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sexta-feira, 25 de junho de 2010

O alcoolismo - Emerson Monteiro

Das primeiras vezes, acha-se divertido. Envolve-se. Alegra-se. Facilita participar de grupos sociais com mais satisfação. Torna-se um passaporte para novas amizades. Fácil de encontrar, a bebida se oferece nos variados recantos deste mundo dito civilizado. Torna-se algo semelhante a sonhar de olhos abertos.
Mas que fica apenas nisso mesmo. Depois de algum tempo, qual dragão indomável, o vício sujeita a vida e o que antes era sonho torna-se pesadelo a desafiar o ser humano e sua força de reagir e se libertar.
Eis o alcoolismo, flagelo indescritível dos dias atuais. Monstro devorador da personalidade, intruso destruidor de famílias, de jovens e adultos, homens e mulheres, ricos e pobres, de esperanças e ideais. Tudo sob a permissão das instituições, fonte de lucros tributários e origem de receitas empresariais.
Hoje, o alcoolismo vem sendo analisado sob outros prismas e passa a ser considerado pela ciência como um mal de solução difícil, agente nocivo desagregador de graves riscos à saúde pública.
Quando termina o dia de trabalho, começam os litígios. Pais de família saem pelos bares e casas de espetáculos a satisfazer o cruel instinto da sede alcoólica, expostos à sanha perversa de piores consequências, porquanto portas se abrem fácil a quem busca as malhas do vício.
A aceitação social, a falta de prevenção e publicidades enganosas são as principais fontes que explicam a quantidade de pessoas que abusam do álcool. A falta de conscientização e o desconhecimento dos efeitos do álcool levam jovens e mulheres grávidas serem parte dos grupos de risco.
A isto tudo pode somar o vazio que gira em torno das pessoas que sofrem dessa doença. O problema com os jovens, e, sobretudo, com os adolescentes, é o alto grau de violência que o excesso de álcool neles ocasiona, como também a quantidade de acidentes de trânsito que produzem quando se encontram em tal grau de alteração. Costuma acontecer, também, que um adolescente beba até chegar a limites perigosos, simplesmente para fazer graça com o grupo de amigos.
No caso das mulheres em período de gestação, o abuso de álcool nas primeiras semanas de gravidez pode produzir uma formação defeituosa no crânio, no rosto e deficiência mental no feto. É por causa disso que normalmente se aconselha às grávidas que a se absterem de beber durante os primeiros três meses de gravidez, e que depois, se houver vontade de beber, que o faça com moderação. Como normalmente a mulher fica sabendo do seu estado de gravidez após a concepção, é muito perigoso que ela beba em demasia. Um outro grupo de risco são os desempregados e aqueles trabalhadores denominados não qualificados, pois eles se dedicam ao consumo de bebida alcoólica em excesso por causa das condições sociais nas quais estão obrigados a viver.
O segundo fator encontra o seu componente mais forte na pobreza. O álcool é uma droga a mais, e em alguns casos, é muito mais fácil de adquirir do que outros elementos nocivos. Por causa disso, algumas pessoas humildes e de baixos recursos intelectuais e culturais buscam afogar os problemas e prejuízos sociais na bebida, mais barata e fácil de conseguir que outro tipo de droga.
Abrir os olhos o quanto antes, eis a forma de se garantir uma vida saudável e livre dessas mazelas suicidas a que muitos se submetem nem sempre por falta de aviso.

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