagregador de graves riscos à saúde pública.
Quando termina o dia de trabalho, começam os litígios. Pais de família saem pelos bares e casas de espetáculos a satisfazer o cruel instinto da sede alcoólica, expostos à sanha perversa de piores consequências, porquanto portas se abrem fácil a quem busca as malhas do vício.
A aceitação social, a falta de prevenção e publicidades enganosas são as principais fontes que explicam a quantidade de pessoas que abusam do álcool. A falta de conscientização e o desconhecimento dos efeitos do álcool levam jovens e mulheres grávidas serem parte dos grupos de risco.
A isto tudo pode somar o vazio que gira em torno das pessoas que sofrem dessa doença. O problema com os jovens, e, sobretudo, com os adolescentes, é o alto grau de violência que o excesso de álcool neles ocasiona, como também a quantidade de acidentes de trânsito que produzem quando se encontram em tal grau de alteração. Costuma acontecer, também, que um adolescente beba até chegar a limites perigosos, simplesmente para fazer graça com o grupo de amigos.
No caso das mulheres em período de gestação, o abuso de álcool nas primeiras semanas de gravidez pode produzir uma formação defeituosa no crânio, no rosto e deficiência mental no feto. É por causa disso que normalmente se aconselha às grávidas que a se absterem de beber durante os primeiros três meses de gravidez, e que depois, se houver vontade de beber, que o faça com moderação. Como normalmente a mulher fica sabendo do seu estado de gravidez após a concepção, é muito perigoso que ela beba em demasia. Um outro grupo de risco são os desempregados e aqueles trabalhadores denominados não qualificados, pois eles se dedicam ao consumo de bebida alcoólica em excesso por causa das condições sociais nas quais estão obrigados a viver.
O segundo fator encontra o seu componente mais forte na pobreza. O álcool é uma droga a mais, e em alguns casos, é muito mais fácil de adquirir do que outros elementos nocivos. Por causa disso, algumas pessoas humildes e de baixos recursos intelectuais e culturais buscam afogar os problemas e prejuízos sociais na bebida, mais barata e fácil de conseguir que outro tipo de droga.
Abrir os olhos o quanto antes, eis a forma de se garantir uma vida saudável e livre dessas mazelas suicidas a que muitos se submetem nem sempre por falta de aviso.
Programação do Seminário Cariri Cangaço – Por Manoel Severo
ANTONIO SILVINO