Seja colaborador do Cariri Agora

CaririAgora! é o seu espaço para intervir livremente sobre a imensidão de nosso Cariri. Sem fronteiras, sem censuras e sem firulas. Este blog é dedicado a todas as idades e opiniões. Seus textos, matérias, sugestões de pauta e opiniões serão muito bem vindos. Fale conosco: agoracariri@gmail.com

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

COMPOSITORES DO BRASIL


O SAMBA CANÇÃO
Parte II

Por Zé Nilton

- Siga a partitura, Zezinho, isto não está ai ! Este foi o meu primeiro carão recebido de um Pe. Ágio furibundo porque ousei inverter uma tonalidade que o meu ouvido pedia no samba canção “Ave Maria no Morro”. Talvez seja por isso que ainda hoje torço o nariz para inversões às vezes descabidas nas estruturas rítmicas e de tonalidades que se fazem em certas músicas. Só fico vidrado nas repetições joãogilbertianas porque ele repete inovando em acorde, em timbre de voz, na batida e vai por aí.

Pode vê, ou melhor, ouvir os 9 minutos e seis segundos de “Aquarela do Brasil”, de Ary Barroso, interpretado ao vivo no 19 th Montreux Jazz Festival, no dia 18 de julho de 1985. João se superou em tudo, viveu todas as suas excentricidades neste show.

Bom, mas o assunto aqui é o Samba Canção, e nesta segunda parte vamos seguir um roteiro idealizado pelo mestre Tárik de Sousa.

Nesta quinta feira, às 14 horas na Rádio Educadora do Cariri, no programa Compositores do Brasil, conversaremos, nesta última parte, sobre o ritmo e seus defensores, suas mudanças e permanência, enquanto ouviremos:

A NOITE DO MEU BEM, de Dolores Duran com Dalva de Oliveira
A VOLTA DO BOÊMIO, de Adelino Moreira com Nelson Gonçalves
BOM DIA TRISTEZA, de Adoniran Barbosa e 12. VINGANÇA, de Lupicínio Rodrigues com Linda Batista Vinicius de Moraes com Aracy de Almeida
MATRIZ OU FILIAL, de Luiz Cardim com Angela Maria e Cauby Peixoto
ME DEIXE EM PAZ, de Monsueto Menezes com Milton Nascimento e Alaíde Costa
OUÇA, de Maysa Matarazo com Maysa
AVE MARIA NO MORRO, de Herivelton Martins com Dalva de Oliveira e o Trio de Ouro
SE ALGUÉM TELEFONAR, de Alcyr Pires Vermelho e Jair Amorim com Lana Bittencourt
CHUVAS DE VERÃO, de Fernado Lobo com Caetano Veloso
RONDA, de Paulo Vanzoline com Maria Bethania
CONCEIÇÃO, de Dunga e Jair Amorim com Cauby Peixoto
VINGANÇA, de Lupicínio Rodrigues com Linda Batista

Quem ouvir verá.

Compositores do Brasil
Rádio Educadora do Cariri(www.radioeducadoradocariri.com)
Acesse: www.blogdocrato.com
Quintas-feiras. De 14 às 15 h.
Pesquisa, produção e apresentação de Zé Nilton
Direção Geral: Dr. Geraldo Correia Braga

Nonato Luiz - Emerson Monteiro

Neste próximo dia 20 de novembro, sábado, às 20h, no Teatro Salviano Arraes, em Crato, dar-se-ão show e lançamento do cd Estudos, Peças e Arranjos, do artista cearense Nonato Luiz. Consagrado no mundo inteiro, Nonato Luiz retorna ao Cariri para reencontrar seu público em noitada musical de alto nível, como avaliaram noutros lugares os melhores críticos.
Um dos onze filhos de Pedro Luiz, agricultor, violeiro e repentista, Raimundo Nonato de Oliveira nasceu em 1953, no vilarejo de Aroeiras, município de Lavras da Mangabeira, sul do Ceará. Ainda na infância, ganharia um cavaquinho e descobriria a música através do rádio e das apresentações dos tocadores do sertão, músicos que marcariam sua vida, sanfoneiros que animavam as festas do lugar onde vivia. Aos 11 anos mudou-se com a fimília para Fortaleza. Dois anos depois, começaria estudos de violino junto ao Conservatório Alberto Nepomuceno, da Universidade Federal do Ceará, quando se desenvolveu na técnica, sendo, então, convidado pelo maestro Orlando Leite para a Orquestra Sinfônica Henrique Jorge, na qual permaneceria por dois anos. Observou, nesta fase, sua indentificação instrumental com o violão. Aprofundou conhecimentos musicais por meio dos autores clássicos, dentre eles, com destaque, Mozart e Beethoven, distinguindo sua intuição voltada também para as origens populares da nossa música, escutando Valdir Azevedo, Jacob do Bandolim, Pixinguinha, Luiz Gonzaga e outros intérpretes.
- Numa fase mais madura, interessei-me pelo trabalho de Baden Powell, no campo do violão popular, e Andrés Segóvia, na área erudita.
Também foi importante meu convívio com o violonista clássico Darcy Villaverde, amigo e parceiro carioca, com quem percorri grande parte do Brasil, em inesquecível turnê – afirma Nonato Luiz.
No ano de 1977, iniciou o Curso de Licenciatura em Música, também na Universidade Federal cearense, que interrompeu dois anos depois, ao se transferir para o Rio de Janeiro e iniciar carreira profissional como violonista. Das aulas, no entanto, obteve muitas informações sobre teoria musical, harmonia, arranjos e sobre outros instrumentos. Como autodidata, estudou intensamente a obra dos compositores brasileiros.
- Assim os adaptei para o violão e executei, como o faço até hoje, as maravilhosas composições desses mestres. Ao mesmo tempo, recebi deles a influência que dá alicerce às minhas composições – assegura o artista.
Nonato Luiz é ocupante da cadeira n.º 18 da Academia Lavrense de Letras, possui mais de 500 composições musicais e de 30 discos gravados e viaja noutros países a propagar o tesouro musical brasileiro, a demonstrar a qualidade do talento por todos respeitado.
Este trabalho que lançará no Cariri neste dia 20 de novembro, Estudos, Peças e Arranjos, contém seis estudos, dois arranjos, além de outras peças autorais de variados estilos, frevo, choro, valsas, sendo quase todas inéditas e algumas composições recentes.

As evidências da verdade - José do Vale Pinheiro Feitosa

Nos nossos ambientes de debates, versões, argumentações, há um objetivo implícito inarredável. Todos objetivam convencer. Querem formular a assertiva final. Para atingir tais objetivos temos palavras mágicas que pretendem finalizar a contenda: desde o clássico “tenho dito” até o banal “fui”. Isso sem contar os famosos como: “isso é fato e contra fatos não existem argumentos”. Tudo afinal uma técnica para “ganhar” a argumentação.

Um clássico da técnica tem sido: uma imagem vale mais do que mil palavras. O normal é utilizarem a “foto” como a expressão da verdade, como um fato contra os qual não se pode argumentar. A outra função embutida é o poder de síntese da imagem, mas aí é o que parece restará de uma imagem nestes tempos digitais.

A foto como expressão final da verdade já não diz nada pelo menos à “primeira vista”. Pode causar uma grande impressão, mas não ser tomada como a palavra final da expressão “uma imagem vale mai....” A possibilidade de se manipular a imagem com perfeição ao olhar humano é imensa. A imagem já não pode mais ser questionada a olho nu embora este grandíssimo poder de conhecimento que é o olhar ainda mantenha muito de sua potência. Mas acontece que a manipulação pode apresentar uma imagem perfeita do Papa em ato pedófilo conforme se incendiou a imaginação popular com os párocos católicos. Só a análise eletrônica conseguiria identificar a manipulação.

Eis que a fotografia como documentação se relativizará. Talvez vá mais para a luz das artes, expressando as relações do artista com o mundo. Suas sínteses e mensagens. Suas impressões na alma do outro. Quem sabe tomará o verniz das coisas sujeitas à interpretação. Presas ao fugaz dos sentimentos e ao diferencial dos milhões de gostos em estereoscopia do olhar.

Quanto a quem ganhar a discussão? Quem disse que se discute para ganhar? Quem desconhece as falhas próprias que preenchemos com o conhecimento dos outros.

TODOS DEVEM TER FORÇA PARA AGIR

Pedro Esmeraldo

Muitos não me compreendem. Pensam que quero falar como pessoa maldosa e revoltada, querendo esmorecer o meu semelhante. Nada disso acontece comigo. Tudo que faço é em benefício da cidade e ao mesmo tempo desejo acordar o cratense, alertando-o para não cair no sono e não se descuidar dos sérios problemas que se sucedem frequentemente nesta cidade.

Finalmente, os políticos dormem juntamente com o povo e não procuram solucionar os problemas.

Na crônica anterior, intitulada “uma cidade esquecida”, recebi uma saraivada de protestos em meio de tempestade de palavras ”de baixo relevo” com vocabulário que passo a incriminar como sendo pessoa de pouca altura e que não sabe utilizar as palavras mais dóceis e amigáveis.

Recrimino com o som articulado e de gestos amáveis o rebuliço provocado por pessoa do sexo feminino ou masculino e que tem o nome de Janaína. Veio me insultar com esse vocabulário baixo e indigno, acometido por mulher de péssimo comportamento moral. Considero-a pessoa de caráter fora do normal no meio da sociedade.

Aconselho a essa senhora ou senhorita que da próxima vez venha com melhores modos e pratique melhor o uso da palavra. Aviso para ela, “a Janaína”, que não gosto de maltratar ninguém.

Quando defendo a minha terra, é porque fico com ansiedade e espero que o povo reaja às ocorrências funestas que ora acontecem nesta praça. O meu maior desejo é livrar o Crato desse esfacelamento provocado por essa massa que invade a cidade constantemente.

De há muito tempo, desde quando o Dr. Figueiredo Filho era vivo, me empurrava para o lado do jornalismo, dizendo que queria ver a juventude defender a cidade. Daí então, comecei a escrever com um português frágil e sem ânimo, mas fui à frente com muita garra.

Certo tempo depois, por causa de uma desavença política, deixei de lado a escrita. Com o ocorrer do tempo, observando o esfacelamento do Crato, resolvi voltar a lidar com a escrita.

Infelizmente, não sou compreendido e não possuo valor algum em minha terra, já que permaneço no ativismo e desligado da vida cotidiana.

Isto para mim é um gesto amargo investido por pessoas maldosas, inimigas do Crato.

Peço a Janaína ou Janaino, que seja mulher ou homem guerreiro, não venha ofender a ninguém, saiba respeitar o seu semelhante e na próxima vez diga o nome completo.

Lembrando as incongruências do passado, praticados por pessoas pertencentes à época trogloditiana, o Crato estaria tão à frente que ninguém seria capaz de alcançar. Olhem bem senhores; o Crato perdeu a Faculdade Leão Sampaio, o Campus Universitário da UFC e por último a Faculdade de Odontologia, tudo culpa da força negativa da nação troglodita.
E o pior é que esse homem pré-histórico foi empurrado pelo próprio povo e que hoje paga as inconseqüências provocativas provindas do atraso de políticos inconvenientes pertencentes à era passada.

Agora, com muita dificuldade, os políticos têm que readquirir um pouquinho do novo patrimônio, quer econômico, quer moral, empuxado pela força de vontade de todos os cratenses “se houver”, o Crato crescerá com força de vontade, a fim de poder elevar-se com o desejo de igualar-se a outros municípios gigantes, seguindo a trilha do caminho real, digno de cidade civilizada, atestando o populismo do desenvolvimento.

Para conseguir isso, é necessário que busque mais indústrias, façam impulsionar com modernidade o comércio, procurem ter uma educação digna e avançada e por fim cuidar bem da saúde de todo pessoal que é morador da cidade.

Crato, 12 .11.2010

A GUERRILHA É SUCESSO DE PÚBLICO !!!



GUERRILHA DIVULGA PROGRAMAÇÃO DESTA QUARTA, DIA 17
NO TEATRO RACHEL DE QUEIROZ, EM CRATO-CE


19h00min
- Palco: HISTÓRIAS DO TEMPO DA MAMÃE (Comédia / Livre, 60min), Grupo de Teatro Curumins do Sertão, de Farias Brito-CE

20h30min
- Arena: RETRATO (Livre, 50min), Cia. Yoko de Teatro, de Crato-CE


2ª GUERRILHA DO ATO DRAMÁTICO CARIRIENSE
ESPAÇO DE INCLUSÃO CULTURAL



A Guerrilha do Ato Dramático Caririense é um poema-ação de amor à arte e aos artistas da região. 26 companhias de teatro, dança e circo bravamente unidas no propósito de ocupar seu legítimo espaço na cena brasileira a partir de sua própria terra, conquistando o merecido reconhecimento, o necessário respeito e a devida valorização de suas obras.

Em 2011, a Guerrilha tomará o ano inteiro, com focos de debate, ações formativas, circulação de espetáculos por várias cidades... até novembro chegar novamente!!!

Cacá Araújo
Coordenador Geral


Realização:

Sociedade Cariri das Artes
Sociedade de Cultura Artística do Crato
Cia. Cearense de Teatro Brincante
Companhias de Teatro, Dança e Circo do Cariri

Patrocínio:

Prefeitura Municipal do Crato
Secretaria de Cultura do Crato
Centro Cultural Banco do Nordeste